Poemas Góticos de Amor

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O amor não é o lamento moribundo de um violino longínquo - é o rangido triunfante das molas da cama.

Quem não sente qualquer amor, tem de aprender a lisonjear, senão não se arranja.

O amor retorna sempre ao coração nobre / como o pássaro aos ramos da selva; / a natureza não fez o amor antes do coração nobre, / nem o coração nobre antes do amor.

A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a imprensa regista diariamente.

Eventualmente, você chegará a entender que o amor cura tudo, e o amor é tudo que existe.

Aqueles que dispõem de meios pensam que a coisa mais importante do mundo seja o amor. Os pobres sabem que é o dinheiro.

Considera como maior infâmia preferir a vida à honra / e por amor àquela, perder a razão de viver.

O único e verdadeiro amor é aquele que se consagra à felicidade do objecto amado.

Fazer consistir a força do casamento na do amor é desconhecer o espírito desta instituição.

Diante do amor existem três tipos de mulher: aquelas com as quais nos casamos, aquelas que amamos e aquelas que pagamos. Todas essas podem muito bem estar numa só. Começamos por pagá-la, depois a amá-la e, por fim, casamo-nos com ela.

Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos embriagam.

O amor começa pelo amor; não se pode passar de uma forte amizade senão para um amor fraco.

À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira-se. Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.

De que pode servir ter lido três mil livros,/Quando já velho se é indigno do amor do povo?

O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.

A aurora do amor é a quadra de devaneios e fantasias, em que a vida do coração principia e exerce sobre nós o seu mágico influxo.

O prazer do amor dura apenas um instante, os desgostos do amor duram toda a vida.

A constância no amor é uma bigorna que, quanto mais é batida, mais dura se torna.

É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.

Não há amor da parte de um ser sem liberdade. Ao que ele chama o seu amor é à paixão dessa liberdade.