Poemas Góticos de Amor
Mulheres que habitam meu ser
Presa em meu vazio o silêncio ecoa na solidão
Sinto-me confusa em meio a tanta opressão
Não sei quem sou, muito menos o que quero
Só sei que presencio uma metamorfose,
E não consigo esconder o que realmente quero
Não vou mais brigar com minhas emoções
Não vou sufocar meus desejos
No meu intimo existe um conflito entre dois seres,
Um calmo e sereno outro estridente como um trovão
Um é a menina que fui pacata e serena
O outro é a mulher que chegarei a ser,
Essa ainda não conheço,
Mas percebo que é audaciosa e destemida
Um tanto tímida e ao mesmo tempo atrevida!
Enfim o ser que se forma é uma mescla dessas duas mulheres
Mulheres, que não conheço, mas que habitam meu perturbado ser.
Mulheres que precisam se harmonizar para que eu enfim possa viver!
Amo
Amo o silêncio das tardes cinzas de outono
o desenho das aves gravado no céu,
amo andar por estes caminhos, entre árvores
a balançar na brisa que vem do mar...
Amo as horas paradas do tempo em
que o mundo parece ter estacionado numa praia,
onde as ondas fazem graça na areia branca.
Amo as tardes com suas aragens frias,
que buscam seu agasalho na alma,
amo o verde esperança das matas,
o azul pacífico das inquietas águas,
a natureza de tantas cores da ilha,
as mil cores imaginadas e vividas,
cores de doçura e de força,
numa prece que é pura natureza.
Benditos sejam...
Benditos sejam os que chegam em nossa vida em silêncio, com passos leves para não acordar nossas dores, não despertar nossos fantasmas, não ressuscitar nossos medos.
Benditos sejam os que se dirigem a nós com leveza, com gentileza, falando o idioma da paz pra não assustar nossa alma.
Benditos sejam os que tocam nosso coração com carinho, nos olham com respeito e nos aceitam inteiros com todos os erros e imperfeições.
Benditos sejam os que, podendo ser qualquer coisa em nossa vida, escolhem ser doação.
Benditos sejam esses seres iluminados que nos chegam como anjo, como flor ou passarinho, que dão asas aos nossos sonhos e tendo a liberdade de ir, escolhem ficar e ser ninho.
Muito prazer! Eu sou a depressão
trabalho em silêncio no seu dia
destruo sua mente, alma e coração
apago quaisquer rastros de epifania.
Te jogo pra baixo e condeno o teu humor
inspiro em ti palavras ácidas e uma tristeza sem fim
te apresento a revolta e lhe oculto o amor
e quando conformado com a solidão, te faço perder a noção do que é bom ou ruim.
A minha obra é concreta e certa
eu só preciso encontrar uma simples e única porta aberta...
A Sabedoria da Não Violência
A vida verdadeira é como a água:
Em silêncio se adapta ao nível inferior
Que os homens desprezam.
Não se opõe a nada,
Serve a tudo.
Não exige nada,
Porque sua origem é da fonte imortal.
O homem realizado não tem desejos de dentro,
Nem tem exigências de fora.
Ele é prestativo em se dar
E sincero em falar,
Suave no conduzir,
Poderoso no agir.
Age com serenidade.
Por isto é incontaminável.
Silencio
Seu silencio...um tormrnto
minhas mensagens num lamento
Por favor da um sinal de vida
Este seu silencio não aguento
Nenhum email na caixa de entrada
Nenhuma mensagem no celular
Meus pensamentos se misturam
Me sinto um anjo sem asas a vagar
Naum faz assim
vem ca vem...se apresse a chegar
Seu silencio me levara
A uma bobagem me entregar
Ficar só vc quer
A solidão precisa se entregar
E eu como uma alma penada
Sem destino a vagar
Nada posso pedir
nada posso cobrar
Cair neste seu silencio
E ficar a esperar...te esperar
Fotografar o silêncio é tão difícil
Fotografar o meu medo é tão difícil
Fotografar a insegurança é tão difícil
Eu disfarço tudo com cigarro, cerveja e sorriso
O PREÇO DO SILÊNCIO
O silêncio diante da verdade é compreensão.
Diante da mentira é cumplicidade.
O silêncio diante de nossas obras é doação.
Diante da obra do criador é contemplação.
O silêncio diante de nossas dificuldades é comodismo.
Diante das dificuldades do próximo é falta de caridade.
O silêncio diante de nosso sucesso é simplicidade.
Diante do sucesso dos outros é inveja.
O silêncio diante de um pedido é consentimento.
Diante de uma ordem é subordinação.
O silêncio diante de uma pessoa é ponderação.
Entre duas pessoas é hostilidade.
O silêncio diante da injustiça recebida é humildade.
Diante da injustiça praticada praticada é omissão.
O silêncio quando alguém chega é surpresa.
Quando alguém vai embora é saudade.
pequena história
ela se vestia de silêncio, não
porque desconhecia os sons, mas
a voz dos seus sentimentos ficou
presa no imenso nó que havia em
sua garganta.
O amigo é proximidade
É silêncio, palavra idealizada
É um toque de intimidade
Na liberdade que lhe é reservada
Amigo é ternura
É em verdade doce companhia
É parceiro na procura
Cúmplice na alegria...
Amigo é presença abençoada
Anjo que apóia e incentiva
O par ideal para a jornada
Que junto a nós, nos sensibiliza
Amigo é por fim, quase um irmão
Que jamais deixa de nos procurar
É responsável pelo pulsar do coração
Toda vez que ele busca aprender amar...
O silêncio me remete a solidão
solidão de reflexão
essa tempestade no peito
que transforma, exercita a alma
Procuro um eu, num idílio
uma maneira de ser
esse mundo real que faz viver
num momento tão meu, feliz
Tenho medos, sou como os mortais
não desprenderá de mim
as vezes impaciente
sinto a leve no rosto,a certeza
vou vivendo esse tempo
o tempo que a vida permite
espelho de uma viagem a si mesmo
reflete aquilo que sou, que dou...
O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do
pensamento. O equivalente ao silêncio externo é a calma interior.
Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa: apenas
perceba-o. Preste atenção nele. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de
calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você
pode perceber o silêncio.
Veja que, quando percebe o silêncio à sua volta, você não está
pensando. Está consciente do silêncio, mas não está pensando
Sinto.
Falta, saudade, ausência.
Sinto muito.
Sinto o silêncio, que sufoca, incomoda, agita.
Me tira o sossego, me traz a lembrança, junto com a agonia.
Cadê tudo?
Queria poder pegar, apalpar e colocar na minha frente, transformar o passado em futuro, e dizer que já não sinto mais falta.
Saudade de um sorriso, um oi, um telefonema, um amigo, um amor.
Sinto tanta coisa incontrolável.
Sou.
Sou saudade, passado e presente.
Brinco com o futuro.
E sinto.
Sinto muito.
Talvez o silêncio
nunca me perdoe
por ter dito que
"EU TE AMO"
fui vítima de mim mesma
de minhas próprias frases
de minha própria consciência...
Tenho procurado entendera minha vida
mas as conclusões à que cheguei
não são nada conclusivas!
Tenho esperado o tempo necessário
para compreender
Que, na verdade eu não posso ter você...
A vida é assim e eu tenho que me acostumar
os dias irão surgir
o sol irá brilhar... Aqui!
e hoje ainda é o primeiro dia,
do resto dos nossos dias e,
eu ainda espero por você,
Tente me intender!?
Acalme-se! Pois você vai ver...
Eu posso te olhar
também posso te tocar...
Mas não com o coração...
E esses são os meus problemas
Os problemas que eu nem tenho!
E que crio em minha mente...
POR VOCÊ!
Homenagem às mães!
Ela lê meus pensamentos... No silêncio do seu abraço,
ela me acalma e me ouve...
Sem criticar, sorri, quando só sei chorar, e quando tudo está ruim!
Ela diz acalma-te, tenha fé...
A mamãe está aqui para sempre te ajudar!
Na sua infinita sabedoria, no seu intenso amor!
Mãe é mãe e nada irá substituir esse amor sem nada em troca pedir!
Rogo a Deus que eu me vá primeiro, pois mãe é fortaleza!
E, sem ela, minha vida seria somente tristeza!
Retirada
Respeite o silêncio
a omissão,
a ausência.
É meu movimento de deserção.
Abandonei o posto,
rompi a corda,
desacreditei de tudo.
Cansei de esperar que finalmente um dia,
minha fotografia
fizesse jus ao seu criado-mudo.
PEÇO SILÊNCIO
Agora me deixem tranquilo.
Agora se acostumem sem mim.
Eu vou cerrar os meus olhos.
Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.
Uma é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.
A terceira é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.
A quinta coisa são os teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem os teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.
Agora se querem, podem ir.
Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro-negro:
meu coração foi interminável.
Porém porque peço silêncio
não creiam que vou morrer:
passa comigo o contrário:
sucede que vou viver.
Sucede que sou e que sigo.
Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém a mãe terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.
Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.
Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.
Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.
Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer.
A paixão, o encanto, é a ausência de palavras, é a vida revestida de silêncio e transbordando insinuações. O amor sobrevive no mistério, no desvelamento cotidiano que nunca chega à plenitude, porque tudo o que já está pleno, já está pronto.
O amor só é amor porque é inacabado, é metade que chama, implora e pede clemência. Amar é uma interessante e bonita forma de carecer, de ser fraco, de entregar os pontos, de viver sem armas, como se por um instante, só por um instante, a luta que marca a nossa sobrevivência tivesse entrado em estado de trégua.
O encanto que sobrevive no amor só pode durar enquanto se estenderem os segredos que sacralizam a relação. E por isso é necessário retirar as sandálias dos pés, pisar com leveza, olhar com cuidado. O amor é amigo do silêncio. Sobrevive no querer dizer, na tentativa frustada de verbalizar o que é a crença da alma, o sustento do espírito.
A saudade é benéfica ao amor. Distantes, os amantes mensuram o tamanho do bem-querer. Medida que se descobre nos desconcertos da ausência, no engasgo constante da recordação, recurso que faz voltar no tempo, engana as horas, aproxima as peles, diminui as estradas, ancora os navios, pousa os aviões, faz chegar os ausentes.
"Silêncio: ausência de som ou ruído. vocábulos correlatos: quietude, calma, paz."
"Agora, mais do que nunca, o número 33 da rua Himmel tornou-se um lugar de silêncio, e não passou despercebido que o dicionário duden estava completa e profundamente errado, em especial nos seus vocábulos correlatados. O silêncio não era nem quietude nem calma, e não era paz."