Poemas Góticos
Ahhh chuva fina, como gotas de um choro contido que cai silenciosamente.
Seja bem-vinda, neste mundo de algazarras e gritos e barulhos
que se tornam puro tormento!
Chuva fina, magia da natureza!
Com seu aroma e frescor de outono se perpetue em todos os momentos
Nesta combinação perfeita com o silêncio...
Em meus devaneios apenas um caminho, que leva até você... pensa em mim? Porque meus pensamentos estão sempre em você e queria muito que nos seus eu me fizesse presente também... para não me esquecer.
Você está a um clique e algumas palavras escritas mas receio não poder lhe dizer o quanto sinto tua falta. Você não responderia e manteria seu silêncio e eu continuaria distante de você. Triste destino que ousou me desafiar amar...
Nos encontramos como se estivéssemos esperando por esse momento há muitas vidas e nos separamos como se nada tivesse acontecido para você. Triste história a minha, refém de algo que não chegou a se firmar no tempo porque você não teve coragem de viver...
Seu silêncio mata-me por dentro
Sua indiferença corrói minha alma
Seus gestos inocentes causam
emoções de tormento
E nesse momento minha boca se cala
Tão distante a situação nos faz parecer
E minha consciência em devaneios padecer
Nesse mar volto a me afogar
Enquanto minha existência
tende a apagar
Poesia
É a relação do poeta com o sonhador. De transportar a realidade em amor, às vezes
em dor.
Poesia não é, poesia deveria: deixe ser!
Poesia é permitir que palavras sejam
verbo.
ou
não.
Poesia é arte
ou
não.
deveria ser simplicidade e cumplicidade
do tomar o café junto a beira da mesa.
de dividir os problemas, os sorrisos,
ou
não
Poesia,
às vezes é dividir o
silêncio.
silêncio do olhar.
no perder de vista,
de se entender,
se perdoar.
poesia.
É dividir o silêncio.
É a relação do poeta com o sonhador.
Que sonha acordado em linhas, quando todo mundo está indo dormir.
A calma da alma
De olhos fechados
Mesmo acordado, sonha
Que o labirinto vire um só caminho
Compreender que flor tem seu espinho
Que a tempestade surge para lavar
E no silêncio
Ouvindo apenas o pulsar
A certeza que tudo está em seu lugar.
Sinto-me no vazio breu da noite
Minh'alma grita por socorro, mas ninguém pode me ouvir
As paredes se encolhem contra meu pequenino corpo que tenta escapar em vão.
Onde está a luz? No fim do túnel, talvez?!
Mas, onde está o fim deste infinito túnel?!
Minhas lágrimas frias viram estrelas neste obscuro caminho e me serve de guia para me mostrar por onde já andei.
O grito da garganta está preso, tem medo de sair, de se mostrar, de tornar tudo pior.
Sento ao chão, solitária, desprotegida e sem direção.
Fico aqui, aguardando a mão que virá arrancar toda escuridão, que na verdade, habita em mim.
Um texto sobre o silêncio que pode ser bom, mas nem sempre é. E no silêncio cedo desta madrugada mais um dia vai começar.
SILÊNCIO
O silêncio não tem barulho
Não tem som e nem ruídos
Descansa e reconforta o corpo e a alma
O silêncio com murmúrios
Não tem tranquilidade e nem serenidade
Machuca e atormente o corpo e a alma
O silêncio não tem rumor
Não tem estrépito e nem zoada
Repousa e revigora o corpo e a alma
O silêncio com lamentação
Não tem paz e nem ponderação
Amedronta e estarrece o corpo e a alma
O silêncio com amor
Não tem desapreço e nem raiva
Enaltece é carinho para o corpo e para alma
O silêncio sem afeto
Não tem ternura e nem dedicação
Corrói é desolador para o corpo e para alma
O silêncio com apego
Não tem sofrimento e nem desprezo
Exalta é satisfação para o corpo e para alma
O silêncio sem compaixão
Não tem dó e nem piedade
Apatia é indiferença para o corpo e para alma
O silêncio com você
É amor, carinho, ternura e dedicação
Todo motivo porque viver
O silêncio sem você
Só machuca o coração
E não há porque viver
Mero silêncio, essência
Resta apenas viver o silêncio
Silenciar os sentidos,
E apenas viver essa essência,
Escrever, esse íntimo solidão
Pois viso olhares e pensamentos
De um mero admirador de palavras
Mais um em suma existência.
A água cai levemente em meio a um corpo exausto.
A poeira de um dia vazio desce ralo abaixo. Palavras que não foram ditas saem dos lábios num sussurro e se perdem no vapor morno.
Abraços que não foram dados, sorrisos que não foram mostrados, olhares que não foram trocados, são levados, arrastados pela água morna do chuveiro.
Uma alma inteira, sentimentos inteiros são levados todos os dias, pela água morna do chuveiro.
29/12/2018
Teu silêncio
Quando em silêncio te quedas,
imagino-te a dialogar com os próprios sentimentos:
tua espiritualidade e,
o que voga na própria imaginação.
O silêncio remete ao jardim interior, onde reina a paz e a beleza.
Procuras por respostas de situações aflitivas do momento.
Procuras também por segurança nos passos em momentos decisivos,
Quando o coração se agita pede atenção:
quer gritar, bater mais forte, abraçar e gratificar em tristeza ou alegria,
a euforia dá o tom do que lhe ocorre enfrentar.
É no silêncio da alma que os olhos se abrem para a porta do coração,
que fala o que os lábios não conseguem pronunciar.
O silêncio é bom quando harmoniza,
e na leveza da alma,
declina o que atormenta
e apascenta o que eleva.
O silêncio que emudece acorrenta e imobiliza o ser,
enquanto o silêncio que engrandece, exulta a alma e acaricia o coração.
Que o teu silêncio seja pleno em oração e paz!
Tornei-me em palavras intrínsecas,
Prolixidade me passa,
Como num dia chuvoso,
Tempo nublado,
Impetuoso vento,
Logo o cinza do silêncio dá lugar ao azul alaranjado do céu,
Cores quentes,
O calor do sol esquenta a pele,
As palavras voltam a soar.
05/01/2019
No silêncio do seu mundo interior deixe fruir o que te pede o coração, exale encantos, manifeste simpatia, encontre-se consigo mesmo(a).
O barulho que te impede avançar, são apenas vãs preocupações que vão colocando obstáculos em seu caminho, dificultando o avanço.
Faça silêncio,
a paisagem interior é miraculosa,
identifique-se com o amor espiritual que abraça e acolhe;
espelhe-se naquilo que possuis interiormente;
Sinta o conforto que o momento proporciona.
Com gratidão espalhe carinho e amor!
Silêncio, só música
Estar só, em silêncio
Escutando minha alma
Olhando em vão,
O estado de morte desse lugar
Vivendo, compreendendo
Levando cada dia de forma natural.
Na esperança de encontrar
O lugar de minha paz.
É no silêncio que a gente descobre quem realmente somos, seja no silêncio do dia ou da noite, seja no silêncio do ambiente ou no silêncio das vozes, seja no silêncio do espírito ou no silêncio da alma, é no silêncio que escutamos e nossa vida gritar, seja de tristeza ou alegria, o silêncio é o estado quase perfeito da vida, pois está entre os duas extremidades da vida, entre a paz e o desespero, entre a barulho e o sossego e entre amor e o ódio.
O silêncio te faz pensar e se ouvir, te faz meditar e distinguir, entre o que vai ou não acontecer, entre o que vai ter ou o que não terá, entre o que dizer e o que não falar.
Cara eu consigo aprender muito com o silêncio, durante o silêncio eu consigo perceber a dimensão do tempo, os tictac's de cada segundo passando, a fria demora de esperar o minuto passar e a sensação de eternidade presa dentro de cada hora, isso reflete em como somos espelhos de algo maior, do passageiro e do eterno, do grosso e do suave e do forte ao fraco, o silêncio nos faz transportar a dimensão extraordinária da vida, isso bem aqui dentro do nosso ser.
Para todos os dias alguns minutos de silêncio, para cada momento de aflição uma respiração em silêncio, para cada momento de grande paixão um olhar puro e sincero seguido de um grande silêncio, para cada momento de dor um silêncio para amenizar, para os momentos de alegria um silêncio ao se emocionar.
Não precisa de muito para ver que viver a plenitude do "silêncio" é tão simples quanto respirar.
LEMBRANÇAS...
O dia amanheceu sorrindo
O sabiá laranjeira saudou
O sol se espreguiçando
entre as nuvens esparsas.
Nos campos o orvalho reluzindo
A névoa colinas descortinando
Aos poucos o ronco dos motores,
caminhões, e tratores.
Na pequena cidade
a caminhonete do leiteiro
e a sirene da fábrica
rompem o silêncio.
Ecoam as buzinas dos motoqueiros,
outrora eram arrojados vaqueiros
parrudos sertanejos, alguns truculentos
tangendo gado, abrindo porteiras.
Sem pressa, levanto, abro janelas
Esquento água, preparo o café
Espalho pão-de-queijo, acendo o forno
Relembro o crepitar da lenha.
O tilintar de copos, talheres, louças
alvoroça os cães, alegres, ruidosos
querem entrar, também disfrutar
do aroma, do calor da cozinha tosca.
O pensamento viaja, ligeiro
Corre solto pelas trilhas
Entre a mata cerrada
À beira dos córregos,
Desbravando nascentes.
Ressurgem detalhes nítidos
Cheiros, cores, sons do passado
Não muito distante, em especial
Aquela linda jovem, diáfana,
Olhos brilhantes, sorriso franco...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Na minha paz,
No meu silêncio,
Na minha dor,
Na tempestade que sacode o meu ser,
Na luta por me fazer vencer.
Vencer o medo do sentimento de posse.
Tenha calma! A calma me faz esperar E o amor. O amor faz crescer.