Poemas Góticos
Depois da morte ficará somente as recordações, um túnel de sentimentos que somente com os olhos da alma poderá se ver e tocar!
Aí perceberemos realmente aquilo que deve ser valorizado.
“O agora" é um presente do hoje pra você e pra mim, então abracemos agora, beijemos a quem amamos agora, recomecemos mesmo do nada agora, seremos gratos agora, vamos viver com entusiasmo agora, ser a nossa melhor versão agora, ser mais carinhosos agora, liguemos para quem gostamos agora, nos declaremos agora. Pois o “AGORA" não existirá depois daqui.
Façamos o que tiver que ser feito, mas é necessário que seja AGORA!!!!
É lisa, ele suaviza, ele concretiza,
A morte que lenta via
pisou no meu lado direito,
assentou-se no conceito do leito
O verde ar da manhã virada,
A mente desvairada
Dizia meu pranto em pronto dia,
A vontade, a tarde, mania.
Dor que é tu, não nada,
que é o inexistente, que é tua pele que falta
Não há dor neste barco
Diz Camões! tuas palavras belas
Sangue mar de Portugal...
Sente-tu o que há em mim!
Que vim dos séculos ao mar trotando
Sente que não há dor então cria em mim
Amargo sal na minha boca alada
Mal tom, insiste em mim
Andei, Trotei, Amei
Camões, pois, fez-me sofrer por que?
que não salvaste o amor em lei,
Amou o belo do lusitado ritmo
fechou o mar pro amor mais vivo!
Há dor, porque não há o ti,
Não há o ti pois assim o fiz
que fiz por ti jamais, por mim
Por mim? Pois, Pessoa, diz,
o que palavra que no mar se foi?
Troquei o ti o si, o me. Jamais pensei,
o todo quis pelo menor que fiz,
a bela aurora já me contradiz
A morte é o fim da vida para o ser humano
Eu não sei como explicar...
O tempo acaba e só fica as lembranças
Lembranças boas, lembranças ruins.
Só ficam as lembranças...
E o luto nunca vai acabar...
“Eu creio que a morte seja uma punição
Muito severa pelo erro de Adão,
Morremos pelo pecado,
Por um prazer consumado no jardim da redenção.
A vida, sem fantasias ou utopias poéticas
É de fato a arte do desencontro.
Ser feliz é um evento raro, quase impossível,
Fato que não ocorre sem suas consequências inevitáveis,
E sempre se dá com efeitos penosos para quem ama.
Perder é parte comum entre quem ama e quem se deixa ser amado.
E sofrer não pode ser barreira intransponível
Para nos impedir de amar...”
Estou me afogando em sentimentos,sei nadar,porém nesse mar é difícil não naufragar.
É uma morte lenta e dolorida.
Transformando uma vida colorida em cor de cinza!
Perder-te foi como a morte
Silenciosamente e sem esperar
Foi como gritar internamente
Uma dor incandescente
Perder-te foi como um mergulho
Sabia lá eu nadar...
Foi como urrar para o mar
Para na superfície me deixar
Ainda luto, não esqueço
Contudo não há arrependimento
Dei-te todo o amor que tinha para dar
E agora só me resta a mim me amar
Jamais me perderei neste mar,
Como foi bom te amar!
Filosofia
A morte é tão familiar,
mas não existe antes do nascer.
A morte é tão peculiar,
só nasce depois de morrer.
Enquanto não percebe a vida,
a morte não temerá.
O sábio não teme a morte,
o tolo perceberá.
Esse desprezo vem me matando
Prefiro a morte a ficar te esperando
O teu regresso ainda to aguardando
Vem me dar carinho e limpar os meus prantos.
A Morte
Gavetas mortuária cheias.
Uma geração que daqui se foi.
Junta-se os ossos do passado,
coloca-os em sacos plásticos,
o nossos ancestrais, esquecidos.
Abrindo jazigo para os próximos,
que chegam o fim da vida.
É somente um buraco,
oque precisamos ao partir.
Nessa hora as novas gerações se olham,
se questionam, ficam assustados.
Por que enquanto o tempo passa,
a fila da vida segue, e a morte chega.
Sem avisar e sem pedir licença,
e sem ordem etária, sem motivo algum.
Sim a senhora morte e desorganizada, e ansiosa.
E anda faminta nesses últimos dias.
O cavalo descorado cavalga solto,
anunciando o apocalipse.
As pessoas seguem descrentes,
Quiçá cansadas e desanimadas.
Simplesmente seguem a trilha,
O rasto o caminho largo o mais fácil
Que leva ao mesmo lugar vazio
O nada, o fim!
Sabedoria
“O passado é uma morte que vale a pena ser lembrada
E o futuro é a vida que vale a pena ser experimentada ..”.
Você foi condenado a morte
Mas sua pena tem uma peculiaridade
Não tem data
Não que ela não foi marcada
Ela está atrelada a algo
Toda manhã seu carrasco passa e diz
O que você vai fazer hoje
E você detalha seu dia
Você não pode dizer que amanhã fara
E vai
Não interessa o que seja
Mas precisa fazer
Seja o que for tem que ser feito
Tem que ter algo
No começo você se acha grato
Basta preencher o dia
Basta ter o eu fazer
e passam dias e anos
E lava louça e limpa casa
E amar e não ser amado
E chorar e rir
Todo dia você precisa saber o que fara
Todo dia
Não amanhã, mas hoje
E assim passa dias até que você acha
Que não é um apenado
Até que você cansa e quer deixar para amanhã
Essa é a essência do Carpe Diem
Só há o hoje
Ciclos
ciclos, ciclos e mais ciclos,
entre eles a morte,
(e o renascimento).
A escolha entre parar ou seguir,
padecer ou aprender,
acelerar ou voar.
Ciclos, ciclos e mais ciclos,
rotulados por setênios,
por 16 anos,
por fases, fases e mais fases,
titulados onde oscilamos,
a vida flui...
E podemos bailar, onde estamos,
tentando entender quem somos...
Sentir nosso coração transbordar em cada caminhar.
A VIDA E A MORTE
A morte é o destino e mais...
A vida é viagem e passagem.
Queria da morte uma miragem,
Apenas uma quimera na paisagem.
É uma passagem com bilhete caro,
Com regras, rituais e receituários.
Não é uma peça com mostruário,
É uma luta ferrenha, sem conhecer o adversário.
Esta passagem dá direitos, obrigações, e seus efeitos.
O homem se prepara por seus feitos.
A nota é dada por virtudes e defeitos.
A morte ainda assusta, causa dor e temor.
Por que será que ainda existe guerra e terror?
Como o destino é certo, a passagem é o amor.
Élcio José Martins
A morte
Lá vem ela, montada em seu cavalo de aço e vestida de azul turquesa.
Vem pronta pra fazer tremer os jovens, os que fazem plano a longo prazo.
Lá vem ela cheia de elegância, exuberância e cheia de surpresas na bagagem de mão.
Ela vem veloz, feroz, arrasadora e fazendo varredura.
Leva consigo o bom, o mau, o bicho do mato, o animal.
Ela vem, não é surpresa pra ninguém. Ela sempre vem, depois vai, depois volta.
É pacífica para quem já venceu o tempo, dolorida para quem carrega um mundo a sua frente.
Chega em noite de chuva e quando o céu tá claro.
Ela vem para todos nós, pois morrer para a morte é viver.
No gozo libertamos a alma.
O corpo perde os sentidos.
Por segundos, morremos.
Será a morte um gozo eterno?
Acreditarmos numa outra VIDA após a morte desta em nós tida…
"Nisi credideritis, non permanebetis!"
Isaías- 765-681 a. C.
Em isto não acreditar
Será não permanecer;
Quando esta vida acabar!...
Será viver; pra morrer.
Por em tanta mentira acreditarmos;
Nesta breve passagem pela vida;
Que pena, ao olharmos pra uma outra havida;
Sequer acreditar, NELA; pensarmos!
Que pena, nesta era em que na ciência;
Em que todos firmamos, bom saber;
Por bem provado em nosso conhecer;
Nos tão falte da TAL, ainda a evidência!
Vamos, pois, lá tentar acrescentar;
Evidências a nós apresentadas;
Por quem, sem ter mentido; outra viveu!...
Mas nem sequer a nós, falou em ver Céu!
Nem sequer de um lugar, pra Almas penadas;
Mas trouxe, outro VIVER; pra a nós contar.
Pós tanto MORTO, em nós, já regressado;
São horas, de deles factos, apurarmos!
Pra na de nós, ciência, acrescentarmos;
O vivido, por tais; nesse passado.
Com Carinho;
Relíquia
Ferrugem,
O Sangrar do Ferro,
A Morte do aço,
A Escuridão, As Trevas,
A Imensidão do Espaço,
Esqueça-me!
Deixe-me empoeirar,
O Meu verdadeiro valor,
Algum dia,
Alguém ei de dar...
Morte por entre dedos
É ver areia fina escoar entre dedos
E o relógio que não pára de andar!
Apontam os ponteiros cruéis torpedos
A horas que não páram de contar
As areias finas dos meus medos
Que a mão da esperança quer fechar!
Será que mão fechada o tempo segura
E a esperançosa vida nela perdura?
sem pre com pôs
a criança morre sempre
que sempre morre o adolescente
também no sempre a morte do jovem
jazz o velho? não...
amálgama da existência
esta, a persistência
não vêem Dio
mas não entenderás
aquele que sempre dura
é o que mais sofrerá
é um arrepio
sensação de isolado no é terno
para o sempre sempre sempre
compor a fala do que ficará
trabalho árduo do Roteirista
aqueles que jovens irão
maltratam seus velhos
e fazem questão
a bobagem é achar que bobagem é
poesia não tapa buraco
coloca nele os que teimam
em morrer matando seus anciãos
piu