Poemas Góticos

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O silêncio da noite é meu refúgio, sou filho da escuridão, sou uma criança perdida e tristes. Já não sinto mais nada, somente medo.
Mas medo do quê?
Medo de mim mesmo?
Ou medo de tentar ser o que na realidade abominamos?
Não sei, hoje não procuro mais a felicidade, e sim a paz, acho que isto vai me consolar, saber que não sou feliz, mas saber que tenho paz em minha vida, paz e felicidade, seria bom juntas, mas me contento, aaaahhhhh como eu queria nossa, como queria, cara, falar o que eu acho, mostrar o que eu quero, viver o que eu sonho... mas algumas coisas me confortam...
O primeiro passo foi dado, resta seguir andando, começar de novo, antes que eu mergulhe novamente em minhas próprias tentações, em meu próprio vício... às vezes acho que sonho demais... acho que estou no caminho errado... porque acredito que meus sonhos são somente sonhos... enquanto vivo em um profundo pesadelo... Eu quero esquecer algumas coisas... mas como esquecer quem mais amo? Simples. Pare de amar. Mas como? Simples, pare de respirar!

A paixão, o encanto, é a ausência de palavras, é a vida revestida de silêncio e transbordando insinuações. O amor sobrevive no mistério, no desvelamento cotidiano que nunca chega à plenitude, porque tudo o que já está pleno, já está pronto.
O amor só é amor porque é inacabado, é metade que chama, implora e pede clemência. Amar é uma interessante e bonita forma de carecer, de ser fraco, de entregar os pontos, de viver sem armas, como se por um instante, só por um instante, a luta que marca a nossa sobrevivência tivesse entrado em estado de trégua.
O encanto que sobrevive no amor só pode durar enquanto se estenderem os segredos que sacralizam a relação. E por isso é necessário retirar as sandálias dos pés, pisar com leveza, olhar com cuidado. O amor é amigo do silêncio. Sobrevive no querer dizer, na tentativa frustada de verbalizar o que é a crença da alma, o sustento do espírito.
A saudade é benéfica ao amor. Distantes, os amantes mensuram o tamanho do bem-querer. Medida que se descobre nos desconcertos da ausência, no engasgo constante da recordação, recurso que faz voltar no tempo, engana as horas, aproxima as peles, diminui as estradas, ancora os navios, pousa os aviões, faz chegar os ausentes.

Deixa que eu te ame em silêncio.

Não pergunte, não se explique, deixe

que nossas línguas se toquem, e as bocas

e a pele

falem seus líquidos desejos.

Deixa que eu te ame sem palavras

a não ser aquelas que na lembrança ficarão

pulsando para sempre

como se amor e vida

fossem um discurso

de impronunciáveis emoções.

É preferível o silêncio das dores guardadas
e a solidão das saudades envelhecidas
ao rastro indolor do nada...

Para o Guerreiro não existe amor impossível

Ele não se deixa intimidar pelo silêncio, pela indiferença ou pela rejeição. Sabe que -atrás da máscara de gelo que as pessoas usam - existe um coração de fogo. Por isso o guerreiro arrisca mais que os outros. Busca incessamente o amor de alguém - mesmo que isso signifique escutar muitas vezes a palvra não, voltar para casa derrotado, sentir-se rejeitado em corpo e alma.

Um guerreiro não se deixa assustar quando busca o que precisa. Sem amor, ele não é nada.

Dúvida, Silêncio, Medo e Sofrimento!

Às vezes a dúvida nos deixa reflexões
na qual a incerteza dos nossos atos
tomam posse das nossas fraquezas.

Às vezes o silêncio reflete nossas ações
no qual pensamos que eram exatos
e se tornam apenas em acúmulos de tristezas.

Às vezes o medo nos deixa sem saída
por plenas razões propostas em evidência
e contra a felicidade ainda resistem.

Às vezes o sofrimento da nossa vida
requer apenas uma questão de paciência
se compreendermos que quedas existem.

PEÇO SILÊNCIO

Agora me deixem tranquilo.
Agora se acostumem sem mim.

Eu vou cerrar os meus olhos.

Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.

Uma é o amor sem fim.

A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.

A terceira é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.

Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.

A quinta coisa são os teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem os teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.

Agora se querem, podem ir.

Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro-negro:
meu coração foi interminável.

Porém porque peço silêncio
não creiam que vou morrer:
passa comigo o contrário:
sucede que vou viver.
Sucede que sou e que sigo.

Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém a mãe terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.

Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.

Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.

Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.

Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer.

Pablo Neruda
Presente de um poeta

Que os nossos sonhos sejam fortes tão fortes, que nos retardem a morte.
Que nos façam ilesos às enfermidades nunca venhamos a perder a
sobriedade.
Que os nossos sonhos sejam grandes tão grandes que pareçam rompantes.
E a imensidão deles nos envolva sempre levando-nos cada vez mais,
adiante!
Que os nossos sonhos sejam bons tão bons que todos queiram igual.
Que possamos cortá-los, distribuí-los sem perder a sua força original..
Que os nossos sonhos sejam eternos suaves, doces, passionais ou
fraternos.
Que jamais faltem, por todo o sempre que estejam na mente sempre
presentes!
E o encantamento sobreviverá em nós, porque dos sonhos tiramos o
encanto que a vida sozinha, jamais poderá dar.
Sejamos pois, felizes e sonhadores!!!

A Paixão da Sua Vida

Amava a morte
Mas não era correspondido
Tomou veneno
Atirou-se de pontes
Aspirou gás
Ela sempre ela o rejeitava
Recusando-lhe o abraço

Quando finalmente desistiu da paixão
Entregando-se à vida
A morte, enciumada
Estourou-lhe o peito

Criticaram meu sorriso, parei de sorrir
Disseram que eu sou um peso, da vida deles eu sumi....

Se eu fui e voltei, e eu fui denovo, pode ter certeza que eu não irei voltar mais.

(Des)Ilusão

Calem-se os poetas,
Ruam as paixões,
Matem-se os ascetas,
Afastem-se ilusões,
Cativem-se as musas,
Destruam-se uniões,
Imagens difusas,
E bobos corações.

Vivam os cobardes,
Que ao som de trombetas,
Dancem em alardes,
Quedas de cometas!
Vivam, os errantes,
Obtusos, patetas!
Morram os amantes,
Estirados em valetas!

Viva eu, senhor cruel,
De ti, um tirano,
Lábios de mel?
Danado insano
Destilando fel
De ti flor, profano,
Actor de papel:
Fim! Fim! Desce o pano...

Vem! Vem, doce Morte,
Abriga os sem sorte,
Traz ventos do norte,
Faz-me teu consorte,
Cede à minha corte,
de noivo sem porte,
Prisão negra, forte,
Vem, querida morte!

Alucinação

És a minha realidade e o meu sonho,
a íngreme montanha escalada.
És o meu mais belo desejo secreto,
e eu a verdade que tanto almejas.

Permaneces irredutível,
mas não totalmente distante,
porque és um sonho de felicidade
e muito mais do que mera sorte.

És a minha mais bela ilusão,
és o pólo da minha juventude!
E na tua sombra está o eco
de tudo o que evocámos.

O meu coração tem uma história restrita,
Abandonado na dor e por desejo
no grande amor que te dedica.
A verdade é a tua alma de poetisa.
Onde nos beijamos, amantes
Perfeitos, no mundo do encontro
e de um desditoso adeus.

És a minha alucinação tecida,
A tua aura cheia de sol girou
fora deste meu inebriado sonho.
Que disse que serias, cruel,
apenas um volúvel encanto,
um símbolo farto de vaidade,
esmagadora, fria, desdenhosa.

Assim não existirias mais,
nem viverias dentro de mim,
pelo que choro no silêncio
do meu caminho errante.
Mas espero-te como o sol
no meu coração ferido.

Porém, és a chama que me abrasa
porque tudo que nós amamos,
teimosamente, nós vivemos!

Amar-te

Ah, se um sorriso teu aflora
em teus lábios numa promessa
de beijos, é a ventura de te amar!

Ah, se um olhar teu se esvai
radiante de teus olhos de mel,
é a alegria de te amar!

Ah, se um sussurro teu se evade
de tua boca ornada de mil desejos,
é o prazer de te amar!

Ah, se com as tuas mãos me afagas
o rosto e se perdem no toque,
é o desejo de te amar!

Ah, se teus braços lestos me envolvem
em abraços, terna e infinitamente,
é o êxtase de te amar!

Ah, se teu corpo amante ao meu
se entrega exigindo mútua doação,
é amar-te eternamente!

De repente,
Seu mundo cai,
Desmorona nas tuas costas,
E você não sabe oque fazer,
Fica perdida
Sem rumo,
Como um cão sem casa...

Inserida por Viic500

Você me amou,
Não adianta negar!
Eu sei oque é ser amada,
Mas queria que você tivesse me ensinado
A amar...

Inserida por Viic500

Vamos brincar de achados e perdidos?
Se você encontrar meu coração,
Te falo onde está,
O beijo que te roubei...

Inserida por Viic500

Aldeia de Menino

Na aldeia, perdida no alto monte,
estreitada num vale verde,
rústica de odores matinais.
Meu olhar vagueia no horizonte,
limitado de céu e se perde
em mil sussurros de adágio.

Aldeia de fragrâncias naturais,
de cores divinas matizadas:
os verdes, os amarelos, os laranjas…
Os fumos do lar em espirais
voam como danças orquestradas,
pelo vento, em farrapos e franjas.

Minha alma rejubila feliz,
livre da escravidão de amores
inventados por cruel nostalgia;
Meu corpo, renova, qual petiz,
sangue, lágrimas, suores...
Esvai-se em vida de rebeldia.

Minha boca sorri, desabrocha
líricos de louvores eternos
à natureza pejada de vida;
Minha boca grita e desbocha
canções, desafios de infernos,
toada monocórdica perdida...

Desculpai aves, desculpa rio,
por quebrar as vossas melodias,
desculpa vento por seres arauto
do meu patético desvario.
Desculpai, cedo virão calmarias
para vós e dores para mim, incauto...

Na aldeia, meu paraíso real,
liberto do mal, perdido de mim,
sou menino travesso, sorrindo...
Por irmãs e por irmãos, afinal,
tenho a rosa, o cravo e o jasmim,
que me acenam - sinto-me bem-vindo!

Inserida por TristePoeta

⁠eu nem acredito que eu fiz isso,
depois de tudo que eu vivi, eu desistir ....
realmente eu sou um fracasso

Inserida por Quezia_Raquel2007

Sou muito lógica, o que me permite enxergar os detalhes mais estranhos e perceber com clareza o que os outros ignoram.