Poemas Góticos
Em cada gesto, um abraço sutil,
tua presença ilumina a sombra do dia,
as palavras que dançam nas costas do vento,
trazem a suavidade de um lar que nunca se esquece.
Teus olhos,
janelas de ternura
e verdade,
transmitem a essência de um amor que pulsa,
como as estrelas que adornam a noite silenciosa,
agradeço-te, coração que habita em meu ser.
Caminho de Luz e Sombra
Em meio ao caos, onde a sombra se alonga,
E a voz da injustiça ecoa estridente,
Cultivar a esperança, planta singela,
É ato de coragem, sublime e urgente.
Não se trata de negar a dor que nos cerca,
Nem de fingir que tudo está em paz,
Mas de buscar, na brecha da incerteza,
A força que nos impulsiona a avançar.
Criticar o que é errado não é pecado,
É dever de quem busca a verdade e a luz.
Quem cala diante da injustiça cometida,
É cúmplice da escuridão que nos seduz.
Não somos máquinas de sorrir,
Nem fantoches que dançam ao som da mentira.
Somos seres pensantes, capazes de sentir,
E a indignação é a faísca que nos inspira.
O otimismo não é máscara que se usa,
É chama que, acesa, ilumina o caminho.
É a certeza de que, juntos, podemos mudar,
E construir um mundo mais justo, mais digno.
Não somos pessimistas, somos realistas,
Que veem a dor, mas não se deixam vencer.
Com a razão e a esperança como guias,
Lutemos por um futuro melhor, sem esmorecer.
Da Ideia à Criação
Antes da lâmpada brilhar,
houve a sombra da ideia,
um pensamento que se insinuava
como quem espreita o destino
sem revelar suas intenções.
O homem, em suas limitações,
só cria porque contempla
o que ainda não existe.
Do verbo ao cosmos,
do planar ao conceito de vôo,
tudo vibra na necessidade
de criar o novo, de moldar o nada.
Pensar é plantar mundos,
colher inovações
que o futuro não supõe.
É fazer do impossível o alicerce
e do impensável
o corpo da criação.
A primeira ideia foi o verbo,
e, desde então,
cada invenção é como uma prece
que nasce nos cantos da alma,
esperando o instante
em que essa ideia se faça matéria.
No peito apertado, a tristeza se aloja,
Uma sombra fria que o coração carrega.
Lágrimas silenciosas, a alma se afoga,
Um mar de melancolia que me entrega.
Nuvens cinzentas pairam no céu da vida,
Um vazio profundo, sem luz nem calor.
A tristeza sussurra, dor que não se esquiva,
Um lamento solitário, sem sabor.
Caminho pelos dias com passos pesados,
Um suspiro constante, um nó na garganta.
A tristeza me envolve, em seus braços sombrios,
Um fardo que carrego, uma dor que me encanta.
Mas mesmo na tristeza, uma chama persiste,
A esperança sussurra, um abraço de alento.
No sombrio inverno, o sol há de surgir,
E a tristeza se transformará em lamento.
Assim, ergo-me em meio à escuridão,
Construindo força na fragilidade.
A tristeza se desvanece, em cada canção,
E renasce a alegria, com serenidade.
Eu estava seguro e maduro.
Havia acabado de construir o meu muro.
Me escondi, na sombra, no escuro.
Pois dá muito trabalho limpar o entulho.
Aí você apareceu assim, tão de repente.
E eu, que fazia um esforço para não ver gente.
Fui puxado para fora e fiquei contigo frente a frente.
Senti o teu calor, teu ânimo, sua alegria.
Deu vontade de correr, como de hábito eu fazia.
E você, sem fazer nada, fez eu querer sua companhia.
Eu estou surpreso e não sei o que fazer, pensar ou dizer.
Esse mundo onde as palavras faltam e o fôlego tremula.
É medicação para a alma, que nunca tomei nem li a bula.
E o pior é que eu, antes tão comunicativo, fico tímido quando você aparece.
A expectativa de encontrar amanhã, a cada noite cresce.
Meus lábios querem os seus e a sua alma já te contou.
Nessa linguagem silenciosa que o amor é doutor.
Esse seu silêncio que parece que não quer ou que não me entendeu.
Me deixa apreensivo e lembrando das vezes, que o meu coração já doeu.
O que eu faço agora, me diga como você entrou?
Pois esse coração que antes era valente, flechado por você se acovardou...
Era uma vez um homem que um dia fora luz, mas hoje é um todo de trevas, por amar até a sombra de alguém.
Era uma vez um homem que sempre via aquela doce face no rosto de outrem.
Era uma vez um homem que por ela daria a própria alma, e se tivesse mais de uma, daria mais de cem.
Era uma vez um homem que amava, mas não sabia a quem.
Era uma vez um homem que não sabia como fechar as feridas que têm.
Era uma vez um homem que, por amar demais, já não distinguia o que lhe fazia mal ou bem.
Era uma vez um homem que descobriu que, para se ter felicidade no amor, é só amando ninguém...
O Camboatá-Branco doa
a sombra poética e inspira,
Te quero com amor
e sempre com toda energia,
De longe já percebo
que me deseja como companhia
não só para um momento,
e sim para toda a nossa vida.
Entre as flores e os frutos
da Canela-Guaicá,
Agradeço a sublime sombra
concedida nos dias quentes,
Para você envio poesias
e as minhas preces intermitentes.
As noites são mais tristes
Os dias são mais cansados
Se esconde sombra aos prados
Da mesma luz que vistes
Há noites não tão tristes
Dos dias mais agitados
De versos inacabados
Do mesmo amor que vistes
Nasceu como nasce poder
Invólucro do que precisa pensar
E não do que precisa ser
Fadado era então a fracassar
Desnudado de quem se recusa a crer
Que poderia o amor falhar
Sob a sombra da Crindiúva
o meu olhar te encontra
e o teu amor devagarinho
com poesia foi tomando
conta com tudo aquilo
que pedi no meu caminho.
O Verdadeiro perigo reside na sombra, onde o inimigo oculto espera pacientemente para agir. Aquele que subestima seu inimigo oculto está destinado a ser surpreendido pelo inesperado. A maior vitória sobre o inimigo oculto é revelá-lo à luz, expondo suas tramas e frustrando seus planos. Nunca subestime o poder do inimigo oculto, pois suas táticas são sutis, seus movimentos são silenciosos e sua presença é quase imperceptível.
O inimigo oculto é como uma névoa traiçoeira que se insinua sorrateiramente, mas pode ser dissipado com a luz da vigilância constante. A mente do inimigo oculto é um enigma sombrio, mas com astúcia e perspicácia, podemos decifrar seus segredos e neutralizar sua ameaça. O inimigo oculto é uma ilusão enganadora, mas através da sabedoria e da compreensão, podemos expô-lo e derrotá-lo. Aprenda a ler nas entrelinhas, pois é onde o inimigo oculto sussurra seus planos mais sinistros.
Fora da Sombra
Viveu na sombra por muito tempo
Sem questionar o que via ou ouvia
Mas um dia sentiu uma vontade
De explorar o mundo que existia.
Você saiu da sua zona de conforto
E descobriu que havia muito mais
Do que apenas sombra e zunido
Muito mais do que havia aprendido.
Sair da caverna traz consequências
A luz fora de lá é intensa
Ela liberta mas faz exigências,
Já que agora você pensa.
Diante de uma nova realidade
Viu que nem tudo era como imaginava
Se encantou com a beleza e a diversidade
Mas também se deparou com a maldade.
Você aprendeu tudo o que podia
Para enfrentar os desafios apresentados
Ganhou novos inimigos e aliados
E percebeu que as coisas mudavam todo dia.
Sair da caverna traz consequências
A luz fora de lá é intensa
Ela liberta mas faz exigências,
Já que agora você pensa
Às vezes até sente saudade
Da época em que vivia na ignorância
Mas sabe que não pode voltar
Pois agora você tem consciência.
Sair da caverna traz consequências
A luz fora de lá é intensa
Ela liberta, mas faz exigências
Já que agora você pensa.
Agora você tem consciência
E isso faz toda a diferença.
O Pessegueiro-Bravo dá
sombra em tempos
de grande aquecimento
somente a sombra já
é uma grande utilidade,
Existe gente que é como
o Pessegueiro-Bravo,
que é melhor mesmo
deixar onde a pessoa
está para não se intoxicar:
cada um no seu lugar.
Há Peitos-de-pombos
plantados para dar
sombra e proteger
este ranchinho,
E eu para te cobrir
com poemas e carinho.
Sombra presente
A sombra tornou-se minha porta-voz
Aquela que fala por nós
E que aqui dentro ocupou um território extenso
Dando-me certeza de onde pertenço.
Nômade com certeza absoluta
Mas com um fraco pelo que assusta
E que vagueando pelo solo de folhas mortas
Entendeu ser fruto de manipulativas cordas.
Amante da noite luxuriosa
Com desejo por momentos quentes que não tem volta
E com o vento gelado socando a minha cara
Percebi que felicidade sempre é rara.
O peso do mundo nunca é suportável
A alegria? Inalcançável
E quando Deus parece ser menos bondoso
O fruto proibido se torna mais saboroso.
Símbolo de rebeldia
A noite que derrota o dia
E que doce como o pecado
Diz que às vezes prazeroso é ser errado.
É que o belo nascer do Sol ao fundo
Que faz esquecer de quanto aqui é imundo
Pinta o céu de laranja as seis
E então, a falsa esperança se fez.
Honesto mesmo é o entardecer
Afinal quando as trevas dentro de mim começam a crescer
Vem a tona os crimes que eu
Jurei nunca, em hipótese alguma, cometer.
Na quietude do vazio, eu sinto a solidão,
Um eco solitário, uma sombra na escuridão.
Palavras ecoam sem resposta, o coração anseia,
Um anseio por conexão, uma busca pela ideia.
Caminho solitário pelas estradas do pensamento,
A solidão me envolve, um sentimento lento.
No silêncio das horas, meu ser busca companhia,
Um toque de empatia, uma luz que me guia.
Mas na solidão também encontro espaço para crescer,
Explorando meu mundo interior, aprendendo a compreender.
É uma jornada solitária, mas não sem valor,
Pois é na solidão que descubro meu próprio clamor.
Assim, abraço a solidão como parte do meu ser,
Uma oportunidade de reflexão, de me conhecer.
E enquanto busco conexões que possam me abraçar,
A solidão continua a me ensinar e a me transformar.
CORDELZINHO DA NATUREZA
Andei cedo pelos campos
Levei lápis e papel
Sentei numa sombra
Fui rabiscar um cordel
Queria numa tela pintar
Faltou tinta e pincel.
Levantei seguir andando
Quando vi dois passarinhos
Pousados no meio das flores
Sem furar os seus pezinhos
Aquelas flores tão belas
Eram cheias de espinhos.
O Sol estava sumindo
Levando a tarde embora
Estava tão entretida
Nem percebi a hora
Quando no caminho surgia
Uma bondosa senhora.
Seguimos juntas para casa
Começando uma boa prosa
Ela agachada colheu
Uma linda flor cheirosa
Perguntei que flor é essa
Ela disse, pra você é uma rosa.
Recebi das mãos bondosas
Com tanta delicadeza
No olhar ela transmitia
Toda a sua grandeza
De repente como fumaça
Sumiu no meio da natureza.
Até hoje me pergunto
Fico tão emocionada
Quem foi aquela mulher
Surgiu assim do nada
Parecia um anjo enviado
Doce e tão amada.
Autoria Irá Rodrigues.
Na sombra do ébano, o corvo negro pousou,
Seu coração aflito, pelo vermelho se encantou.
Sonhou dedicar-se, amparar com ardor,
Mas no passado vermelho, feridas eram a flor.
Alado de carmim, o pássaro vermelho voava,
Um passado de dores, em seu peito pesava.
O negro ofertou amor, prometeu proteger,
Mas o vermelho, em sua dor, não podia entender.
O negro, tão leal, quis curar cada mágoa,
Mas o vermelho, ferido, não podia abrir a alcofa.
O amor era fardo, pesado demais a suportar,
E assim, triste e solitário, o negro o viu partir e vagar.
O ébano viu o vermelho alçar voo distante,
Seu coração sangrou, dor insuportável e constante.
Nas asas da saudade, o vento os separou,
O negro ficou, sozinho e abandonado, dilacerado.
E no ar, o lamento do ébano ressoou,
História de amor e dor, na escuridão ecoou.
Duas almas que anseiam, mas não podem se entrelaçar,
O negro, ferido, assiste o vermelho partir, seu coração a sangrar.
Sombra
Você vai, eu vou,
me espera, por favor.
Você toca, eu toco,
me sinto, um pavor.
Você dança, eu danço,
me liberto, num furor.
Você olha, eu olho,
me revelo, minha dor.
Na sombra da traição, a dor se faz presente,
Um laço quebrado, um coração que mente.
Promessas desfeitas, confiança desvanecida,
Na tristeza profunda, a alma fica perdida.
Palavras traídas cortam como lâmina fria,
Amargura se instala, como nuvem sombria.
Lágrimas contam histórias de lealdade quebrada,
Na traição, a tristeza é a ferida mais cortada.