Poemas Góticos
No peito apertado, a tristeza se aloja,
Uma sombra fria que o coração carrega.
Lágrimas silenciosas, a alma se afoga,
Um mar de melancolia que me entrega.
Nuvens cinzentas pairam no céu da vida,
Um vazio profundo, sem luz nem calor.
A tristeza sussurra, dor que não se esquiva,
Um lamento solitário, sem sabor.
Caminho pelos dias com passos pesados,
Um suspiro constante, um nó na garganta.
A tristeza me envolve, em seus braços sombrios,
Um fardo que carrego, uma dor que me encanta.
Mas mesmo na tristeza, uma chama persiste,
A esperança sussurra, um abraço de alento.
No sombrio inverno, o sol há de surgir,
E a tristeza se transformará em lamento.
Assim, ergo-me em meio à escuridão,
Construindo força na fragilidade.
A tristeza se desvanece, em cada canção,
E renasce a alegria, com serenidade.
Eu estava seguro e maduro.
Havia acabado de construir o meu muro.
Me escondi, na sombra, no escuro.
Pois dá muito trabalho limpar o entulho.
Aí você apareceu assim, tão de repente.
E eu, que fazia um esforço para não ver gente.
Fui puxado para fora e fiquei contigo frente a frente.
Senti o teu calor, teu ânimo, sua alegria.
Deu vontade de correr, como de hábito eu fazia.
E você, sem fazer nada, fez eu querer sua companhia.
Eu estou surpreso e não sei o que fazer, pensar ou dizer.
Esse mundo onde as palavras faltam e o fôlego tremula.
É medicação para a alma, que nunca tomei nem li a bula.
E o pior é que eu, antes tão comunicativo, fico tímido quando você aparece.
A expectativa de encontrar amanhã, a cada noite cresce.
Meus lábios querem os seus e a sua alma já te contou.
Nessa linguagem silenciosa que o amor é doutor.
Esse seu silêncio que parece que não quer ou que não me entendeu.
Me deixa apreensivo e lembrando das vezes, que o meu coração já doeu.
O que eu faço agora, me diga como você entrou?
Pois esse coração que antes era valente, flechado por você se acovardou...
Quem recebeu o privilégio
de compartilhar a sombra
de uma arvore durante
a infância jamais esquece,
A árvore emprestou o galho
para pendurar o balanço,
os gravetos para as brincadeiras,
o fruto ingenuamente "furtado"
e mora até hoje no coração
da nossa criança interior sempre
naquele sonho de fugir de tudo
para construir a sua casa na árvore
quando tudo estiver por um fio,
alguns até tiveram a sorte
de ter a sua casinha na árvore,
Eu mesma não tive uma casa
na árvore e o fato de existir uma
árvore por onde eu passasse
sempre me fez feliz e não mudei;
Quem não percebe o quanto
ela foi importante, ela é e seguirá
sendo não caiu em si que temos
que fazer tudo pelas florestas
se quisermos continuar vivendo,
Sei que ninguém nasceu sabendo,
sei também que não diferente
de uma árvore todos merecemos
continuar se desenvolvendo,
Porém, sei que sem florestas ou
sem a sombra de uma única árvore
estamos fadados a acabar morrendo.
Bem ou Mal
A solidão não é algo ruim.
E, sim, algo inseparável da vida.
É a sombra, a luz, o silêncio.
Ressoa nas cavernas da alma.
Em meio a horas de ausência,
Quando o mundo parece distante,
A solidão revela a essência da alma humana.
Como uma amiga silenciosa.
Tristeza é uma fiel companheira.
Como um véu escondendo o sol,
Mas mesmo no choro mais profundo,
Há um aprendizado e um alívio.
Seja no eco da própria voz,
Ou ao som de um movimento solitário,
A solidão é a tela em branco da solidão.
Onde o coração revela o seu diário.
Em silêncio, se ouve a si,
Na ausência, é possível encontrar a paz.
Em seu silêncio profundo,
É a chave para compreender quem és.
Não é uma má, mas uma etapa.
Um retrato da vida interior.
A solidão, por sua própria natureza, é a solidão.
É uma espécie de guia, um manto de amor.
Campo de Girassóis
Toco na sombra da palavra
com a minha voz dentro,
reescrevendo o caminho de pedras.
Alcanço o meu campo de girassóis
persistentemente na busca da luz.
Assim, a minha alma nasce:
Girassol,
feita de luz.
(Suzete Brainer)
Sob o Cedro-vermelho
em flor dando sombra
e descanso ao amor
é uma uma premonição
que diz que o nosso
dia está bem mais próximo
do que a gente imagina,
Por isso todos os dias
vivo em preparação com
os meus Versos Intimistas.
Na sombra do invisível, a vida dança,
Cores que ninguém toca, um eco sem aliança.
Risos sussurrados, sonhos a vagar,
Caminhos ocultos, onde o sol não vai brilhar.
Segredos do tempo, em folhas a cair,
Fragmentos de histórias que o vento faz fluir.
Cada instante perdido, um universo a explorar,
Na essência do que é, o ultimate a se revelar.
Sobre mim a inspiração,
a sombra do Cedro Branco
e tudo aquilo que inunda
os meus Versos Intimistas
com amor e paixão
em busca do caminho
para te fazer cair em tentação.
De repente tudo se distancia
aquela magia, vira sombra indecifrável
o desejo, antes puro, veste-se de medo
e a tão desejada felicidade, utopia.
por que caminhos viram atalhos?
por que o amor não prevalece
por que tantos porquês?
Quero dizer,
por tanto egoísmo e autodefesa
a mesa nunca será posta como sonhamos
talvez um pequeno lanche
e isso justificaria a fome de tanta gente
ser consumida rápidademais
A sombra de uma bela
árvore de Guanacaste,
Uma conexão ancestral
com a palavra e a terra.
Eu sou aquela do jeito
que você quer ter,
pode ser e do jeito
que você assim quiser.
A Primavera perpétua,
inevitável e poética
que vem te movendo
e me inteira querendo.
Com os olhos fechados
o oceânico sonho,
com os olhos abertos
desejos em festejos despertos.
Vida é fio tênue em dança infinita,
Rastro de luz que atravessa o escuro,
Sombra e brilho, caos e harmonia,
Vento que sopra o destino impuro.
Sonhos são barcos em mar revolto,
Navegam por águas de dor e prazer,
Entre calmarias e tempestades,
Na busca incessante por se entender.
O tempo, artesão de memórias e mágoas,
Desenha rugas e costura cicatrizes,
Nas marcas que ficam, somos eternos,
Peças de um quebra-cabeça sem final.
Mas entre nascer e morrer, somos mais,
Somos a chama que insiste em arder,
E nas cinzas do fim, renascemos
Na eterna promessa de recomeçar.
Talvez eu seja um fantasma
Vagando sem rumo
Procurando uma razão
Apenas uma sombra
Existindo em vão
Talvez eu seja só um sussurro
Um grito em silêncio
Na escuridão
Gigante Oak milenar
que vida e sombra
para os seres concede
a relembro com honra.
No éter, no brio e memória
não esqueço jamais
de como iniciou a História,
glória eterna ao heróis da terra.
Nada apaga sob a tua
sombra porque a mente
ao menos descansa.
Enquanto te lê porque
de mim ninguém consegue
por muito se Deus esconder.
Em cada gesto, um abraço sutil,
tua presença ilumina a sombra do dia,
as palavras que dançam nas costas do vento,
trazem a suavidade de um lar que nunca se esquece.
Teus olhos,
janelas de ternura
e verdade,
transmitem a essência de um amor que pulsa,
como as estrelas que adornam a noite silenciosa,
agradeço-te, coração que habita em meu ser.
Caminho de Luz e Sombra
Em meio ao caos, onde a sombra se alonga,
E a voz da injustiça ecoa estridente,
Cultivar a esperança, planta singela,
É ato de coragem, sublime e urgente.
Não se trata de negar a dor que nos cerca,
Nem de fingir que tudo está em paz,
Mas de buscar, na brecha da incerteza,
A força que nos impulsiona a avançar.
Criticar o que é errado não é pecado,
É dever de quem busca a verdade e a luz.
Quem cala diante da injustiça cometida,
É cúmplice da escuridão que nos seduz.
Não somos máquinas de sorrir,
Nem fantoches que dançam ao som da mentira.
Somos seres pensantes, capazes de sentir,
E a indignação é a faísca que nos inspira.
O otimismo não é máscara que se usa,
É chama que, acesa, ilumina o caminho.
É a certeza de que, juntos, podemos mudar,
E construir um mundo mais justo, mais digno.
Não somos pessimistas, somos realistas,
Que veem a dor, mas não se deixam vencer.
Com a razão e a esperança como guias,
Lutemos por um futuro melhor, sem esmorecer.
Da Ideia à Criação
Antes da lâmpada brilhar,
houve a sombra da ideia,
um pensamento que se insinuava
como quem espreita o destino
sem revelar suas intenções.
O homem, em suas limitações,
só cria porque contempla
o que ainda não existe.
Do verbo ao cosmos,
do planar ao conceito de vôo,
tudo vibra na necessidade
de criar o novo, de moldar o nada.
Pensar é plantar mundos,
colher inovações
que o futuro não supõe.
É fazer do impossível o alicerce
e do impensável
o corpo da criação.
A primeira ideia foi o verbo,
e, desde então,
cada invenção é como uma prece
que nasce nos cantos da alma,
esperando o instante
em que essa ideia se faça matéria.
Introspecção
Colho rosas na entrada
dos meus olhos, à noite.
A minha alma sem sombra
adormece nas palavras de paz.
Sombra da Existência
Em meio a uma noite que aos poucos me consome,
Percebo que a solidão é o que me domina,
De dentro a fora.
Entendo que a vida não me proporciona alegria,
Mas, em si, tristeza.
Triste mundo onde vivemos,
Triste gente que não sabe seu valor.
Após um velho senhor dizer em meus pensamentos
Que a vida é um ciclo sem fim,
Onde tentamos esconder nossa dor
E fugir dos nossos sentimentos.
Penso como alguém me destruiu
Em apenas um segundo de pensamento,
Em apenas um piscar de olhos percebo
Que ela não está mais lá.
Onde você está, em meio à escuridão
Destas noites sem fim,
Sem chance de encontrar-te vivo,
Pensando no que poderíamos ter sido
Em outra realidade?
Péssimo destino, que não entendo
Nada do que vejo.
Pego-me pensando: por que a vida
Sempre nos acorda ao nascer do sol,
Mas a escuridão que me cerca
Não me permite ver a luz.
Agora, no fim desta madrugada,
Percebo quem serei no futuro
Que estou alcançando.
Em um mundo de luz e sombra,
Ela caminha com graça serena,
Seus passos ecoam na terra,
Como a melodia de uma harpa plena.
Seus olhos são estrelas que brilham,
Refletindo sonhos e esperanças,
Um mar de coragem que nunca vacila,
Desafiando as ondas e as instâncias.
Mulher incrível, força da natureza,
Tece histórias com fios de amor,
Com um sorriso, transforma a tristeza,
E abraça o mundo com fervor.
Ela é a flor que desabrocha na primavera,
Um farol que guia em noites escuras,
Seus braços abertos, uma bandeira,
De paz, de luta e de aventuras.
Cada cicatriz é um conto vivido,
Cada riso, uma vitória cantada,
Ela é a essência do que é querido,
Uma alma livre, uma jornada.
Assim, celebremos sua existência,
A mulher que inspira e transforma,
Com sua beleza, força e resistência,
Uma verdadeira obra de arte que se forma.
Estica-te perna se tens quem te governa,
No calor do verão, à sombra frondosa,
O sol acarinha, a tarde se alterna,
Em murmúrios de brisa tão silenciosa.
Deitado no jardim, espreguiçadeira amiga,
O tempo se dissolve em suspiros de paz,
Enquanto a vida, num quadro, se abriga,
E a tarde se estende, preguiçosa, voraz.