Poemas Góticos
Deixei de ver o passado
Faltam-me olhos compridos
E na divisa
sentei-me à sombra
e a encolhi até meus pés
Risquei o chão
de limites
Asas me voam
Sigo o caminho
Sou feito de corações.
O Velho homem retornou a sombra
na mesma sombra que viu crescer, as sementes que germinou
Desconheceu os traços e as formas abstratas dos seres
que um dia amou, naquele quintal de flores e tentou de alguma forma
conectar os traços familiares, separados pelo tempo e notou, que o menino, não reconheceu mais a pátria, a mais velha das irmãs, incompreendida de aflições, da colheita da vida, a outra, ainda encontrou-se no desvio de conduta, a revolta acompanhou a menina órfã, houve-se por falta de compaixão a rejeição, aos quinze anos, o lar não foi mais capaz de ser o seu refúgio, mas agora a menina, tornou-se moça, mãe, se casou e foi suprimida pelo amor de suas filhas e filhos e está a refletir suas ações
O menino tornou-se, moço, de uma língua estrangeira e não compreendeu as ações dos homens capitalistas. O velho homem riu, pareceu, que se reencontrou com a sua juventude de pensamentos.
Depois o velho homem subiu a rua, por um instante, no velho lugar, onde depositou, suas reflexões ao pôr do sol, na velha praça esperança do seu sonho, que nunca concretizou!
Então, o velho homem despediu-se, seguiu com a caravana, que lhe acompanhou e retornou para pátria celestial.
Cerro Negro
Entre os montes gêmeos
a sombra é o teu nome,
É o que a História conta;
Nas araucárias do destino
que tu abrigas o poema
pediu abrigo porque te honra.
Nas tuas águas milagrosas
e abençoadas pelo Profeta,
Encontro a ligação profunda
com esta divina terra
E no sorriso da tua gente
o tesouro mais bonito
que pode ser visto na face da Terra.
Meu Cerro Negro, nem mesmo
o tempo me separa de ti
e isso não é nenhum segredo,
Meu Cerro Negro, não há outro
além de ti meu rincão amado,
Meu Cerro Negro, todo o dia
o meu amor só cresce e fazes
este coração entregue e apaixonado.
Na Sombra Do Sol.
Sol,às vezes só.
Às vezes Sol,e jamais distante da vida.
Porque a vida é por você,e em você a luz vive.
Vive por você,por outras coisas,outros lugares,em outros amores.
Sol surgindo,sempre.
No amanhecer,que te relembra,Sol que se refaz.
Lindo Sol,esplêndido entre as nuvens,olhar que fascina,as mesmas nuvens bonitas.
Sol e não sóis.Porque somente nesse mundo azul,uma estrela vive,é viva e brilha.
É uma estrela de amor,luz sensível,amor sem querer.
O Sol sorri,e sorrindo afasta as sombras.
O Sol,inspira o sonho do infinito,amor que em luz,se curva.
Em chamas se perde,mas ainda se ama.
Sol feliz,Sol gigante.
Amando sem talvez,de longe só,aos poucos amor,sem deixar de ser Sol.
Lembranças
Se o amor queimásse...
A sombra fugisse...
Começaria de novo...
Com tudo o que disse...
As dores que eu sentia...
Pelas vozes que não ouvia...
As lembranças lá de longe...
Eram sorrisos dum qualquer dia...
Caminhar a qualquer hora...
Em busca da alegria...
São sombras duma verdade...
Como vidas dum só dia...
Vida é luz e sombra,
Um jogo infinito de opostos.
Aprender a viver nos dois momentos,
É voar nos sentimentos.
Vozes do passado
- Compõem pinturas –
e expõem na tela
traços de lonjuras
A vida
é sombra
de sonhos
fantasiados.
O tempo...
Jovens noites de brisa
Nostálgica juventude.
Brincar, se divertir
A vida feliz!
Esconder, mostrar?
O que queres!
Na sombra do coqueiro
A juventude
A passar nos olhos
A ilusão
Da água do coco
Ser sempre doce!
Será a vida?
Interrogação
Indagação
Comparação
As entrelinhas
Da degustação
Talvez dê
O sabor dos movimentos
Que compõem
O ser!
Perguntas podem,
Ou não podem?
Contextos serem
Levados em considerações?
Será plausível
A existência
E o potencial
Do amor
Pela vida!
Trago nos olhos
O brilho do sol
de verão.
A sombra nos tijolos
forma no muro
algo sem tradução.
A imaginação colore
com jatos férteis
vindos do coração.
O preço do meu sorriso inocente
Há coisas que o dinheiro não pode comprar. Por exemplo:a sombra de um ipê amarelo,a Pedra do Baú,o badalar do sino da matriz, o canto do periquito-principalmente daquele periquito de olhos vermelhos que vem me dar bom dia todos os dias, ao pé da minha janela, até nos dias mais embaçados do inverno.
Em geral, sempre escutei "Você precisa estudar bastante até não aguentar mais, assim você vai conseguir ter um bom trabalho e ganhará muito dinheiro e será feliz”. Será mesmo que estudar até acabar com a minha saúde mental vai me trazer felicidade no futuro? Talvez a minha felicidade não seja algo através do dinheiro, acho que me sentir amada e aceita pelo menos uma vez irá colocar meu hormônio da alegria em dia.
Ver meu querido e amado padrinho pelo menos mais uma vez, iria tirar meu sorriso mais inocente, igual a criança sapeca e feliz que eu fui um dia. Eu tento preencher esse vazio com bens materiais, mas eles não são nem a metade do que eu preciso para terminar com a minha angústia.
E se a minha felicidade não for capaz de ver o dinheiro como resultado dela? Talvez os sorrisos que um dia eu dei por ter ganhado ou comprado algo que tenha me trazido algum sentimento ou sensação boa, mas acho que estar na casa da minha avó, vendo-a sorrir com seu sorriso maroto ou comer sua comida divina seja realmente o significado dos meus sorrisos e risadas mais verdadeiros, que eu não vejo há muito tempo.
E isso o dinheiro não pode comprar.
Na sombra das asas
voa
Inventa movimentos
Repousa
Sossega
Encolhe
- Impiedosamente#2;Some
Perde-se
do sol.
Nas asas internas
À luz
na parede
projeta
objetos
Nas asas da noite
silencia,
se ausenta.
Repousa
noturna solidão.
A linguagem metafísica e dualista de (luz/sombra, ciência/opinião, essência/aparência), podemos afirmar que somosprisioneirosde 'máquinas tiranas'.
Há correntesque nos retém como os hábitos retrógrados e nocivos (os vícios, opostos da virtude) que, se não impede, ao menos dificulta o acesso ao conhecimento. Aquelas também são nossos pseudoprazeres, a rotina e ilusão de realidade, resultado da simulação neurointerativa (redes sociais).
É natural que acreditemos nelas como sendo a própria realidade - quando na verdade não são.
Se você está sonhando e não percebe, como pode saber que tudo aquilo não é realidade?
Contrastes
Esse ano vivi contrastes como em nenhum outro
Posso dizer sem sombra de dúvidas que o diabo existe,
Mas que Deus também existe, que não me abandona jamais
E me faz mais que vencedor
Esse ano eu a vi a saudade dos meus pais me judiar
Mas vi também pelo sobrenatural o sorriso deles por minhas conquistas
Esse ano eu fui magoado por quem eu não esperava
Mas fui abraçado por quem realmente me amava
Esse ano eu fui chamado de vagabundo por causa de bens materiais
Mas fui homenageado pelo amor dos meus irmãos
Esse ano eu fui despejado de casa
Mas tinha um teto preparado para acolher minha família
Esse ano perdi pessoas que pensei serem admiráveis
Mas ganhei a paz interior
Esse ano eu vi a morte rondando pessoas que amo
Mas também vi a mão de Deus os afastando do mau
Esse ano eu chorei sozinho e escondido
Mas eu também chorei dentro de um abraço
E nesse ano de contrastes também vi que é preciso aprender a ver com o coração
E que os olhos servem apenas de alerta
Que a mentira e o ódio, podem esta atrás de um sorriso
E que o verdadeiro sorriso não esta nos lábios, mas nas atitudes
Nesse ano de contrastes aprendi que a teoria é algo comum de se fazer
Mas na prática só faz quem tem Deus no coração
Que as esquinas das ruas e sinagogas estão cheias de bons oradores
Mas com corações vazios de amor e cheios de egocentrismo
Mas vi também que o amor sempre vai reinar
Porque quem tem Deus tem o amor.
E a esse ano eu quero dizer adeus
E esquecer tudo de mal que me foi feito
E glorificar a Deus pelos velhos e novos amigos,
Pela família que tenho,
Pelo amor de Deus em minha vida
E que venha o próximo ano debaixo da proteção de Deus
Dos seus cuidados e do seu amor.
A vida te ensina a andar como ela anda
E não perder tempo pros vermes que só faz sombra
Sempre cumpri meu dever, mas com inteligência
Nem tudo é no seu tempo, viver é um teste de paciência
Passos e passeios
(Victor Bhering Drummond)
Quando a caminhada é feita sob a sombra
Ou sob a luz do luar;
Quando ao invés de contar os passos
Você admira os edifícios, suas formas,
Suas histórias;
Quando ao invés de reclamar do calor
Você contempla o azul do céu,
O revoar dos pássaros.
E se ao invés de medir as distâncias,
Você aprende o valor de uma praça civilizadamente compartilhada com os
Transeuntes, os turistas, moradores e seus sonhos,
A jornada fica muito mais leve, divertida e poética.
Principalmente se foi feito o convite para alguém que aprendeu a enxergar a vida do mesmo modo que seus versos.
(Sob intenso verão de Buenos Aires, 2017/2018)
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Não é toda árvore que da fruto:
Umas da fruto outras da sombra
Umas infeita o ambiente e outra da flores.
No mundo é assim, para cada um Deus sua vida! e cada vida tem seu dom!
Socorra, ajude...!!!
(Nilo Ribeiro)
Faça teu caminho com decisão,
socorra quem está na sombra,
fará bem ao teu coração,
pois Jesus te deu esta honra
use tua luz humana,
para salvar um irmão,
essa luz Jesus emana,
e te dá como bênção
acredite...!!!
uma palavra ajuda,
nada, nada resiste,
quando Deus quer a cura
existe pessoa com fragilidade,
você pode fazer mais,
dê a ela a felicidade,
dê ao teu coração a paz
a força você tem,
Deus te dá esta benesse,
ore por alguém,
Ele ouvirá tua prece
“te desejo felicidade,
faça tua luz brilhar,
Deus te mostra a verdade,
Ela vai te abençoar...!!!”
Amém...
Seu corpo ereto faz sombra sobre o meu
Sinto todas as partes ficarem rígidas
Só os quadris ficam soltos numa dança ensaiada ente a língua e o beijo
Esqueço boa parte do mundo
Faço-me deusa, rubra face e boca
Meus poros transbordam milhares de gotas quentes
Vindas incessavelmente das nascentes do desejo.
PASSOS E GROSA
Passos, passadas
noite escura...
Música de lambada, tons
na sombra frágil figura
atrás da lâmpada de neon.
Medo, medão coração
trema, tema no espaço
compasso marca no aço
DÓ, RÉ, MÍ, SOL, LÁ, SI, FÁ
pelo norte e sul do salão
marca tempo o batucar.
Ginga na mímica a imagem
refletida na bolha, de sabão
ponteio de dedos coragem
pela calçadas a visagem
treme de medo a paixão.
Choro segredo, lagrima
aperto corpo frenesi
couro, morro, labaredas
socorro! socorro! Não...
Não é p'ra ti, nem para mim.
Antonio Montes
'LIVROS'
Tenho livros trancados no quarto,
na sombra dos porta-retratos.
Em caixas escuras,
vagando nas ruas,
estrelas sem brilho,
perdido em armários...
Empoados pelo tempo,
a couraça das capas pouco se vê.
Eclodidos,
com meios-escritos.
Engavetados na ânsia de aplausos.
Inaproveitável nos seus mais belos sentidos...
Folheados pelas traças.
Folhas soltas lapidadas.
Sem interlocutores,
ou apercebidos.
Muitos extravios,
como a vida inesperada...