Poemas Góticos

Cerca de 42211 poemas Góticos

Grita..
grita o silêncio
como uma tempestade de nada.

De nada grita o silêncio
o silêncio foge de nada.

De nada anda o tempo
perdido na tempestade.

A morte chegou no tempo
no tempo certo a horas.

Deu as boas vindas à morte
escondida a morte estava.

Escondida da tempestade
horas certas, horas do tempo.

Tempo fora de horas, talvez
chegue a morte no tempo.!!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

O silencio naquele lugar se predomina a cada instante, mas não é um silencio normal como o de uma sala de cinema. É uma coisa mais reprimida, um silencio agoniante que te incomoda em estar presente.
Ruim ao ponto de você chegar perto e perceber que tem algo errado com aquele lugar.
As pessoas que estão presente agem de uma forma triste, no olhar delas reflete uma dor inexplicável, mas por incrível que pareça algumas pessoas não intendem, não conseguem ver ou saber o porque daquilo.
O silencio e a dor que são refletidos pela morte.

Inserida por mirihein

⁠MUDEZ

O meu silêncio
Talvez não é por causa de tristeza.
A minha tristeza talvez não é a amargura da alma...

Talvez seja pelas contradições da vida.
Talvez seja por dúvidas das minhas certezas.

Talvez seja por embaraços das tuas contradições.
Talvez seja por desconfianças de tuas juras.

Talvez seja por ponderar que é nas inutilidades dos outros que se deve ficar.

Talvez seja por me perder na consideração que o amor se revela nos caos da vida.

Meu silêncio... Talvez seja por aceitar que no último estágio por aqui nada se leva, nada se é e nada vale o que se tem...
Quando se escreveu se é história, ou nada fez se é piada que outros contam na despedida.
Régis L. Meireles

Inserida por regismeireles

⁠"O melhor velório para mim é aquele em que ninguém espernea, se não chora em silêncio, entrojada em reflexões fica a gente que não tem tempo para negar a morte do morto, denunciá-lo a farsa por estar dormindo ao invés de morto; que não mexerica dizendo o morto está com os anjos; que não revela: o morto está num lugar melhor que toda a gente a volta do caixão. Que não o confere fadiga: o morto descansa agora no seio de Abraão.
Pergunto: quer gozar das prerrogativas do morto?
Só troca de olhares; ninguém responde.
Máscaras caem."

Inserida por CRIPERGUE

[...]
⁠Prenda-me,
em teu silêncio
e verei ricamente,
teus esplendores
*
Prenda-me,
Em tua coragem
Porque parte de mim
Não sabe lidar com a dor .

Inserida por AllamTorvic

Dor impermeável
As mortes menosprezados
recebem os gritos dos pequenos
e o silêncio dos grandes .

todo sangue se mistura entre nós,
todos abaixo do céu e acima da terra,
todos cobridos por terra e desdém

A dor é impermeável,
onde se insistem passagens
de promessas jogadas ao vento

A crise hoje é do amor,
Todo amor que se foi trocado
Trocado por bens e dor.

Inserida por dayane_pereira_1

Preciso ir embora

O silêncio nunca feriu tanto a alma, tornando-se uma verdadeira diabete, a cada dia aumentado a ferida provocada pela ausência. Se um dia isso vai passar? Não sei. O que tenho certeza é que nunca mais a vida será a mesma, pois as rotas dos ventos mudaram de forma definitiva.

Inserida por DanielBalu

Eu, morta e enterrada
Meu silêncio sepulcral
Serve de passagem
Uma espécie de ritual
A vida é renovada
A torre foi, enfim, derrubada.
Eu, descanso em paz.

Inserida por AlessandraGuidi

⁠Inumano, silêncio indecifrável,
Tempo calado, minuto medonho e mudo,
Penso no que restou desse estado inabitável,
Nada mais que um imoto corpo quieto,
Defunto, frio, mais uma vez vazio,

Inserida por Madasivi

🖤

O silêncio é refúgio da alma. Em silêncio nos aproximamos do sagrado. Nele, nos abrigamos no abraço de Deus.

Inserida por reconceituando

⁠O silêncio, a ausência,
a demora, a desculpa,
a falta de tempo,o tanto faz
e o pouco caso são respostas, são sinais que, às vezes,
não queremos perceber.

Inserida por luizguglielmetti

Respiro no silêncio
Sussurrando na brisa do tempo
Nas palavras que respiram ao vento.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

⁠____0020

A melancolia que trespassa seus olhos castanhos, o riso contido e o tremor do primeiro encontro.

A brisa invernosa, aliada à dúvida pairando no ar. Teu perfume, um convite, desperta em mim o temor ao questionar: 'Deveria eu beijar-te?'

Diante de tal cena, do medo em teus olhos, contrastando com a doçura de teus lábios... Agora, hesito entre partir e não sei se ainda tenho esse direito.

E nossos momentos, em silêncio, sem adentrar em palavras.

Pude ver o riso reverberar em teus olhos, provei da ternura de teus lábios e o aroma dos teus cabelos. Agora que posso lhe tocar, eu sei, és minha...

E agora, ao te ver em minha alcova, agora que te tenho em meus braços, consigo vê-lo, enxergo meu 'pecado'.

E neste momento, no seu olhar que afaga, nos lábios, nos cabelos que exalam tua essência, eu quase que me perco, e me encontro mais adiante entre seus olhos de cigana e ainda sem saber decifrá-los.

'São duas incógnitas, um que deseja e outro que afugenta-me'

E seus olhos que não consigo ler e me inquietam a alma, és labirinto maldoso que não prende nem dá norte.

E me encontro perdido em teus olhos, em teu cheiro e não poderia de nenhuma maneira contestar ser assim, fugaz, pois fui eu quem pecou primeiro contra ti.

Eu que cheguei a ti e foi eu quem lhe despiu, toquei o secreto do seu jardim e adentrei com malícia em seu corpo.

Se sou culpado, condene meus atos de prazer e gestos gentis e não tenha piedade, sei que em cada movimento e olhar existiu mais que desejo.

Inserida por Breno_Reatequim

Os faladores não nos devem assustar, eles revelam-se: os taciturnos incomodam-nos pelo seu silêncio, e sugerem justas suspeitas de que receiam fazer-se conhecer.

Muitas coisas melhor se diz calado, pois o silêncio não tem fisionomia, mas as palavras sim têm muitas faces.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.

Caio Fernando Abreu
ABREU, C., Inventário do Irremediável

Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida; significa afastar-se da morte - não ir na direção da morte. Quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você. Você está se afastando da morte: chega a um momento em que você pode ver que a morte não é nada, apenas um trocar de roupas ou trocar de casas, trocar de formas - nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior ilusão que existe.

Quando você nasceu todos sorriam e só você chorava. Faça de tudo, pois quando você morrer todos irão chorar e você sorrirá.

Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, um desfrute, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida.
Sua morte não será feia como ordinariamente acontece todo dia com todo mundo. Se a morte é feia, isso significa que toda a sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma aceitação pacífica, uma entrada amorosa no desconhecido, um alegre despedir-se dos velhos amigos, do velho mundo.

Eu adoraria acreditar que quando eu morrer, eu vou viver outra vez. Que alguma parte pensante, sensível e memorável de mim continuará. Mas por mais que eu queira acreditar nisso, e apesar de antigas tradições culturais mundiais falarem sobre vida após a morte eu não sei de nada que possa sugerir que isso é mais do que simplesmente pensamento positivo. O mundo é tão primoroso, com tanto amor e profundidade moral que não há razão para nos enganarmos com histórias bonitas para as quais existem poucas evidências boas. Parece muito melhor para mim, em nossa vulnerabilidade olhar a morte nos olhos. E ser grato todos os dia pela breve, mas magnífica oportunidade que a vida nos dá.