Poemas Góticos

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⁠Oh melancolia, amarga solidão,
Que habita meu coração tão aflito.
Eleva meu espírito em uma oração,
Para que este sofrimento seja evito.

Mas o que é a melancolia, senão uma nuvem,
Que paira em minha mente, obscurecendo a luz.
E embora tente, não consigo me desvencilhar,
Desse manto escuro que envolve minha cruz.

É como se um buraco negro me sugasse,
E me levasse para um abismo sem fim.
A escuridão me abraça e me sufoca,
E sinto-me perdido, sem direção nem fim.

Ó, melancolia, por que te prendes a mim,
E por que me fazes sofrer dessa forma?
Será que, por trás dessa dor, há algo a ganhar,
Ou essa tristeza é apenas uma tempestade que passa?

Ah, mas talvez a melancolia seja uma benção,
Que nos permite contemplar o que há de mais profundo.
E nos faz questionar, com coragem e paixão,
O que realmente importa em nosso mundo.

Deixe-me abraçar a minha tristeza,
E permita-me refletir sobre o que é essencial.
Pois quem sabe, da escuridão surja a clareza,
E eu possa encontrar o caminho que leva à paz celestial.

Inserida por DietrichLohan

Vá Embora Tristeza!

Vá embora tristeza, saia de mim melancolia, peguem as suas coisas e fujam para longe de mim,
Quero regressar ouvindo algumas músicas, para os momentos que foram singulares e cheios de significados na minha vida;
Me sinto tão bem, quando dou uma rasteira na tristeza me divertindo com as lembranças que trazem saudades;
Como é gostoso fugir um pouco da realidade e viver dentro de milhões de abraços e beijos dados pelo passado com o acompanhamento de uma bela música;
Esse negócio de sofrer, passa, acaba, ele tem cura.

Inserida por Ricardossouza

Nem toda noite de sexta-feira é de alegria, nem toda tarde de domingo é de melancolia.

Aproveite o dia!

Inserida por I004145959

⁠**Melancolia Silente**

Há dias em que o mundo parece parar,
Como se o tempo fosse feito de sombra.
A luz do sol não consegue clarear,
E a alma se perde na noite que assombra.
O peso invisível nos prende ao chão,
Passos lentos, quase sem direção.
Lembranças vêm como ondas do mar,
Tragando o agora, deixando escuridão.
No silêncio, ouvimos o eco da dor,
Uma melodia triste, mas tão nossa.
Não há quem possa explicar esse amor,
Que carregamos, mesmo quando nos assopra.
Mas nessa tristeza também há beleza,
Um convite ao fundo de quem se é.
Pois quem conhece a melancolia e a reza,
Descobre que a vida é mais do que se vê.
A lágrima cai, mas também faz brotar,
Uma flor singela, um novo olhar.

Inserida por RapperFanti

Outros Tempos da Velha Direita Nova

⁠Um doce
De melancolia
De tardes
De domingo
De antigamente

Na
Rua Direita
Mormaço
De sol poente

Com preguiça
De segunda
Pela frente

Inda ontem
Era sábado

Dia de banho
De corpo inteiro
Na bacia grande

À noite
Cinema
De Romeu

Coboiaço
E seriado

À saída,
Cafezinho
Com
Pão de queijo
No Dormival...

Eram tempos
De
Se ter tempo

Outros tempos!

Inserida por samuelfortes

Para Que Vieste


⁠Levai vossos Cantos
Minhas pobres mágoas

Na melancolia de teus olhos
Nos frios espaços de seus braços
No anseio de teu misterioso seio

Com meu cardume de anseios
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte

Teu silêncio
Teu trêmulo sossego
Da minha poesia extraordinária

Esse riso
Que
É tosse de ternura

Quanto mais tarde for
Mais cedo a calma

É o último suspiro da poesia
Se foi por um verso
Não sou mais poeta

Inserida por samuelfortes

⁠OBSESSÃO
Na intensa melancolia um jeito em que sofria, era a minha obsessão. Existia duas faces, duas mentes, um só corpo, e mil sentimentos multifacetados. Era uma paixão tão grande que atingia a esfera dos opostos: o sossego e o pavor! Ficava aterrorizado só de pensar em perdê-la. Imaginar um opositor me deixava enfurecido, um ódio letal. Ela era minha, somente minha! Das duas faces que ela tinha, a bela minha menina, usava corriqueiramente a que mais me fazia sofrer. No meio do pavor, numa terra arrasada, pronto para o combate, avistei vultos solitários e paranoicos embrenhados na maciça multidão, vei-me então a lucidez, ao despertar-me de novo para vida. Maravilha! Não existia ninguém entre nós, ela estava ali bem ao meu lado, como um anjo alvo num corpo de menina!
180823

Inserida por J6NEMG

⁠DIA CHUVOSO

Trovejante soneto troou na dura aflição
Dia chuvoso na tarde com melancolia
Alma num vazio, e vazio na sensação
Em uma mescla de angústia e poesia
Trovejante sentimento troou pensativo
Na emoção, realidade vera ou fantasia
Quanto inteiro cerrado, tremeu ilativo
Obedecendo a dor, que versar queria

E ao perpassar por margem sofrente
O verso soluça num soneto chorando
E o bardo, também, chora soluçando
Trovejante poema troou descontente
Surge a saudade no infortúnio atado
Ferindo o emotivo coração da gente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Janeiro, 2023, 17'51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

CERRADO DUAL (soneto)

O cerrado tem dia de sorrir, e ele sorria
Tem dia de melancolia, e ele entristecia
Porém, também, tem dia de total silêncio
E na quimera dum colossal o vário é cio

É mistério, sequidão, chuva, calor e frio
Deitados sob o céu que provoca arrepio
É a tristura com o espanto da sutil ironia
Que muito desflora, muito recria, poesia

E nesta galeria de tanto, dele o encanto
Da sequidão ao empapado num só canto
Num bale dual, no seu cenário desigual

É o cerrado, das cores e do seu pálido
Soprando no planalto o seu vento cálido
Transmutando a diversidade no plural...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DESATINO (soneto)

Ó melancolia do cerrado, a paz me tragas
Solidão em convulsão, aflição em rebeldia
Dum silêncio em desespero, e irosa agonia
Ressecando o coração de incautas pragas

Incrédula convicção, escareadas chagas
De ocasos destinos, e emoção tão fria
Do horizonte de colossal tristura sombria
Que rasga o choro em lacrimosas sagas

Ó amargor do peito engasgado na tirania
Duma má sorte, e fatiadas pelas adagas
D'alma ao léu, tal seca folha na ventania

Pra onde vou, nestas brutas azinhagas
Onde caminha a saudade na periferia
Do fatal desatino em pícaras pressagas?

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

...Pedaço de mim é poesia
Escritas em pedaços de vigor ou melancolia
Pedaço de mim é paixão
Nos pedaços do afeto onde sempre fiz alusão
Pedaço de mim é dor
Antagonizada nos pedaços da alma em louvor

Sou pedaços, parte, um todo no amor...

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto idílico

Acordar, aguar o jardim, fingir um dia
e assim inicia a melancolia e o vazio
o sol a pino, cerrado e o sonho macio
das saudades num tempo em primazia

Sim! O tempo não é sentido, é ébrio
os amores ficaram, são sem analogia
trariam o meu peito, viraram euforia
nas lágrimas algozes do olhar esquio

Tudo é efêmero no triste e na alegria
árido o sentimento e cheio de arrepio
que importa se tem saída ou portaria

E neste movimento de soltura e exílio
a magia do por do sol torna cortesia
nas palavras que cantam o meu idílio

Luciano Spagnol
05 de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ME PERDI, E ME ACHEI

Não me perdi na imensidão... me perdi
Na melancolia do cerrado. E me julguei
No chão, e da terra então, eu me achei
Se daqui eu sai, hoje, meu lugar é aqui

Mas há ilusão no tempo, se acolá e ali
Outros houve, e assim, eu então farei
Caminho, na diversidade, caminharei
Num ardor sublime, na terra araguari

Ah! Ó saudade de cólera tremenda
Os sonhos sonhados agora fugitivos
E as lembranças ao coração inflama

Poetizaram nas rimas desta lenda
A emoção tão comuns dos vivos
Os desenganos os deixo na lama.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2018
Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Ventania no Cerrado

Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania

Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)

Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade, palavra agridoce da dor

Oh Saudade! Eu tentei tanto
Esconder de ti na melancolia
E ainda te revelas no meu pranto
E na angústia de minha poesia

É de um alguém, um lugar
Se afirmar, estarei a mentir
Se minto é pra me preservar
Se tu vens, rendo-te no sentir

Se povoada está a minha nostalgia
Nas palavras gosto de amarga aflição
Frouxo estão os ponteiros da fantasia
Que ritmam os temperos do coração

É vazio cheio sem que se possa ver
Solidão da alma no pleno amor
Grito na escuridão sem comover
Saudade, palavra agridoce da dor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/05/2011, 01’33” – Rio de Janeiro, RJ

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO FAZ DE CONTA

Agora vou fazer de conta que sou poeta
Hoje a melancolia, não terá a rima certa
O céu alvoreceu poético e com harmonia
E em meu dia tudo será somente poesia

A minha existência não é mais só o eu
Cada verso trará o laço, o meu e o seu
O que outrora era somente ociosidade
Agora, o som da vida, é pura realidade

O silêncio deixei na solidão, no canto
Não sabia onde estava, para onde ia
Eu só queria um sentido, algum valor

E na busca de um pouco de acalanto
Parecia que o fado, gargalhava e ria
Até tu chegar, com o generoso amor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 de novembro de 2019 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Em labirinto de melancolia, eis-me cativa dos teus olhos castanhos, faróis de fulgor inolvidável, que, como archotes, espancam as trevas da minha alma.



Cabrobó-PE; 05/03/25.

Inserida por ANJOSCAROLINA

⁠Hoje acordei
sob um ataque severo
de melancolia.
Sinto que o tempo
não se mobiliza em mim.
Ouço a amputação das horas
a crepitar neste tácito sentimento.
Esta intensa e indefinida vontade de existir.

Inserida por JoniBaltar

⁠AGOSTO NO CERRADO ....

Não é sempre está melancolia
o morno mormaço, esta fereza
de agosto, a secura que tristeza
no cerrado, agridoce dura poesia

Bela diversidade a sua natureza
um vendaval de cores e de magia
devaneio, como é vária sua beleza
e seu renovo, insistente teimosia

Dia e noite, noite e dia, feitiça fonte
vencedor de borrasca e de empeço
e lá se tem o pôr do sol no horizonte

Tão inarrável, encarnado, inconfesso
o qual da glória doura-me a fronte
ao arrostá-lo, pasmo e fulvo excesso ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/08/2020, 18’01” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENFADA SAUDADE

Está saudade enfada que me devora
numa melancolia igualmente sentida
em uma ausência que brada e chora
aperta o ar numa sufocante batida

É uma sensação que do peito evapora
nesta aflição interior, inquieta, abatida
em mistérios duma sofreguidão sonora
que me atinge, desorganizada, sofrida

Entrego-te todo este mísero alvoroço
o sorriso, a nostalgia, a tranquilidade
quero contigo suspirar, sair do fosso

Então, não me deixe nesta imensidade
de sensações, vazio, o padecer vosso!
que me devora nesta enfada saudade...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/08/2021, 06’19’ - Araguari, MG
Dois anos de morte de meu 5º irmão.

Inserida por LucianoSpagnol