Poemas de Gandhi
Que diferença faz para os mortos, os orfãos e os desabrigados, se a destruição insana é moldada sob o nome do totalitarismo ou sob o santo nome da liberdade e da democracia?
Temos medo de estarmos conosco, mergulharmos em nosso interior. O silêncio e sua prática nos leva a esta possibilidade de encontro profundo e revitalizador. Com o silêncio, encontramos a paz, e o amor incondicional vem com toda a força transformadora. O amor é a força mais sutil do mundo. O mundo está farto de ódio. É este ódio irracional e distante da força criadora que destrói, corrompe e ensurdece a humanidade.
A não violência é a mais poderosa que todos os armamentos no mundo. É a mais forte que a mais forte arma destruidora inventada pela ingenuidade do Homem.
As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo.
Em outras palavras, é a violência passiva que alimenta a fornalha da violência física.
Às vezes, achamos que queremos resolver os conflitos, mas nossos métodos apenas pioram as coisas. Sentimos raiva e nos tornamos ameaçadores, achando que devemos obrigar as pessoas a fazerem o que queremos. (...) Nossas reações de raiva só pioram os problemas. Nós nos tornamos valentões e não percebemos que, no fundo, os valentões não têm força nenhuma.
As palavras podem causar mágoas irreparáveis às pessoas que mais devíamos tratar com gentileza e amor. O que não percebemos é que a raiva nos fere também.
A raiva limita a sua visão e tudo que você consegue enxergar é a ofensa do momento. Pode ser que depois você se acalme e volte para pedir desculpas, mas o estrago já está feito.
Quando reagimos de maneira impensada e descontrolada, é como se tivéssemos disparado um tiro – não há como voltar atrás e colocar as balas de volta na arma. Precisamos lembrar que temos a opção de responder de maneira diferente.
É muito importante permitir que a raiva nos motive a corrigir as injustiças, mas apenas quando o verdadeiro objetivo é buscar uma solução, não simplesmente provar que estamos certos.
O inimigo é o medo. Nós pensamos que é o ódio; mas, na verdade, é o medo.
Mas o que busca a verdade deve humilhar-se tão baixo que possibilite à própria poeira pisá-lo. Então – mas somente então – verá ele brilhar um débil clarão de verdade.
A não violência não é uma estratégia que se possa utilizar hoje e descartar amanhã, nem é algo que nos torne dóceis ou facilmente influenciáveis. Trata-se, isto sim, de inculcar atitudes positivas em lugar das atitudes negativas que nos dominam.
A minha natural inclinação para cuidar dos doentes transformou-se aos poucos em paixão; a tal ponto que muitas vezes fui obrigado a descuidar do meu trabalho. . .
A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração daquele mesmo império.
Após meio século de experiência, sei que a humanidade não pode ser libertada senão pela não-violência. Se bem entendi, é esta a lição central do cristianismo.
A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem rigoroso controle da gula.