Poemas Fortes

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⁠Quando me Olho

Muito se comenta a respeito da alienação que a internet e as redes sociais produzem nas pessoas, mas essa alienação já era induzida pela leitura de livros em papel. A questão não é o veículo, livro ou internet, mas a propensão da mente humana em buscar informação e exagerar nisso de modo a construir para si um mundo paralelo mais a seu gosto que o mundo real.
Quando me olho, duvido muito que ele tivesse qualquer neurose em relação a isso. É apenas cânone literário. Dissecar um cânone literário e ver sua relação com a existência humana e geográfica, assim como a relação com o seu tempo é a essência da época.
A questão religiosa mundial tem a ver com um cânone literário e citações. Aleatório ou contextual? É uma razão bíblica, talmúdica e islâmica em jogo.
Inclusive, se você decide demonstrar o que define a religiosidade nacional do futuro.
Na minha concepção desde a infância, pelas minhas observações, a tendência de abrir um livro, música e outros, pegar trechos e interpretação de ordenamentos é uma tendência.

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Ser e Estar

⁠Porque o verbo "ser", está em concordância com o núcleo do sujeito "maioria". E, "maioria", embora denote uma quantidade maior de qualquer substantivo contável, é uma palavra no singular. Por isso que "a maioria", é. E, "a maioria" nunca "são".

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⁠A Verdade é uma Mentira


Pensamento imagético, é aquele pensamento dogmático, é uma espécie de mistura meio atônica entre a liberdade de pensar, liberdade de criar conceitos de fazer filosofia, porque quem faz filosofia, cria conceito. O que seria de Platão sem o conceito de ideia, não precisar estar de acordo com Platão, entretanto, Platão é filósofo porque criou conceitos e eu não tenho que estar de acordo e isso é próprio do filósofo.
Não criar conceitos é algo dos teólogos, porque eles possuem a fé como muleta. Para o filósofo, o pensamento é órfão, ele vive no orfanato do pensamento total, porque ele não tem absolutamente, essa ideia de se agarrar em algo que vai lhe oferecer uma promessa de verdade - verdadeira. O filósofo, sempre trabalha com a verdade que não suporta a relação com a realidade, a verdade é o imaginário enganador que atua como inibidor de pensar, e esse é o pensamento imagético que está pronto.
Então, o que é a verdade? Um exército móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, numa palavra uma soma de relações humanas que foram poéticas e retoricamente intensificadas, transpostas e adornadas. Após uma longa utilização, aparecem a um povo, fixas, canônicas e vinculativas. As verdades são ilusões que foram esquecidas enquanto tais, metáforas que foram gastas e ficaram esvaziadas de seus sentidos, moedas que perderam o seu cunho e que agora são consideradas já, não como moedas, mas como metal.
A verdade, portanto, é uma invenção, ela não existe. A verdade, é uma grande mentira.

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Tempestade


⁠Chuvinha
Agora
De mansinho

Enxurrada
Ainda
Correndo

Barquinhos
De papel
Passando

Levando
Coisas
E quantas

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O Impetuoso Eterno Retorno


Após anos tentando entender a generosidade de minha atitude, ⁠a interpretação do Übermensch é por demais generosa. Nunca consegui enxergar esta construção de Nietzsche, que na minha opinião, é apenas estética sem nenhum valor ético como um ser feliz, um ser satisfeito consigo próprio. Zaratustra gasta tanto tempo em críticas aos outros que, só resta uma sensação de estar lendo o texto de alguém frustrado com a existência. Um inimigo da vida real que propõe que a existência desejável é algo inatingível pelo homem.
Quando Nietzsche propõe o teste do retorno em Gaia Ciência, parece que propôs algo tão insólito como a contemplação suicida de alguns monges quando buscam para atingir o Nirvana através do jejum infinito. O eterno retorno, não é apenas impraticável, é indesejável.
Não sou especialmente sartreano, mas como eu poderia esperar ser livre num contexto de perfeição das ações. Penso que o erro e o arrependimento façam parte das nossas bençãos. São uma parte fundamental da mudança e a mudança é o desejável. O caminho tortuoso é verdadeiramente o Nirvana possível e desejável.
Atingir a meta, chegar ao fim do caminho é o inferno, ser o super-homem, viver de acordo com o eterno retorno é a morte. É o fim da aventura humana de erros, acertos, delícias e arrependimentos, amargores e doçuras. Não almejo o tempo para vivê-lo numa espécie de plenitude utópica. Sou um adorador do tempo em todas as suas dores e sobretudo na sua inconsistência tão fluida.
Como eu poderia respeitar o despautério de desejar uma vida perfeita, tão perfeita que, não mais se quisesse mudar uma nota em sua existência. O Super-homem está morto, pela própria definição do seu criador.

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O Saber como Physis

⁠No final das contas, só a sabedoria resiste, somos meios para que o conhecimento se propague, mas é que, dentre inúmeros seres, são poucos os que são realmente “brilhantes” a ponto de o conhecimento dar um salto enorme de uma só vez. Como dizia Parmênides que era um filósofo grego e pré-socrático, que eram os estudiosos da physis (a natureza), aquilo que é natural, que ia em contraposição ao sobre naturalismo vigente. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto. Tales acreditava que a primeira substância era a água, a água era a origem única de todas as coisas. Voltando a à Parmênides :Os que dormem, têm um universo em particular, mas o que velam, habitam um mundo incomum.

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Entre Galhos Verdes

⁠O preço de qualquer coisa, é a quantidade de vida que você troca por isso. Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda. Para onde o pensamento vai, quando ele é esquecido?
Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência de medo.Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?
Estou morrendo sem estar doente, estou morrendo de uma existência fria demais para resistir.

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⁠Sem tempo para lidar
Com mediocridades

Não quero estar em lugares
Onde desfilam egos inflados

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⁠Pátria desamada
Sem criança vacinada
Com o povo na enxurrada
Enquanto o presidente
NADA.

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⁠Eu pensava
Que
No Mundo

Todo o Mundo

Fosse filho
De
Papai Noel

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Etimologia


⁠Observar
O que
Acontece
O que há

Não mais
Surpreso
Irritado

Observar
O que
Acontece
O que não há

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Esquina Heráclides



⁠Complexo
Aglomerado
De
Inimagináveis
Comprimentos
De onda

Em
Impensáveis
Frequências
E arranjos

Dando
Guarida
À consciência
De que
Existe

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Gambito

⁠Parece que Deus andou jogando xadrez.
Morreu uma rainha (Elizabeth), um Rei (Pelé), um bispo (Bento), e o Cavalo fugiu.
Ocorreu um xeque mate.

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O Assoprar

Num canto
De estante

Com marcas
Que o tempo
Traz

Monteiro Lobato
O Sítio

" Reinações
De Narizinho"
Primeiro livro

Narizinho...
Doçura
Da mais
Tenra
Inconfessável
Fantasia

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⁠O que é a vida?

Como sendo a criação permanente do novo, a vida é o que acontece entre uma respiração e outra, é uma condição de energia que busca mais energia, potência em busca de potência. Intervalo de tempo em que uma energia dura com alguma consciência que acredita ser alguma coisa, dor e sofrimento, afinal de contas não me lembro de ter sofrido antes de nascer e tenho a nítida impressão de que não sofrerei depois de morrer, a vida é o excesso, a surpresa e a fecundidade.

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Assimetrias Insondáveis

Deu
De sonhar

Rodopiar
No tempo

Nem lá
Nem cá

Deixar
Se levar

Rodopiar
Sonhando

Sonhar
Rodopiando

Nada
Previamente
Precisamente
Determinável

Nem lá
Nem cá

Discretamente
Analógico

O instigante
Das assimetrias

Nada
Lógico

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⁠A Saudade e mais um Assunto


Morrer de Saudade
Morrer
Morrer com saudade

Deixarei

De morrer de saudade
Mas
Morrerei com saudade

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⁠ Pê


Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar. Para parar, preciso pensar.

Pensei. Portanto, pronto pararei.

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⁠⁠Poderei Partir

Tudo será sua voz presente
Tua voz silenciosa
Tua voz ausente

Encostei a minha face
Na Face da noite
E
Como sendo um fio telegráfico de estrada
A arte de perder não é nenhum mistério

A chave perdida
A hora perdida
Depois perca mais rápido

Assim, senti a pior essência
De
Seu abandono desordenado

E ficarei só, como os veleiros
Nos portos Silenciosos

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⁠O Irreal e Lógico


Antes de tentar interpretar um sonho é necessário saber que, para ter tal êxito, precisa-se entender que o sonho é dividido em seu conteúdo explícito (ou manifesto), que é o acontece efetivamente no sonho, ou seja, o que vemos, ouvimos, pensamos e sentimos durante o sonho; e seu conteúdo implícito (ou latente), que são as conexões lógicas por alusões e referências que levam ao desejo censurado no sonho. Ou seja, quando se está com sede e sonha-se estar bebendo água, o conteúdo implícito e explícito do sonho são idênticos.
Mas quando o desejo é censurado pelo superego, o conteúdo explícito é o resultado das distorções que o conteúdo implícito (que está relacionado ao desejo) levou. Além disso, todo sonho está relacionado com o dia imediatamente anterior (o dia do sonho) tanto seu instigador do conteúdo explícito quanto do conteúdo implícito do sonho (ligado ao desejo).
Sabendo disso, para iniciar-se a interpretação de um sonho, deve-se buscar em seu conteúdo explícito elementos que fazem alusão ao que aconteceu ou que foi pensado no dia do sonho. A partir desse elemento identificado (o instigador do conteúdo explícito do sonho), pode-se fazer alusões através da simples lógica, de pensamentos que vierem naturalmente a mente, ou por meio de conexão desse elemento com sua vida no passado, que levem a outro elemento também explícito no sonho. A interpretação do sonho está fortemente relacionada a tentativa de conectar elementos que surgem no sonho, e no final, quando todos os elementos estiverem conectados, pode-se tentar entender o conteúdo implícito do sonho como um só todo (a partir das deduções feitas entre um elemento explícito e outro) e então interpretar qual a realização de um desejo estava contida nesse sonho analisado.

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