Poemas Fortes

Cerca de 3860 poemas Fortes

⁠Aniversário com 10 pessoas
É o mesmo que passar sozinho,
Só que gastando mais.

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Ser Tão Nordestino

⁠Andano
De pé
Descalço

Andano
De pé
No chão

Pisano
Terrinha
Fria

Ou quente
Se é
Verão

Saudades
Sentiu
E muito

Do tempo
Em que isso
Era bão

Bem bão
Era bão
Como era

Bão mesmo
Danado
De bão

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Desanuviar o Olhar.


Tal qual o poeta
Venho colecionando sóis

Para

Que minhas retinas
Não esqueçam do que é bom

As coisas têm o valor do aspecto
E
O aspecto depende da retina

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O Astronauta de Mármore

Viajar
Viajou

Não viaja
Mais

Fantasiar
Fantasiou

Não fantasia
Mais

Glamourizar
Glamourizava
À tudo
À todos

Todo
O tempo
Que

Não mais

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⁠O Mito de Sísifo

Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.

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⁠Regionalismo Mineiro

Apito
De trem
Que
Lá vem

Apito
De trem
Que
Envem

Apito
De trem
Faz tremer

Trem
De saudade
Passageira

Trem
Que não
Vai passar

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O Assuntá de Assentados

⁠Um
Gostoso
De
Se sentir
Bem

Manhãs
De domingo
Na pracinha

Turma
De sempre
Reunida

Alí

Assentados
No degrau
Da porta
De aço

Um
Encostar
De corpos

Divina
Sensualidade
Contida

Céus
E terra
Se
Fundindo

Secretos
Amores
Nem tanto...

Tempos
De adolescentes
De
Outros tempos

Inserida por samuelfortes

Descarrilhado


⁠Natureza
Pra ser
Natureza

Precisa
De quatro
Estação

Trem de ferro
Esse trem

Só de uma
Só uma
E tá bão

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Muita força
Muita força
Muita força

Vou depressa
Vou correndo
Que só levo
Pouca gente

Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

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Solidão Aristotélica


Armei minha solidão
Pra me defender
Do pecado da existência

Sem suprimentos
Matei-me com um sorriso
Morto pendurado de esperança

Fui acusado de ilusão
Meu Paradoxismo
Era muito radical

No final do meu surto
Ninguém sabia dizer
Se fui bom, ou era mau

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⁠Assintomático Hipocondríaco


Mudei para o azul
Talvez para o idiocromático
Não lembro se antes era vermelho
Da cor do meu inexistente

Cabe ao tempo verdejante
Cabe ao viajante
Definir o tom da letra
Que já não era mais preta
De fundo branco

Nem violeta
Era sustenido
Singelo
Mas Franco

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O Atendado em Capitólio



⁠Nem
O comunismo
Da
Guerra Fria

Nem
O atentado
Às
Torres Gêmeas

Foram
Tão ameaçadores
À democracia
Americana

Que
O atentado
Ao
Capitólio

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Atrás da Curva



⁠De
Um tempo

Um tempo
Que
Já não mais

Dopados
De utopias
Viajavam

Viajavam
Ouvindo
Coisas

Jurava
Jura
Ainda

Ter ouvido
Cantor

Cantar
Dublando
Voz de Deus

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Materialista ⁠


Ali
Sentado
Bem
Na pedra
De assuntá

Na trilha
Em que
Trilhanda

E é
Preciso
Trilhandá

No momento
Ali
Pensano

Até onde
Isso
Vai dá

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Há vê Unidas


⁠Ruas
Por onde
Passa

Ali
Novamente
Passando

Vivências
De vida
Vivida

Vividas
Boas vidas
Jamais
Esquecidas

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⁠Amoedo, é tipo um James Bond, cada vez um ator diferente interpreta.

-Candidato do novo, um verbo?
-privatizar

-Um objeto?
-privada

-Um programa de TV?
-Cine privê

-Onde gosta de receber mensagem?
-Privado

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Erasmo e a Porta

É necessário que pela primeira vez na vida, diz Hamlet em todos longos os monólogos, que você consiga dizer apenas o que as coisas são, e para isso, Hamlet teve que se fingir de louco. Porque como escreveu Erasmo de Roterdão e, publicado em 1511, Elogio da Loucura, às vezes é necessário ser louco para dizer o óbvio. Às vezes é preciso ser louco para dizer que todos os problemas que nos são mostrados, são problemas falsos, para que nós não vejamos os reais. Que todas as festas, são um barulho alto para impedir que eu expresse a melancolia densa e profunda da minha existência, e quanto eu mais escrever, potássio, potássio, potássio! É sinal que eu estou triste, triste, triste!

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O Salto Feminino⁠


Acumulador
De
Lembranças

Daqui
Dali
Dacolá

Algumas
Apenas
Lembranças

Consigo
As que valem
Carregá

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Desilusionismo

Eu estou criando uma nova religião que se chama desilusionismo, pois a cada vez que eu ou alguém, adquire um desilusão, ou seja, eu perdi a confiança em quem confiei, eu estou mais próximo da verdade.

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⁠⁠Vou Por Aí

Sua posição está baseada em dois pilares fundamentais: a observação cuidadosa dos limites do entendimento humano e a primazia do hábito como condutor de nossas vidas. Com as inferências que se fazem nas conexões causais, as quais, são as únicas conexões "que podem nos levar além das impressões imediatas da memória e dos sentidos".
As ideias, sempre se originam como cópias de impressões sensíveis ou como associações destas e impressões, impressões, que seriam aquelas sensações por nós experimentadas através dos sentidos: aquilo que ouvimos, vemos e sentimos.

Inserida por samuelfortes

⁠Rua Otávio de Brito


Bateu
Gastura

Das brabas
Que só

De quando
Em vez


De baixá

Já faz tempo
E quanto


De lembrá

Como
Era bão

Danado
De bão

Na bera
Do corgo

Sentá
E pensar

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