Poemas Fortes

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⁠Tic Tac, visível

Acordo de noite, muito de noite, no silêncio todo. Hoje, 13\12, foi o dia em que vi as luzes se apagarem e um sufocar de medo em meio à correnteza de uma enxurrada da chuva que caía há 25 anos. Chuva fria e sinto cada gota, sinto o olhar de medo e sem mais nada o que fazer, não mais acordava. Naquele momento, era o nascer do apagar de várias lâmpadas de natal, o perder de várias luzes natalinas, o desenrolar de medo e solidão. De chinelos havaianas, água por entre os dedos e corrida na noite fria, escorregar de chinelo, naquela hora em que toda havaiana é famosa e reconhecida, quando se solta ao meio entre o polegar, não há mais tempo para baixar e prender, melhor deixá-la assim mesmo que a correnteza levará, assim como levou o tempo e o sangue.
O desacender de árvores, apagar de sorrisos, decorrer do vazio, no tratar dos pássaros e mergulhar no profundo lago da lamentação. Dorme, nós temos luzes, só tem , neste lugar, a humanidade de nossas duas janelas.
Neste momento e lugar, ignorando-nos, somos toda a vida e, sobre o parapeito da janela da traseira da casa, sentindo húmida da noite a madeira onde agarro, debruço-me para o infinito e, um pouco, para mim.

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⁠Trem Algum


Na vida
Tudo
Corre bem
Na velocidade
Da demora
Necessária
Da viagem
De trem.

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O Acenar de Lâmpadas

Há que
Se recorrer
À Caixa
De Pandora

Abri-la!

Em busca
Da
Espera-se
Não tardia
Esperança

Em algumas
Tradições
Associada
À Eva

Em outras
Ao Corvo

Nestes tempos
À imagem
De Psique´

Resta-nos
Apenas
Insistimos

A Esperança!

Que
Nos encanta
Com
Seus segredos

Inserida por samuelfortes

Xistosidade


De há muito
Caminhando

Em
Sua trilha
De caminhar

Vez
Por outra
Assentando

Em
Sua pedra
De assuntar


Sem pressa
Caminhando
Assentando
Assuntando

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Tanto quanto e menos quando

Quanto
De ansiedade
Da ansiedade
De
Cada um

De angústia
Da angústia
De
Cada um

De tristeza
Da tristeza
De
Cada um

De emoção
Da emoção
De
Cada um

De alegria
Da alegria
De
Cada um

De instante
Do instante
De
Cada um

De expectativa
Da expectativa
De
Cada um

Quanto
De vida
Da vida
De
Cada um

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Na Carroça

De
Poucas letras
Nem por isso
Menos
Observador

Talvez
Por isso
Mais livre
Para
Imaginar
Coisas

Sem
As limitações
Que
O conhecimento
Paradoxalmente
Por vezes
Impõe

Vez
Por outra
Se põe
Viajando
Imaginando
Coisas

Perguntas
Sempre
Perguntas
Sempre
Se
Perguntando

E

A vida
Seguindo
Em frente
Passando

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⁠Servidão

Pior surdo
O que ouve
E finge
Não ouvir

Pior cego
O que vê
E finge
Não ver

Cômoda
Conveniente
Perigosa
E
Melancólica
Submissão


Servidão
Voluntária

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⁠Encostado em Rosário

Gostar
É gostar

Amar
É amar

Distintos
Em seus
Universos

Gostar
Suporta mais
A carência

A carência
De amar
Faz morrer

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⁠Saudosismo

Pode
Até sê

Mas
Nada como

A delícia
De aguardar

A sessão
De cinema
Das tardes
De domingo

A expectativa
De possíveis
Emoções

Inserida por samuelfortes

O Café em Renato

Aroma
De café
Do quintal

Coado
Em coadô
De pano

Chuvinha
Manhosa
Que só

Espiando
O tempo
Passá


De besta

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Nada comum



⁠Motivador
Cotidiano
De nossas
Crenças

Adrenalina
De quem
Crê

Transcende
A
Razão

Uma
Esperança
Sempre

O que
Creio
Existe

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⁠Foliações verbais

Quando mais
Não resta
Na trilha
Em que anda

Caminhá!

Vez por outra
Na
Sempre ali
Providencial
Pedra
De assuntá

Assentá!

Matutando
Sempre
Se há muito
Até onde
Qué chegá

Na capanga
Seu segredo
Seu graal
Pedra filosofal

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⁠Chega de Saudade

Saudade
Essa coisa
Doida

Doce
De sentir
Doída

De soslaio
Piscando
Cumplicidade

É coisa
De não ter
Idade

Tempero
Na ventura
De viver

De durar
Pra sempre
Eternidade

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Tiranete e Milícia


Bão balalão
Senhor capitão
Espada na cinta
Refém do centrão

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⁠Melancólica Servidão

A fragilidade
Existencial
Que assola
Nosso emocional

Tem
Nos levado
À busca
De lideranças

Que
Nos indiquem
O caminho

O
Que pensar

Q
Que fazer

Como
Agir

Perigoso
Comodismo

Melancólica
Submissão
À servidão
Voluntária

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⁠A Nau Dos Insensatos

Gostando
Ou não!

Concordando
Ou não!

Aceitando
Ou não!

Os políticos
Que
Aí estão
Nos governando

São
O resultado
Do que
Fizeram
Ou
Não fizeram

Políticos
E partidos
Que
Os antecederam

Faltam
Menos
De
1 ano

Para
As próximas
Eleições

Brasileiros
Estão
Morrendo
Aos montes

Não bastasse
O vírus
Agora
Sem oxigênio

E

Nosso congresso
Em recesso
Cuidando
De eleições
Que atendam
A interesses
Inconfessáveis

Nosso
Presidente
Delira
Em
Baixo nível

Totalmente
Sem noção

Bate boca
Asqueroso
Com
Governadores
Não menos
Asquerosos...

Deus
Nos abandonou!
E ainda
Rogou praga


Respeito
A todos
Que pensam
Diferente

Mas esse é
O meu
Desabafo
Nesse
Livre Pensar

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⁠Paleolítico no Holoceno

Em breve:
Autorização
Para uso
Oficial
Da roda

Em caráter
Emergencial

Com termo
De
Responsabilidade.

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⁠Quânticas

As incertezas
Do desgoverno
Pela certeza
Da incompetência
É igual
À constante
Universal
Do caos
Total

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Tapado Totalmente

⁠Não usa
Máscara

Usar
Máscara
É terrível

Obriga
A que
Nos olhem
Nos olhos

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⁠Não é que eu leio rápido



Tão
Infinitamente
Grandiosa

Na complexidade
Do
Simplesmente
Existir

Disso
Ter
Consciência

Expontaneamente
Aceitar
Ser parte

Contribuir

Uma só

O quanto
Basta

Não
Precisamos
De mais

Valorizá-la
Justificá-la
Eternizá-la
É

A nossa
Parte

Crendo
Ou não!

Querendo
Ou não!

Aceitando
Ou não!


Um maravilhoso
Projeto
Em andamento

Ser parte
É
A parte
Que
Nos cabe

Livre Arbítrio!

Há mais
Sempre mais
A entender
Compreender

O dinâmico
Torna
Suportável
O Eterno

Ser
Instrumento
É
Ou não
A opção

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