Poemas Famosos Portugal
Ai! Esta terra ainda vai cumprir seu ideal. Ainda vai tornar-se um imenso Portugal. Ai! Esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um império colonial.
PENSAMENTOS DISPERSOS, por Isabel Rosete
18/10/07
I.
Portugal: Uma pátria desolada nos confins da Europa. Outrora, vitoriosa, no “reino cadaveroso da cultura”.
Portugal: um Povo, uma massa de gente deslumbrada, com outros modos de fazer mundos, com os mundos das outras Pátrias, não perdidas nas marés do assombro.
II.
* Amo o Mundo, fechando-me dentro de mim própria…
* Não há espaços que nos absorvam nos caminhos da Vida e que à Morte não nos conduzam….
* Vivemos…Estamos…Caminhamos…em que direcção? Não o sabemos. Mas, algum Destino nos guia…
* Somos o que somos. Não mais do que somos.
* Amamos, odiamos, sentimos… Somos humanos.
* A morte faz-se e desfaz-se, em cada pedaço de Vida…
* Sorrio, sempre, como se as rosas não tivessem espinhos…
* Resta-nos pensar o Infinito…
* Não temos Vida. Vamos vivendo. Não temos esperança. Permanecemos expectantes…
* Suamos por todos os poros o que a Vida não nos dá.
* Permanecemos nos rodeios da Vida, com indeléveis marcas de esperança.
* Não posso esperar que o Mundo venha ter comigo… Vou ter com o Mundo…
* A inocência não é sinónimo de infantilidade. Mas, tão-só, da Pureza da Alma.
* O Amor arde, queima, corrói… Sobressalta os corações, sempre na expectativa de um outro amanhecer…
* Os amantes são sôfregos.
* O Amor entusiasma. Leva os corações para uma outra idade.
* As gerações são como um ciclo, em perpétuo ou eterno retorno…
* Há almas que fazem transparecer o hálito opaco dos corpos imundos…
* Cogitar o impossível. A maior satisfação do Ego.
* O Mundo, em perpétuo movimento, mantém-se sob a corda bamba do equilibrista.
* Movemo-nos no espaço incerto do Universo comunicacional. Sempre presentes e ausentes de todos os auditórios.
* Passamos ao lado dos outros. Não os vemos. Vemo-nos a nós mesmos.
Replica de um poema de:
Ita Portugal.
""""""
Tenho falado mais que escuto,
Tenho ouvidos mudos
Para não escutar as palavras da angústia.
Nem deixar chegar
A maldade que assombra,
Nem me iludir com a força,
Já que a tal ilusão engana,
Não me enganar com mentiras,
Nem ficar confundido,
Atrair, quem se afastou por engano,
Dizer que não fiz nenhum plano
Que pudesse dentro de mim,
Me deixar doente.
Mesmo assim não me sinto livre.
Elvando
Para bom entendedor, meia Merelin basta.
Seu nome veio de Portugal, mas em toda terra, não teremos outra igual.
Com olhos e cabelos claros feito quindim, nasceu Merelin, uma flor no jardim.
Apelidada de patota, não dispensava nenhuma bergamota.
Teve uma infância estonteante e a sua melhor brincadeira era empolgante.
Sua comida favorita é o pudim, que em matéria de comilança, ela ganhava de mim.
Mulher decidida, admirável e exemplar, é dona do seu próprio lar.
Uma humilde sonhadora, que por vezes sofre calada, a bem da verdade, não passa de uma prenda arretada.
Aprecia a pesca, a caça e o chimarrão, mas prefere mesmo se acabar num bailão.
Quis ser mãe, comadre, e companheira, e é por isso que ela escolheu ter uma vida campeira.
Conta-se, que há muitos anos, existia um valente povo,
Nas terras, de Portugal, que outro igual não houve!
Eram os tempos do império Romano, que a todos, fazia dano.
Eram os romanos, um povo sem compaixão, um povo insano.
Suas tropas, aos povos, davam opressão e morte muita.
Apesar disso houve um povo, que medo não tivera, dos inimigos.
Foi o povo Lusitano, que destas terras eram amigos!
Sua força era muita, quando unidos, a gente era junta.
Estavam os da gente maléfica, desgostosos e tanto,
Por derrotas, sempre deste povo obtidas...
Em povos outros e em batalhas muitas,
Nunca em história, sua tal houvera desencanto.
Nestas terras havia, glorioso e forte sentimento
Nesta gente da Lusitânia, "Nobre povo, nação valente"...!
De alma grande, gente que por terra esta amar, em frente iam!
Até que os romanos, nenhuma mais força tinham!
Oh tu Deus do Olimpo, a quem com tua ajuda, os de Roma iam!
Sabe que gente de Lusitânia em visão tanto tinham...
O futuro reino de Portugal, que nos mares, dominariam.
Que por seu rei Viriato, os romanos, nunca estas terras teriam!
Mas gente insana, sempre em este mundo, houvera.
Que sobornados, por os de Roma, servos do lusitano rei...
À espada seu senhor, dormindo tal nunca pensara. ..
Que estes de seu povo, a vida lhe tirariam, sem medo da lei.
Oh povo de Portugal lembra-te de Viriato, teu amigo
Que no seu morrer, foi sempre contigo!
E vós filhos de Roma, sabei, que Jesus Cristo,
Esta vossa gente derrotou, sabei pois isto!
Pois o império Romano caiu, por seus muitos pecados,
E Jesus com o amor, aos poderosos venceu...
E desta terra, rei será em fortes atos!
Disso muita certeza, a todos deu!...
Oh! que saudade de Portugal,
do som do mar,
das praias e do sol
das ondas e do cheiro a maresia!
de caminhar pela areia e comer uma bola de Berlim,
de sentar na esplanada da praia, comer ameijoas e beber um bom vinho!
do calor e da águas frias que trinca os ossos,
das noites quentes de verão!
das sangrias e das sardinhas,
do leite creme e dos pasteis!
do grão de pico e do bacalhau!
das batatas a murro, do arroz de polvo, de pato,
das cantigas e do fado!
das casas e dos lugares onde se é feliz!
das regiões do Continente, dos Açores, da ilha da Madeira,
as estradas e o mar leva a uma viagem única!
das riquezas mil que esta em cada esquina, em cada passo, há sempre algo novo a ser descoberto e explorado!
do cheiro do ar, o vento e luz que muda de tonalidade de um lugar para o outro
da família, dos amigos, e das pessoas que fazem parte da minha historia, e que eu amo muito!
da alegria de ter estado numa terra sem igual, que tanto bem me faz!
Que um dia irei voltar para matar a saudade que esta me matando!
De muitas vontades estou!
vontade do cheiro,
vontade do beijo,
vontade do abraço,
vontade de todas as vontades,
meu querido Portugal !
Vou-me embora para Alentejo,
Buscarei as minhas raízes,
A luz do fado em Portugal,
Ouvir Amália Rodrigues
À beira da fonte de Évora,
Depois viajar
Pelo parque natural
De Bragança
E logo uma andança pela
Capital,
Centro histórico
Do verdadeiro Paço Imperial
Lá está a minha história,
Onde guardo o meu brasão,
Depois vou para o Vale do
Rio Nabão
Volto a Lisboa,
Setúbal,
Em Chaves hei de lembrar
Da ponte de Trajano
Sobre a via Bracara
Talvez, longe de tudo,
Esqueço do amor
Que era um ideal,
E assim, com os pés gastos
De tanto caminhar,
Repouso em Tavira,
Amanheço em povoados
De Elvas, com a alma
Toda Celta,
E abro os olhos para
Recomeçar!
Portugal, Portugal
um beleza sem igual
Eu vós tinha dito a respeito dos campos e das flores,
do pão, do queijo e do vinho,
do frio gostoso de abril e desse
povo tão acolhedor que nós aquece a alma
Portugal, Portugal
em todo canto um encanto natural
Tu és saudade e felicidade
na hora da despedida
Cidade do Porto
As tuas iniciais,
São nome de Portugal.
São cinco letras reais,
Pois tu és original!
Tenho gosto e vaidade
Por ter nascido no porto.
Sou desta linda cidade
Tripeiro vivo ou morto.
Sou deste porto velhinho
Do rio douro vaidoso.
Também és nome do vinho
Que no mundo é famoso.
Do caloroso São João,
Do trinta e um de Janeiro
E das tripas com feijão,
Deste porto hospitaleiro.
E da velhinha ribeira
Do mercado do bolhão!
É esta cidade tripeira
Que trago no coração.
És minha cidade
Do norte de Portugal,
Terra de Liberdade
Sempre nobre e Leal.
Diálogo com Fernando Pessoa.
Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Pernambuco
Conhecer Pernambuco é giro, como se diz na boa gíria de Portugal.
Baila-se cavalo marinho pra esquecer-se a lida negreira
Nos batentes dos pandeiros, da rebeca e do ganzá.
Na colheita e na caçada indígena
A velocidade impetuosa do ganzá a arrebentar maracatu.
Pólvora, cachaça e limão.
Mamulengo, que delícia, dá pra ri e pra chorar.
Da quadrilha, do maxixe e do galope, vem o frevo se exaltar.
É alegria da tesoura da pernada do carrossel nos passinhos a sublimar.
Tem a coco a pastoril a ciranda
É pra tudo o carnavá.
Além da linda Oh! Linda tem Recife
De arrecifes de corá.
Setembro de 2003 em Portugal
Está um lindo dia
O sol brilhante o céu sem nuvens
Dá vontade de sair.
Imagino o mar deve estar magnífico
Mas estou presa as raízes
Dos meus sonhos infantis.
Coisas que idealizei
Momentos que revelei
Decisões que tomei
Estão agora reflectidos
Em minha face lânguida
Da perversidade que não imaginei.
Sofro ora agora
Pelo destino que me dei
Que outrora não consegui, livrar-me.
Chora meu coração
Pela empatia que concebe
Pelo outro sofrimento.
O quê deu errado?
Quem foi o culpado?
Que magia negra foi esta?
Que consegue sempre me consternar
Colocando-me com o ego arrependido
Daquilo que não quis fazer?
Foram erros de placenta
Que a regressão não consegue explicar.
Concepção talvez indesejada
Que reflecte na pessoa mal amada
De forma desesperada
Mas não consegue se livrar.
Passo agora este mal presságio
Para os entes mais queridos
Que no futuro se acharão esquecidos
Do ventre que os gerou
Moribundos e mal amados
Na mesma cadeia de valor.
O Portugal.
os lobos são muitos, os lúcidos são poucos.
ninguém sabe o que quer,
ninguém conhece que alma tem,
tudo é incerto,nada é verdadeiro,
tudo é disperso, nada é inteiro,
nada é certo,tudo é imperfeito,
hoje és nevoeiro,tempestade,vento,
meu amigo,sem alma ,sem amor,
sem rei,nem lei,sem brilho,sem luz,
dos palácios comidos de mofo,escuros ,
vazios,vagueiam as almas,sem paz,
como os mendigos esfomeados e sujos,
como o silêncio hostil da saudade,
arder de frio,morto em cinzas,
o Portugal meu amigo,meu irmão,
os lobos são muitos,os lúcidos são poucos.!
Portugal...
Terra Amada e Maldita.
Uma Mae que pare os filhos e nao os ampara...
(pensamento de um filho que ha 20 anos anda fora de casa)
PORTUGAL
Do Norte, ao Centro
E ao Sul.
País nobre e sabedor,
Um país que sabe o que é dor,
Este deslumbra tanto portugueses
Como turistas por muitíssimas vezes.
Cantada, sentida, abençoada e adorada
Nação de forte gente
Do Ocidente presente no nosso coração.
Este país de tantos feitos,
Um país à maneira,
Um país para viver e sentir
O país, a nação em que o natural
Se junta ao artificial.
País nobre e independete,
Mas não descendente,
Um país para contruir
E uma obra a redimir.
Enfim um país com amor,
Um país, concluindo, cheio de esplendor.
10-03-2008
PORTUGAL
A salvação de cada um de nós é cada um fazer o certo e não o errado, se cada um de nós fizer o que deve o país avançará, se isto não acontecer o país retardará o seu desenvolvimento, e a muito custo que nos pareça, desaparecerá o nosso sustento!
Um país a honrar e evoluir, sem nunca deprimir.
Pois não motivo para isso, basta pensar o seguinte:
Quero ver filhos, netos, tudo do melhor, para isso tudo o que tenho de fazer, devo fazer com ponderação, para não surgir uma desilusão e não perder o meu tostão.
Força portugueses o nosso futuro depende de todos nós, não desvalorizem ninguém pois essa pessoa pode ser essencial para que este país se mantenha de pé e avance.
Invoco para que Portugal ouça as preces já antes divulgadas. Onde está o desaparecido? Onde esta o glorioso, aquele que possui a espada?
O tempo é fugaz. É urgente aclamar a protecção de um qualquer Deus que desperte em nós a cura para um novo Portugal. Um Portugal digno de ser relembrado. Digno dos feitos gloriosos.
Hoje apetece-me exaltar a raiva e a incerteza de um País que descobriu os mares, que ultrapassou medos e mitos.
Apetece-me perguntar:
-Que foi feito de Portugal?
Esta não é uma corrente pessimista, é sim realista.
Em tempos de outrora, um tempo de dor e sacrifício (ó mar salgado, quanto do teu sal, são lágrimas de Portugal!) Portugal. Portugal nunca mais voltou!
“O rosto com que fita é Portugal” Assim escrevia Fernando Pessoa, para dar ênfase à posição de Portugal na Europa e no Mundo.
Poderíamos ser O País, o tal País de riqueza, de oportunidades.
Podíamos alegrar-nos da imaginação e do “sonho que comanda da vida”.
Podemos nós dizer que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”?
Teremos nós a alma pequena, ou tudo o que é pequeno, é o cérebro do Português (não do Povo) que gastou o que não devia!!!
Deixou-nos à mercê de uma esperança. Esperança que D. Sebastião regresse, a esperança de um quinto império que traga tudo aquilo que devia ser de Portugal.
Terra de Descobrimentos, Sacrifícios, Patriotismo. Terra de mães vitoriosas, de Reis com força e vontade. Terra de Religião e distinção no Mundo.
Invoco um Portugal Novo…
Um Portugal em que o Português se possa orgulhar.
Evoquei Portugal, agora Invoco para que Portugal olhe em frente com a consciência que o seu passado poderia ser Tudo, tudo o que hoje precisávamos.
HISTÓRIA DE PORTUGAL
Que país,que nação.
Nobre história,
Nobre vida,
Grandes conquistas,
Pequenas derrotas,
Grandes descobrimentos,
Grandes explorações,
Grandes burlas,
Pequenos roubos,
Grande fama,
Árvores gigantes,
Adamastor,
Especiarias,
Tráfico humano,
Escravidão.
Que grande história
A história deste ilustre país,
Tão a ocidental da Europa.
Em crescimento e avanço.
Grandes doenças mas grandes remédios.
Felicidades únicas tristezas infelizes.
Evolução e união.
Será preciso mais alguma coisa
Para construir este país?
A nossa Nação
Ó Portugal doce sátira!
Perto do mar plantado!
Estás a caminho do fim!
Do que foi a tua pátria!
Só nos resta agora um estado!
Que nos rouba a ti e a mim!
Por onde andei neste mundo!
Toda a vida trabalhei!
Deixei muita ponta solta!
Sinto agora bem profundo!
Que não mais as unirei!
Sem uma grande revolta!
Com cravos se ludibriou!
Um povo inocente e pobre!
Em cantigas de embalar!
Quanto ouro se desviou!
Do inteligente ao nobre!
Estudaram pra nos roubar!
Minha voz de raiva treme!
Quando nessa gente penso!
Distribuindo o que é nosso!
Para se manter no leme!
Deste barco podre imenso!
Aguentar mais! já não posso!
O mar que vidas ceifou!
Em prol da nossa riqueza!
Afoga agora os afoitos!
Triste sonho que passou!
Se afogasse a safadeza!
E os retorcesse em oitos!
Plos sonhos que nos roubou!
O cobre, a conta gotas!
Que nos vem parar à mão!
Vem da Europa à tonelada!
Pra engordar certas tropas!
Distribui-se plo ladrão!
O honesto não leva nada!
E o povo tem de pagar!
Porque o querer não é poder!
Sem ter o pilim na mão!
Pra quem menos trabalhar!
Ganha quem menos fizer!
Pode quem for mais ladrão!
Da América com sua frota!
Nos chega a inspiração!
Cada Estado é colossal!
O mesmo faz a Europa!
Com cagadelas de mosca!
Como a Grécia e Portugal!
A Justiça! ó justicice!
Outrora nos deu orgulho!
Aos justos também servia!
Serve agora a malandrice!
Minada pelo gorgulho!
A safar quem não devia!
O pobre mama! cansado!
Numa teta bem magrinha!
Em favor dos comilões!
Engorda-se o engravatado!
Aos funcionários do Estado!
Distribuem-se os milhões!
Junta-te a mim Zé povinho!
Faz da minha a tua voz!
Não para ganhar a guerra!
Agarra-te a um ancinho!
Rebenta a casca de noz!
De quem rouba a nossa Terra!