Poemas Famosos Portugal
Sou uma árvore sem folhas
Uma figueira sem figos,
Uma nogueira sem nozes
Uma ribeira sem água,
Ouvindo pequenas vozes
Sou chuva que não tem chão,
Sou ponte que não tem fim
Uma luz apagada,
Uma porta fechada
Um poema sem palavras,
Um tronco sem raízes
As sementes desta fonte
Estão mortas, infelizes.
Este coração singelo
tem sentimento inocente
ele é puro e belo
e ama honestamente
com a alma imaculada
só procura a sua amada
transparente e genuíno
é um coração pequenino
de grandeza depurada.
Inofensivo e carente
ama extraordinariamente
Seráfico e reluzente
agradece humildemente
o amor de toda a gente.
Esta corrida contra o tempo
onde jazem as palavras
onde se perdem as mágoas
onde nascem os poemas
uma corrida inacabável
impossivel de ganhar
pois o tempo ja ganhou
ainda antes de começar
é uma corrida ingrata
que nunca tem vencedor
por mais rapido que corra
ou mesmo que o mundo percorra
nem parando para descansar
abrandando, devagar
pois o tempo já ganhou.
A solidão
é um poço que não tem fundo
é um sentimento bem profundo
é um deserto sem fim
é estar perdido no mundo
é uma dor inderrogável
um desconsolo imutável
uma sensação de dissipação
aprofundada no coração
é viver desconsolado
respirar sem respirar
adormecer e não acordar
é amar sem ser amado
é esperar sem ser achado.
Sou um coelhinho fofinho
Que vive numa caixinha
Se abrires este presente
Seras minha, certamente
Sou um homem largado
Que vive em algum lado
Se ficares comigo
Seguir-te-ei para todo lado
Sou apenas um homem
Com o coração destroçado
Fica comigo por favor
Dar-te-eu todo o meu amor.
A ti revelo os meus segredos
As minhas sombras, pesadelos
A ti revelo os meus medos
Sequelas do meu pensamento
A ti revelo os meus sonhos
Esperanças perdidas no momento
A ti eu mostro o meu tesouro
Minha arte, meus poemas, o meu ouro
A ti revelo o meu corpo
Aberto, descoberto monumento
A ti e só ati o meu desejo
Que não é mais nem menos
Que o teu beijo.
Na metamorfose dos sentidos
de um sonegado coração
mergulhado nesta solidão
distópicas almas distraem
sentimentos de desilusão
restumbando na minha mente
ressoando incontestávelmente
aqui neste subconsciente
hoje esperando apenas
que apareças, finalmente.
Bem ás portas de Lisboa
a terra dos combatentes
os heróis sobreviventes
lá está ela, imponente
a Torre de São Vicente.
Erguida nas margens do Tejo
n´antiga praia de Belém
o glorioso monumento
erguido com sentimento
do mais lindo que se tem.
Bela torre inaugurada
no reinado de Dom Manuel
é um castelo medieval
defendendo esta barra
do maior rio nacional.
Quando lhe batem as luzes
se veem inscrições de cruzes
lembrando a potencia global
deste país que é Portugal.
Hoje Património mundial
Honrando as nossas armas
à entrada da cidade
defende a ordem de Cristo
desde tempos passados
onde já fomos lembrados
até à eternidade.
De todas as escolhas possíveis
és aquela de muitas sucessíveis
pois sou um homem caranguejo
e aguardo cheio de vontade
que comigo tenhas cumplicidade
e hoje espero por esse beijo
nos desejos por hoje sonhados
que um dia serão realizados.
És o desejo e quando te vejo
um beijo que sinto e que desminto
com a tua graça que nunca dirfarça
uma felicidade sem ter idade
num ambiente sempre contente
só pra contemplar esse teu olhar
ainda distante mas sempre vibrante.
Sou um poeta sem caminho
Perdido na manta do destino
Esquecido sem o teu abraço
De alma gélida no espaço
Levando marcas de cansaço
Erguido em lágrimas de dor
Esperando por algum amor
Sentindo neste coração
Muitas pétalas de solidão
Este poeta abandonado
Morrerá sem ser amado.
Lá vai o poeta
Sozinho no tempo
Perdido no espaço
Com o sentimento
Sem o teu abraço
Foi-se o momento
Ficou o cansaço
Sem eira nem beira
Naquela esplanada
Sentindo o vazio
Sem a sua amada
De olhar fulgente
E o corpo quente
Sabendo somente
Na verdade nada
Passa um segundo
Contemplando o mundo
E naquela hora
A dor o devora.
Passa mais um dia
Sem a companhia
Numa sinfonia
Muda e vazia.
No campo dos meus amores
vivem poetas e cantores
há ovelhas e pomares
floreado com mil cores
numa cabana lá perdida
mora aquela rapariga
de olhos verdes cintilantes
que brilham como diamantes
de pernas brancas como leite
senti mesmo um deleite
é uma bela camponesa
com elegancia de princesa
numa manhã de primavera
encontrei-a à minha espera
foi quando tudo começou
até que este sonho acabou.
Na quinta dos plátanos verdes
sombria de madrugada
numa alvorada gelada
erguida por entre pilares
entre tempos milenares.
Palácio de muitos andares
nascida de velhos reinados
das guerras de tempos passados
de escravos ali maltratados
que nunca puderam ser nobres
pois nasceram entre os pobres.
Naquela herdade imponente
foi ensinada muita gente
os jovens jogavam à bola
e livros levavam prà escola.
Entre frases e poemas,
alí nasceu a esperança
onde ficou esta lembrança
daqueles tempos de criança.
Perispírito
Presbito da arte das palavras
Incorporado pelo teu amor
Do tempo que hoje prescindo
Habitas no meu perispírito
abnegado da tua presença
Abismal dor em mim descambou
propagada pela tua ausencia
presciente da tua existencia
esperarei incorrendo em demencia
na deletéria esperança de te ter
de preciosa que és minha flor.
Gratificante és na tua essência
Sinto-me ungido em complacencia
Na marcha ascencional desta paixão
purgando-me as impurezas da alma
Das causas perniciosas do passado
subvertido por falsas virtudes
profundamente exilado na calma
encarnando teu perdão fraterno
reconsolidado pelo teu amor
latente pela eternidade.
Resplandece o principe poeta
Magnanimo por entre as chamas
perdido nas asas da paixão
lutando por sua cinderela
entre as belas a mais bela
Como um guerreiro sagrado
rumando contra o passado
No cavalo alado do amor
desaimando sua espada
dissertando sua amada
firmando a sua verdade
rompantemente cantando
vibrantemente entoando
perene em sua vontade
poemas do seu coração.
Bela que tu és em teus encantos
ao som da tua voz dançam os anjos
é como uma melodia sem sentido
é como um soneto ao meu ouvido
e agora deixaste-me a pensar...
será que contigo irei ficar?
é mesmo a história da minha vida
leva-me contigo minha querida...
deste coração nasce o sentimento
e fico contigo no pensamento...
Poeta do reino dos sonhos
Que hoje vive incongruente
Pulsando um coração fulgente
Nas apocalipticas fronteiras
Acompanhado pelas guerreiras
Da orgulhosa temeridade
Combatendo eternamente
os fantasmas do passado
perdidamente apaixonado
levando espadas de amor
rompantes de tanto calor
luta nos mares da paixão
a catastrófica solidão
la vai o poeta guerreiro
grão sucessor e herdeiro
da odalisca perdida
que um dia lhe será querida.
No final do arco-iris
nascem dálias de luz
com pétalas delicadas
e folhinhas perfumadas
d'um aroma que se seduz
No final do arco-iris
nasce o sol devagarinho
crescem flores amarelas
como lindas cinderelas
contempladas com carinho.
Estas palavras de sonho
foram escritas para ti
saidas do meu coração
bem bonitas que elas são
os poemas de um verão
foram cartas que escrevi.