Poemas Famosos de Vida

Cerca de 332 poemas Famosos de Vida

Há barcos para muitos portos, mas nenhum para a vida não doer.
Nem há desembarque onde se esqueça.

Cada um de nós é um grão de pó que o vento da vida levanta, e depois deixa cair.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho do "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa (heterônimo Bernardo Soares).

Estas coisas fazem sofrer, mas o
sofrimento passa. Se a vida,
que é tudo, passa por fim,
como não hão de passar o amor e a dor,
e todas as mais coisas, que não são
mais que partes da vida?
[...]

Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.

Fernando Pessoa, in Livro do desassossego

Loucura de sonho naquele silêncio alheio!...
A nossa vida era toda a vida... O nosso amor era o perfume
do amor. . . Vivíamos horas impossíveis, cheias de sermos
nós. . . E isto porque sabíamos, com toda a carne da nossa
carne, que não éramos uma realidade. . .
Éramos impessoais, ocos de nós, outra coisa qualquer. . . Éramos
aquela paisagem esfumada em consciência de si própria. . .
E assim como ela era duas — de realidade que era, e ilusão
— assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nós sabendo
bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro vivera.
. .
Quando emergimos de repente ante o estagnar dos lagos sentíamo-
nos a querer soluçar. . . Ali aquela paisagem tinha os
olhos rasos de água, olhos parados cheios de tédio inúmero de
ser. . . Cheios, sim, do tédio de ser qualquer coisa, realidade ou
ilusão — e esse tédio tinha a sua pátria e a sua voz na mudez e
no exílio dos lagos... E nós, caminhando sempre e sem o
saber ou querer, parecia ainda assim que nos demorávamos à
beira daqueles lagos, tanto de nós com eles ficava e morava, simbolizado
e absorto. . .

A nossa vida não tinha dentro. Éramos fora e outros. Desconhecíamo-
nos. como se houvéssemos aparecido às nossas almas
depois de uma viagem através de sonhos. . .
Tínhamo-nos esquecido do tempo, e o espaço imenso empequenara-
se-nos na atenção. Fora daquelas árvores próximas,
daquelas latadas afastadas, daqueles montes últimos no horizonte
haveria alguma cousa de real, de merecedor do olhar aberto
que se dá às cousas que existem?. . .
Na clepsidra da nossa imperfeição gotas regulares de sonho
marcavam horas irreais. . . Nada vale a pena, ó meu amor longínquo,
senão o saber como é suave saber que nada vale a pena. . .

Inserida por yasminmb

Vida de fotografia


Meus versos não são os Sonetos de Shakespeare
e nem o Poema de Quintana.

Mas pra mim a vida é como uma câmara fotografia.
Pegue um bom ângulo,
aproxime o bastante,
capture,
sincronize,
pegue o botão
e aperte.

Se não sair bem
tire outra foto
e recomece.

Inserida por Machadodejesus

Pois, como diria Fernando Pessoa: “... Amar é a eterna inocência, e a única inocência é não pensar...”

Porque ir embora pra tão longe, ir embora para o incerto. Quando poderíamos ficar aqui juntos pela a eternidade. Um amando o outro. Uma coisa que aprendi com tudo isso. Almas gêmeas não podem ficar juntas. Como isso dói, esse bichinho que entra na gente. Na verdade, que já está na gente e começa a crescer quando encontra sua cara metade, isso mesmo; estou falando do amor. Amor, o que é amor? É sofrer por algo que não podemos ter, sentir? Ou é algo que vamos tratando com o tempo? Preciso de um remédio para curar isso. Espero que a cicatriz não esteja com raízes para fora. Pois não quero mexer nessa raiz e fazer com o que abra novamente essa ferida. Mas uma coisa te digo, eu te amarei eternamente.

A vida nos exige valentia; aliás, Fernando Pessoa já nos falava isso da Felicidade.
Valentia para acolher os desertos. Valentia para fingir que os códigos vazios que tentam nos vender nos bancos de escolas e púlpitos religiosos são de algum serventia real. A verdadeiros críticos, servem como material do pensamento. Fingir, mas na alma lutar para fazer da vida algo grandioso que muitas vezes é guardar sorrisos, Colecionar abraços e nunca esquecer uma palavra que nos despertou para a alegria sincera e verdadeira.
A vida nos exige valentia. Tornar-se um amigo de nossas escuridões, jamais um algoz que faz mais inferno em nós. Procure se aproximar de si mesmo, de seus medos, angústias, tristezas, isso, isso meus caros, é vida acontecendo. As montanhas são imponentes porque silenciosamente batalham nas suas profundidades.
A vida existe valentia. Não se despeça de suas inquietações, nem as disperse. Queira-as! Mergulhe nelas e descobrirá quão grande és! .

Inserida por JRicardoescritor

"A literatura é a melhor prova de que a vida não chega." nos diz Fernando Pessoa.
Será que poderíamos dizer mais alguma coisa?
Seria fingidor o poeta que se vale da literatura para se eternizar, já que a própria vida não é o suficiente?
Quem dera fôssemos tão fingidores quanto poetas
que dissimulássemos dores e alcançássemos leitores.
O homem é perene, faz parte do tempo - é temporal
a obra ultrapassa o tempo - é atemporal.
Fernando Pessoa é sempre presente
poeta fingidor nosso presente.

Inserida por InajaMartins

Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina.

O aforismo constitui uma das maiores pretensões da inteligência, a de reger a vida.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Independentemente Da Força

Independentemente Da Força
Julgar as Pessoas Pela Historia, Não Oque Ele E,Isso Traça Meus Olha Meu Olhar pra Mim Virar um Assassino.,Vou Atrás Já Cansei do meu Amor, agora o ódio mim acordou ,vou atras dos templários eu vou criar a paz ,nesse mundo vou morre ,
Acordou meu olhar o demônio que esta dentro de mim, se libertou vou fazer um novo tempo sem ódio,em busca da verdadeira Paz,Templários seu pesadelo chegou...

Inserida por Fernando_Pessoa_2

Não passam de traidoras as nossas dúvidas, que às vezes nos privam do que seria nosso se não tivéssemos o receio de tentar.

William Shakespeare
Peça "Medida por medida". Ato I - Cena IV: Lúcio

A vida tem cada vez mais obstáculos, principalmente quando se está apaixonado...

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Se você fosse capaz de planejar tudo, um dos prazeres da vida nunca ocorreria. Portanto, não sofra.

O sono pesa minhas pálpebras de chumbo.
Morfeu me puxa os pés enquanto meus dedos
automáticos escorrem pelo teclado.
É hipnótico.
Um mais-que-um-vício.
Meu cérebro corroído por taturanas vermelhas.
Imagens, palavras: ir-e-vir-e-ir-e...
Dormir é desconectar.
Desconectar é viver.
E viver não é preciso.
Naveguemos, pois, Pessoa.
Amanhã retumbarão culpas.
Outra jornada A la recherche
du temps perdu.
Mas vá!
Melhor que os bispos da Universal,
melhor que o ópio da zona baixa.
Ou não?
Acabarei mesmo por me entregar.
O peso é demasiado.
Dos dias-e-noites,
do chiaroscuro intermitente
na janela.
Um vento negro apagará meu senso.
Levará o sonho para dentro de
minhas narinas corroídas,
das minhas orelhas moucas.
Dormirei, enfim, para
novamente girar a roda do destino.
Do meu destino apoucado
de alegrias pela areia
amarga dos anos.
Que já vai um pouco além
da metade da ampulheta
da vida.

Inserida por ranish

⁠DUPLO

Algo que em mim não dói
talvez em meu outro até doa.
Não confunda a pessoa do artista
com o artista da pessoa.

Inserida por Marilea1947

⁠Se pecados realmente existem,
eles são pagos em vida,
não em morte.

Em morte
se descansa dos outros,
não de nós mesmos.

Inserida por HudsonHenrique