Poemas famosos de Silêncio
Aos olhos da Lua
No olhar paralisado, uma esfera gigante brilha iluminando a noite,
o silêncio e a solidão se abraçam e choram,
madrugada a dentro a Lua cheia insiste em mudar de posição,
depois de mais um respiro profundo e a ultima lágrima, vêm o alivio,
o silêncio continua, o olhar é fixo no encantamento enluarado,
o passado ruim passou é tempo de renovação.
O SILÊNCIO DIZ TANTO
Meu Presente se abre em silêncio,
de pretéritos irresgatáveis.
A vida superposta em camadas,
recheada de sonhos desfeitos,
com seus encantos e desencantos,
entre as alegrias e tristezas.
Quando maceradas se fundem
num riso triste ( transparência? )
Cada despedida - uma ferida...
olhar resignado - farpas n` alma...
Sob a força de uma dor oculta,
quando nem a lua é testemunha,
enquanto o silêncio diz tanto,
com seus gestos lentos, sem vigor,
( instigante ), abre a janela d`alma.
Sem as rimas rígidas nos versos,
um poema brilha na vidraça,
escorre com suavidade
igual a um orvalho matizado.
QUANDO OS PROFETAS SE CALAM...
Quando os profetas se calam a terra geme;
Quando os profetas se calam o povo se corrompe;
Quando os profetas se calam as pedras clamam;
O silêncio dos profetas jamais poderá emudecer a voz da profecia. Enquanto houver o remanescente fiel na terra, haverá testemunhas da verdade até os confins do mundo.
JESUS NÃO PERDE TEMPO COM NADA
... MAS Jesus não responde a quem não ouve a sua voz
Os quatro versículos a seguir são a resposta silenciosa de Jesus, introduzidos cada um por uma conjunção adversativa, ou seja, refletindo o sentido de oposição àqueles que o acusavam injustamente porque ele sabia o que havia naqueles corações pérfidos.
“Mas Jesus ficou calado e não respondeu nada”(Mc 14:61).
“Porém ele nada respondia” (Mc 15:3).
“Mas Jesus nada mais respondeu” (Mc 15:5).
“Mas Jesus não lhe deu resposta” (Jo 19:9).
De nada adiantaria Jesus responder àqueles homens, pois eles já tinham premeditado tudo para providenciar a sua condenação; qualquer resposta que Jesus desse, não faria nenhuma diferença para eles.
Sabendo que as perguntas que faziam eram apenas por mera questão de formalidade, dolosamente, sem nenhuma intenção de o absolver, Jesus jamais compactuaria com seus atos de injustiça.
Quem não é da verdade não quer ouvir a voz de Jesus. Por isso, Jesus nunca deu pérolas a porcos e nos ensinou a fazer o mesmo (Mt 7:6) visto que pisam nas suas palavras e depois o atacam e o despedaçam. Portanto, não adianta falar a verdade de Jesus para quem não quer ouvir. É mera perda de tempo com a “casa rebelde”.
Mas, Porém, Todavia, Contudo, Entretanto, No entanto, Não obstante,
“Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18:37d).
Uma pergunta que merece resposta:
— Quem é da verdade?
— Jesus o sabe!!!
Silêncio amigo.
Inebriante silêncio,
Silêncio saliente que mexe com meu íntimo,
Certos momentos dos meus dias
Apenas você tem a senha e a chave,
Criptografia de última geração,
Feito brasa queima adentro sem eu perceber,
Tão eficaz,
Que as vezes fico até com saudades quando não está comigo,
Delírioa que me fazem fechar a boca,
Perturbação que me deixa mudo,
Amigo meu nas piores tribulações,
És mesmo absoluto,
Aperta-me o peito machucado,
Trazendo-me a cura,
Único que tem o total acesso em minh'alma,
Único que é capaz de me dar paz,
Silêncio que ilumina,
Silêncio que determina,
Silêncio que não pede licença e se sente dono de mim,
Uma brisa que afaga,
Um sentido que abranda minhas veias,
Elas dilatam e retraem em milésimos de segundos ao mesmo tempo,
Silêncio parceiro,
Sem pedido meu,
Quando abro meus olhos,
Já dominou esse Poeta que é todo seu....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O MEU SILÊNCIO
O silêncio ecoa no pensamento
Inflama sem dó o sentimento
Voa nas lágrimas perdidas
Adormece num grito constante
Gravados em instantes sentidos
Por todos aqueles que amam
Sem dúvida o sentido silêncio.
“Sou amiga do silêncio, companheira da solidão,
Caminho repleta de sonhos,
Negando dor e ilusão.
Escolho viver mil vidas a ser única nessa imensidão.”
Silêncios inexprimíveis
Eu escrevi silêncios inexprimíveis...
eu gritei, te sacudi, tua cabeça bati...
tudo isso só por amor a ti.
Tu te fizeste silêncio
e não me ouviste,
minha dor não sentiste
e partiste...
e me partiste.
Onde andas tu
hoje em dia?
O silêncio ainda é tua companhia?
Os gritos ecoam
desde aquele dia...
Se tu nunca tivesses sido
eu ainda saberia o que um dia foi alegria?
Meu nome é solidão
Da mais pavorosa,
desde que nasci,
meio que em vão.
Cheguei sozinha,
tão mal-vinda
por entre escárnios
e desinteresses...
e muitas surras ainda.
Cresci sozinha sem guia,
falando apenas comigo.
desabafando em segredo
dor e medo - os conselheiros
da dor que me consumia!
Passei pela vida em silêncio
obrigada a calar a voz
para sobreviver
na vida passada a sós...
Em silêncio vivi
em solidão me recolho
olhando o nada em meu quarto,
quatro paredes sem nexo
jaula de uma animal doente
prisão de um inocente
sepulcro de quem não fez nada.
(Lori Damm)
não lembro quando foi que me
transformei em silêncio.
só sei que agora eu grito muito
alto daqui de dentro desse ser
soturno e ninguém me ouve
BENDITO SEJA O SILÊNCIO
Vamos andar com passos leves, esquecer de nossas dores, não acreditar em fantasmas e procurar jamais deixar o medo nos dominar.
Vamos procurar ser sempre gentis e pacíficos, mantendo assim a nossa alma tranquila.
Vamos deixar que o carinho toque nosso coração.
Vamos aceitar todos por inteiro e lembrar a cada instante que todos cometem erros e que têm diversas imperfeições.
Vamos nos doar mais, perdoar mais e julgar menos.
Difícil para nós sermos iluminados, como um anjo, uma flor ou um passarinho, mas devemos acreditar que podemos voar e que temos a liberdade de ir ou ficar, estar ao relento ou construir nosso ninho.
E benditos sejam os verdadeiros amigos, aqueles que “ouvem” o nosso silêncio.
Silenciosa viagem.
Ah! A luz fugaz...
Minha primeira refeição do dia:
Uma taça de vinho da garrafa vazia.
Água da vida para um vagabundo?
Sopa de pedras para o jantar!
Maldita libido!
Antes um cigarro, agora um lago.
Grito mudo na porta de luar!
Amor? Mais amor!
A viajante solitária no encontro de si mesma.
Página a página.
Ei-los: A rosa - O vento (No jardim íntimo, onde cada solilóquio é confessado).
Harmonia e confusão.
Balão suspenso.
Bocas seladas, casas desabitadas.
Piada ou conto de fadas?
Aquele mofo por trás das cortinas.
O pó mágico que entorpece a língua.
Anestesia para as narinas cansadas.
Sem cheiro, sem pelo, nenhuma cor.
Amor e ódio na tela da TV.
Amor e ódio no jornal, na varanda e no quintal.
Na cama sempre é doce!
Meias verdades calçando sapatos de lã.
Ou será essa também uma laranja inteira?
A mulher piano certa nas mãos do pianista errado.
Mais uma folha de papel timbrado, amassado e rasgado.
Um mar de silêncio do quarto, grito mudo outra vez.
Loucura, remédio sem cura, lixo, fumaça, embriaguez!
Juízes equilibristas.
Deputados malabaristas.
Sorrisos de elástico vomitando dúvidas.
Alimentam bocas pela certeza.
E as calçadas estão repletas deles.
O vento que afaga meus cabelos, ele também me beija.
E a morte me belisca a cada nova piscada.
Ah! A luz fugaz...
Amor, mais amor.
Grito mudo na porta de luar!
Se você pudesse decifrar o silêncio do meu olhar e os meus pensamentos...
Você não teria nenhuma dúvida do que sinto por você.
Que a força do que sinto por você
Seja suficiente para ser eterno no meu ser
Que a eternidade pense e repense
Sobre um dia tirar você de mim
Que a saudade pense e repense
Sobre um dia você deixar de ser o motivo dela
Que a felicidade pense e repense
Sobre um dia os meus sorrisos não ser sobre você.
Que tudo que seja dito pelo meu coração
Seja eterno no teu
Que no meu silêncio seja dito
As mais belas palavras
E que você compreenda cada uma delas.
NÓS
Não há quem imaginar possa
o amor tido, em noites infindas,
vivIdo minuto a minuto,forte
incomum verdadeiro,
Amor sentido por inteiro um querer
que se tem,de corpo e alma,que passa
paz e calma.
No silêncio grita a sua força, poucos
o sentem assim,quando um falta a saudade,
é atroz.
A esse amor vivemos,nós dois, a sós.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
O tempo passa,
a mágoa persiste,
o silêncio aumenta,
a aceitação vence.
A raiva some,
as lembranças são constantes,
as saudades ferem,
o subconsciente sempre nos trai.
O renascimento é a meta.
Somos seres expressivos, muito mais do que comunicativos.
Quando nascemos, antes de aprendermos a balbuciar, nossa comunicação acontece por meio dos gestos e pequenas expressões.
E mesmo quando não podemos ou não queremos dizer, nossas expressões figuram tudo o que foi calado.
Há um vocabulário que grita no silêncio!
O corpo fala o que não verbalizamos, e até revela a verdade oculta nas argumentações falaciosas.
De maneira voluntária ou não, o corpo entrega sinais e mensagens através das emoções.
Não é à toa que as relações mais fortes são aquelas em que as pessoas se compreendem somente pelo olhar.
Pensamento do dia.
Há mais sabedoria no silêncio, do que na fala desprovida de conhecimento e o verdadeiro vencedor é aquele que triunfa todos os dias, sobre seus próprios limites.
Autor: Cicero Marcos
Estesia
Entre suaves acordes musicais, escondo-me exausta
da lida da vida, recostada sobre almofadas macias.
Acariciada pelo zéfiro da madrugada luto contra a sonolência
que me esgalha e a monotonia que me abate tacitamente.
Tento fugir das mesmices, reinventando tangentes,
fugindo aos padrões, às normais e às secantes banais,
esculpindo as minhas mais íntimas emoções.
Refugio-me de mim, de tudo e de todos, enquanto o lápis
traça e retraça, estraçalha a minh’ alma abstrata
fazendo surgir diversos temas, oblíquos poemas.
Sinto florescer o ardente desejo de varrer o sofrimento
que me seca e estesia pronunciando um novo acento
uma nova leitura, uma vida nova brotando no âmago.
Por alguns instantes absolutos perco-me
nas vibrações sonoras e não sinto o passar das horas.
Sinto reinar o silêncio superno que vem povoar o afã
O ímpeto estoura um bramido e punge a veia poética e o elã.
Enquanto mergulho nas palavras e escondo-me
entre pontos e vírgulas, acende-se uma luz
à minha volta que transfigura integralmente o meu ser.
e nesse acentuado instante, inicia-se
a minha existência cromática e vertiginosa.
Umbelina Marçal Gadelha
O que guardastes?
Por simples curiosidade
O que guardastes de mim?
O tom enérgico?
A amizade? A ternura?
A solidão? A desilusão?
Que pena!
Por que não guardastes o meu amor?
Se foi por ter-me ferido a alma;
se foi por ter-me ouvido sem me escutar;
se foi por ter-me usado, me esnobado,
esqueça, para sempre, esqueça.
Para mim, o que realmente importa,
e encontrar-me muito além
deste mundo vil,
é saber que já não me podes alcançar.
E mesmo que desejasses,
os meus mortais silêncios
não conseguirias ouvir.
São surdos os ouvidos
e mudas as línguas
das paixões vencidas.
Umbelina Marçal Gadelha