Poemas famosos de Silêncio
Não sabe o que dizer.
O coração queima e acelera, os olhos estão lubrificados por um choro que não cessa,
a emoção faz os pelos dos braços e das pernas arribarem, no entanto, a boca nada diz,
som algum sai de lá. A verdade é que o silêncio, ainda que nada atrativo desde aqui, agora está apelativo e dominante.
SÓ
Eu, que o destino pândego impeliu à vida
Moldando- me com forjas de imprecação
Este que de má sorte na criação, nascida
Apenas para ao peito dar dor ao coração...
De flagelo em flagelo tem a poesia ferida
Sem fidelidade no caminho, outra direção
Sangra, rasga, na tranquilidade retorcida
Dos acasos servidos, os sons da solidão
Silêncio nas madrugadas, noites de luto!
Dias embatucados, me vejo em desalinho
Alma acabrunhada, de triste e vago olhar;
E, no horizonte do cerrado árido e bruto
E, talvez há de estar, no sempre: sozinho!
Sem o amor, sem tu, a chorar, a suspirar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
09/04/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Silêncio
Sinto a tristeza
Nesse deserto
Às vezes bate uma falta
Quem sabe melancolia
Mas é preciso adaptar
As mudanças e conduzir o caminho
De um vasto silêncio e suas direções solitárias
Um terrível silêncio...
Ninguém me ligou...
Não... Eu não liguei para ninguém,
Buscar compensação no meu ostracismo...
Na lembrança de seus olhos me perdi em meu próprio tempo,
E as lembranças na ausência de seu corpo vem a memória o gosto do beijo, como quem sente o prazer absoluto, insanidade é sentir este seu perfume que mesmo na ausência deste seu gostoso corpo desperta um gigantesco ciúmes, o telefone não vibrou...
Este manchado com seu suor ou suas lágrimas junto com batom me despertou lembranças de momentos onde você estava embriagado de absoluto prazer...
Me perdi dentro do seu tempo, e agora me perco dentro de sua ausência, no telefone um terrível silêncio.
EXERCÍCIO DIÁRIO
Neste instante, te vejo
Descarto palavras
Escuto o silêncio
Um olhar basta
Não te julgo
Nem te degrado
Te aceito, imperfeito
Sem preconceito
Estou tentando
Nem sempre é fácil
Mas cada dia que passa
É o meu exercício diário
Se "acaso" fui fria
Exalando rebeldia
Desculpa o meu jeito
Também não sou perfeito
(20/04/2019)
É muito mais fácil arriscar o silêncio do que se responsabilizar por suas palavras .
Mas entenda...As palavras são claras,e quando ditas com sabedoria,aliviam.
O silêncio intriga...Faz a mente do outro criar suposições sem parar,enquanto um simples esclarecimento pode ajustar tudo.
O silêncio que te protege é o mesmo que agride alguém.
Dizem que "para um bom entendedor um vácuo basta",mas arrisco dizer que: Para um bom entendedor,um vácuo,é uma lista de porquês.
Cuidado ao matar a criança que existe dentre de alguém, pois poderá sentir falta dela um dia, assim...
Nunca te arrependas de um dia de tua vida.
Os bons dias te dão felicidade.
Os maus te dão experiência.
Ambos são essenciais para a vida.
A felicidade te faz doce.
Os problemas te mantêm forte.
As penas te mantêm humano.
As quedas te mantêm humilde.
O bom êxito te mantém brilhante.
Mas, só você mesmo lhe mantém
caminhando.
O silêncio e a solidão nos assustam porque a gente não tem uma ideia se sentem a nossa falta ou simplesmente estão nos esquecendo.
Aprendam sobre eles, pois nenhum de nós
escapará da hora de conhecê-los.
“Ah, se eu fosse
rio que passa
ora em silêncio,
ora cantando,
trazendo esperança...
Flor pequenina
que nasce
nas manhãs douradas
para enfeitar o dia de alguém...”
Escolha sempre o silêncio.
Não faça das redes sociais, muro de lamentações.
Dispense a plateia, problemas não precisam de palco.
“O silêncio é quebrado por suspiro, quando a tenho em meus braços...
Suspiros meus e teus, que se entranham e enlaçam assim como nossos corpos e dedos.
Mãos que percorrem teu corpo, como se amanhã não houvesse... e na verdade, não há.”
Certa vez
Certa vez não houve o toque.
Certa vez não houve o silêncio.
Certa vez não houve a lágrima.
Certa vez não houve o devir.
O que houve
A imensidão do não vivido.
A quimera desejada.
A beleza esperada.
A pureza do olhar.
Na vastidão do silêncio,
As memórias,
Os desejos,
O real.
Outrora,
Vividos, sentidos.
Remoídos,
Por vezes, mansidão.
Escuridão.
No fim,
A luz,
O túnel,
O trem,
EU.
Encontro-me,
Abraço-me,
Sinto-me,
Olho-me,
E percebo
O quão infinito sou.
O quão incrível fui.
O quão ainda posso ser.
Do quão, o quão ainda será.
Será?
Não. Quanto ao sim... Ah, eu espero!
Paciência, eu tenho. Espero florescer. Espero ser. Ser.
Eu juro que
Eu deixaria tudo se você ficasse
Meus sonhos, meu passado, minha religião
Depois de tudo, estás fugindo dos meus braços
Deixando o silêncio dessa solidão
Não sei mais o que eu faria
Desejos, loucuras, todas fantasias
Nada tenho a perder
Diz pra mim
O que mais você quer da minha vida?
Oh morte...
Oh morte que ronda as madrugadas,
busca em silêncio uma alma sofrida.
Não vês que em todos os planos,
não há salvação nem amor pela vida...
Oh morte que conhece o adeus
de páginas arrancadas de um diário,
comunga neste corpo insano,
envolvido nas contas de um perdido rosário...
Oh morte que ora fria e prisioneira,
ronda e espreita o infinito cansaço,
abraça e acolhe por fim, o desespero
de quem só conheceu o fracasso...
(13/03/06)
LEMBRANÇAS...
O dia amanheceu sorrindo
O sabiá laranjeira saudou
O sol se espreguiçando
entre as nuvens esparsas.
Nos campos o orvalho reluzindo
A névoa colinas descortinando
Aos poucos o ronco dos motores,
caminhões, e tratores.
Na pequena cidade
a caminhonete do leiteiro
e a sirene da fábrica
rompem o silêncio.
Ecoam as buzinas dos motoqueiros,
outrora eram arrojados vaqueiros
parrudos sertanejos, alguns truculentos
tangendo gado, abrindo porteiras.
Sem pressa, levanto, abro janelas
Esquento água, preparo o café
Espalho pão-de-queijo, acendo o forno
Relembro o crepitar da lenha.
O tilintar de copos, talheres, louças
alvoroça os cães, alegres, ruidosos
querem entrar, também disfrutar
do aroma, do calor da cozinha tosca.
O pensamento viaja, ligeiro
Corre solto pelas trilhas
Entre a mata cerrada
À beira dos córregos,
Desbravando nascentes.
Ressurgem detalhes nítidos
Cheiros, cores, sons do passado
Não muito distante, em especial
Aquela linda jovem, diáfana,
Olhos brilhantes, sorriso franco...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Na minha paz,
No meu silêncio,
Na minha dor,
Na tempestade que sacode o meu ser,
Na luta por me fazer vencer.
Vencer o medo do sentimento de posse.
Tenha calma! A calma me faz esperar E o amor. O amor faz crescer.
Mesmo que estejamos em silêncio, existe o Tempo da Reflexão.
Pensamentos e corações adornados de sentimentos.
No caminho que se escolhe, quem ama te acolhe, e de mãos dadas podemos caminhar.
Feito laços de ternura, entrelaçam vidas, empatia e não desilusão.
Carregados pelo Tempo, meu respeito e devoção...
Quero envolver-te em meus braços e com amor beijar-lhe as mãos.
Porque Só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande Amor...
Apenas sonhando
Às vezes, só o silêncio me basta.
E foi lá, em meio ao verde das montanhas,
Numa longa e silenciosa caminhada,
Ouvindo o canto dos pássaros,
Onde mergulhei e meditei...
Por fim, reencontrei meu eu interior.
Vagava meio trôpego,
Perdido em constantes devaneios.
Nem ébrio nem sóbrio...
-apenas sonhando-