Poemas famosos de Silêncio
E eu ali
Sozinho, sem sono,
No silêncio da madrugada.
Havia bebido metade
De uma garrafa de whisky,
Que custava uns dois mil dólares.
Nem me lembro de ter deitado.
Eu simplesmente apaguei,
Completamente embriagado.
Quando acordei, só então percebi;
O preço não importava
Poderia ter me custado
Um milhão ou um centavo,
No dia seguinte, a ressaca era mesma.
Lembro-me de você neste quarto
Nesse silêncio ensurdecedor
Deixava-me guiar, seguindo meus atos
Eu imagino-te com o sucessor
E a sombra do fracasso me assombra
Poemas virtuais, frios na telo do computador
Ponteiro do relógio corre
Silêncio ensurdecedor
Lágrima escorre
Coração doi
A alma corrói
por dentro, tudo em pedaço
intacto, não consigo dar um passo
Tudo paralisado, mas ainda penso
O cérebro também ama
acho que é a única razão que tenho nesse momento.
Ensurdecedor o silêncio da multidão
Muitos são o que detestam
Luzes de mercúrios
E algumas brancas que não prestam
Vivendo sozinho apertado
Apertando mais um baseado
Que entra na mente flui, dilui
Essas neoroses, fui...
Que frio
Tanque cheio
Coração vazio
Luzes de mercúrio no mapa
Zona norte, Leste
Sul até a lapa
Onde fica a nata ingrata
Se não for assim
Se mata
Chega na rapa do rap
Soul, rock blues
Screech
Melodia de vida
Trilha sonora
Da vida bandida
Minha mina
Não aceita
Entra aqui,
E então deita
Te faço
Perfeita
Você me ama
E minha parte tá feita
A ordem do silêncio
Talvez seja tarde para ficar pensando
Escrever e, cair em sufrágio o leitor.
Então indago na proposição o silêncio
A não procura da hipótese verdadeira.
Predestinado ao nada fica alguém
Quando o silêncio comanda a minha intuição.
Em conflito eu entraria neste momento,
E provaria do meu rancor.
Essa repugnância logo lhe diria
A montante o seu valor.
Não! Não tenha então esse direito suposto
Que de nada irá adiantar o seu esforço
Sua vaidade não terá razão.
O meu sentimento abortado
Deixou o espaço ao meu lado desbotado
Sem guardião para a minha base.
O que faço agora neste cair da tarde?
Abro a guarda à ocupação.
Silêncio perverso
Ações são acontecimentos naturais,
São as previsibilidades conforme as assimetrias
Que quando passados algum tempo
Tornam-se plausíveis.
Quando a fala articula argumentos
Extravasam-se inquietudes perturbadoras
Entra-se ao final em cooperação mental
Num entendimento consensual.
A voz deve dizer o que não se quer escutar
Ao anunciar muitos dissabores
Mas, pior é o mistério e inação,
Que prepara golpes aniquiladores.
Atormenta muito, o mundano silêncio,
Feito, integro por perversão,
Porque quem cala, consente a alguém imaginação,
E nessa calada, escuta-se golfadas de intenção.
Para os que Virão IX
Quando permitimos que o ódio cresça em silêncio, ele se enraíza como uma planta tóxica. O racismo não começa com grandes explosões, mas em sussurros: piadas que desumanizam, olhares que segregam, silêncios que compactuam. Nós, do passado, muitas vezes falhamos em arrancar essas sementes venenosas e deixamos raízes frágeis se tornarem troncos grossos, capazes de sustentar estruturas inteiras de exclusão.
Não cometam nosso erro. Enxerguem a violência nos detalhes: na escola que separa, no trabalho que inferioriza, na justiça que criminaliza corpos. Racismo é um sistema, não um acidente. Combate -lo exige mais do que discursos requer desmontar lógicas que normalizam a desigualdade. É preciso coragem para confrontar o desconforto, inclusive dentro de si.
Não basta não ser racista; é necessário ser antirracista. Todos os dias. Nas palavras, nas escolhas, nas políticas. O futuro que desejamos não brotará de passividade, mas de revolução cotidiana.
Herdarão um mundo ferido, mas também as ferramentas para curá-lo. Lembrem-se: tolerar o intolerante é enterrar a própria humanidade coletiva. Escolham desobedecer. Escolham rachar o solo onde o ódio tenta germinar.
Gerações anteriores, em dívida.
Há momentos em que a vida se torna um fardo tão pesado que o coração transborda em silêncio, e o outro, ao nosso lado, clama por algo além das palavras: clama por escuta, por acolhimento. Quando nos deparamos com a dor alheia, é um convite não para a solução imediata, não para o julgamento rápido, mas para a presença. Muitas vezes, o maior ato de amor que podemos oferecer é simplesmente estar ali, ouvir sem pressa, abraçar sem questionar, permitir que o outro sinta plenamente, sem interromper com opiniões ou conselhos impensados. A dor do outro é única, e, por mais que pensemos entender, jamais seremos capazes de medi-la com precisão.
Nosso erro, muitas vezes, está em julgar aquilo que não vivemos, em acreditar que somos senhores da razão, e que nossas soluções são universais. Esquecemos que cada alma é um mundo, e o que para nós parece pequeno, para o outro pode ser um abismo. Respeitar o sofrimento do próximo é, antes de tudo, um ato de humildade. Não cabe a nós decidir o peso do que o outro carrega, mas sim oferecer um ombro firme, um abraço acolhedor, e a paciência necessária para que o outro se sinta ouvido. Mesmo quando as palavras se tornam amargas, mesmo quando o desespero transborda em queixas contra a própria vida, devemos lembrar que o acolhimento não está nas respostas que damos, mas na escuta que oferecemos.
Assim como Jó, que enfrentou sua própria dor, seu luto e seu questionamento diante da vida e do Criador, todos nós, em algum momento, nos tornamos aquela pessoa à beira do abismo, buscando sentido no caos. E assim como os amigos de Jó, que o acompanharam em seu silêncio, há momentos em que nossas palavras se tornam desnecessárias. O que resta é a presença. A escuta atenta e compassiva, sem julgamentos. Pois a dor, como a vida, segue seus próprios caminhos, e o que o outro mais precisa, em seus momentos de vulnerabilidade, não é a certeza da razão, mas a certeza de que não está só.
Ritmo e silêncio
Eles eram como o dia e a noite, tão distintos que parecia impossível coexistirem. Ela carregava o caos das manhãs ensolaradas, cheia de energia e risos que explodiam sem aviso, como o canto de pássaros numa floresta desperta. Ele, por outro lado, era o silêncio do crepúsculo, contemplativo, com olhos que pareciam guardar segredos das estrelas.
Enquanto ela dançava pela casa, improvisando passos ao som de músicas que nem sempre ele entendia, ele a observava do sofá, com um sorriso leve, como quem encontra beleza naquilo que não se pode controlar. Quando ele lia seus livros densos, mergulhando em pensamentos profundos, ela se aproximava com uma xícara de café e o interrompia com histórias do dia que, para ela, tinham mais cor do que qualquer romance.
Eram opostos que se completavam sem esforço, como o céu que precisa do azul e das nuvens. Discutiam, é claro, pois ele amava a ordem e ela adorava o improviso. Mas mesmo nas discordâncias havia uma harmonia: ele aprendeu a apreciar o caos das risadas dela, e ela encontrou beleza no silêncio dele.
Assim, seguiam juntos, um equilíbrio improvável entre diferenças que, em vez de separá-los, os uniam. Pois, no fundo, o amor não é sobre sermos iguais, mas sobre aprender a dançar no ritmo um do outro, mesmo que a música pareça, à primeira vista, totalmente diferente.
No silêncio da noite, busco a serenidade que tempera a minha irreverência...
Me fortaleço e me acalmo...
Começando um outro dia, com muita garra e alegria...
Linguagem silenciosa
É tão bom a brevidade desse silêncio,
Onde eucê só te observo, te escuto,
No meuseu silêncio se escuta tudo, até nos meusseus menores cochichos, as minhassuas angústias, as minhassuas mentiras, as nossas meias-verdades, até às minhassuas mais puras verdades,
É na minhasua linguagem silenciosa onde busco ler-te, capto todos meusseus sinais, o que te envergonha, te agride, também é onde nós machucamos mutuamente, onde vejo minhasua felicidade genuína.
O silêncio nada mais é ou representa, senão a linguagem de quem ama e quer ser amado.
No silêncio da noite, a saudade me abraça,
Teus beijos cálidos são a minha graça.
Lembro do calor que em seus braços encontrei,
Um aconchego profundo, onde sempre sonhei.
Teus olhos são estrelas que iluminam meu ser,
E cada sorriso teu me faz renascer.
O carinho que sinto é como um doce perfume,
Que enche meu coração e dissolve o costume.
Ah, como é difícil estar longe de ti,
A distância é dor, mas sei que não é o fim.
Cada momento sem você é um verso perdido,
Mas a esperança renasce, e o amor é vivido.
Quando finalmente nos encontrarmos de novo,
Vou te envolver em meus braços, como um tesouro.
E então, os beijos cálidos voltarão a brilhar,
Transformando a saudade em alegria no ar.
Assim, guardo cada lembrança com carinho e fé,
Esperando o dia em que direi: "Você é tudo pra mim!"
Porque você é meu amor, minha luz e meu lar,
E juntos seremos eternos, prontos pra amar.
Se estiveres a contemplar a sua paz, e o teu silêncio, estiver vivo no cérebro de alguém;
Alguém,
Precisa de um psicólogo.
Vivo um drama em que o silêncio ensurdecedor da tua voz e a tua presença tão presente que as minhas mão não mais conseguem tocar-te, diz-me algo!
Vivo um drama constante de desespero que transforma as minhas palavras num sufoco ao nascer do sol e agonia ao se deitar.
Hoje as estrela não brilham mais, até as crianças deixaram de acreditar que viraste uma estrela porque olhando para o céu todas as noite, os nossos olhos não te alcançam.
Onde estás?
Como estás?
Novamente um silêncio
O Peso de Sentir em Silêncio
É difícil lidar com a dor e, ao mesmo tempo, ter consciência dela.
Difícil lutar contra a vontade de desistir e, ao mesmo tempo, querer seguir.
Difícil segurar o próprio peso sem querer ser um peso para ninguém.
Eu sei o que carrego. Sei da minha dor, da minha luta. Sei que não sou o centro do mundo e que todos têm seus próprios problemas. Por isso, me contenho. Por isso, me silencio. Por isso, engulo as palavras antes que pareçam um pedido de socorro inconveniente.
Não quero ser fardo, não quero ser vítima, não quero estar sempre no mesmo lugar de vulnerabilidade. Eu tento. Eu busco. Eu me movimento. Mesmo quando parece impossível, eu me esforço.
Mas o que é mais difícil nisso tudo?
Talvez seja entender todo mundo enquanto ninguém me entende.
Talvez seja cuidar para não incomodar enquanto ninguém percebe o quanto dói.
Talvez seja ser forte o suficiente para lutar contra a dor, mas não o bastante para ser compreendida.
E assim sigo: entre a vontade de sumir e a necessidade de continuar. Entre o silêncio e o grito que nunca sai. Entre a consciência de tudo e a sensação de que minimizam.
Se soubessem quantas vezes ouvi palavras de onde menos esperava…
E como, em certos momentos, a vontade de morrer se torna um sussurro persistente só para que, no fim de tudo, percebam que era real – cada suspiro das palavras ditas e das que foram sufocadas dentro de mim.
Quando a minha alma se agita e o meu corpo grita, o que me acalma é o silêncio escondido no amanhecer: é ouvir o vento, é sentir o sol, é saber que existe um novo começo mesmo quando tudo parece finito.
A vida se renova em meio às pedras da estrada, se refaz, se floresce de novo e de novo, até que tudo encontre o lugar de ser.
Nada é ao acaso, nem a dor, nem o sorrir, tudo na vida é para a gente crescer e evoluir.
Nildinha Freitas
Não precisamos revidar as ofensas, ficar em silêncio é a melhor coisa a se fazer, mesmo que o instinto o leve à raiva ou às lágrimas.
Isso é ter maturidade e paz de espírito.
Não deixe que pessoas tóxicas te contamine.
O Peso do Silêncio
Há palavras que nunca foram ditas,
presas no peito como mar em fúria.
Ondas que batem e se repetem,
mas nunca tocam a areia nua.
O silêncio pesa como o tempo,
como as cartas que nunca enviei.
Cada suspiro é um segredo,
um eco mudo do que calei.
E se um dia o vento ouvir,
se espalhar pelo mundo o que escondo,
talvez eu descubra, enfim,
que o silêncio sempre foi um grito profundo.
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