Poemas famosos de Silêncio
Por que deixamos para depois!?
inumeráveis homenagem são mantidas em silêncio porque só transparece valor em circunstâncias especiais. Como um quebra cabeça as boas homenagens só se encaixam em nossas presunções favoráveis...
Ironicamente vivemos assim, como se a normalidade ganhasse função perpétua ou como se o imprevisível fosse um fator inexistente..
Expressar a importância de quem caminha ao nosso lado deveria ser uma qualidade imediatista em cada ser humano porque o amanhã é uma incógnita com probabilidades positivas e negativas..
Portanto, o título de covardia está naturalmente exposto no rosto de quem perdeu a doce oportunidade de homenagear quem ainda estava podendo sentir e ouvir...
Acordei com o silêncio,olhei para o lado, nada vi
Somente a quentura ainda estava ali
Levanto,com medo,sei lá eu porque
Era domingo ou feriado talvez
Caminho lentamente até avistar a sala
Três passos a mais e deslumbro uma cena
Jamais esquecerei tal cena
Ela fazendo-o rir com uma brincadeira boba
Era a criança mais feliz do mundo ali
Eu ainda observava
Observava aquela alegria
Observava aquela mulher sendo mãe
Os primeiros raios de sol já adentravam a grande janela da sala
O sol iluminava aquele cabelo bagunçado
Aquela criança linda
A minha vida fazia todo o sentido
Todo o sentido da minha vida estava ali
Não interrompo,e sentindo-se o homem mais feliz do universo volto pé por pé
Me deito na cama e ao deitar...
Acordo.
Feita lua se desfaz
... Triste o silêncio que me espreita detrás do portão,
ele se camufla no jardim - saudosa dor ao confim,
vens em minha mente, jogas juras de amor,
pois bem - que sejas, prostra-se a flor na mesa...
- Aquela que arranquei tem, mais conversa,
sobre os amores - límpida relva,
jugo é aquela minha palidez, do Sol que morreis,
na minha insistência ao medo - amor pranteou,
tua menina... postes naquele florzinha,
jazia sua pele branca feita uma neblina,
pois nesse lugarejo não nos falte memória,
por paixão que coração levas faltas sanguínea...
... Jaz aqui padecem, amantes do interpretar,
onde nada se calava, na bruma - doce amar,
os fogos que de arte se fizeram noite,
duras visitas do anjo no enluarar, vides profetizar...
Amor Eterno
E quando vem a noite fico em silêncio esperando você bater na porta e dizer amor eu cheguei
Fico na esperança de poder lhe abraçar como se abraça um amor eterno
Essa vontade de você, me afoga sem água me deixa sem ar em tanta angústia de não te ver
Eu vou ficar imaginado você pisando na escada
Chamando o meu nome
Vou estar aqui te esperando por muito tempo, não importa o que muda lá fora, meu amor por você é além do tempo.
Paradoxo
Silêncio que fala
Barulho que cala
Encontro tardio
Caminho que se separa
Quero ficar
Quero seguir
Quero entender
Quero fugir
Quero dormir...
Quero lembrar
Quero esquecer
Preciso aceitar
Preciso entender
Preciso acordar...
Mentira, verdade
Chegada, partida
Amor, ilusão
Fantasia, paixão
Ficar é sofrer
Ir é sentir dor
Aceitar é fugir de mim
O que fazer então
se só sei viver assim?
The Silence
O que faço eu?
Quanto para eles
O meu silêncio é perturbador
e o meu falar é devastador?
Existem coisas que faladas mudariam tudo,
E coisas que mantidas em silencio,
Podem mudar ainda mais.
Mas será que vale a pena o esforço do silencio,
Ou o desabafo pode ser cruel de mais.
NÃO SEI SE VIRÁS... MAS EU TE ESPERO!
Foram tantas as palavras trocadas durante o nosso silencio...!
Tu foste a historia que escrevi em versos durante toda a minha vida
Paginas e páginas escritas... Falando deste amor e desta dor...
Mas aprendi nas tuas ausências que cresci... Com essas lembranças...
E evolui com toda esta saudade que senti...
Descobri então que não sei se eram de ti ou de mim...
De como eu me amava o suficiente para não deixar que a paixão
Fosse maior que a minha vida!
Desisto de mim quando me envolves e esqueço-me da dor...
Morre em meus lábios uma lágrima de amor...
Fecho os olhos e o meu pensamento voa até ti
Aguardo-te...
E volto a te esperar...
Não sei se virás... Mas eu te espero!
No silêncio da poesia
Minhas palavras saem
Das lembranças sonoras
Tecendo os seus desejos
Aos meus sonhos...
O medo veio pelo horizonte
Me fez cair levantando
No desespero das palavras
Junto as recaídas tonais...
Mas as entrelinhas das pausas
Conseguiram se agrupar
Umas as outras
Todas no fervor das emoções
Congruentes como as sementes
Ressequidas e remanescentes
No carinho intenso
Batendo forte no coração...
Distinguindo dessa gente
Que semeia o prazer
Em paixões inaudíveis
Nos momentos de carência
E se esquecem das raízes frutíferas
Essencial em nossa vida:
O amor...
mais um por-do-sol,
o silencio doma meu ardo coração,
as pessoas titubeiam em tantos detalhes,
as observo com desdenho do infortúnio,
tudo torna - se o vacilo coração frio...
nessa imensidão recubro as atas da escuridão,
mesclo meus pensamentos,
numa arvoredo do mesmo jeito
a descrevo sem dor,
do fel escuro da morte,
a bebo um gole de vinho
o dia derruba uma fileira ao nada.
Amo-te em silêncio
Amo-te em silêncio,observo-te sem que perceba,almejando apenas uma oportunidade de tocar-te e acariciar-te,almejando apenas uma oportunidade de trocar uma palavra e um único e solitário olhar,almejando apenas uma única e oportuna atenção,para olhar a ti e dizer-te no fundo dos teus olhos,amo-te em silêncio.
Lençol de Anil
Parado;
O silencio jazia
Em tudo.
O sol cobria a rua,
Preguiçoso, estático.
As nuvens recolhidas,
E um lençol anil
Cobria a cidadezinha.
Era domingo!
Fábula
Há um instante em que me tranco no silêncio
Fico lá dentro escrevendo coisas fúteis,
Lícitas depravações,
Lapidando segredos, inventando paixões,
Discutindo política, literatura, filosofia
Às vezes choro, sorrio, rezo...
Falo com Deus, falo anjos
Com o cão, com o gato
Dialogo com a mobília...
Uma fabula me convém
Protege-me e me detém
Mostra-me no fundo
Eu, dentre outros mundos
"Um leve e arteiro pensar brinca no meu silêncio.
Perco-me suavemente em meus gentis enleios.
Sou felicidade em ingênuas nuvens de sonho.
Deixo-me ser, por instantes, pueril perfeição".
Às vezes…
Às vezes o silêncio é a melhor resposta, pois palavras mal colocadas podem ser catastróficas.
Às vezes é preciso voltar para o início da história, para encontrar as respostas procuradas.
Na sociedade dos “atores”, todos possuem máscaras alegres e tristes para se protegerem, porém, às vezes é possível vê-los através delas.
ALGODÃO DOCE
Sinto no meu regaço
- O afago do teu corpo
Tormenta do meu querer
- Nos silenciosos afetos
Onde acalma na boca
- Os ávidos sentidos doces
É no teu corpo onde
- Me perco na noite rasgada
Na cama onde me deito
- Ao teu lado com o teu olhar
Devorador de faminto lobo
- Mãos despidas de gestos
Pedaço de algodão doce
- Quente de afagos gemidos.
Absorção da envolvência
Não sei porque me fecho sobre o peito, porque guardo no silêncio este lamento que grita baixinho. É como se chorasse por dentro, como se houvesse um mar que me afogasse em mágoas que não compreendo. É nesses momentos que não consigo entender porque estou aqui, o que faço neste lugar, é nesse instante que me afogo num drama que não me pertence, que equaciono partir para lado nenhum. Neste sítio de onde me vejo, chamo pela salvação, como quem quer ser perdoado, espero a redenção, com a certeza que um dia virá alguém para resgatar esta alma atormentada deste poço infinito de tristeza, saudade e dor. Quisera entender esta lamúria e perceber onde a vida me tolhe, para saber como vergar-me à sorte e assumir que não sou mais que um caminhante para a morte.
Eu sei, que se um dia desejar partir, devo aguardar na estação, com as malas feitas, pela eterna viagem que há-de levar-me à consagração duma alma que de tão pesada, não se sustenta num frágil corpo de menino. Nesse dia serei apenas brisa, vento e chuva, tempestade que lavará a calçada e fará do vazio um lago cheio de tantas lembranças.
Devo conter a minha sensibilidade, para que as dores do mundo não passem a ser as minhas verdades, de outra forma anteciparei o fim do meu tempo e serei igual lamento e não esperança, serei igual tormento e não a aliança entre a felicidade e a esperança.
Antonio Almas