Poemas Famosos de Morte
Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na sensibilidade e a morte é a privação da sensibilidade.
"Até aqui metade que eu vivi. Metade da minha sorte. Metade da minha morte. Metade dos meus sorrisos. Metade do que não presta. Metade do que me resta. Pra conseguir mais um tanto. Metade de todo pranto. Já escorreu por aí. Já inundou muito sertão. E metade da minha seca. Já rachou. E já partiu meu coração. Metade ainda não. Falta metade de esperança. Metade de alegria. Metade inda é criança. Metade eu nem diria. Não interessa onde é o fim. Mas que a metade que falta seja inteira pra mim."
Os sonhos são uma tênue linha entre o mundo real e o submundo. A morte é o desaparecimento dessa linha!
Não faz sentido nos preocuparmos com a morte. Enquanto existimos, a morte não está presente. E quando a morte chega, é porque não existimos mais.
A morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminado-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos de grandeza.
A morte não tem mais nada de assustador; não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre para o exilado a entrada de uma morada de felicidade e de paz.
Fiz amizade com o desconforto, dor, tempo, vida e a morte...
Agora me sinto pronto para enfrentar qualquer coisa.
Seguir os preceitos da religião sem ter constantemente em vista a perspectiva da morte e a esperança concreta da vida eterna (o que implica o esforço de imaginá-la), é cultuar um Deus reduzido à ordem mundana.
Se há algum conforto na morte de alguém que amamos, é o de saber que ele está indo para um lugar onde não há tristeza, maldade e dor.
O conhecimento da morte muda tudo. Se eu te dissesse a data exata da sua morte, isso faria o seu mundo desabar completamente. Eu sei disso. Imagine como é alguém fazer você esperar pra dizer que está morrendo. Que seu tempo está se esgotando. Em um segundo seu mundo desaba. Passa enxergar de outro modo. Você saboreia tudo, nem que seja um copo d'água, um passeio no parque. Mas a maioria das pessoas não sabe quando seu tempo vai se esgotar. A ironia é que isso as impede de aproveitar o máximo a vida. Continuam tomando água, mas não conseguem de fato aproveitar.
Eu acredito que a maior tragédia na vida não é a morte. Mas a grande tragédia na vida é uma vida sem propósito.
Eu tinha medo da morte até ler "A Menina Que Roubava Livros". A morte simplesmente limpa o mundo sem preconceitos sem distinção, ela faz seu trabalho categoricamente, ela é como a faxineira do mundo.
O amor nunca sofre morte natural. Ele morre por cegueira, por erros e por traições. Ele morre de cansaço, de desânimo, de máculas.
Uma freira na hora da sua morte pediu pra escreverem no seu túmulo, as seguintes palavras: Nasci virgem, cresci virgem, vivi virgem e morri virgem. O coveiro achou que eram muitas palavras, e escreveu as seguintes: Devolvida sem uso.
“Mas já é hora de irmos: eu para a morte e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo, exceto para Deus.”
Apesar de sabermos que, no fim do labirinto, a morte nos aguarda (e isso é algo que nem sempre soube, até pouco tempo atrás, pois o adolescente em mim pensava que a morte acontecia só com outras pessoas), vejo agora que o caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou. Não sou apenas uma coisa, mas também uma maneira de ser – uma das muitas maneiras –, e saber os caminhos que percorri e os que me restam vai me ajudar a entender o que estou me tornando.
Como uma marionete, cujos fios se tivessem escapado dos dedos de seu manipulador, após uma morte breve e rígida e num momentâneo embotamento dos sentidos, volta a reanimar-se, volta a entrar em ação, a dançar e a agitar-se, assim corri, como arrastado por um fio mágico, para o tumulto donde há pouco fugira fatigado, desanimado e envelhecido, correndo então elástico, jovem e diligente