Poemas Famosos de Morte
Fantasmas não são só as pessoas que já morreram. Fantasmas são pessoas que estão vivas e que perderam o brilho diante de nossos olhos!
#phaelandrade
Duro é temer que
A cega lâmina ou o
Áspero baraço,
Cessem apenas o grito
Ali mesmo na garganta.
E assim, no incerto Além
Esteja eu a gritar sem voz
No maçador silêncio
Da minha breve eternidade.
Dantes ter que correr num campo de Helena!
Nas mãos escudo, espada e certeza.
Hoje, ter coragem exige amar
A vida até o último hospitalar suspiro.
Atitude, às vezes, é poder-se estar dignamente morto.
E mesmo tentando, incessantemente, livrar-se dos demônios que o sufocavam, ele sucumbiu ao medo e ao desespero.
E ainda que houvesse uma saída, deixou-se levar pela correnteza de pensamentos que sussurravam em seus ouvidos.
E num último suspiro, deu adeus a este mundo. Livrando-se das correntes que o aprisionavam e lançando-se na imensidão da eternidade.
a ausência dum halo
arrelia
o pensamento
circunda os vultos
descrentes
por demasiado tempo
a escuridão avança…
em tumultos
os pensamentos turvos
arreliam e destroem
quem os pensa
Alvaro Giesta, "dois ciclos para um poema - ciclo dois"
Mesmo que eu não seja tão importante ou até mesmo que eu não conquista nada
Se naquele momento você lembrar de mim, mesmo que por apenas alguns segundos então eu tenho certeza que o que eu fiz o que eu vivi não foi em vão
Que eu tive algum significado no mundo que minha existência foi lembrada
Quando a gente perde alguém, acontece aquele choque de realidade, conclusivo: somos temporários por aqui! Lidar com a morte nunca é fácil, porém é um bom momento de reflexão.
O quanto eu tenho amado?
Quantos sorrisos dou por dia?
Beijei e abracei o suficiente?
Vivo com paixão, fazendo valer a pena?
Ironicamente, a morte nos faz refletir sobre a vida... o truque mais doloroso do destino. Enfim... Que a reflexão nos fortaleça para os dias que virão, que a tristeza não sobreponha a saudade!
Bom dia !!! Facebokeanos...
E no fim tudo passa... pessoas, coisas, palavras
E no fim tudo passa...sorrisos, choros, tristezas
E no fim tudo passa...vida, morte, sofrimento
E no fim tudo fica....Emoções, lembranças, vivências
Para que se preocupar demasiadamente, afinal tudo há de ter seu curso, sua direção, então não perca tempo com ...
Situações desnecessária
Rancores demasiado
Infelicidade exacerbada
By Re Quintas
Enquanto tua alma e o teu corpo se escondem,
Os teus olhos te traem com toda a sua cor.
Guardo toda a verdade, nos pensamentos que sobem,
Sobre todo o sofrimento e o amor.
Agora que te conheço percebo que me tornei mais,
Mais do que sou, tudo por te conhecer.
Vindas do passado, trago memórias, memórias tais
Que se escondem até antes das memórias de te ver.
Todo o dia contigo é um novo dia,
A vida recomeça quando te toco ou te beijo...
Toda a inspiração é uma primeira e vida se inicia
Quando sinto o teu sorriso, ou quando te vejo.
Cada lágrima que meus olhos expiram
Livra-me de uma mágoa no meu coração.
Agora entendo: os teus olhos não mentiram,
O teu amor é que se tornou numa subjeção.
As nossas dúvidas traem-nos e fazem-nos perder...
Perder aquilo que poderíamos ganhar quando amamos.
Nada será mais culpado do nosso receio de «poder»
Se não a dúvida, pela qual não arriscamos.
Atônito. Perplexo. Inconsciente. Impotente. Inconformado. Embasbacado - quase que por completo. Atordoado e aturdido. Com certeza zonzo.
Como a vida é frágil... Como se esvai abruptamente!
Misericórdia, ó Deus. Misericórdia!
A verdade é, que já aprendi a viver sem você, talvez um dia eu fui inteiro mas hoje já falta parte de mim
Enfim se não posso ter a parte que me falta
de que adianta viver?
Quando morrer, por favor lembre de mim com doçura,
Esqueça as flores, pois quero elas apenas em vida,
Quero apreciar a beleza e seu perfume.
Cite apenas das palavras que falei e escrevi,
Fale apenas de como enxergava o mundo,
Que tinha alma de poeta.
Que fui inesquecível.
Não chore a minha falta,
Mais sinta minha saudade.
E quando te lembrares de mim,
Lembre que vivi
Que falei sobre o amor,
Que bendiz a vida,
Que fui humana e viver tudo que a vida me propôs.
Não chore o lamento,
Pense que é um experiencia que todos passa.
E não há nasça e não experimente essa sensação.
Mais por escrevo sobre morte?
Não sei...Talvez porque falo tanto em vida,
Que gostaria de falar sobre partidas,
Dessa que a gente vai pra nunca mais voltar!
Dizem que quando uma pessoa se vai a dor é passageira, logo, logo vai passar.
Mas, percebo que ainda sou frágil. Quem se acostuma?
Quando partiu parece que levou boa parte de mim, não fui mais a mesma, o meu coração tornou- se tão sensível. Fiquei com medo, temor e raiva.
Ainda sendo criança, percebo que não fiz o suficiente, eu errei. Por todas as vezes que ouvi sua voz a chamar, pelas broncas, algumas repreensões... Muitas vezes não respondi seu chamado e outras vezes que fui teimosa, não ouvi seus conselhos... Até, pensei em parar minha vida, interromper todos os meus sonhos e planos.
Mas percebi que ainda vale apena viver, tenho família, amigos, colegas, tenho principalmente o bem maior; Deus.
Ainda que a saudade persista, que venha o choro por dias e dias prometi que não vou deixar me abater, lutarei por quem precisa e por mim. A quem foi embora pensando que ia se livrar dos problemas virou as costas quando mais precisei, apenas entregarei nas mãos de Deus.
Sei que se estivesse comigo continuaria sendo minha melhor amiga, protetora e tudo mais, e eu seria quem sou, porém sem esses medos e raivas. Ainda continua sendo minha inspiração e exemplo, AMO TANTO, e é por esse amor que não posso parar!
DENTRO DO PAPEL
Ela precisava escrever para ser ouvida,
dentro do papel era totalmente desinibida,
era uma, era duas, era um,
era quem quisesse ser.
Escrever tornou-se vicio,
e como qualquer viciado,
ela já não suportava a realidade,
queria estar relaxada,
queria ser feliz,
mas pobre infeliz,
só era feliz ao escrever.
Certo dia, ela criou uma nova realidade
para si mesma,
descreveu no papel sua cidade,
destacou as paisagens,
melhorou os personagens,
detalhou os bons corações,
ignorou os defeitos,
e decidiu não escreve-los.
Entrou para dentro do papel
e não saiu mais,
era plenamente feliz por dentro,
enquanto definhava no mundo real.
Morreu lentamente,
fazendo só o que gostava,
alguns poderiam até,
dizer que ela não teve uma morte triste,
e sim uma morte feliz.
Morreu a carne
mas sua alma continuou viva dentro do papel
que virou livro,
que criou vida,
que passou nas mãos de milhões de pessoas,
e décadas depois ainda estava intacta,
vivendo em uma estante,
apenas esperando que seu novo mundo fosse aberto de novo,
para ela viver novamente.
"E pouco a pouco
Se esvai meu corpo
Mas não fico louco
Por morrer assim.
E pouco a pouco
Se esvai minha mente
Mas fico contente
Por morrer assim.
Sinto uma dor forte de não ter meu amor, os anjos o levaram, e só ganhei desamor; choro por ti, vejo todas as almas ao céu subir, eu aqui na terra a infligir, pois meu apego foi sucumbir.
Se sofrimento é passageiro, divindade me dê a paz e me leve por inteiro, sou corrosivo com o tempo, ando ao vento por este sentimento, sem o meu amor eu caminho ao relento.
Da morte tenebrosa quero virar uma estrela, ir ao teu encontro e degenerar toda tristeza, voando ao céu segurando tua mão, e depois de um beijo você arrebataria a minha escuridão.
E se eu morrer,
não queira doar meu coração,
já pensou alguém sentindo toda essa dor?
Muita judiação.
(...)
Enquanto poeta Alvaro Giesta, a liberdade da palavra, no uso poético que lhe é dada, permite-lhe, em O Retorno ao Princípio, filosofar acerca da morte. A morte, que é a garantia da ordem no mundo dos homens, que é o que concede o diálogo, pois, no mundo humano adquire-se a vida através da morte. Só, assim, a vida tem sentido.
A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.
A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.
(...)"
do posfácio ao livro O Retorno ao Princípio, de Alvaro Giesta
inclina-se o decadente tempo
para o ir das frias águas
onde misteriosa
e incógnita
é a sorte.
nessas fontes enigmáticas
a luz, antes intensa, deixa de o ser
e cai no esvaziamento.
é o tempo do inverno!
ali, nesse tempo, a matéria se nomeia
MORTE.
nessa permanência intemporal
permanecemos esquecidos
mas, em essência, somos.
*
desse tempo etéreo
pulsando
um halo se evola,
quando
a lucidez em indizível ciência
estremecida
traz da essência o ímpeto
que ressumbra desse húmus,
até aí ignorado.
ilumina-se a uma luz
intensa
essa penumbra crepuscular;
como na árvore,
que do cálamo em sono mergulhado
se acendem em flor os gomos
essenciais à VIDA.
in "O Retorno ao Princípio", Editora Calçada das Letras, 2014
Quando morre um escritor morre uma estrela do céu,
meu coração compadece pois sempre vou escreve,
mais seria uma estrela pois minha alma é um constelação,
num mar de solidão compreendo a existência...
pois mar se dá como ar de uma estrela...
mesmo morta está no céu.
por celso roberto nadilo
Ando ridico de palavras,
escravo de mesmices.
Fico triste de domingos vazios.
De pequenas lamparinas
que iluminam mas não aquecem.
Assim sigo tomando os mesmos venenos,
vomitando as mesmas bobagens.
Enquanto o alfange da morte não
ceifar os meus suspiros.
Enquanto os seus olhos ainda teimarem
em não me ver.