Poemas Famosos de Morte

Cerca de 13329 poemas Famosos de Morte

Diante do entretanto,
Espreito as formas.
Estampada sob sentido,
Percebida da não salvação.
Mais aflige que esmorece,
Afugenta e tudo é vivo.
Na rotineira selvageria,
Isento de predicado.
Onde sempre comparado,
Doravante, derribado.
Insuperável condição a existência,
Nessa escassez de pormenores.
De ignorante espírito espontâneo
Infindável iniquidades sem nomes.
Movendo, sedento,
Desentendido de quê?
De fato, guarnecem,
Lacunas do existir.
Diante do entretanto,
As pupilas são porta d´alma.
Não há luz noutro recanto,
Cotidiano, espanto.
A mover-se pelo pranto,
Descompasso o coração.
Desventura no caminho,
De um filho sem irmão.

Diante do entretanto,
Diante...,
A vida passa sem mágoas,
Diante dos próprios olhos.

Inserida por rafaeloleme

Morrer,
Não é só ausentar da vida
Tornar-se lembrança parida

Morrer,
É ir além (literalmente)
Ser e não ser um alguém

É também, nascer recorrente
para um espírito refém
dos Céus, se foi benevolente.
Amém!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ELA...
Amava a noite, pois era o símbolo da solidão;
Amava o pôr do sol, pois apesar de parecer triste, no outro dia se mostrava poderoso;
Amava fotografia, pois se encantava com a forma que ela eternizava cada momento;
Amava a clima, pois mesmo quando fria era linda;
Amava a água que caía das cachoeiras, pois mesmo com quedas tão altas nunca deixou de percorrer seu caminho. Ela amava muitas coisas.
Tinha medo das pessoas, pois como ela estas sorriam sem vontade;
Tinha medo do vento, pois este vinha e sumia num instante;
Tinha medo de palhaços, pois esses se diminuíam para ver o riso de sua plateia;
Tinha medo dos pássaros pois esses sempre partiam para longe todos os verões.
Tinha medo do mar, pois seu mistério lembrava a ela mesma. Ela tinha muitos medos, ela...morreu.
Mas ela não tinha medo da morte? Tinha.

Inserida por LuahSouza

FILA (Bartolomeu Assis Souza)

Estou numa fila
Com uma senha
Invisível, obscura...
Sem saber a hora
Da minha morte...
A qualquer hora posso
Ser chamado...
Senha número.....

Inserida por bmdfbas

Eu quero ir embora!
Embora daqui
Embora de mim
Ir embora, embora não saiba para onde
Apenas não quero mais ficar
Aqui não é meu lugar
Minha alma quer sair, não sei se para um lugar físico ou metafísico.
Só quero ir embora daqui!

Inserida por PriscilaMedeiros

ILUSÕES DO COTIDIANO

"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.

Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?

O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.

Inserida por KelviKlaine

POEIRAS DE MIM

"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.

Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.

Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.

Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.

Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.

Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.

Inserida por KelviKlaine

Num instante, um hiato de sombras gélidas,
me sufocam numa transição final.
Com um breve suspiro, inesperadamente,
sem palavras, fechei os olhos e adormeci.

Minh`alma viaja ao pólo oposto
hesitante tento impedir o passo
Mas, com cautela e um compasso lento
atravesso um sinistro limiar.

Poderoso vento vem ao meu encontro
vejo esplêndida veloz luz que se aproxima
e os meus olhos se ofuscam…flutuo…

Pasma ao ver o resplendor da glória de Deus
a minha`alma agora anela ao inexprimível.

Uma grande porta se fecha atrás de mim.

Inserida por MadalenaPizzatto

A dor da perda é realmente algo insasiavel
é algo tão estranho é um sentimento imutavel
não imaginamos essa dor até sentirmos de verdade
porque nunca queremos que as coisas boas acabem
o fim, pode significar um novo recomeço
novos erros, novos acertos, nova vida!
a vida nem sempre é servida como o prato mais caro daquele restautante chique
como também nem sempre é sofrida como a guerra do vietnã
não pense no amanhã como um compromisso, muito menos como um serviço
pense nele como o recomeço que não pode ser feito hoje
nunca é tarde para mudar, nunca é tarde para perdoar, nunca é tarde para sorrir
mas como irei sorrir, se não estarei mais aqui?
carrego a solidão e todo seu peso em meu corpo
e como a escultura de "David" de Miguel Ângelo
corro o risco de ruir e desabar por esse peno não aguentar
são tantos anos sem resposta achando que vivo numa icognita
pouco tempo me resta até encontrar a resposta
pois esse peso, está fechando minha porta.

Inserida por Geremiasjr1

Além do véu da tempestade há o mundo em que sonho
O fervor da pequena estrela vermelha
que emanava algo que busquei durante 145 anos-padrões
Algo que não deveria ter encontrado nunca, ou nunca deveria ter me encontrado
Quando fui para lá me vi passando sobre as águas claras do rio que cortava o solo seco
Por conta dos três anéis de estrelas que se formavam no céu todos os dias
Lembrava-me dos dias que olhava para o céu nas noites,
Noites em claro.
Torres tocavam sinos e canções em cordas
Sem destino ou motivo
Apenas por cortesia

A luz alaranjada transpassava as montanhas
As árvores mortas pelo ardor do sol se desprendiam da terra
Os rios se transformavam em riachos do dia pra noite
Assim como nossa esperança
Deixei-me de lado por um momento
Vi as pedras vermelho-alaranjadas brilhando sobre a mesa
Moldadas no cabo de couro durksiano,
Refletindo os pôr dos sois que se foram há horas.
A noite era clara, não tanto quanto o dia
As luzes piscavam e as pedras emanavam calor
Diminuindo a nossa dor na noite, que sempre se transformavam em sonhos
para esquecermos nossa realidade.
Quase morta.

Ela se foi há tempos, mas a esperança ainda a revivia
Em alguns momentos a chuva caía, aos poucos molhava a terra
que encharcava a pequena estrela e a deixava viva novamente.
As estrelas pareciam mais claras, os sóis mais escuros
O planeta chorava de novo, e nós sofríamos.
De repente me vi sem rumo, abandonado
As estrelas estavam cada vez mais perto dos meus olhos
Podia ir a qualquer lugar que desejasse
Momentos importantes passavam rapidamente
Minha mente parava
Sentimentos iam e voltavam, sem rumo
A dor se fora há muito tempo
O amor ficou
As luzes tomaram formas em minha frente
Não podia descrever o que era
Era apenas ... maravilhoso.

A noite nunca foi tão clara como antes
Agora conseguia ver-me
Sem nenhuma noção do que a superstição me fez.

Inserida por Ypra

Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.

Ariadne

Inserida por AriadneLaTerza

Há quem se enriquece por meio de privação e economia, e acaba ganhando isto: Quando ele pensa que já pode descansar e aproveitar seus bens, não sabe que logo vai chegar o tempo de morrer e deixar tudo para os outros.

(Eclesiástico 11, 18-19)

Inserida por pensandogrande

SONETO SOLENE

Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida

Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!

Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.

Inserida por LucianoSpagnol

Se te prendes ao presente das coisas cotidianas
Te iludes,te enganas
Nesta falta de projeto
Chega a ser um retrocesso,
Não pensar no futuro.
Desse abismo escuro de inautenticidade,
Te arranco quando mostro a fatal realidade.
Só há vida porque há morte.
Parece devaneio, mas te mostro sem receio que caminhas para lá.
E sendo lá destino certo
Um ser para a morte nasce
E antes do desenlace
Agita-se, caminha, corre
O tempo já escorre por entre os dedos das mãos.
Tomando de mim ciência,
Não pereces na inércia,
Pois a morte te apressa a uma atitude tomar.
Diga aqui, pense o futuro
Jamais fique no escuro de uma vida a contemplar.

Inserida por WellBorges

OUTRO LADO
- Oi, moço. Uma informação por favor... a loja que ficava aqui ao lado fechou?
-Não, minha senhora. Só mudou pro outro lado da rua.
-Hã? Como assim?! - perguntou enquanto olhava pro outro lado tentando enxergar o que procurava - Acho que você não entendeu a pergunta... A loja que ficava aqui ao lado fechou, não foi?
- Sim. Fechou aqui e reabriu do outro lado. Está logo ali. Bem de frente. Basta a senhora atravessar a rua.
Ela olhou mais uma vez pro outro lado. Desta vez mais demoradamente... Me pergunto se talvez o hábito, a tradição e o costume a tenham deixado desconfortável em aceitar mudanças e se isso, de certa forma, a tenha cegado (ou pelo menos limitado sua visão).
Incapaz de enxergar a realidade, não atravessou a rua. Simplesmente agradeceu e foi embora balançando a cabeça lamentando a loja ter fechado (e possivelmente ponderando a integridade de minhas funções cognitivas e estabilidade mental).
"Moço doido"
Acontece o tempo todo.
E não apenas sobre lojas.

Inserida por Rumallon

"Somos pontos luminosos no universo, que acendem e apagam num constante pisca-pisca. Apaga um aqui, outro acolá outro ali, até que chega a nossa vez."
Osvaldo Lopes Cavalcante, Em: O livro 400 ANOS 11/10/2013
EDITORA: PLANETA AZUL. www.planetazuleditora.com.br/

Inserida por OsvaldoCavalcante

►A Visita do Guarda

Por favor, tenha cuidado lá fora
O silêncio da cidade me apavora
Não esqueça de trancar a porta
Volte antes das onze horas
Me preocupo muito com você, senhorita
Preste atenção ao atravessar a avenida
Desculpe, eu sei que já possui uma mente desenvolvida
Só quero que esteja segura, oh margarida
Tenho medo que outro homem te arranque de minha vida
E, ao sair pela porta me relembro como és linda
Pela janela meus olhos te observam na esquina
Eu te imploro, volte logo da casa de sua tia
Não quero que, pela rua seja engolida
Volte logo, já sinto tua falta, minha querida.

Já anoiteceu, o ponteiro já bateu
Onde estás? Você me prometeu
E, quando escuto o bater da porta, abro, e uma lágrima me nota
Um guarda não me conforta, segurando tua bolsa, mas sem dona
Ele veio me dizer que algo terrível veio à acontecer
Disse para me sentar, disse para me preparar
Espere, seu guarda, o que o senhor está à me contar?
Mentiras, eu não posso acreditar
Onde ela está?

Oh minha linda, eu disse para se apressar
Veja, sobre teu rosto agora estou a chorar
E pensar que jamais poderei lhe ver caminhar
Que jamais poderei te abraçar
Jamais poderei te beijar
Um assalto tirou-me a princesa do conto encantado
Viverei agora sem ti ao meu lado, com o coração despedaçado.

Inserida por AteopPensador

O amor é o mais forte sentimento que possuímos.
Por ser eterno, não respeita o tempo e muito menos o espaço!
Pois nada separa quem se ama.
Nem mesmo o fim desta vida terrena.
A essência que há em nós e que nos uni permanece para sempre.

Inserida por alicenetaraposo

Soneto do último suspiro

Tem horas que vejo a faca
E a faca me vê
Morrer agora
De vez em quando é vencer

Tem horas que me vejo diante dela
E ela se vê vindo
Entregar-se a ela agora
De vez em quando é treguar

Mas do que adintou tudo então
Eu não irei vencer assim
Eu irei prevalecer, bem mais tarde

Mas do que adiantará lutar tanto então
Eu não irei apaziguar assim
Eu irei mostrar, bem mais tarde, que eu criei

Inserida por PeAug

Perfil de Tales - 2

Dizia ainda que

precisamos recordar dos amigos presentes e ausentes;

cuidar do nosso comportamento mais que da nossa aparência;

não enriquecer de modo injusto e não cair em descrédito com aqueles com quem fizermos um trato.

Tales sustentava que a morte não é diferente da vida. E se alguém lhe perguntava porque então ele não morria ele dizia que era porque não tinha diferença entre vida e morte.

Inserida por DavidFrancisco