Poemas famosos de Loucura
Cogumelos e Lírios
Eu vou dançar agora aqui na beira do precipício
Não sei se é bom ou mal, se é morte do ego ou é suicídio
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Percebo como é normal, fugir e não voltar a meu estado natural
Derreto que nem mingau, em meio a uma viajem fractal
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Eu vou ficar sorrindo, flutuando na boca do lixo
Montado num camaleão, corpo dormente mole curvo e esquisito
Baby eu não ligo
Me tranca e joga fora a chave do hospício
Cogumelos e lírios
Eu vou comprar passagem, só de ida na loucura me entregar
Meus delírios vão na bagagem, no broto dou um beijo porque não vou mais voltar
Baby eu não ligo
Eu sei que pra você no fundo faz sentido
Cogumelos e lírios.
Dois mundos...
(Nilo Ribeiro)
O mundo emocional,
a imagem de homem,
é um conflito real,
que ainda não tem nome
às vezes sou ele,
às vezes ele sou eu,
não me encontro naquele,
o ceticismo sobreviveu
a distância que separa,
uso uma apologia,
é um fio de navalha
que me leva à sangria
dois mundos distintos,
e neles estou perdido,
do amor estou faminto,
na loucura estou detido
não vejo saída,
tapo os ouvidos,
tento a vida,
mas continuo perdido
sei que é minha responsabilidade,
encontrar a solução,
qual o mundo de verdade,
qual o mundo da ilusão
o mundo emocional,
a imagem de homem,
é um conflito real,
que ainda me consome...
Pareço que sou louca, maluca, doida.....
Simplesmente por que sinto, grito, gargalho, choro, canto, bebo, fumo, durmo, amo, odeio, vivo.
Se ser normal é ter esse maldito senso comum.
Desculpas, mas quero morrer dessa doença chamada loucura.
Loucos gostam de adorar de maneira salutar!
Tomam porres e overdoses de vida sem relutar!
Entre loucos sãos e doentes, há todo tipo de gente!
Portanto não o confunda com demente!
A peculiaridade da loucura é a verdade!
Ser genial por excelência, sem vaidade ou imprudência!
Ser o diferente, que faz a diferença!
Meus pensamentos me enganam.
São tantos.
Se contradizem.
Meus pensamentos me torturam.
Cochicham e gritam.
Não sabem fazer silêncio.
Meus pensamentos me sufocam.
Me amam e me odeiam.
Não me deixam.
Meus pensamentos me enlouquecem
Não conhecem as palavras
Não respeitam minhas escolhas
Você é uma daquelas loucuras que levaria uma vida toda me arrependendo ou uma vida toda me orgulhando.
Você são os 5 minutos de insanidade que todo mundo espera ter uma vez na vida.
Pode dar tudo absolutamente muito errado, mas você é abismo, penhasco imenso, daqueles que eu gosto de me atirar sem olhar pra baixo.
Imaculado seja o palhaço.
Eu te aceito em minha vida
Eu viro as página
Mas sem nenhum nariz de palhaço em mim
Sem nenhuma assustadora máscara.
Viva sem nenhuma maldade
Sempre na mais pura inocência
Porque sabemos que o fim
Nos aguarda desde o dia da nossa nascença.
Sou sua crença, o seu pecado
Sua loucura, seu doce agrado
Meu bem querer, vim te dizer
Sou seu amor, imaculado.
Fico aqui, sem entender.
Sem saber o que fazer, sem me mover.
Me anulando, me esfriando.
Mesmo com o coração em chamas.
Com os pensamentos vivos, sempre que falo com você.
É loucura minha,
Ou nem você percebeu ainda os sinais.
Sinais esses que você dá.
Será só eu, e minha percepção aguçada.
Mais uma vez.
Não lembro como é sentir dor após um corte.
Não me lembro da sensação de sangrar.
Só lembro de querer ver alguém sentindo tal dor,
Mas não por maldade,
Só para ver como é.
Sinto falta de sentir um pescoço quebrar,
Mas não por querer fazer isso com alguém,
Só para ouvir o estalo.
Isso parece tão irracional,
Mas vejo pessoas praticando como se fosse normal.
Quem será o mais errado, o mais louco?!
Ele por estar sentindo e ouvindo ou eu por estar apenas imaginando?!
Talvez seja eu.
Mas isso não mudaria muita coisa.
Nutrir minha imaginação é o que me mantém sã.
Nunca saber qual é a verdadeira sensação talvez me ajude.
Por que posso gostar se um dia eu descobrir.
Mas estou cheia de talvez.
Talvez seja eu, talvez me ajude, talvez eu goste, talvez eu faça.
Só tenho uma certeza,
Por enquanto, imaginar já é suficiente.
Infidelidade
Mistérios e enigmas rodeiam teu corpo.
Silencioso, vejo-te balbuciar.
Em meio ocioso fiz-me pairar,
Sob palavras melodiosas,
Tudo o que me restar.
Se vens como um anjo caído,
A noite escura convida a viajar.
Toque minha mão,
E faça este tal brilho durar.
Cada sensação nunca antes vista,
Cauteloso e perigoso te faço bastar.
Palavras divinas em meio a tormenta,
Vida tirana vem a desinteressar.
Pessoas comuns na falta do que conduz.
Tua vitalidade escassa,
Um tanto anti social,
Bipolaridade disfarçada.
É meu último suspiro frente ao que resta de tua amada.
Até então cheia de luz,
Retiro de tua mão a espada.
Encha-me com seus conselhos,
Serei eu tua aprendiz.
Como movimentos de teus cabelos.
Vertentes opostas de uma mesma diretriz,
Te guio por espelhos.
Passos descompassados,
Pela dor que esmaga.
Se como um golpe me conduz,
Serei eu desnecessária.
Em tua mão um fulgor reluz,
Tornando-me por total errada.
Idealizarei tua utopia,
Com um vigor que me afaga a alma.
Viva feliz e sorria,
Fiz do mundo tua morada.
Eu sou fiel meu bem.
Considero o que me é ensinado.
Te elevo e consagro,
Ainda que dentre todos,
Sejas tu, o meu maior pecado!
O insano
Junte o útil ao agradável,
O infiel e o profano,
A moral e a ética,
O amor e o humano.
Se fosse simples não mais seria bonito,
O amor mensurável não serve,
Não eleva nem agrada ao espírito.
Não peço-te permissão,
Nem te digo que foi escolha.
É mais uma imposição do destino que nos entreolha.
Sinto-te distante,
Como um grito no vazio.
Vozes oscilantes, de uma mente inerte em meio ao frio.
Se sob a penumbra cinzenta recai a noite,
Me faria eu desnecessária.
Colmada por súplicas infiéis e de glória empavesada.
Num sóbrio recanto me conduz
A paisagem já atravessada.
Gestos secos e sem luz.
Alma distante, intocada.
O contraste ideal existente.
Olhos negros estes teus,
Fariam estrelas terem inveja deste tal brilho fosco.
Apenas sigo a linha do horizonte, ignorando vertentes.
Meras súplicas abandonadas,
Pudor inexistente,
Vidas separadas.
Colecionador de amor tu és.
Obra de vidas passadas.
Colecionador de dor tu és.
Portador de histórias equivocadas.
Afundo-me em teus males, mergulho em teus receios,
Bebo da fonte dos teus medos.
Jogo-me por inteiro.
Ainda que louca, desvairada,
Entendo-te um pouco.
Vives para os outros,
Pensas nos outros.
Ah meu bem, pense em mim!
Metades
Tudo já foi metade
Meia luz, Meia taça
Meia volta, Meia Vontade
E volta e meia me perdia
As minhas loucuras
Nas suas curvas
Nas metades que me sobravam
Eu sempre voltava pela metade
Diferente
A estranheza que causo ao passar,
ao falar, enfim ser, simplesmente.
O visível torpor é latente.
Não se pode conter ao olhar.
Se tão cedo já vinha escutar
o espanto dos meus divergentes.
O quão pouco adequado me sentem?
Quanto aprovo do jugo ao calar?
Poque sempre me vi descontente
entre sábios a me conformar
em seu conhecimento aparente.
Que me tenta categorizar.
Isso fere, é muito diferente
da loucura que vem libertar.
Doses de inconsequência
Encontrei em minha falta de querer
Motivo perante a abstinência.
Desapeguei do total pudor
O medo oscilante, sem suceder
Se exilou enfim de minha existência
O fogo vermelho se tornou azul
No calor do depois,
Compulsão de nós dois.
O agora mostrou que reluz.
Agonizante exatidão,
Súplicas fora do conceito.
Sua cautela improvisada
Traça o pecado perfeito.
Agora sem decência,
O intenso ultrapassou a dor.
Ingrata loucura derramada
Afável, intocada.
Miúdas doses de inconsequência.
Trago em mim seu calor.
Mistério tênue a se fazer decifrar.
O depois se tornou loucura
No caos do embaraço,
Vida curta para pensar.
Indecência se tornou cura.
Não mais me afundarei,
Nem mergulharei em uma virtude disfarçada de compostura.
Sobre o caos em Curitiba 29/04
“” Isso é ditadura...
Isso é o que foi combatido.
Isso é o que alguns pedem de volta...
Isso é loucura...””
Minha mente e meu coração são antagônicos
é discernível quando se sofre por amor
ele tem o efeito que ecoa em sanatórios
te deixa doente num escuro corredor.
QUERO TE ENCONTRAR!
Tá difícil...
Eu sei!
Ando procurando feito louco,
um caminho, um norte, uma direção.
É difícil...quero te encontrar
para nos seus braços me jogar!
Nas noites escuras te procuro,
numa rua sossegada...próximo a sua casa
num cantinho do muro...Loucura?
Não sei...Só sei que quero te encontrar!
Tenho fome.
Da dor desse teu louco amor.
Do sangue que já não escorre.
Do medo que me fazia gritar.
Dos gritos que dava sem falar.
Das palavras que agora me inundam.
Da água que me lavava por dentro.
Tenho fome.
De ti amor.
Da dor.
Do sabor.
Da bebida sem cor.
De sentir calor.
E ainda mais desse mundo de cor.
Que me abraçava e me rendia.
Agora vivo presa na fome da cobardia.
Mãe
Nem tudo são rosas, em meu jardim
Nem tudo são flores, em minha vida
Nem tudo é poesia, em minhas palavras
Nem tudo é amor, em meu coração
Há um pouco de ódio, em meus olhos
Há um pouco de dor, em minha alma
Há um pouco de sorriso, em minha face
Há um pouco de tristeza, em minhas lágrimas
Insanidade nenhuma, pura solidão...
Alucinação nenhuma, pura loucura sua falta... Mãe!
- Posso não encontrar motivos para estar feliz, más mesmo assim não irei apagar o sorrido de meu rosto.
Com você foi que eu cresci, compreendi como devo e como quero viver -
Construí sonhos sobre sonhos, algumas vesses me superei e outras me fizeram desistir -
As lagrimas da minha vida tem sido os caminhos traçados por mim - Senti com verdade, amei com verdade, sofri de verdade.
Minha Loucura e apenas um reflexo de meus desejos de uma vida sem regras, sem medos, sem grandes barreiras.
As mudanças me fizeram apenas acreditar que tenho uma chance para mudar tudo - começar outra vez.
Tenho começado outra vez, más com o medo de que eu deveria voltar atrás.
Tenho medo de mim - de me decepcionar de novo com o mundo.
Apenas medo -