Poemas famosos de Loucura
Nunca surte mais do que dez minutos.
Após isso você já esta num quadro de loucura.
Eu sei bem, pois conheço a loucura.
A vida no "às vezes é assim":
Uma loucura sem fim
Montanha russa a todo vapor
Que sobe - que desce
Maré mansa
Amanhecer sem sabor
Caminhar sem sentir
Indiferente ser
Melindrado estar
Querer fugir
Gritar
Esconder-se
Não saber,
Não entender: as lágrimas descem
Histórias vão
Dores permanecem...
No vai e vem constante
Sorrisos camuflam a angústia que não quer desaparecer
Lágrimas suavizam e cicatrizam a fundo em meu ser
...
Mas o tempo, cruel e implacável,
Escorre por entre os dedos como areia fina,
Levando consigo a esperança, a força e a fé.
E a vida, antes um palco de sonhos e desejos,
Se transforma em um palco vazio,
Onde a melancolia dança em silêncios fúnebres,
E a alma, cansada de lutar,
Se curva sob o peso da solidão,
Em um lamento silencioso,
Um sussurro perdido no vento.
NO ÀS VEZES É ASSIM...
13/09/2024
... (a.c) ...
Se não há o reconhecimento em nós dessa pitada de "Loucura" não seremos felizes é, nunca!
Solte as suas mãos da sanidade pelo menos de vez e sempre!
Ser louco de vez em quando é saudável...
Só há uma coisa a aprender com as ideias de Clarice Lispector, que a loucura é uma forma de sanidade.
Aquele algo pitoresco estúpido e tolo!
Somos todos universos particulares, de assimétrica sobrevivência.
Escancare sua própria loucura.
Exponha suas cicatrizes.
É libertador livrar-se do próprio preconceito.
- O perdão
O perdoar chega ser loucura, sim, irracional és.
Pois não mede problemas, e sim soluções.
O criador do perdão revelou em sua ação pelos humanos que: o amor incondicional é maior que a razão!
Corro atrás dos meus sonhos, mesmo que pareçam loucura,
Enquanto ao meu redor, a inveja se oculta na ternura.
Me desmoralizam, tentam me fazer desistir,
Querem apagar meu desejo, impedir-me de persistir.
Sonho alto, isso nunca escondi,
Minha mãe me alertou: "Filho, cuidado ao subir."
Talvez ela tenha razão, o céu pode ser cruel,
Mas prefiro a queda do que viver preso nesse véu.
Se a dor vier, que me faça acordar,
E se for para sempre, então que seja para me ensinar.
Tenho esperanças, ainda acredito,
Nos meus objetivos, continuo aflito.
As pessoas dizem que não vou conseguir,
Mas vou provar que erradas estão ao me ver insistir.
Elas não querem que eu saia do chão,
Preferem me ver acorrentado à ilusão.
Nos olhos delas, sou símbolo de fracasso,
Um conforto para que sigam no mesmo espaço.
Mas preciso me levantar, preciso voar,
Não posso me contentar em apenas ficar.
Sou como um pássaro preso numa gaiola,
Onde as correntes fui eu que pus sem demora.
Talvez a porta sempre tenha estado aberta,
Mas o medo me cegou, me manteve alerta.
Agora, sozinho, vou encarar o vasto céu,
Pois se eu não voar, será meu maior réu.
Preso em mim mesmo, clamo por alguém,
Mas sei que a chave para a liberdade vem de ninguém.
Agora, decido sair da ilusão,
A única saída é voar, com o coração na mão.
Tem um pouco de loucura em tudo que sinto
Mas a verdadeira loucura é você,
pois tudo que sinto é por sua causa.
Loucura não é?
Querer e não poder;
Sentir e não dizer;
Sonhar e não viver;
Te ver e não te tocar;
Amar e não falar;
.Pesadelo imutável
A escuridão que puxa
é a solidão que atrai,
o abismo da loucura
é a dor que me distrai.
Dos mares agitados,
das florestas horripilantes,
das sombras desalmadas,
à luzes cintilantes.
Receptores profanados,
que portam uma maldição,
dos sentimentos suprimidos,
surge a depressão.
Olhares de desespero,
esperam o amanhecer,
com a esperança de um dia,
saber como viver.
.Dose de loucura
Dos sonhos angustiantes,
meus olhos vieram a querer,
sua silhueta tentadora,
que criou meu novo ser.
Seus cabelos reluzentes,
que me traz desolação,
seu sorriso oculta,
incita purificação.
Minha mente instável,
me prende em seu olhar,
minha insanidade,
eu só consigo, em ti, pensar.
Queixas de um Espirito Revoltado -
Viver o tempo que passa
pregando a dor ao chão
é loucura, é desgraça,
é mastigar o coração.
Apodrecer as raizes
d'um internado que é louco
é lamber as cicatrizes
de quem vai morrendo aos poucos.
Cão vadio porque me ladras
se só quero a tua festa,
já que somos desta raça,
ser vádio é o que nos resta.
E o que dizer da ilusão?!
Que não há corpo nem memória,
não há Espirito, oração,
que lhe possa ter vitória.
Nas veias do pensamento
corre o sangue da solidão
num pensar quase tormento
que nos tolda a razão.
À sombra dos nossos corpos,
projectada na parede,
passa o sonho de estar mortos
de que temos tanta sede.
Somos filhos, rejeitados,
de uma mãe que nos gerou,
somos mortos, condenados,
por um pai que nos matou.
Somos corpos mutilados
pelo tempo que passou,
do rosto que nos foi dado
nem o lastro lhe ficou.
Dão-nos um lamento sem fim
no crispar da persistência,
mas porquê de sermos assim
numa longa inocência?!
Não há verdade nem glória
numa vida sem enredo
não há clareza na memória
de não vivermos com o medo.
Em espartilhos de ferro
num destino que é constante
condenados ao enterro
estamos todos lá à frente.
Como os troncos que são tortos
é pesado amar os vivos,
vou-me embora com os mortos
em velórios proibidos.
P'ró pensar que me desgraça
talvez não tenha solução,
que por mim a vida passa
pregando a dor ao chão.
Incompreensão: Destino Envenenado -
Na loucura de um sentir inconsciente
sempre quis amar e ser amado
amar tudo e toda a gente
que caminhasse junto a mim, a meu lado.
Porém, poucos houve que me entenderam
nem eu mesmo me entendi
e só aqueles que morreram
ficaram mais perto de mim.
Julguei que aos outros aninhava
alem do mau feitio, dentro do peito,
hoje sinto que a todos rejeitava
por nunca entenderem o meu jeito.
O meu jeito de poeta miseravel
escravo de um sentir sem porto
prisioneiro das palavras, ser instavel,
desejando a paz eterna de estar morto.
E diziam, não podes ser assim,
tens que aprender a viver a vida!
Mas o que sabiam eles do que ocorria em mim?!
Pensariam que eu gostava de viver de Alma perdida?!
Ah se eu pudesse matar este sentir
que me cavalga o pensamento,
se eu pudesse afastar, resistir
à solidão, ao sofrimento ...
Não posso! Não sei nem tenho como!
Tábua fria onde me deito e meu corpo é velado,
essência dos poetas qu'inda tomo
destino que Deus me deu envenenado.
Agosto -
E já se foi Agosto!
Um dia e outro dia
horas de loucura
lembrança e desgosto
d'um amor que se perdia.
Só ficou este silêncio
o silêncio de Setembro
que o mês de Outubro
'inda trazia.
Dois loucos calados
na casa de ninguém
vestidos de negro
em corpos fechados
das mortes que fui
em memória de quem?!...
Dois mortos calados
na casa de ninguém!
Evasão -
No silêncio da minha cama fria,
na loucura do meu quarto sem sentido,
na tristeza da minha casa tão vazia,
caminho passo a passo, em vão, perdido.
Bóiam tantos mortos em torno a mim ...
E oiço alguém desamparado que me fala comovido ...
Alguém que olha com olhos de jasmim,
cujos olhos, cortam o silêncio, como um grito ...
Sua face, escavada, adornada
de solidões ardentes, quase morta,
coberta de cansaços e mais nada,
lembra casas como a minha já sem porta.
Seus olhos de descansos por viver,
de pálpebras frias, pesadas, sem nada,
choram lágrimas de pedra, a arder
em corpos de andorinhas, sós, paradas.
Seus lábios coam água de seus olhos,
sua voz, azeda, balbucia solidões,
o destino, esse, quem lho deu, cheio de escolhos,
cansaços de amargura, tristeza e podridões?!
Nem sei que diga ante dor que é tamanha!
Que triste desencontro! Eu lamento esse dia
que se prende no meu peito, que me apanha,
sempre que escrevo no papel uma poesia!
Só -
Ai esta saudade de mim
cautelosa e serena
esta loucura sem fim
que me enche de pena!
Ai solidão desmedida
que ninguém pode tocar
este estar SÓ na vida
que ninguém pode acompanhar!
Ai esta noite sem Lua
este saber que me perdi
este arrastar pela rua
esta carência de ti!
Ai este silencio vazio
este sofrer no caminho
estas dores do frio
que me deu o destino!
Eis-me -
Num acesso de loucura
vim à vida sem vontade
sempre cheio de amargura
sempre cheio de saudade.
Cansado como a noite
cheio de noite e solidão
sem um colo onde me acoite
levo o silencio na mão.
Ai que tristeza contida
ai que martírio maior
ai é tão longa esta vida
cheia de dias sem cor.
Ai veneno que me deste
ai que silencio de morto
ai solidão tão agreste
que me corre no corpo.
Tanta gente perdida
tanta boca fechada
tanta gente despida
tanta Alma calada.
Adeus vida que me foge
sem nunca me ter tocado
venha a morte que me toque
e me possua em pecado.
Ai se eu pudesse morrer
com a luz do teu olhar
eu voltaria a nascer
só p'ra voltar a te amar.
Triste Confissão -
Estou cansado da loucura
de um sentir que grita em vão
no meu peito que amargura
já não bate o coração.
Já não pulsa o meu destino
só há dor, contradição,
chorem pedras do caminho
que sou filho da solidão.
Há tanta gente na rua
procurando o que virá
também eu vou de Alma nua
caminhando ao Deus dará.
E se um dia tu souberes
que eu parti p'la barra fora
chora tudo o que puderes
vou sentir-te a toda a hora.