Poemas famosos de Loucura
Nos corredores da loucura,
Abrem-se as portas da louvada sanidade.
Divagar,
Penetra a rotina,
Enrijecendo os que passavam
Correndo, dançando, pensando,
Param.
Agora já não passam,
De uma utopia mal passada
TINTAS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não entendo a loucura de quem não é louco
entre tantas razões pra perder a razão,
para ter ilusão de que o mundo melhor
é viver nesse mundo que o mundo não é...
A maior das loucuras é ter sanidade,
suportar estes tempos alheio ao sonhar,
ver de frente a verdade; quem sabe de costas;
não voar para longe nem ter fantasias...
Só entendo esta vida sem nada entender,
sem me ver enredado por sua frieza,
reduzido a pessoa nada pessoal...
Nunca fui essa massa que o todo modela;
sempre fui a novela que se auto escreve
com as tintas do sonho que não busca ibope...
QUERO!
QUERO-TE NO MEU CORPO ......... QUERO-TE NAS MINHAS ENTRANHAS .... LEVANDO ME A LOUCURA DE UM AMOR INSANO ,NUM FRISÃO DELICIOSAMENTE DE TODO PRAZER !!
Licia madeira
Loucura, loucura...
"- Ele é poeta. É louco."
Já ouvi isso
E não foi pouco.
Realmente,
Estar são
É fazer bombas
Ou derrubar um avião.
E (claro!)
Eu, poeta,
É que estou doente.
Me visitou.
Novamente a morte me visitou,
A morte fantasiada de sentimento.
Loucura, amor, paixão, clausura.
A morte que sufoca,
faz perder os sentidos.
A morte que embriaga,
consome lentamente e confunde.
Novamente a morte me visitou,
novamente a morte me iludiu,
novamente a morte me transformou.
A morte fantasiada de amor me visitou mais uma vez.
Mais uma vez me deixei levar ao sono profundo,
a tristeza abstrata que interrompe os sentidos,
a falta de ar que alucina.
Mais uma vez a morte me visitou,
mais uma vez fez meu coração parar
mais uma vez me fez sentir
buscando a esperança de amor mortal.
Novamente, mais uma vez, de novo.
O amor novamente me matou.
A morte me visitou mais uma vez,
no dia em que conheci você,
a morte novamente me visitou.
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Quando sonhamos as vezes vivemos a LOUCURA...
Quando enlouquecemos as vezes é porque realizamos o SONHO.
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Um pássaro chamado PAIXÃO!
Acordei nesta manhã impregnada com
O perfume da minha própria loucura... E
Suavemente flutuei nas asas de um pássaro
Chamado Paixão...
São voos nos qual mergulho no despenhadeiro
Do tempo...
Tenho medo... Vejo as ondas que quebram nas pedras...
Com o coração batendo forte... E as lágrimas escorrendo fáceis...
Abraça-me silenciosamente
Esta ansiedade fixada às asas
Deliro sussurros... E num rodopiar de emoções
Escuto melodias... As que cantam os ventos...!
Num eco sonoro de brados matizes... E me encantam...
Vida
Sonho
Sonha-se pouco
Realidade
Só eu sou louco
Minha loucura é incomum
Quantos entendem?
Apenas um
Mundo é fantasia
Enganação nessa noite fria
Morte é escapar
Por que o pior
Está pra chegar
Inferno são os outros
Sorrisos são muito poucos
Alegria aqui e raridade
Somente bobos
Buscando a felicidade
Deus e magnitude
O diabo que nos ajude
Política hoje é religião
Céu e inferno juntos
Que união
O cheiro é podre de verdade
E chama isso sociedade
O justo é escachado
Enquanto rico enaltecido
Exaltado!!
A linha tênue entre sanidade e loucura perpassa pela história e se fundamenta em eixos complexos como a química(com seus psicotrópicos),a social (com suas desigualdades)e as ideologias raciais(com suas verdades impostas e suas convicções narcisistas)
A humanidade precisa do divã da psicanálise para se reconhecer,porém afunda-se cada vez mais em terapias fugazes,emergenciais, alimentadas pelo imediatismo dos psico-farmacos, alívios manipulados em forma de pílulas mágicas.
A grande onda depressiva que vem desolando a humanidade e cresce a cada ideologia ou aspirações frustradas é apenas tratada de forma paliativa, permitindo o controle da loucura e os esvaziamento dos manicômios,porém sem cura efetiva. Nesse intuito segue a humanidade a questionar-se do certo e do errado, e nunca obtendo resposta satisfatória para questões singulares como a capacidade de sobrevivência da humanidade e quais serão os povos futuros, quem sou não é mais a questão, a grande questão agora é quem serão.
Natureza morta
Ao pintar o seu belo quadro
O artista retrata a loucura existente
Mostra para todos ao seu redor
A insensibilidade humana aparente
Das mais simples folhas que caem ao chão
Contemplamos também a covardia e a dor
Das flores arrancadas dos jardins que se vão
Ao pobre e inofensivo animal abatido sem dó
Falta comunicação entre o homem e a natureza
Para que esta pintura fique só na lembrança
A vida enfim, poderia ser uma beleza
Mas é grande a loucura da pobre raça humana
A natureza está quase totalmente morta
Os estudos ecológicos não são levados a sério
Temos um fim que está muito próximo
Agradeça aos homens por todas as suas intempéries
LOUCURA CURA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Muito além de mim mesmo estou aqui;
numa luta do bem com ele próprio;
entendi que a montanha move a fé
neste ser ou estar que me compõe...
Os moinhos passados movem águas,
é aí que mergulho e me aprofundo,
porque tudo que sei é que sei algo
e preciso viver até que morra...
Tem um mundo pedindo pra ter vida,
fico louco e de tanto é que me curo,
jogar pedras alivia meus rins...
Já me cansa o destino bem traçado;
nada como meu outro a cada dia;
hoje sei musicar conforme a dança...
Loucura ou Lucidez ?
Em pleno momento de loucura me agarro na lucidez que me resta, olho pela frecha da porta, vejo o mundo lá fora e eu aqui perdido em um mundo que tem o limite de quatro paredes, em um mundo que ate pouco tempo era só meu e foi invadido, violentado e profanado. Eu me agarro no que acho certo, justo e luto; luto com forças que não tenho, invento armas que não machuca e argumentos que não fere, ataco sem avisar, afinal aqui era meu lugar até pouco tempo de vocês profanarem. Corro o risco de soltar minha lucidez e a minha loucura me devorar de vez, cada dia me vejo mais perdido a porta do meu quarto e as janelas agora são de vidro transparente, não só posso ver o mundo além do meu, mas eles me vêem e falam e lamentam.
Passo tempos agora sem um segundo de paz, giro , corro sento e o mundo nada faz, sou impotente a tamanha luz. O mundo lá fora ta engolindo meu mundo, as paredes viraram de papelão, observo o telhado... é algo parecido com cartolina e deve ta pintada de carvão. Meu mundo ta desabando, o mundo me julgando e agora chove lá fora, as cartolinas se desmanchando, o papelão se soltando... os vidros da porta e da janela caíram, quebraram e eu agora já sinto a loucura me dominar, já sinto vontade de sair do meu mundo, antes seguro agora impuro, nada mais que entulhos jogado ao chão, eu agora não tenho frecha pra observar, já sinto o brilho do sol. A loucura tomou o lugar da minha pequena lucidez... Agora em vez de olhar as horas, conto os meses, ao invés de só ser eu, sou eu e vocês...
O meu mundo acabou de vez. Agora só me resta ser louco, ser um pouco de cada um, cada um que eu toco me leva um pouco da loucura, e me traz alívio a tortura, estou certo que ser louco é a minha lucidez, cada vez que fiquei louco, fui lúcido para amar vocês...
Antes, minha loucura produzia minhas palavras, agora minhas palavras parecem loucuras.
Bem antes, tudo que não gostava era mentira, e verdade mesmo era só o que eu queria, agora tento apenas ser sincero, até onde não cabe.
Boêmios eu e meus irmãos, nossa intensidade nos fazia vier 7 dias em um, e morrer um pouco mais a cada minuto pelo extremo frenesi de se viver cada segundo, hoje a calma padece em meu corpo, e minha mente parece ser perder a cada hora.
É preciso um pouco de loucura!
Ser exagerado em tudo!
Até no silêncio...
De fazer aquilo que ninguém faz!
Arriscar, mesmo que erre
Pois há um dia que acerte...
O amor é uma doença sem cura
É o certo em forma de loucura
É desejo é paixão é ternura
É o impossível acontecer
É viver ser sem saber
É uma vontade de morrer
É uma ferida por dentro
É uma eternidade em um momento
É algo que vem sem Consentimento
É a tempestade que vem e devasta
É o muito que nunca basta
É o que nos uni e o que nos afasta.
O amor é coisa de Louco...
Se todos dentro de nós temos um pouco de Loucura
Então somos todos amadores...
Quanto mais próximo
da loucura saudável,
que o distâcie da normalidade,
mais abertamente ao
conhecimento estarás.
É tanta felicidade que não cabe em mim..
É uma loucura esses sentimentos enfim.
Gosto de quando estas e quando não.
Mas gosto mais quando estais
Me divirto e fico assim, cantarolando pro vento , sentindo todo o tempo esse seu gosto em mim.
É felicidade fazendo carnaval, fazendo vendaval, mandando chuva e florescendo as flores.
"Pode dar em nada
Pode dar em tudo
Pode dar futuro
Pode ser amor
Pode ser loucura
Pode ser fissura
Pode ser tortura
Pode ser amor."