Poemas Fáceis de Decorar
Amor Vivo
Amar! mas d'um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delirios e desejos
D'uma douda cabeça escandecida...
Amor que vive e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser — e não só beijos
Dados no ar — delírios e desejos —
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
Não virá dissipa-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia...
Nem murchará do sol á chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra débeis amores... se têm vida?
Tese e Antítese
I
Já não sei o que vale a nova idéia,
Quando a vejo nas ruas desgrenhada,
Torva no aspecto, à luz da barricada,
Como bacchante após lúbrica ceia...
Sanguinolento o olhar se lhe incendeia;
Respira fumo e fogo embriagada:
A deusa de alma vasta e sossegada
Ei-la presa das fúrias de Medeia!
Um século irritado e truculento
Chama à epilepsia pensamento,
Verbo ao estampido de pelouro e obuz...
Mas a idea é n'um mundo inalterável,
N'um cristalino céu, que vive estável...
Tu, pensamento, não és fogo, és luz!
II
N'um céu intemerato e cristalino
Pode habitar talvez um Deus distante,
Vendo passar em sonho cambiante
O Ser, como espectáculo divino.
Mas o homem, na terra onde o destino
O lançou, vive e agita-se incessante:
Enche o ar da terra o seu pulmão possante...
Cá da terra blasfema ou ergue um hino...
A idéia encarna em peitos que palpitam:
O seu pulsar são chamas que crepitam,
Paixões ardentes como vivos sóis!
Combatei pois na terra árida e bruta,
Té que a revolva o remoinhar da luta,
Té que a fecunde o sangue dos heróis!
Transcendentalismo
Já sossega, depois de tanta luta,
Já me descansa em paz o coração.
Caí na conta, enfim, de quanto é vão
O bem que ao Mundo e à Sorte se disputa.
Penetrando, com fronte não enxuta,
No sacrário do templo da Ilusão,
Só encontrei, com dor e confusão,
Trevas e pó, uma matéria bruta...
Não é no vasto mundo — por imenso
Que ele pareça à nossa mocidade —
Que a alma sacia o seu desejo intenso...
Na esfera do invisível, do intangível,
Sobre desertos, vácuo, soledade,
Vôa e paira o espírito impassível!
Sempre o futuro, sempre! e o presente
Nunca! Que seja esta hora em que se existe
De incerteza e de dor sempre a mais triste,
E só farte o desejo um bem ausente!
Ai! que importa o futuro, se inclemente
Essa hora, em que a esperança nos consiste,
Chega... é presente... e só á dor assiste?...
Assim, qual é a esperança que não mente?
Desventura ou delirio?... O que procuro,
Se me foge, é miragem enganosa,
Se me espera, peor, espectro impuro...
Assim a vida passa vagarosa:
O presente, a aspirar sempre ao futuro:
O futuro, uma sombra mentirosa.
Abnegação
Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória e adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!
Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palmar.
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!
E nem sequer te lembres de que eu choro...
Esquece até, esquece, que te adoro...
E ao passares por mim, sem que me olhes,
Possam das minhas lágrimas cruéis
Nascer sob os teus pés flores fiéis,
Que pises distraída ou rindo esfolhes!
Porque é que Adeus me disseste
Ontem e não noutro dia,
Se os beijos que, ontem, me deste
Deixaram a noite fria?
Para quê voltar atrás
A uma esperança perdida?
As horas boas são más
Quando chega a despedida.
Meu coração já não sente.
Sei lá bem se já te vi!
Lembro-me de tanta gente
Que nem me lembro de ti.
Quem és tu que mal existes?
Entre nós, tudo acabou.
Mas pelos meus olhos tristes
Poderás saber quem sou!
Simplicidade
Queria, queria
Ter a singeleza
Das vidas sem alma
E a lúcida calma
Da matéria presa.
Queria, queria
Ser igual ao peixe
Que livre nas águas
Se mexe;
Ser igual em som,
Ser igual em graça
Ao pássaro leve,
Que esvoaça...
Tudo isso eu queria!
(Ser fraco é ser forte).
Queria viver
E depois morrer
Sem nunca aprender
A gostar da morte.
Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...
Andamos nus, apenas revestidos
Da música inocente dos sentidos.
Como nuvens ou pássaros passamos
Entre o arvoredo, sem tocar nos ramos.
No entanto, em nós, o canto é quase mudo.
Nada pedimos. Recusamos tudo.
Nunca para vingar as próprias dores
Tiramos sangue ao mundo ou vida às flores.
E a noite chega! Ao longe, morre o dia...
A Pátria é o Céu. E o Céu, a Poesia...
E há mãos que vêm poisar em nossos ombros
E somos o silêncio dos escombros.
Ó meus irmãos! em todos os países,
Rezai pelos amigos infelizes!
Últimos suspiros,
final das lágrimas,
início do inferno,
Encontro com almas,
Longe de casa precipício virou meu lar,
andando no fogo respirando no mar,
O feio virou o belo,
O belo não sabe cantar,
até onde vamos ?
Em que momento vamos parar ?
O início já si fez,
Só o final que se faz medo de terminar...
Eu queria ser artesão
Esculpindo bonecos de barro
Como aqueles que um dia vi
No museu do cais do sertão
Mas essa vontade passou
Foi-se com a praticidade
E depois já não muito tarde
Pensei em tocar violão
Mas não me atentei a canção
Nas cifras perdia a noção
Das notas esquecia o refrão
Nas cordas me via sem mãos
Só me restou pensar novamente
Talvez eu praticasse repente
No mais eu pensei brevemente
E logo encontrei um caminhão
Agora me resta somente
Um terno dentro de um caixão
Preso debaixo da terra
A sete palmos do chão.
Quando a trizteza vem me visitar
Digo a ela que seja bem vinda
Porém quando chegar a hora dela partir
Que pelo menos me deixe um aprendizado
" Eu só queria alguém,
que além de sorrir,
mostrasse ser bem mais,
que por pura vontade subisse montanhas
e lá pertinho de Deus declarasse que o amor existe
eu só queria alguém especial assim,
sem traumas, medos
que deixasse no passado o passado, e vivesse o presente que será o futuro para todos nós
eu só queria alguém com essa coragem,
destemida, ligeira
alguém que fizesse da distância, acaso
e por acaso ajudasse a fazer do nosso caso
a maior e a mais bela história
só para contradizer aqueles que não acreditam
no amor...
Viver é recorrer a vida como um artifício
É usar a matéria inata como um subsídio
É ser no estado ao mesmo tempo, todos os sentidos
É entrever no relógio o tempo oferecido
É rever os pecados, e pecar por descuido
É viver na vontade, com vontade de tudo.
"Ando só", conforme a música de Engenheiros. Mas não porque fui esquecido por todos: simplesmente me fiz esquecer para muitos.
A minha nova turma não frequenta bares. Na verdade, foi por essa galera que parei de beber e de ir a bailes.
É um tipo bem peculiar de amizade, da qual não espero retorno, e minha satisfação é exclusivamente servir.
Não sei se posso chamar a isso de relação. Porque o que há, de fato é uma simbiose: minha existência tem por objeto a vida de minhas filhas.
Talvez a isso eu deva chamar amor.
Este belo sentimento tão fecundo
Faz de um simples cidadão a um doutor
Indivíduo realçado em qualquer meio
Instrumento do querer do criador
Seja um negro, branco, ruivo ou moreno,
grande, magro, volumoso ou pequeno
são iguais sobretudo no amor
Dá no mesmo ser patrão ou zelador
Independe de patente ou serventia
Seja um padre, um ateu ou um pastor
O amor não requer teologia
Não se compra ou se acha em cartilhas
Basta plantá-lo, pra colher suas maravilhas
que o Senhor nos dá de graça todo santo Dia
DEDICADO A UMA AMIGA INVISÍVEL, MAS SEMPRE PRESENTE...
Somente a conheço de nome Sú
Mas sinto em suas palavras valente guerreira
Seria Su de suavidade inspiradora mulher de briga
Aquela que briga, pela justiça, pelo amor e paz
Guerreira que mata e morre pelos amigos
Aquela que zela pela inspiração de novos sonhos
Mulher Surrealista que busca nos sonhos quase impossíveis
Uma verdade palpável e aplicavel,
Verdade de sonhos surreais transformando-se em realidades
Mulher que inspira és tu, tenaz e valente
Como é bom saber que possa contar com sua força
Me levanto do mórbido sofá e num ato encorajado por ti
Volto a gritar ao mundo palavras jaz escondidas
Agora sei que não estou só nessa guerra avarenta, faminta e corrupta contra homens sem escrúpulos
Que pisam nos mais fracos, iludido em ser um Deus sem Suditos...
Nene Policia..
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA(NENE POLICIA)
" Brilha mais aquela ausência
notada pelo espelho
que os girassóis de plantão
ronda no peito aquela vontade
de reviver o céu azul
onde o plano era bonito
vejo e não acredito
na noticia de quem na hora da verdade
era certo como o futuro
hoje não sei se ele vem
sigo cantando
feito louco, dançando na chuva
cada vez mais, sem medo de ser feliz
o segredo?
a vida revela quando diz
aproveita menino
tudo está perto do fim...
O conhecimento é uma das maiores libertações que a alma do homem poderá obter em toda a sua jornada.
O conhecimento não depende do tempo, mas sim de uma forte dedicação aos estudos durante os dias, noites e madrugadas acompanhado de algumas xícaras de café.
O conhecimento é um bem muito valioso, é um grande investimento de tempo em pesquisas, cálculos e equações para compreender de fato o que é a realidade. Quanto mais se obtém conhecimento mais livre e diferente de tudo o individuo se torna. Infelizmente o conhecimento é um preço alto e poucos o desejam.
Eu não sei se me entrego a felicidade ou a tristeza, mas quanto mais eu realizo estudos e pesquisas mais eu percebo que a realidade nunca existiu.
Resende, 12 de Abril de 2019.
Olho pra você, viajo no passado, e lembro dos momentos tão gostoso ao seu lado.
E lágrimas inundam meu olhar
Afoga o coração, numa forte emoção
De um tempo que nunca vai voltar.
Cadê você, que a tanto eu não vejo, sinto falta do teu beijo, do abraço apertado. Uuuuouooooo
Cadê você, que faz falta ao meu lado, quero ser seu namorado, quero ser só de você.