Poemas Fáceis de Decorar
Enquanto as pessoas continuarem, sentadas sobre seu "monturo" de falhas, batendo no peito a dizer o quanto são perfeitas e apontando
o que consideram os erros alheios...o mundo continuará sendo um aglomerado de mesquinharias, onde o mau cheiro das almas feias
será insuportável.
Agora que tudo é silêncio,
a noite vagarosa me permite ouvir
os ruídos mais distantes de dentro da alma.
A hora em que o que vai dentro
toma forma e vem à tona...
Os afetos perdidos, a infância sofrida,
as lutas vencidas...
Tudo o que o burburinho do dia abafou
toma vulto e ganha contornos de nostalgia,
não necessariamente triste
mas como um livro que se folheia
para encontrar uma passagem interessante
ou a história mais bonita.
Cika Parolin
Ah! que "admiração invejosa" de Garcia Lorca...
Fez com as palavras o que nós pobres escrevinhadores
perseguimos incansavelmente:
"fez possível o impossível" !
Cika Parolin
Há certos amores nunca acabam...
Aqueles amores de alma que para existirem
independem da presença física, da distância, do tempo...
Eles simplesmente existem sem precisar de razões
ou explicações lógicas que os justifiquem.
Cika Parolin
Quanto sofrimento o "obstinado em ferir" deixa transparecer...
No fundo ele fere para chamar atenção sobre si, uma vez que
dispõe apenas desse recurso para gritar ao mundo que existe...
Mal sabe ele que se fizesse o bem, "pra variar", todos o notariam
e o quereriam por perto.
Cika Parolin
Sabe aquela lágrima que ameaça escorrer e fica lá presa?
É... A alma chora à seco algumas vezes!
Nem sempre a dor é líquida
e nesses casos, o seu solo
como o leito do rio sem água, resseca, craquela
e anseia pelo tempo de águas abundantes.
Cika Parolin
Lá fora o mundo não para...
Roncos, buzinas, latidos, o gorjeio dos pássaros,
a serra elétrica nalguma construção,
gritinhos de euforia de crianças na praça,
o liquidificador da vizinha... Ouço-os...
Sim ...é a vida que fervilha
e me chama para fazer parte dessa "algazarra" de sons
que no afã das obrigações mal percebemos...
O riso, o choro, a festa, o luto...
tudo está lá fora todos os dias
e em alguns aqui dentro.
Cika Parolin
"Benditas sejam as mãos
que regam as sementes"
esquecidas sob o solo ressequido,
dando-lhes coragem para brotar
e sair em busca do Sol.
Cika Parolin
Lembremo-nos... não é nossa função criticar,
apontar falhas de quem quer que seja...
Errar, compreender os erros e corrigi-los
é o caminho que cada um precisa aprender a trilhar,
com a ajuda do mestre universo, da fé e da humildade.
Cika Parolin
A arte de navegar em mares bravios,
de lutar para não ser levado (a) pelas correntezas,
de nadar em meio a noite escura...demanda recursos
que muitas vezes não supúnhamos que existissem...
Acredite! Eles estão lá guardados dentro de nós
para quando os tempos não forem de calmaria.
Cika Parolin
A arte de navegar em mares bravios,
de lutar para não ser levado (a) pelas correntezas,
de nadar em meio a noite escura...demanda recursos
que muitas vezes não supúnhamos que existissem...
Acredite! Eles estão lá guardados dentro de nós
para quando os tempos não forem de calmaria.
Cika Parolin
Existes...
Basta-me saber que existes...
Não te adivinho os cabelos brancos
ou as rugas da face...
Existes...
Em algum lugar,
perto ou longe, feliz ou não.
Basta-me saber que existes...
Cika Parolin
Não dê dimensão grande demais aos problemas.
Tudo, absolutamente tudo, tende a passar...
e o tempo acaba sempre mostrando
ser um engano pensar que não haveria solução.
Cika Parolin
O entusiasmo também cala...emudece...
É preciso estar atento para não ser, antes da hora,
como o ancião para o qual quase nada interessa...
Como se não valesse mais a pena realizar sonhos,
mudar de casa, viajar, ir a festas...
Apenas espera a inexorável viagem,
congelado nas lembranças de outrora...
Cika Parolin
Como é democrática a escrita...
Cada um escreve sobre o que sente e gosta...
Alguns se realizam escrevendo sobre tórridas paixões,
descrevendo corpos em sua riqueza de detalhes...
Outros, românticos, falam dos encantos da flor e do amor...
Quanto a mim escrevo sobre as observâncias do cotidiano...
não busco a rima e a metáfora perfeitas... busco retratar
a vida como ela é, com suas alegrias e dores.
Cika Parolin
Como é democrática a escrita...
Cada um escreve sobre o que sente e gosta...
Alguns se realizam escrevendo sobre tórridas paixões,
descrevendo corpos em sua riqueza de detalhes...
Outros, românticos, falam dos encantos da flor e do amor...
Quanto a mim escrevo sobre as observâncias do cotidiano...
não busco a rima e a metáfora perfeitas... busco retratar
a vida como ela é, com suas alegrias e dores.
Cika Parolin
Como saber o que vai na alma humana? Quantas vezes somos surpreendidos por ódios gratuitos, que sequer imaginamos como possam ter surgido...Confesso que não tenho capacidade para entender e muito menos para retribuir ofensas. Tento aparar arestas até um certo ponto... até o ponto que não venha ferir a minha essência.
A partir daí desisto e é como se a pessoa jamais tivesse transitado pela minha vida. Poderia ser diferente, se dependesse de mim,
mas o entendimento não depende de apenas uma pessoa
e sim de união de pessoas imbuídas no mesmo objetivo de paz.
Cika Parolin
Enquanto chove lá fora,
cá dentro de mim céu de outono,
de um azul de doer os olhos, sol morno
e o perfume das folhas caídas pelo caminho...
Cika Parolin