Poemas Fáceis de Decorar

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Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

O poder é uma ação, e o princípio eletivo é o da discussão. Não há política possível com uma discussão permanente.

Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.

O meio mais eficaz de nos vingarmos dos nossos inimigos é fazendo-nos mais justos e virtuosos do que eles.

Felicidade, árvore frondosa de dourados pomos. Existe, sim, mas nós nunca a encontramos porque ela está sempre apenas onde nós a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos.

Deve-se julgar da opinião e caráter dos povos pelo dos seus eleitos e prediletos.

A ignorância que se conhece, se julga e se condena não é uma ignorância completa: para que o seja, é preciso que se ignore a si mesma.

A beleza é uma letra que se vence à vista, a sabedoria tem o seu vencimento a prazos.

Todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis.

A inveja, que abrevia ou suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura.

Não existe vício que não tenha uma falsa semelhança com uma virtude e que disso não tire proveito.

A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns.

O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?

O pretexto normal dos que fazem a infelicidade dos outros é de quererem o bem deles.

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

A maior parte dos homens utiliza a melhor parte da vida para tornar a outra infeliz.

Os bons conselhos desagradam aos apaixonados como os remédios aos que estão doentes.

Não devemos julgar os homens por aquilo que eles ignoram, mas por aquilo que sabem, e pela maneira como o sabem.

Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.

As paixões perdoam tão pouco quanto as leis humanas, e raciocinam com mais justeza: não se apoiam elas numa consciência que lhes é própria, infalível como o é um instinto?