Poemas Fáceis de Decorar

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Os elogios de maior crédito são os que os nossos próprios inimigos nos tributam.

Chorarmos por daqui a cem anos não estarmos vivos é loucura semelhante à de chorarmos por não termos vivido há cem anos.

O ódio e a guerra que declaramos aos outros gasta-nos e consome-nos a nós mesmos.

O avarento gasta mais no dia da sua morte do que gastou em dez anos de vida, e o seu herdeiro mais em dez meses do que ele na vida inteira.

As grandes livrarias são monumentos da ignorância humana. Bem poucos seriam os livros se contivessem somente verdades. Os erros dos homens abastecem as estantes.

Há um limite nas dores e mágoas que termina a nossa vida, ou melhora a nossa sorte.

É que a sabedoria é um trabalho, e sermos apenas sensatos custa muito, pois para se fazerem asneiras basta deixarmo-nos ir.

Se as viagens simplesmente instruíssem os homens, os marinheiros seriam os mais instruídos.

O valor do casamento não está no fato de que adultos produzem crianças, mas em que crianças produzem adultos.

Sem os males que contrastam os bens, não nos creríamos jamais felizes por maior que fosse nossa felicidade.

Aquele que perde a reputação pelos negócios, perde os negócios e a reputação.

A ignorância, lidando muito, aproveita pouco: a inteligência, diminuindo o trabalho, aumenta o produto e o proveito.

Deus, arquitecto do universo, proibiu o homem de provar os frutos da árvore da ciência, como se a ciência fosse um veneno para a felicidade.

Queixam-se muitos de pouco dinheiro, outros de pouca sorte, alguns de pouca memória, nenhum de pouco juízo.

É uma infelicidade ser tão breve o intervalo que medeia entre o tempo em que se é jovem demais e o tempo em que se é velho demais.

Um homem que ensina torna-se facilmente teimoso, pois exerce a profissão de um homem que nunca erra.

A devoção encontra, para praticar uma má ação, razões que um simples homem jamais encontraria.

O meio mais eficaz de nos vingarmos dos nossos inimigos é fazendo-nos mais justos e virtuosos do que eles.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

O poder é uma ação, e o princípio eletivo é o da discussão. Não há política possível com uma discussão permanente.