Poemas Fáceis de Decorar

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Há muitos homens reputados infelizes na nossa opinião, que todavia são felizes a seu modo, segundo as suas ideias.

Os faladores não nos devem assustar, eles revelam-se: os taciturnos incomodam-nos pelo seu silêncio, e sugerem justas suspeitas de que receiam fazer-se conhecer.

Para mandar muito tempo e absolutamente sem alguém é indispensável ter a mão leve e, nunca lhe fazer sentir, por pouco que seja, a sua dependência.

Os homens crêem tão pouco na autoridade da própria razão que acabam por justificá-la com a alegação da dos outros.

Os homens em revolução têm muitas vezes mais a recear dos seus êxitos do que dos seus reveses.

É preciso um espírito especial para se fazer fortuna, sobretudo uma grande fortuna; não se trata nem do espírito bom nem do belo, nem do grande nem do sublime, nem do forte nem do delicado; não sei precisamente de qual se trata, e espero que alguém me possa esclarecer a tal respeito.

Os grandes estados devem dispensar as alianças e os pequenos não devem contar com elas.

Quando os prazeres nos esgotaram, julgamos haver esgotado os prazeres; e então dizemos que nada pode saciar o coração do homem.

Em diversas épocas da nossa vida somos tão diversos de nós mesmos como dos outros homens.

Quando o despotismo está nas leis, a liberdade encontra-se nos costumes, e vice-versa.

Não há homem que não deseje ser absoluto, aborrecendo cordialmente o absolutismo em todos os outros.

É muito difícil, e, em certas circunstâncias, quase impossível, sustentar na vida pública o crédito e conceito que merecemos na vida privada.

A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.

É tal a incapacidade pessoal de alguns homens, que a fortuna, empenhada em sublimá-los, não pode conseguir o seu propósito.

Tudo é grande no templo do favor exceto as portas, que são tão baixas, que por elas apenas se pode entrar de rastos.

A ignorância que deverá ser acanhada, conhecendo-se, é audaz e temerária quando não se conhece.

O mais vulgar dos absurdos é não aceitarmos os meios para atingirmos aquilo que queremos.

Os homens têm querido dar razão de tudo, para dissimular ou encobrir o seu pouco saber.

Somos tão avaros em louvar os outros homens, que cada um deles se crê autorizado a louvar-se a si próprio.

Os moços são tão solícitos sobre o seu vestuário, quanto os velhos são negligentes: aqueles atendem mais à moda e à elegância, estes à sua comodidade.