Poemas Fáceis de Decorar
Segredos naturais
Que segredo esconde
A mãe-natureza?
Com tanta beleza
E tanta riqueza
Que segredo revela
O sol na janela?
Essa coisa singela
E tão bela
Que verdade há
Por trás desse ar?
Que embrenha na alma
E te faz respirar
E o que diz da chuva
Que veio pra molhar?
Essa terra fértil
O que faz pra plantar?
E do barulho do mar
O que tem pra contar?
Que mistério tem o vento,
Que inventou o ventar?
E o tempo quem inventou passar?
De onde vem toda essa magia?
Quem explica toda essa alegria
Contida com essa harmonia
Nas flores desse jardim?
Fazendo todo universo
Alegre, fiel e sem fim.
O medroso
A assombração apagou a candeia
Depois no escuro veio com a mão
Pertinho dele
Ver se o coração ainda batia.
Fim e começo
A noite caiu com licença da Câmara
Se a noite não caíse
Que seriam dos lampiões?
Poema da cachoeira
É a mesma estação rente do trem
Toda de pedra furadinha
Meu pai morou alguns anos aqui
Trabalhando
Um dia liquidou
Ativo passivo
Cinco galinhas
E deram-lhe uma passagem de presente
Para que eu nascesse em São Paulo
Como não houvesse estrada de rodagem
Ele foi na de ferro
Comprando frutas pelo caminho
Digestão
A couve mineira tem gosto de bife inglês
Depois do café e da pinga
O gozo de acender a palha
Enrolando o fumo
De Barbacena ou de Goiás
Cigarro cavado
Conversa sentada
CUIDADO!
Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!
Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…
Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!
Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
INFÂNCIA
Um gosto de amora
comida com sol. A vida
chamava-se "Agora".
Epitalâmio
O alto fulgor desta paixão insana
Há-de cegar nossos corações
E deserdados da esperança humana
Palmilharemos por escuridões...
Não mais te orgulharás da soberana
Beleza! e eu, minhas cálidas canções
Não mais dedilharei com mão ufana
Na harpa de luz das minhas ilusões!...
Pela realização que ora se ultima
Vai apagar-se em breve o alto fulgor
Que te inflama e ilumina o meu desejo...
Como no último verso a última rima,
Eu deporei, sem gozo e sem calor,
Meu derradeiro beijo no teu beijo!
Dedicatória
Cruz
Que este livro galante,
ante
Teus olhos, lembre um dia,
Quem to oferece nesta
Festa
De anos e de alegria.
Pequeno ele é e modesto.
Mesto
Quase sempre e tristonho;
Não roubará, no entanto,
Quanto
Tens de ilusão e sonho.
Aquela, que hás de agora,
Hora
Tirar (sem percebê-lo),
Das que em teus anos verdes
Perdes;
Não perderás ao lê-lo.
Lê com vagar. Repara
Para
A beleza do verso;
Vê como o vate ardente
Sente
O mundo tão diverso!...
Mas, que não te entristeças;
Nessas
Linhas, não há verdade.
Vive sempre a florida
Vida
Entre a felicidade.
Senti o inesperado exercitando o olhar em suas diversas formas de ver, por que sempre há chance de recomeços.
Reconstruir-se em um novo começo, reinventando o antigo no novo.
Renovar-se em simplicidades, re-tocando a vida.
Se adereçando de alegrias e deixar fluir-se no compasso da dança vida.
O tempo voa, mas...
Quando se quer, no tempo acontece.
A gente sempre pode mudar nossa historia.
Um brinde ao agora. Um brinde ao amanhã
Ainda há muito tempo a ser usado.
O amor se perde na correria diária.
Nos pequenos gestos ao final do dia. nas palavras não ditas, e por não serem ditas são esquecidas.
Lamento que o amor decida a hora de partir. Mas nunca vai de uma vez. Amor se alimenta de vida.
A experiência modera anseios, tira a angústia e dá uma certa leveza a vida.
Beleza e juventude são efêmeros.
O que acumulamos de essencial para o nosso viver, carregamos dentro de nós para sempre.
A morte
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida
O auto-ego é o que contamina a forma de liderança ineficaz.
Desejar obter um grande resultado requer delegar mais funções e confiar mais na equipe subordinada.
Lembrar que você está trabalhando com pessoas diferentes de você e que cada uma delas tem um pensamento que não é o seu é o mínimo que você precisa saber; seja flexível, ouça mais as opiniões dos outros.
Seu ego e orgulho podem até dizer que você é bom demais, mas isso só demonstra quão imaturo você é.
Líderes são empaticos, líderes sabem o que é relacionamento interpessoal, líderes não precisam impor nada, mas com apenas um olhar consegue comunicar seu interesse para a equipe.
A liderança eficaz não serve para pessoas egocêntricas e orgulhosas.
Reconheça seu orgulho, ainda tempo de mudar e seja um líder de qualidade e não um chefe medíocre que se irrita quando alguém quer algo além da mediocridade.
Vale dos céus, sonhos do olimpo
Ítacar pequena ilha grega habitada por deusas gregas
Teus lábios e teus sorrisos
Orfeu que dos sonhos conheceu por real teus lábios
Reluz por brilho próprio pantera negra Serendibite entre as joias
Imos e cândidos, os sons da tua voz que queimam minha alma.
Acesa a brasa que abrasa meu peito.
Dor da alma, quem pode entender?
Quem sente ou já sentiu, pode até mensurar, mas verdade é que dor da alma cada um tem. É sentimento particular, peculiaridade do indivíduo SER. Dor da alma transcende a razão, faz chorar o espírito, afasta o amor, traz sensações do esquisito, coisas fora da compreensão.
Dor da alma, quem pode decifrar, qual seja o remédio, para esta extirpar.
Diz o ser em seus ouvidos metafísico sensorial, que sor da alma precede de um grande mal, o EU doentio, cheio de um vazio existencial.
Sorte dos que a alma dói e conseguem reverter, ser liberto à dor da alma, ter alegria de viver.
"Um navio no porto é seguro, mas não é para isso que os navios foram feitos." – John A. Shedd
Devemos ter coragem e sair da nossa zona de conforto! Quando você está em movimento, é normal enfrentar marés, as vezes elas são calmas, outras vezes você pega marés turbulentas... O importante é não estar parado, você tem que estar sempre em movimento rumo ao destino onde quer chegar.
alzheimer
Eu tinha tanto pra dizer
mas voçe nunca mais vai se lembrar.
que saudades de voçe !!
mesmo estando diante do seu olhar.
nos faltou paciencia
pra melhor a gente se entender.
mas sabias no fundo do seu coração
que eu sempre amei voçe.
nos faltou um tempo a mais
para gente conversar.
minha dor de saudades se reflete então
na retina do seu olhar.
É estranho sentir a perda do que nunca será perdido, os escritos de um poeta a atitude de um amigo Ferreira Gullar
Hélio Ramos de Oliveira