Poemas Fáceis de Decorar

Cerca de 86318 poemas Fáceis de Decorar

Pode se Loucura, psicopatia, Antisocialismo.
Mas eu prefiro pessoas burras.
''Elas são mais faceis de Manipular.

As coisas não são fáceis
Então apenas acredite em mim agora
Se você não manter a calma agora
Você nunca vai conseguir

Não gosto das coisas fáceis demais.
Sempre procuro o fruto que está no topo da árvore.
Sempre procuro as flores que estão no meio do jardim.
Sinto saudades de quem com certeza não vou poder ver.
Gosto dos sabores que quase ninguém tem pra oferecer.
Não faço viagens curtas.
Caço desafios, e se não acho, crio uns.
E no final de tudo, ainda por cima, me dou ao trabalho de amar quem não pode ser amado, quem não está para ser amado, quem não sabe que é amado...
Porque as coisas fáceis não têm a minima graça.
Não têm gosto.
Não têm cheiro.
Não têm beleza.
Não têm resistência.
Não me dão prazer...

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor

A vida corresponde, quem corre faz por onde
Não têm pessoas fortes com caminhos fáceis
Se persistência é meu nome, resiliência é o sobrenome
Se não der, firmão, eu vou tentar outra vez

MC Hariel

Nota: Trecho da canção Milionários.

Somos fáceis de decifrar quando bebês. Um choro significa fome… Outro choro, significa cansaço. A coisa dificulta quando viramos adultos. Começamos a esconder os nossos sentimentos. Erguemos barreiras. Chegamos ao ponto de não sabermos os que as pessoas sentem. Sem querer, nos tornamos mestres do disfarce.

Não é sempre fácil se expressar. Às vezes, você precisa ser forçado. Mas, às vezes, é melhor não se expressar. Fazer-se de mudo. Mesmo quando todo o seu corpo implora para se libertar. Então, feche a matraca, guarde o segredo, e encontre outros meios para ser feliz.

Nem sempre as coisas são fáceis
nem sempre conseguimos expressar
nossos sentimentos, nossas vontades
e desejos, as vezes tímida, as vezes Loba.
Mais sempre e mesma Lua a nos aquecer e
testemunhar nosso amor selvagem.

As coisas nem sempre são como planejamos.
Mas se você deixar rolar, elas se tornam mais fáceis.
Mais fáceis de aguentar.

Realmente queria fazer as perguntas mais difíceis para as respostas fáceis.
Mas o que realmente acontece em nossas vidas é que temos perguntas fáceis com respostas difíceis.
Perguntas como:

Para que?
Por quê?
Mas como?
Isso é necessário?
Estou fazendo certo?
Posso confiar?

E hoje percebo, uma pergunta a si próprio surge de dúvidas, e dúvidas não podem ter respostas exatas, até que se resolvam os conflitos.

Os únicos que medem o significado são aqueles que são diretamente prejudicados.Rancores são fáceis de serem provocados e sempre são injustos.

@Ichihara__Yuuko

adivinhações

I
coisas muito fáceis de perder e difíceis de ganhar

cabelo
sono
confiança
dinheiro
você

II
o peso da saudade?

uma pluma
uma bigorna
os 74 quilos do seu corpo

III
o que há por trás de um sorriso?

saliva
um verde no dente
razão escondida
hoje é sexta
a lembrança de você

IV
que cara teria o amor?

do cachorro quando me vê com a guia nas mãos
do surfista olhando o mar
das pintas nas mãos dadas do casal de velhinhos
da criança olhando o espetáculo circense


V
quanto tempo a gente leva para desapaixonar-se?

segundos
tempo de conhecer um novo amor
a eternidade

O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas latas
maravilhosas.
Seu olho exagera o azul.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas
com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os
besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter
os ocasos.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

A palavra que vem do pensamento sem saudade
não ter contentamento
ser simples como o grão de poesia
e íntimo como a melancolia

ACORDAR VIVER

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.

Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?

Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?

Ninguém responde, a vida é pétrea.

A beleza da vida se multiplica cada vez
Que a gente partilha com alguém que a gente ama...
Se você quiser multiplicar a vida...
Você precisa dividi-la.

Mulher, ó mulher,
Pudesse eu recomeçar este mundo,
inventaria de criar-te primeiro,
e somente depois retiraria Adão de tuas costelas.

Padre Fábio de Melo

Nota: Mulheres de Aço e de Flores

O Homem Escrito

Ainda está vivo ou
virou peça de arquivo
sua vida é papel
a fingir de jornal?

Dele faz-se bom uso
seu texto é confuso?
Numa velha gaveta
o esquecem, a caneta?

Após tantos escapes
arredonda-se em lápis?
Essa indelével tinta
é para que não minta
mas do que o necessário
é uma sigla no armário?

Recobre-se de letras
ou são apenas tretas?
Entrará em catálogo
a custa de monólogo?

Terá número, barra
e borra de carimbo?
Afinal, ele é gente
ou registro pungente?

Tarde

Na hora dolorosa e roxa das emoções silenciosas
Meu espírito te sentiu
Ele te sentiu imensamente triste
Imensamente sem Deus
Na tragédia da carne desfeita.

Ele te quis, hora sem tempo
Porque tu era a sua imagem ,sem Deus e sem tempo.

Ele te amou
E te plasmou na visão da manhã e do dia
Na visão de todas as horas...
Ó hora dolorosa e roxa das emoções silenciosas

Aquele que muito quer corre o risco de nada ter, porque o empenho e o cuidado é que faz a realidade permanecer. O simples anda leve. Carrega menos bagagem quando viaja, e por isso reserva suas energias para apreciar a paisagem. O que viaja pesado corre o risco de gastar suas energias no transporte das malas. Fica preso, não pode andar pelo aeroporto, fica privado de atravessar a rua e se transforma num constante vigilante do que trouxe.

A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale a pena.

O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro — diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto — é isto?
idem
idem
idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.