Poemas Fáceis de Decorar
Regressou
Desfez seus poemas
Escureceu o cabelo
Sumiram as rugas
Livrou-se da experiência
Confundiu os sabores
Correu no campo
Pés descalços
Árvores
Rios
Um tantinho de colo de mãe
Finalmente
Nasceu.
Meus poemas
mal escritos
Você leu
interpretou
respondeu
retuitou
favoritou
Talvez não tenha observado:
Eles só falam de você....
Ladrão de poemas
Amante das flores
Coleciono amores
Sou fã de atores
Escuto som de cantores
Sofro minhas próprias dores
Vivo sem rancores
Pensando bem...
Se viver assim for pecado vou seguir pecando, essa é a vida que levo é a vida que AMO!
Ei moço - disse ela,
não é o meus poemas que te fez melhor,
é muito mais, é meu amor por ti escrito neles.
Era um inicio de primavera,
éramos flor semente.
O sussurrar
dos seus poemas
bafejaram a pele
que cobre meu coração
Acordando
vulcões que estavam
dormindo há tanto tempo
já tinha esquecido que estavam lá
Agora em lavras
prestes a explodir
quer buscar seu toque
pra escorrer de mim
Com a liberdade de um passaro,
minha mente paira pelo ar,
entalhando poemas nas nuvens,
e fazendo-os refletir no mar.
PEDIDO AOS MEUS VERSOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se os meus poemas puderem,
não tiverem compromisso
com alguns plagiadores;
algumas cartas de amor;
um editor satisfeito
sem ter direito a pagar...
Ou se não for triste caso
de já cansados de si,
de mim, do meu coração
e da minha compulsão
de compô-los toda hora,
pularem fora das pautas...
Não custa nada os meus versos,
os meus poemas de tudo,
perversos, de amor, de vida,
sinceros, sonsos e tristes,
alegres, duros, sensíveis,
fazerem este favor...
Se os meus poemas puderem,
quiserem, lhes der vontade,
já peço desde o momento,
que me abandonem à sorte
segundos depois da morte,
mas vão ao sepultamento...
Meus textos,
Métrica jamais terá,
Meus poemas,
São rimas para pensar,
Não para prender,
Teus olhos de uma beleza
Falsa que jamais alcançará,
Pois chega de mariposas
Que atrás de uma luz incerta
Suas asas queima
Sem lamoriar,
Santa ignorância,
Que não cura,
Mas os erros oculta,
Só para lembrar
Deus te amo.
Ando pelos cemitérios
bebendo meus pesadelos
enter tantas magoas
desvendo meus poemas
em todas minhas lamentações
descubro que nem minhas vestia negras
compensam meu sofrimento,
mesmo que estrelas cai
sempre vou sofrer,
mesmo quando, dizem te amor
meus pedaços estão espalhados...
entre os mortos sinto solidão
que nunca me abandou...
mesmo olhando para o vazio
sinto tempo parar
na luz que deixou meu coração morrer...
não digas sou um anjo,
pois ate o demônio foi anjo...
nada me faz feliz...
nessa vida de escuridão,
não fale besteiras como amor cura tudo,
as feridas que carrego nunca se fecharam...
entre sorriso falso, meça belas palavras.
todas as coisas terminam mortas,
como esperança que carrego,
nessa que foi minhas lamentações.
dentro dos pensamentos...
lagrimas nunca caíram
no fato de serem parte do sangue
que derramei por te amar demais.
por celso roberto nadilo
Fiz milhares de poemas
acredito na boa intenção de quase todos
poucos são anômalos
Alguns são verbos divinos
outros são velhos
muitas mulheres
alguns meninos.
São filhos da inquietação com o ócio
anjos híbridos com demônios
Alguns são desesperos
outros silêncios
apenas um é renúncia.
UM DIA... HEI DE ESCREVER
Um dia... hei de escrever
O mais lindo dos poemas!
De um poema que fale
O que canta meu coração.
De um poema escrito
Com suavidade, esplendor
E que do fundo de minh'alma
Narre todas as prerrogativas
Necessárias, clementes
Para que seja endereçada
Àquela que a cada dia
Conquista mais o meu amor!
Eu poderia por a tua foto no meu perfil do Whastapp ou no facebook, poderia escrever vários poemas de amor para ti, poderia ir ao teu trabalho fazer serenatas ou declarações de amor ao público.
Mas não!
Não preciso provar ao mundo que Te amo, preciso fazer isso apenas em ti DOLL.
Esses poemas nascentes do nada,
vindos do além, mal-me-quer
Só pode
Não me dão tempo para pegar papel
E lá se vai o poema,
memória tão bela quanto fel...
Esqueci os versos
os poemas,os rascunhos numa gaveta...
me abasteci de realidade,corre corre sem intervalo... mas não posso esquece-los minha é de artista, de escritora compulsiva.
Cesário Verde!
Autor de apenas 35 poemas, Cesário é tido e havido como um dos três mais importantes poetas portugueses do século XIX. Os outros dois são Antero de Quental e Camilo Pessanha.
Isso, que fique claro, segundo Fernando Pessoa, que dispensa comentários.
Meu contato com Cesário se deu, primeiro, no antigo 2º grau e, depois, no curso de letras. Mas o interesse, de fato, pela produção poética dele é mais recente e foi motivado por um livrinho, que me chegou de Portugal pelas mãos de Alessandra Lisboa. Tudo a ver.
A partir daí, não só li a obra dele – pequena, mas substancial – como também venho lhe dedicando alguma homenagem – pequena, mas sincera – na forma de crônica ou artigo, grato que sou à oportunidade de ter conhecido alguém tão caro à literatura portuguesa. À literatura brasileira, também, por que não?
Dele, estas "Manias" tão atuais que tenho o prazer de compartilhar com vocês:
O mundo é velha cena ensanguentada.
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.
Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada -,
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância, quixotesca.
Aos domingos a deia, já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,
Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!
No duro... no duro mesmo... se não vermos poemas, poesias e amores na vida, não conseguimos sobreviver de tão amarga e dolorosa que ela fica...
Não há vida se não houver AMOR!
mel - ((*_*))
Às vezes escrevemos sonhos,
Escrevemos poemas, cartas,
Criamos cordéis, compomos canções,
Viajamos em contos, em fantasias,
Ao escrevermos uma suposta história de amor.