Poemas de Experiência
Para melhor nos conhecermos podemos refletir sobre a experiência dos outros e nos vermos refletidos nelas, mas isso não significa que conhecemos os outros, pois todos somos claramente diferentes.
A experiência faz você: ouvir sem precisar dos ouvidos, enxergar sem precisar dos olhos e preferir ter PAZ do que razão.
Viver, literalmente, é uma uma infinita experiência de aprendizado, bem como um processo constante de descobertas. Juntando tudo isso ao efeito do Tempo, que tende, com o seu passar, a nos proporcionar segurança, ou domínio total das nossas inseguranças, o resultado seria ter o controle sobre todas as nossas convicções, desejos e atitudes, mas eis que a vida, ou a curiosidade desmedida, nos instiga à uma inédita situação de experiência inimaginável e bagunça toda a nossa autonomia e capacidade de controle, expressão, "atuação" e poder sobre um comportamento "conveniente", enquanto vivenciamos a oportunidade da experiência, que até então era dominado pela segurança íntima, e autossuficiente, adquirida pela prática de viver sob a condição de ser um discente esforçado e competente que acumulou confiaça ao longo da estrada, e jamais deixou que a fragilidade ousasse tomar forma. Aí você redescobre que basta nos darmos conta do pulsar das veias para não sermos, exatamente, tão bons administradores, assim, daquilo que não passa pelas emoções primárias quando se trata de experimentar o novo.
Por outro lado, se o controle racional não sofreu danos, tudo permanecerá no âmbito de experiência pra vida sem que que haja a preocupação de reverter o quadro da insegurança. Porque a segurança é isso - insegurança, sim, mas insegura, jamais.
Olhar a vida pela janela do ônibus é uma experiência fascinante. Enxergo a diversidade nas pessoas. São tantas pessoas. Quantas histórias. Há de existir motivos para cada uma seguir, talvez, as pessoas ainda se arriscam a sonhar nesse mundo que diariamente tentam nos roubar de nós mesmas. É bom sentar na janela do ônibus, puxar o vidro até o fim, sentir o vento, a vida, essa vida que pulsa, e que resiste aos contratempos. Somos gente, ufa, caímos, levantamos, temos sonhos, resistimos, nos reinventamos. E seguimos. (...) Pela janela do ônibus percebo que, todos nós estamos em movimento. Ninguém nesse mundo caminha sozinho. Quantos lugares chegamos porque nos lançaram mãos, compartilharam força, ombro, sorrisos, afetos? Quantos lugares o outro poderia ir se nós compartilhassemos o que nos foi dado? Temos uma arma poderosa chamada amor e coletividade para transformar o hoje, o amanhã. Só nos falta coragem para juntas destruirmos o individualismo, a desigualdade, o desamor, a indiferença. Coragem, é preciso coragem para acreditarmos que ainda podemos encontrar/buscar uma felicidade coletiva, que não custe vidas de crianças, nem de jovens negros, de mulheres, nem de indígenas, de quilombolas, vidas de gente que nós insistimos ou fingimos não enxergar. Vidas que custam coisas. Vidas que são trocadas por coisas, vidas por coisas, por coisas, coisas... Vidas!
De fato, com experiência e maturidade, aprendemos a nos preocupar menos com a intenção dos outros e mais com o efeito que as ações de outras pessoas estão tendo sobre nós.
Se cada caso é um caso e tudo é relativo, não devemos generalizar uma experiência que nos é empirica.
A experiência é como uma poupança, de repente, descobrimos que rendeu uma quantia inesperada e que valeu muito esse investimento não programado, mas extremamente necessário para entender a vida.
by/erotildes vttoria
Na ausência de experiência, qualquer coisa que eu te diga não fará sentido, ou nem mesmo será entendida.
É verdade que os seres humanos são fundamentalmente cruéis? A experiência da crueldade é a única coisa que compartilhamos como espécie? Será que a dignidade à qual nos apegamos é apenas ilusão, escondendo de nós mesmos a verdade única: que cada um de nós é capaz de ser reduzido a um inseto, uma fera devoradora, um pedaço de carne? Ser degradado, massacrado - é este o essencial da humanidade, que a história confirmou como inevitável?
Viver é uma experiência fenomenal! Porque, na inexistência de sentido de ser de todas as coisas, na inexistência de propósito desta matéria, deste mundo visível e invisível – invisível como os fótons, invisível como a energia, ou como as ondas de rádio pelas quais nos comunicamos, pela quais temos internet e assistimos televisão, - nada, absolutamente nada faz sentido, e ainda assim cumpre um propósito: um propósito lindo que só depois de concluirmos pela inexistência de sentido de tudo, é que passamos a conhecer a única e real razão de ser de todas as coisas. E este é um mistério que só os sábios chegam ao seu conhecimento. Um mistério que nos mostra que a vida é ouroboros: uma cobra que engole o próprio rabo, o fim que engole o começo, e a morte que engole a vida, e que vence a própria história e a própria existência até que tudo volte ao zero. E todos vêm, mas também todos se vão, de sorte que nada nem ninguém fica, e nada é e nem permanecerá para sempre, ao mesmo passo em que todos os ciclos se reiniciam, mas nunca mais para os mesmos viventes, e nem mesmo como qualquer coisa já tenha sido algum dia, pois tudo o que foi ontem, passou, e tudo o que foi há poucos minutos também já passou, de forma que não existe nada que permaneça tal como é, no minuto seguinte, para sempre, até que tudo se torne irreconhecível, e tenha outros nomes, e sejam realidades de outras existências que também porventura se chamarão de outros nomes. Tudo um dia veio, e tudo um dia se vai, e enquanto este dia não vem, tudo se transforma e se degrada, enquanto apenas a mente do homem e a ciência evoluem, mas nunca o suficiente para salvá-lo do próprio ego, da própria cobiça, da própria ganância e do próprio Diabo; e da própria loucura de se autodestruir.
O passado serve como uma experiência para um novo aprendizado, nunca como um modelo a ser repetido diariamente.
Os professores sempre serão uma referência por sua experiência e capacitação, pois o aluno é como um turista precisando de um guia.
Não existe uma boa ligação às 7 horas da manhã. Na minha experiência, todas as ligações entre 23h e 9h são desastres.
Sou grato pelos efeitos da experiência advindos das diversas frustrações da vida, apesar de terem sido marcantes elas, sem dúvidas, permitiram-me desenvolver uma personalidade mais resiliente, madura, equilibrada, espiritual, amorosa, altruísta e perdoadora.
A experiencia de vida nada mais é que uma bola de cristal, onde conseguimos enxergar o óbvio de uma maneira mais clara.