Poemas Existencial
A teoria do inconsciente coletivo (jung) explica nossa contradição. O conflito existencial entre o homem comum e o homem coletivo que precisa marcar sua passagem e devolver a raça humana a sua dignidade
Esse tédio que me perseguia desde a infância era possivelmente o vazio existencial que eu buscava compensar não tendo plano algum de vida.
Eu estava em uma profunda crise existencial. Einstein sabia o quão profundo, encantador e ao mesmo tempo impossível seria escapar do espaço-tempo. Eu era uma menina incomum. Estava bem claro, desde sempre, que eu não seria mais um pontinho no meio do pontilhado humano. Eu tentava, ao menos, ser diferente e não optar pelas mesmas escolhas erradas que outros haviam optado ao longo dos séculos. É magnífico estar viva, estar neste planeta redondo, achatado nos pólos, ter o livre-arbítrio e se incomodar, questionar, sobre o funcionamento das coisas e sobre a barreira moral que as dificultava e as impedia. Fascinante mesmo é ser curiosa em relação às coisas, e não às pessoas. Fascinante mesmo é olhar para cima sem medo de observar os planetas, as constelações, imaginar as galáxias vizinhas, sem o receio de se perguntar se existe vida lá fora. Uma vez eu li, uma frase de algum sábio, que dizia que o primeiro passo em relação às novas descobertas é se livrar, negar a verdade aceita. Se Arthur Eddington não tivesse se questionado sobre a teoria gravitacional, a fantástica e ao mesmo tempo errada “ordem das coisas” de Newton, jamais teria encontrado um jeito de provar a teoria da relatividade e dar sentido ao universo curvo de Einstein.
As pessoas tentam preencher o vazio existencial de diversas maneiras, mas tentar tapar o vazio com coisas vazias só faz o vazio ficar ainda maior. Por isso as pessoas se enchem mas nunca se preenchem. E apesar de saberem disso, acham divertido se distrair tentando.
"A angustia existencial é uma constante naqueles que se libertam das amarras ilusórias e alienantes da vida..."
Tristeza existencial
No trânsito de minha existência e a cada
ano decorrido tenho sempre a comprovação
de que tudo tenha se dado por graça e eu
respeito e sigo toda essa divinidade a
que nos acerca ; mesmo compreendendo
e aceitando os propósitos divinos ; de
tempos em tempos me ocorre uma
certa tristeza existencial na qual tomo
ciência de que certas coisas não só
trata-se de graça ,mas como é bastante
engraçado como por exemplo : sentirmos
atraídos e convivermos anos e anos com
o total oposto a nós e ter a consciência
de que esse convívio diário durante anos
e anos nos poem ainda mais sós naquilo
no qual somos ;e quando encontramos
quem nos seja semelhante não
consigamos nos dar ao convívio isto
não o é só engraçado é cômico e seguimos
sempre sós existencialmente ;e em meu próprio conformismo de que não haja
remédio para isso ,abraço a minha
ironia do destino ,dou-lhe um beijo ,a
chamo de querida à todo momento e
fico agradecido a Deus por te-la me
concedido nesta minha vivência existencial;
e o que nos alenta e nos ressarci é bem
factual: ambos buscamos o amor em
meio a tantas divergências .
O amor e existencial,
O amor e substantivo,
O amor e parcial, relativo,
O amor e individual, cognitivo,
Diversos tons e cores, intuitivo,
Diversos sons e sabores, altivo,
Paliativo pro bem, Artifício do mal,
Vontades do além, o fictício real.
Sonetilha Existencial
O homem lúcido me espanta
mas gosto dele na lírica
A verdade metafísica
modela o verbo e a garganta.
O homem lúcido verifica
que a existência não se estanca
põe a baba ao pé da planta
eis que a planta frutifica.
O homem lúcido como quer,
seja lá onde estiver
ele está, sem aquarela.
Sabe que a vida é viscosa
sabe que entre a náusea e a rosa
foi que a ostra faz a pérola
O principal material da psicoterapia é sempre essa dor existencial.
Olhar para esta dor como quem se olha de fora, é o início da mudança.
É o primeiro passo do caminho em direção ao alívio e a alegria de ser”.
Tristeza existencial
tristeza existencial não há quem não a
provê, assim como como não há
quem viva adormecido para sempre,
num dado momento a de nossa história
de vida despontaremos para nossas
virtudes ,guiados por nossa essência
espiritual ,e a duração e transição desta
ocorrência , recebe diversos nomes,
dados por céticos ,que mesmo
incompreendendo tal ocorrência tentam
trata-la como se fosse uma doença ,
dificultando ainda mais tal transição ;
muitos conseguem e se dão por
realizados ,outros conseguem sentir e
ver mas não conseguem mudar e não
se realizam ;mas a grande maioria
nem mesmo a isso chegam apenas
sentem tristeza e nem ao menos
cogitam à sua existência ,e tentam se
tratar........,se tratar........,se tratar.......,
como se fosse uma doença essa tal
tristeza existencial .
Todos nós vivemos em um mental compartilhado,
não o auto existencial (o que somos de verdade)
= Entidades perfeitas, dotadas de Aeon = Masc e
fem indivisível, vivendo o Eon (vibrações infinitas),
sem direito a conhecer o mistério não revelado =
As Vestes.
Psicografia: Edson Nelson Soares Botelho
diário de um niilista
agora que perdi a noção da geometria existencial
eu poderia olhar para o céu
lá no alto, bem alto,
para além das nuvens,
talvez por detrás de todo grande borrão azul.
e absorto nisto,
pensar serenamente
na dúvida que exorta minha existência
aqui em baixo, bem baixo.
qual o meu propósito aqui?
MORFINA
Embora, eu seja maior que todo esse "nada" existencial em mim,
desatino a ficar preso nos mesmos entulhos que o passado me criou.
Nenhuma morfina poderia fazer passar tudo que se criou,
e de certa forma, fui eu, o culpado de toda essa dor.
O Fim
Quando pensamos que tudo acaba, acabamos entrando em um completo vazio existencial, o que enfim, é o Fim?
Estamos a todo momento em uma rota de colisão, dirigindo um carro frágil, prestes a bater, sem freio, sem ré, sem volta, apenas o Fim.
Enfim, temos a noção do quão caótica é a vida, as vezes virar uma esquina pode simplesmente nos salvar da morte, e claramente ninguém se importa
ou dá valor a cada esquina, a cada rua, a cada minuto, minutos? Há, se tornam tão insignificantes perto destas finitas horas, que se transformam em meses,
anos, não damos valor aos minutos, damos valor as horas, quem que fala 11:59 e não 12:00, mas em cada minuto cabe infinitos Fins, em cada minuto nosso destino
se transforma em um novo destino, e o nosso futuro, continua incerto perante a tantos minutos que formam a vida.
Quando aprendemos a dar valor aos minutos, e até aos segundos, entenderemos que a vida não espera dar 12:00 pra acabar, nem espera que estejamos felizes no fim,
não espera que os nossos sonhos tenham se realizado, o fim não espera o último eu te amo, não espera um minuto, simplesmente acaba, e essa incerteza torna tudo
tão mais valioso, os momentos, as risadas, as tristezas, as paranoias, a música, a dança, as cores, o abraço, o "Eu te amo", e acima de tudo, torna o Fim, enfim, pra sempre.
Arrependimento Existencial
Arrependimento, é atribuição de um valor tardio a uma vida não vivida como superior a uma vida escolhida para viver. Fazer moral não é nada fácil, a dor acompanha todo trabalho da moralidade e a angustia é inseparável de toda escolha, sobretudo, porque deixar de viver é necessariamente perder de uma certa forma.
Não existe cura para o vazio existencial; a qualquer momento, ele pode surgir em nossas vidas.
Por isso, precisamos aceitar e aprender a lidar com esse sentimento.
As festas, as drogas, os jogos, as religiões preenchem momentaneamente esse buraco, mas quando menos esperamos, ele está vazio novamente, trazendo tristeza e dor.