Poemas Espirituais
"A origem e o modo de criação dos Espíritos nos são desconhecidos. Sabemos apenas que são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, mas com igual aptidão para tudo, porquanto Deus, em sua justiça, não podia isentar a uns do trabalho que impusesse a outros para chegarem à perfeição. No princípio, eles se acham numa espécie de infância, sem vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência"
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"A encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como punição. Ela é necessária ao seu desenvolvimento e à execução das obras de Deus, e todos devem sofrê-la, quer tomem o caminho do bem ou o do mal. Simplesmente os que seguem o do bem avançam mais depressa, gastam menos tempo para chegar ao fim e o alcançam em condições menos penosas."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"A alma do homem é um Espírito encarnado. Para secundá-lo no desempenho de sua tarefa, Deus lhe deu, como auxiliares, os animais que lhe estão submetidos e cuja inteligência e caráter são compatíveis com as suas necessidades."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"O aperfeiçoamento do Espírito é fruto do seu próprio trabalho. Não podendo, numa só existência corporal, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que o hão de conduzir ao objetivo, ele o alcança por uma sucessão de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente, no caminho do progresso."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Em cada existência corporal, o Espírito deve desempenhar uma tarefa proporcionada ao seu desenvolvimento; quanto mais rude e laboriosa, tanto maior o mérito em realizá-la. Assim, cada existência é uma prova, que o aproxima do fim. O número dessas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito que esse número seja reduzido, trabalhando ativamente pelo seu progresso moral, assim como depende da vontade do operário, obrigado a realizar certo trabalho, reduzir o número de dias que empregue em executá-lo."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Quando uma existência foi mal-empregada, fica sem proveito para o Espírito, que tem de recomeçá-la em condições mais ou menos penosas, em razão de sua negligência e má vontade. É assim que, na vida, podemos ser constrangidos a fazer no dia seguinte o que não fizemos na véspera."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"No intervalo de suas existências corporais, o Espírito é errante. A erraticidade não tem duração determinada. Nesse estado, o Espírito é feliz ou desgraçado, conforme o bom ou mau uso que fez da sua última existência; estuda as causas que apressaram ou retardaram o seu adiantamento; toma as resoluções que procurará pôr em prática na sua próxima encarnação e escolhe as provas que lhe pareçam mais apropriadas ao seu adiantamento. Entretanto, algumas vezes se engana, ou sucumbe, não levando em conta as resoluções que tomou como Espírito."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
Nos colocamos constantemente trabalhando o ego e aceitando o coração como guia espiritual para desenvolvermos uma consciência baseada no coração!
"Os Espíritos culpados encarnam nos mundos menos adiantados, onde expiam suas faltas pelas tribulações da vida material. Para eles, esses mundos são verdadeiros purgatórios, deles dependendo deixá-los mais cedo ou mais tarde, conforme trabalhem pelo seu próprio aperfeiçoamento moral. A Terra é um desses mundos."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Mediante essas encarnações sucessivas, o Espírito, tendo-se despojado pouco a pouco de suas impurezas e se aperfeiçoado pelo trabalho, chega ao termo de suas existências corporais. Passa então a pertencer à ordem dos Espíritos puros ou anjos, e goza ao mesmo tempo da visão completa de Deus e de uma felicidade sem mescla, por toda a eternidade."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
Sendo os homens Espíritos em expiação na Terra, Deus, como bom pai, não os deixou entregues a si mesmos, sem guias. Em primeiro lugar, eles têm os seus Espíritos protetores, ou anjos da guarda, que por eles velam e se esforçam por conduzi-los ao bom caminho; têm ainda os Espíritos em missão na Terra, Espíritos Superiores que de vez em quando encarnam entre eles para, pelos seus trabalhos, lhes iluminarem a estrada, fazendo avançar a Humanidade. Embora Deus haja gravado sua lei na consciência, julgou por bem formulá-la explicitamente. Primeiro lhes enviou Moisés; mas as leis de Moisés eram apropriadas aos homens de seu tempo; ele não lhes falou senão da vida terrena, de penas e recompensas temporais. Veio em seguida o Cristo completar a lei de Moisés, por meio de um ensino mais elevado: a pluralidade das existências, a vida espiritual, as penas e recompensas morais. Moisés os conduziu pelo temor, o Cristo pelo amor e pela caridade.
"O Espiritismo, melhor compreendido hoje, acrescenta, para os incrédulos, a evidência à teoria. Prova o futuro por fatos patentes; diz em termos claros e inequívocos o que o Cristo disse por parábolas; explica as verdades desconhecidas ou falsamente interpretadas; revela a existência do mundo invisível ou dos Espíritos e inicia o homem nos mistérios da vida futura; vem combater o materialismo, que é uma revolta contra o poder de Deus. Vem, finalmente, estabelecer entre os homens o reinado da caridade e da solidariedade, anunciado pelo Cristo. Moisés lavrou, o Cristo semeou, o Espiritismo vem colher."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"O verdadeiro espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que aproveita do ensino dado pelos Espíritos. De nada adianta acreditar, se a crença não o levar a dar um passo à frente no caminho do progresso e não o tornar melhor para com o seu próximo."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"A prece não pode mudar os decretos da Providência. Os Espíritos sofredores, porém, vendo que por eles nos interessamos, sentem-se menos desamparados e menos infelizes. Ela lhes levanta o ânimo e excita neles o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e pode desviá-los de pensarem no mal. Neste sentido é que não somente lhes pode dar alívio, como também abreviar seus sofrimentos."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Os Espíritos não são, como muitas vezes se imagina, seres à parte na Criação; são as almas dos que viveram na Terra ou em outros mundos. As almas ou Espíritos são, pois, uma só e mesma coisa; donde se segue que quem quer que creia na existência da alma, por isso mesmo crê na dos Espíritos. Negar os Espíritos seria negar a alma."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
."Os Espíritos povoam o espaço. Constituem o mundo invisível que nos rodeia, em meio do qual vivemos, e com o qual estamos em contato incessante."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Os Espíritos possuem todas as percepções que tinham na Terra, porém em grau mais elevado, porque suas faculdades não são amortecidas pela matéria; têm sensações que nos são desconhecidas; vêem e ouvem coisas que os nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir. Para eles não há escuridão, salvo para aqueles cuja punição é ficarem temporariamente nas trevas. Repercutindo nos Espíritos todos os nossos pensamentos, eles os lêem como num livro aberto, de sorte que aquilo que podíamos ocultar a alguém durante a vida, não o podemos mais, desde o momento em que nos tornamos Espíritos."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Os Espíritos conservam as afeições sérias que tinham na Terra. Sentem prazer em buscar aqueles a quem amaram, sobretudo quando atraídos pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos que lhes consagram, ao passo que são indiferentes para os que só lhes votam indiferença."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes: pela visão, audição, tato, por ruídos, movimentos de corpos, escrita, desenho, música, etc. Manifestam-se por meio de pessoas dotadas de uma aptidão especial para cada gênero de manifestação, conhecidas pelo nome de médiuns. É assim que se distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes, sensitivos, de efeitos físicos, desenhistas, tiptologistas, escreventes, etc. Entre os médiuns escreventes há numerosas variedades, conforme a natureza das comunicações que eles são aptos a receber."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"Os Espíritos Superiores só se ocupam das comunicações inteligentes, tendo em vista a nossa instrução. As manifestações físicas ou puramente materiais são atribuídas mais especialmente aos Espíritos inferiores, vulgarmente designados sob o nome de Espíritos batedores, como, entre nós, os golpes de mágica são próprios dos saltimbancos, e não dos cientistas."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)