Poemas de Emily Dickinson
A palavra morre no momento em que é proferida - dizem alguns. Eu digo que ela começa a viver naquele momento.
A beleza não tem causa. É. Quando a perseguimos apaga-se. Quando paramos - permanece.
A esperança tem asas. Faz a alma voar. Canta a melodia mesmo sem saber a letra. E nunca desiste. Nunca.
Se eu puder aliviar o sofrimento de uma vida, ou se conseguir ajudar um passarinho que está fraco a encontrar o ninho... A vida terá valido a pena.
A esperança é uma ave que pousa na alma, canta melodias sem palavras e nunca cessa.
Continua a bater à porta e a alegria que há dentro de ti, acabará por abrir uma janela e espreitar para ver quem é.
Não é necessário ser uma câmara para ser assombrado, não precisa ser uma casa. O cérebro tem corredores superando lugar material.
O céu não nos usurpa nada - mesmo aparentes furtos são compensados sutilmente por designos ocultos
O pensamento é maior que o céu.
Coloque lado a lado os dois:
O céu cabe no pensamento,
E ainda cabe você depois.
"Esperança" é a coisa com penas
Que se empoleira na alma
E canta um som sem palavras
E nunca, mas nunca, para
Não é preciso ser um quarto
para ser mal-assombrado.
Nem é preciso ser uma casa;
A mente tem corredores que superam
qualquer lugar concreto.
Dentre todas as Almas já criadas -
Uma - foi minha escolha -
Quando Alma e Essência - se esvaírem -
E a Mentira - se for -
Quando o que é - e o que já foi - ao lado -
Intrínsecos - ficarem -
E o Drama efêmero do corpo -
Como Areia - escoar -
Quando as Fidalgas Faces se mostrarem -
E a Neblina - fundir-se -
Eis - entre as lápides de Barro -
O Átomo que eu quis!
1157
Alguns Dias dos outros se separaram
Para com distinção adormecer -
O Dia em que um Companheiro chegou
Ou foi forçado a morrer.
Demasiada Loucura é o mais divino Juízo -
Para um Olhar criterioso -
Demasiado Juízo - a mais severa Loucura -
É a Maioria que
Nisto, como em Tudo, prevalece -
Consente - e és são -
Objecta - és perigoso de imediato -
E acorrentado -
You cannot make remembrance grow
When it has lost its Root ―
The tightening of the soil around
And setting it upright
Deceives perhaps the Universe
But not retrieves the Plant ―
Real Memory, like Cedar Feet
Is shod in Adamant ―
Nor can you cut Remembrance down
When it shall once have grown ―
Its Iron Buds will sprout anew
However everthrown ―
A lembrança, ninguém a faz crescer
Quando perdeu a raiz.
Apertar-se em volta a terra,
Mantê-la ereta, talvez
Possa enganar o universo,
Mas não recupera a planta.
A memória verdadeira
É como o cedro ― tem pés
Calçados em diamante.
Nem se pense que adiante
Cortá-la, se já arraigou:
Seus brotos de ferro irrompem
Novamente, se alguém a derrubou.
A "esperança" é aquela pluma que pousa
na alma e canta a canção sem
palavras e nunca para!
Se eu leio um livro e ele torna o meu corpo tão frio que fogo nenhum poderia esquentá-lo, sei que isso é poesia.
A "esperança" é aquela ave que se aferra à alma, canta uma música sem letra e não para nunca.
A Morte é um Diálogo entre
O Espírito e o Pó.
“Dissolva” diz a Morte — O Espírito “Senhora
Tenho uma Ideia melhor” —
A Morte duvida — Impreca desde a Cova —
O Espírito se vira
Só deixando — como prova —
Um Casaco de Argila.