Poemas e versos pequenos
Três batidas no meu vidro
Quando vi, era um bandido
Falou: “Perdeu”; eu disse: “Eu perdi mesmo,
Mas foi o grande amor da minha vida”
Na perfeição de nossos defeitos
O que temos de mais forte
são nossas fraquezas
O que nos indefine
além de toda essa imposição repetitiva
é a chance de errando
sermos únicos
Quando acaba o fim de semana já chega a nostalgia.
Não desanimes...
Vem aí uma semana de vitórias, dádivas, alegrias e bênçãos...
Passa a correr... Quando acordarmos já é fim de semana outra vez...
Boa semana!
De cinza são formadas as tuas nuvens
Que embargam os olhos, te impedem de enxergar
O brilho amarelo do vestido, Sol de domingo
Do teu sorrir e de fazer alguém feliz
Entardece, dorme o sol
Amanhece um farol
Lá no porto desembarcam todos os cansados
Descarregam todos os fracassos
Há um cais seguro pra atracar
Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim, viu
Me vi na sua mão
O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco
A gente foi erguendo o nosso próprio trem
Nossa Jerusalém
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais
Harmonia
Eu prefiro o amor
Em vez da ignorância
Eu prefiro a doçura
Em vez do egoísmo
Eu prefiro as minhas imperfeições
Em vez da arrogância
Na harmonia
Dos acordes do silêncio
Quebro os muros
Da intolerância
Meteoros
Do estalar dos dedos
O suor das mãos abafa
O calor do corpo
Me sinto de mãos atadas
O viajar do cometa
No céu tatuado
Entre estrelas e meteoros
E o relógio atrasado
Árvore
Olhe que bela árvore
São belas amigas
São verdes são altas
Formosas e antigas
Árvores são livros
Que guardam histórias
Escritas nas folhas e nos galhos
E assim vencem o vento
Árvores são vozes
Que cantam ao vento
Vencem a dor da serra
Caindo ao solo sem chorar
A princesa também sente, chora, sofre,
Sonha e ouve não
Eu prefiro a verdade a essa discutível perfeição
Te botei no meu brechó
Te vestia noite e dia
Apertado e não cabia
Esse laço já não dava nó
Nessa vida de brechó
Roupa linda e preferida
Estilosa e colorida
Tá cafona, demodê, uó
Me despi, quero estar só
Vi você fechar a porta
Me trancar num porquê
Me escrever um depois
Pois veja bem que história morta
É que a gente gosta
Finge que não vê
Que estamos à beira de amar
Já não choro ao picar cebola
Nem me importa se a novela é boa
Eu não faço nada pro jantar
Não tenho dó do cão perdido
Eu não dou dinheiro pra mendigo
Espero as oito pra deitar
Foi você quem fez de mim essa pessoa assim
Preso dentro dessa página sem fim
Não sei tocar a mais pedida
Eu não uso roupa colorida
Saio depois do carnaval
Chego em casa e olho a geldeira
Nem me importa se e sexta-feira
Sento pra ver qualquer jornal
Tô naquela fase de acender vela
Joelho ralado de tanta promessa
Pedindo todo santo, traz de volta ela
Jurando de pé junto nunca mais machuco ela
E tanto faz se a TV tá ligada
Eu tô assistindo você
E digo mais
Tudo que falta em mim
Tá sobrando em você
Clima pesado
Nem o coração fala mais alto
Do que o silêncio desse quarto
Tá remoendo ainda
As melhores respostas só vêm depois da briga