Poemas e textos sobre Jesus
Ser cristão é isso: saber pedir perdão, saber perdoar.
Quando Jesus nos pediu para amar o próximo como a si mesmo, foi como dizer: "coloque-se no lugar do outro sempre". Fazendo isso, evitamos contratempos. E caso haja algum conflito, o que é normal já que somos seres humanos e diferentes uns dos outros, devemos refletir e tentar corrigir.
Se há amor, há também o perdão, pois os dois andam juntos!
Lucas 19,41-44
41 aproximando-se ainda mais, Jesus contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo:
42 “Oh! Se também tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz! Mas não, isso está oculto aos teus olhos.
43 Virão sobre ti dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados;
44 destruir-te-ão a ti e a teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada”.
//A VISITA RECUSADA
O pranto de Jesus sobre Jerusalém expressava sua frustração diante de um povo fechado à sua pregação, e que relutava em converter-se diante de seus apelos. Embora Jesus tenha sido enviado pelo Pai como mensageiro de paz, tornou-se vítima do ódio e da perseguição dos destinatários de sua missão. Ele tinha à sua frente pessoas cegadas por um esquema mental tão rígido, a ponto de não abrirem espaço para a novidade do Reino que lhes era anunciado. Pensavam ter encontrado Deus, mas se recusavam a acolhê-lo na pessoa de seu enviado.
O mensageiro da paz transformou-se, então, em anunciador de castigos e desgraças. Num linguajar próprio dos antigos profetas, Jesus anunciou o futuro, sem meios termos. A infidelidade a Deus levaria o povo à ruína completa. Seu orgulho seria dobrado pela ação inclemente dos inimigos, que não teriam misericórdia. O povo escolhido de outrora não seria mais objeto do carinho divino.
As palavras fortes de Jesus contra Jerusalém constituíam-se no seu último apelo profético à conversão. Nenhum prazer lhe causaria ver a cidade santa destruída e o povo massacrado. Entretanto, pelos rumos que as coisas estavam tomando, não havia dúvida quanto ao desfecho da situação. Não foi por falta de alerta que o castigo chegaria.//
Lucas 19,45-48
45 Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os mercadores.
46 Disse ele: "Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizestes um covil de ladrões".
47 Todos os dias ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, porém, os escribas e os chefes do povo procuravam tirar-lhe a vida.
48 Mas não sabiam como realizá-lo, porque todo o povo ficava suspenso de admiração, quando o ouvia falar.
//A CASA DE DEUS PROFANADA
Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém. Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio de seu povo. Era o espaço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus.
Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade. O templo tornara-se um amplo mercado onde se fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício. Toda esta intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade. Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus. Os pobres e ingênuos peregrinos eram expoliados, sob os olhos do Pai. A boa-fé do povo transformava-o em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. E tudo isso com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação.
A realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal de Reino de Deus pregado por Jesus. Daí o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor.//
Lucas 20,27-40
27 alguns saduceus - que negam a ressurreição - aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe:
28 "Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se alguém morrer e deixar mulher, mas não deixar filhos, case-se com ela o irmão dele, e dê descendência a seu irmão.
29 Ora, havia sete irmãos, o primeiro dos quais tomou uma mulher, mas morreu sem filhos.
30 Casou-se com ela o segundo, mas também ele morreu sem filhos.
31 Casou-se depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete, que morreram sem deixar filhos.
32 Por fim, morreu também a mulher.
33 Na ressurreição, de qual deles será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher".
34 Jesus respondeu: "Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento,
35 mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido.
36 Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados.
37 Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente, chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó .
38 Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele".
39 Alguns dos escribas disseram, então: "Mestre, falaste bem".
40 E já não se atreviam a fazer-lhe pergunta alguma.
//O SENHOR DOS VIVOS
O tema da ressurreição opunha os fariseus aos saduceus. Os primeiros afirmavam que haveria a ressurreição, enquanto que os outros a negavam. Quando os saduceus interrogaram Jesus a respeito desta questão, tinham em mente colocá-lo em apuros, além de ridicularizar o partido rival. Por isso, bolaram uma situação grotesca, partindo da Lei do levirato que obrigava o irmão desposar a cunhada viúva, caso não tivesse gerado filhos com seu marido.
Jesus não caiu na armadilha dos saduceus. O fato aludido comportava duas sérias lacunas. A primeira consistia em imaginar que a vida eterna seria uma continuação pura e simples da vida terrena, de forma que, na ressurreição, persistiriam as encrencas da vida presente. A vida eterna, na verdade, consiste na participação da vida divina, longe da ameaça da morte. Aí, os esquemas terrenos não têm validade. O segundo pressuposto falso consistia em considerar Deus como Senhor dos mortos e não como Senhor dos vivos. Na verdade, para ele, todos estão vivos, até mesmo os patriarcas do povo. Ele se mantém em comunhão com os justos, mesmo além da morte, quando são estabelecidos relacionamentos duradouros, numa explosão de vida, sem a menor influência da morte. Por conseguinte, a ressurreição deve ser pensada a partir do amor misericordioso de Deus, que partilha vida abundante com a humanidade, e não a partir dos esquemas mesquinhos do pecado e da morte.//
João 18,33-37
33 Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?”
34 Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?”
35 Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?”
36 Respondeu Jesus: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”.
37 Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”.
//A REALEZA DE JESUS
A proclamação da realeza de Jesus deve ser entendida a partir do projeto de Reino anunciado por ele. Os modelos humanos não ajudam a compreender a condição de rei aplicada a Jesus. Seu reino não depende dos esquemas deste mundo, e sim, do querer do Pai.
Por ocasião da paixão de Jesus, as autoridades judaicas apresentaram-no como um subversivo, cujo ideal era tornar-se rei dos judeus, libertando o povo da opressão romana. Jesus, porém, recusou-se a se apresentar como um concorrente de Pilatos. O termo reino tinha, para ele, um significado muito diferente daquele que lhe davam os romanos. O reino de Jesus está sob o senhorio do Pai, que deseja ver todos os seus filhos viverem em comunhão. É um reino de verdade e de justiça, pois nele não se admite nenhuma espécie de marginalização ou opressão; tampouco, que se recorra ao dolo e à mentira para se prevalecer sobre os demais.
No Reino de Deus, a autoridade é serviço. Quem é grande, se faz pequeno; para ser o primeiro, é necessário tornar-se o último. A violência e o ódio aí não têm lugar. Quem quer fazer parte desse Reino deve saber perdoar e estar sempre disposto a se reconciliar.
Este é o Reino que Jesus veio implantar na história humana. Os adversários de Jesus estavam longe de poder compreendê-lo.//
Lucas 21,5-11
5 como chamassem a atenção de Jesus para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse:
6 “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”.
7 Então o interrogaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?”
8 Jesus respondeu: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais após eles.
9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim”.
10 Disse-lhes também: “Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino.
11 Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu”.
//NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA
A imponência do templo de Jerusalém não impressionava Jesus. As belas pedras e os ex-votos que o adornavam, não passavam de exterioridade. Seu fim se aproximava.
A pregação de Jesus contra o templo situava-se na tradição dos antigos profetas de Israel, que o desmitificaram, anunciando-lhe a destruição. O templo podia vir a baixo, pois havia perdido sua finalidade, passando a acobertar as injustiças cometidas contra o povo. O Deus de Israel fora substituído pelos ídolos. Não tinha sentido acobertar com a capa da fé uma idolatria desenfreada, com sérias conseqüências para a vida do povo pobre.
A situação não era muito diferente no tempo de Jesus. O templo e o sacerdócio estavam sob o domínio de uma aristocracia pouco preocupada com os pobres do País. O templo não era mais a casa do Deus verdadeiro, e sim, de falsos deuses que não questionavam a injustiça cometida contra os indefesos, nem a marginalização em que se encontrava grande parte da população. Eram os deuses dos privilegiados e beneficiados pelo sistema. Portanto, não era o Deus do Reino anunciado por Jesus.
A destruição do templo eliminaria a falsa segurança religiosa de muita gente. E evitaria que se servissem do nome de Deus para acobertar maldades cometidas em nome da fé. É blasfêmia fazer o Deus verdadeiro compactuar com a injustiça.//
Lucas 21,12-19
12 disse Jesus aos seus discípulos: “Antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim.
13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho.
14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa,
15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós.
17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome.
18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação”.
//A PERSEVERANÇA QUE SALVA (Lucas 21,12-19)
O futuro dos discípulos do Reino descortina-se num horizonte de perseguições, falsos testemunhos, prisões e até de morte. Essa seria a sorte de Jesus. Não poderia ser diferente a de quem, como ele, assumiu idêntico projeto de fidelidade ao Reino.
Exige-se, do discípulo, coragem e perseverança. O discípulo corajoso não teme diante da perspectiva de ser levado perante reis e governadores, por causa de sua fé. E saberá desempenhar sua missão de servidor do Reino até as últimas conseqüências. O discípulo perseverante não fica a meio caminho, nem se deixa vencer pelo desânimo ou cansaço. Sua fé está tão solidamente fundada, que arrisca tudo para atingir sua meta: a comunhão definitiva com o Pai.
Fator de segurança é a promessa de Jesus: colocar na boca do discípulo corajoso e perseverante as palavras necessárias para se defender diante das calúnias e dos falsos testemunhos. Ele pode se despreocupar, porque lhe será dada uma sabedoria, de origem divina, a qual ninguém será capaz de contradizer.
Portanto, o discípulo goza da contínua assistência do Espírito Santo, do qual lhe vem a força para resistir, mesmo à pressão de seus entes queridos. Desta forma, dará testemunho do senhorio de Deus em sua vida e será sinal do Reino para seus próprios perseguidores.//
PÉROLAS AOS PORCOS
Quando li que Jesus disse:"Não deis aos cães coisas santas,ou enfeites com pérolas os focinhos dos porco,pois certamente as levariam à lama e voltariam pra te atacar"Mat.7;6
Fique um tanto quanto apreensivo,pelo fato de estarmos a um passo da "burrice" ao agirmos com "bondade"
Conclui que : Em muitas situações, é conveniente sermos severos,antes de sermos "bonzinhos"
Lucas 21,20-28
20 disse Jesus aos seus discípulos: “Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.
21 Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade.
22 Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito.
23 Ai das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando, pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo.
24 Cairão ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das nações pagãs.
25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
26 Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
28 Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”.
//A LIBERTAÇÃO SE APROXIMA
A descrição evangélica do fim do mundo reúne uma variedade de elementos. Seu objetivo é motivar a esperança e a perseverança no coração do discípulo. O pano de fundo do relato é a destruição de Jerusalém pelas tropas romanas e a narração de sinais cósmicos, de caráter apocalíptico, postos em relação com a vinda de Jesus, como juiz libertador.
As vicissitudes causadas pela invasão romana são expressas na fuga apressada para os montes, em busca de esconderijo, na matança da qual o povo foi vítima, e no cativeiro que foi imposto aos judeus. A situação das mulheres grávidas foi particularmente delicada, por não poderem fugir com a pressa exigida pela situação. A destruição de Jerusalém teve um sabor de fim do mundo. De fato, era como se o mundo tivesse vindo a baixo.
Segundo os textos proféticos, a intervenção salvífica de Deus, na história humana, seria acompanhada de fenômenos cósmicos aterradores. E o universo inteiro seria abalado pelo poder absoluto de Deus. Neste contexto, é descrita a visão de Jesus, o Filho do Homem, manifestando-se como juiz de toda a humanidade.
Jesus é o penhor da libertação do ser humano, e deve ser esperado com vigilância e fidelidade. Não importa quando isto acontecerá. Importa, sim, que o discípulo não esteja desprevenido. Vigilância e fidelidade acontecem quando se pratica a misericórdia.//
Lucas 21,34-36
34 Disse Jesus aos seus discípulos: “Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida; para que aquele dia não vos apanhe de improviso.
35 Como um laço cairá sobre aqueles que habitam a face de toda a terra.
36 Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem”.
//FIQUEM ATENTOS!
A demora da vinda do Senhor pode ter como efeito, no coração do discípulo, uma espécie de torpor espiritual, que o leva a viver sem esperança no futuro, e sem criatividade no presente. Jesus quis manter viva, no discípulo, a chama da esperança, de forma a impedi-lo de enveredar-se pelo caminho da busca desenfreada de prazeres mundanos e de limitar-se a preocupações mesquinhas centradas em coisas irrelevantes.
Vigilância e oração seriam a forma de manter viva a esperança. A vigilância confronta continuamente o discípulo com as realidades escatológicas, não permitindo que ele ceda à tentação de acomodar-se e levar uma vida medíocre. Essa vigilância apresenta-lhe as exigências atuais do Reino como pré-condição para ser acolhido no Reino definitivo, e o move a viver conformando sua vida com elas.
A oração, por sua vez, faz o discípulo viver em comunhão com o Senhor que vem. Ou seja, já no presente, o discípulo orante experimenta a comunhão que, no futuro, se plenificará. Este íntimo relacionamento com o Senhor reflete-se na vigilância. O discípulo orante tudo fará para ser fiel ao Senhor e ao seu Reino. A oração leva-o a ter uma atenção redobrada, para não perder de vista o Senhor que vem. Leva-o, também, a antecipar as alegrias do Reino.//
Lucas 21,25-28.34-36
25 Disse Jesus a seus discípulos: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
26 Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
28 Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.
34 Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida; para que aquele dia não vos apanhe de improviso.
35 Como um laço cairá sobre aqueles que habitam a face de toda a terra.
36 Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem”.
//SEJAM VIGILANTES!
A exortação de Jesus à vigilância visava criar, no coração de seus discípulos, a atitude correta de quem deseja acolher o Senhor que vem. A incerteza da hora poderia ter como efeito desviá-los do caminho certo, levando-os a se afastarem, perigosamente, do Reino.
Vigiar significa por em prática as palavras de Jesus, especialmente o mandamento do amor. Significa enfrentar a tentação do egoísmo, que leva o discípulo a convencer-se da inutilidade de fazer o bem. Significa acreditar que vale a pena lutar para construir o Reino, a exemplo de Jesus, num mundo onde a injustiça e a maldade parecem falar mais alto. Significa estar sempre disposto a perdoar e a se reconciliar, revertendo a espiral da violência que assume proporções sempre maiores.
A vigilância cristã é perseverante e se alimenta da esperança. A pessoa vigilante não se abate, ainda que a realidade seja desesperadora. O discípulo do Reino sabe olhar para além da História e contemplá-la na perspectiva de Deus, segundo o ensinamento de Jesus. A vigilância, portanto, faz com que ele não seja esmagado pelo peso da história humana. Pelo contrário, o permite descobrir nela uma lógica inacessível para quem não tem fé.
O discípulo esforça-se para não se deixar vencer pelo sono da infidelidade ao Senhor e ao Reino. Ser encontrado, assim, seria a sua ruína. //
Esperando a visita de Jesus
Quando se aproxima uma visita esperada, a maioria das pessoas não dorme muito bem. Quando a visita é temida, as pessoas ficam inquietas. Quando é desejada, ficam agitadas... Porém, há uma diferença: a tensão do medo paralisa, a tensão do desejo desperta a criatividade. O evangelho de hoje alude as duas atitudes. Anuncia cataclismos cósmicos, que encherão os homens de medo (Lc 21,26). Mas para os cristãos tudo isso significa: “Coragem: vossa salvação chegou!” (Lc 21,28). Por isso, o cristão vive à espera “daquele dia” num espírito de “sóbria ebriedade”, fazendo coisas que ninguém faria, mas sabendo muito bem por quê.
ESPERANDO A VISITA DE JESUS...
Ora, nós esperamos uma visita querida e ficaríamos muito penados se o visitante não nos encontrasse despertos para sua vontade, mas apenas ocupados com nossas próprias veleidades. Como a moça que espera seu namorado chegar não mais pensa em suas próprias coisas, mas está toda em função dele, assim nós já não vivemos para nós, mas para ele que por nós morreu e ressuscitou (para vir novamente até nós). Paulo descreve maravilhosamente essa realidade na sua carta escatalógica por excelência, a 1Ts (2ª leitura). Na ânsia pela vinda do Senhor, sempre podemos crescer mais, e é ele que nos deixa crescer, para que sua chegada seja preparada do modo mais perfeito possível.
Parábola da mostarda
Jesus dizia ainda: «Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar? O Reino é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes da terra. Mas, quando é semeada, a mostarda cresce e torna-se maior que todas as plantas; ela dá ramos grandes, de modo que os pássaros do céu podem fazer ninhos em sua sombra.»
Mateus 8,5-11
5 entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica:
6 "Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito".
7 Disse-lhe Jesus: "Eu irei e o curarei".
8 Respondeu o centurião: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado.
9 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e a meu servo: ‘Faze isto’, e ele o faz".
10 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel.
11 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó".
//A ACOLHIDA DO SENHOR
O oficial romano é um exemplo de disponibilidade para acolher o Senhor. Sendo um romano, não nutria a esperança na vinda do Messias, como o Povo de Deus. Era um chefe militar, sob cujas ordens estava uma centena de soldados. Tal condição colocava-o numa situação que, com muita facilidade, poderia tê-lo levado à soberba e ao autoritarismo. Exercendo seu cargo numa terra estrangeira, corria o risco de mostrar-se prepotente e opressor da população local.
Entretanto, ele não se deixou levar por nenhuma dessas tentações. O terrível sofrimento de um subalterno paralítico tocou fundo o seu coração. Seu amor solidário manifestou-se no interesse sincero de lutar para o seu servo obter a cura. Por isso, não receou suplicá-la a Jesus, nem lhe pareceu inconveniente colocar-se como subalterno e totalmente dependente do Mestre. Deste modo, ao amor pelo servo doente juntou-se uma fé entranhada a Jesus. Fé e amor permitiram, pois, ao homem pagão deixar a ação de Deus atuar em sua vida.
O mesmo acontece com o discípulo do Reino: será digno de acolher o Senhor, na medida em que a fé o amor forem os eixos de sua ação, levando-o a romper os limites do egoísmo e a sair de si, para encontrar Jesus que passa em sua vida.//
Lucas 10,21-24
21 Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado.
22 Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
23 E voltou-se para os seus discípulos, e disse: “Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes,
24 pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”.
//A FELICIDADE DE VER O MESSIAS
Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.
Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência. Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes. O máximo que se poderá alcançar é a visão da realidade humana do Messias, seu aspecto exterior e suas características secundárias. Sua verdadeira identidade de Filho de Deus só pode ser conhecida por aqueles a quem o Pai revelar. Privado deste dado fundamental, esse conhecimento da pessoa do Messias Jesus esvazia-se e perde toda a sua relevância.
O segundo pressuposto refere-se à postura espiritual de quem recebe a graça de reconhecer o Messias. Somente os simples e pequeninos, os não contaminados pelo espírito de soberba próprio dos sábios e entendidos deste mundo, é que terão acesso a este conhecimento elevado. O que os sábios em vão buscam conseguir, aos pequeninos é revelado diretamente por Deus. Estes têm a felicidade de ver e ouvir o Messias e predispor-se a acolher o Reino proclamado por ele.//
Mateus 15,29-37
29 Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali.
30 Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou,
31 de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel.
32 Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”.
33 Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?’
34 Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” “Sete, e alguns peixinhos”, responderam eles.
35 Mandou, então, a multidão assentar-se no chão,
36 tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão.
37 Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos.
//OS POBRES BUSCAM O SENHOR
Foram os pobres os primeiros a contar com Jesus. Reconheceram seu poder de restaurar a vida e de curar toda sorte de doença e enfermidade. Coxos, aleijados, cegos, mudos e tantos outros aproximavam-se de Jesus, na esperança de serem curados, porque tinham a certeza de que um poder divino atuava por intermédio dele. E, por isso, davam glória ao Deus de Israel.
A pobreza e a marginalização levavam-nos a esperar a intervenção de Deus na História, por meio do Messias anunciado pelos profetas, o qual iria restituir a fala aos mudos, curar os aleijados, fazer os coxos andarem e os cegos enxergarem. Tudo isto eles viam acontecer na ação de Jesus, a quem reconheciam como o Messias.
Não se notava nos ricos a mesma sensibilidade dos pobres. Aqueles não precisavam de Jesus, nem de Deus, pois se bastavam a si mesmos. Depositavam sua confiança nos bens que possuíam. Não tinham tempo para perceber a ação amorosa de Deus, em benefício da humanidade. Sendo assim, a pessoa de Jesus e sua ação taumatúrgica nada representavam para eles. Quiçá o tomassem por um milagreiro qualquer. Enquanto os pobres buscavam, encontravam e reconheciam o Senhor, os ricos, em sua insensatez, ficavam à margem da ação de Deus na história humana. //
Ou, volte para a Casa do Pai. Ele te espera!
Se um dia você aceitou Jesus com Seu Salvador e hoje anda distante D’ele, reflita sobre sua vida. Como tem sido hoje? Talvez possa até parecer melhor. Bom, mas agora pense daqui a uns 80 anos. É né, acho que não vai estar tão boa assim, não é?
Tudo passa: beleza, moda, gosto musical. Um dia vc não vai se encaixar em nenhum perfil moderno e aí talvez se lembre Desse Jesus.
Mas porque viver só a velhice com Jesus? Porque não desfrutar Dele agora?
Sua vida vai ter mais vigor, suas amizades serão ricas, seu corpo será mais saudável, você vai aprender, vai se divertir, amar mais, sorrir mais…
Vc vai ser cantor, dançarino, animador, administrador, líder, professor, enfim de tudo um pouco. Chega de amizades que no fundo vc sente que não são sinceras, chegar de achar que não presta pra nada. Na casa de Deus, você não precisa ter doutorado para ser visto, nem ter dinheiro para ter amigos!
Certamente em uma vida com Deus há um plano de carreira que só encerra quando se morre. Por que nela, você só cresce, é o salário? A vida Eterna!!!
Ou, volte para a Casa do Pai. Ele te espera!
OBRIGADO SENHOR JESUS, OBRIGADO DEUS.
Hoje, dia 05/04/2013, é o primeiro aniversário da oportunidade espiritual que recebi para permanecer por mais tempo nesta vida e por isso resolvi escrever este depoimento/agradecimento.
Aqueles que me conhecem pessoalmente sabem o drama que vivi no ano passado devido a um problema cardíaco que me levou a uma intervenção cirúrgica de alto-risco.
Acredito que a melhor maneira neste momento de expressar o meu agradecimento ao Senhor Jesus e a Deus pelo privilégio recebido, é convidar a todos para em conjunto comigo participarem destas orações, não só pela minha benção pessoal, mas pela recuperação de tantas outras pessoas que estejam vivendo problemas de saúde, situações de angústia, de necessidades, aflição e principalmente pela manutenção da paz mundial, que hoje corre grande risco devido ao conflito das Coreias.
Reitero aqui meu agradecimento a minha família e aos amigos verdadeiros que sempre estiveram ao meu lado e também a equipe médica que me operou.
Vamos orar!
PAI NOSSO:
Pai nosso, que estais no céu
Santificado seja o Vosso nome,
Venha a nós o Vosso reino,
Seja feita a Vossa vontade,
Assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal,
Amém.
AVE MARIA:
Ave Maria, cheia de graça
O Senhor é convosco;
Bendita sois Vós entre as mulheres
E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa mãe,
Rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.
Que Deus abençoe a todos!
De que se alimentar, de carne, de peixe ou do Pão?
Há aproximadamente 2000 anos, Jesus fez seu sacrifício vicário por nós, i.e., um sacrifício de substituição às penalidades que deveriam ser impostas a nós, cobradas de nós, os verdadeiros pecadores ou infratores, não da lei dos homens, precisa ou especificamente, mas da lei de Deus.
Com este sacrifício, ele pagou a nossa dívida, cobriu a nossa culpa, assumindo-a como se fosse sua própria. Assumiu os nossos pecados, não só de uns poucos, mas de toda a humanidade.
Este é o verdadeiro significado de se recordar daquele dia fatídico, uma sexta-feira. Contudo, hoje é principalmente lembrada pelo fato de não se dever comer carne a fim de que o cristão possa experimentar na própria “carne” uma pequena parcela do sofrimento de Cristo - Uma forma de penitência pessoal pela qual o cristão deve deixar, por exemplo, de comer um bacalhau para comer uma sardinha que é mais barata, como forma de tirar este prazer, não necessariamente da carne, ou seja, não se abster apenas de carne, mas de qualquer outro alimento que proporcione o prazer do apetite que se revela pela manifestação de uma carnalidade no sentido de dependência dos prazeres da carne.
Assim, por exemplo, como a carne seria mais cara que 1 sardinha, seria preferível comer 1 sardinha a comer um belo churrasco que envolveria mais gasto e mais opulência; ademais, seria preferível comer um churrasco a comer uma bacalhoada, pois o bacalhau é ainda mais caro que a carne.
Portanto, entende-se que a questão da penitência envolve a questão da opulência: quanto menos caro for o alimento, mais sentido terá a penitência.
Esta é uma explicação para o motivo de se comer peixe não apenas na sexta-feira santa, mas durante todo período da quaresma, segundo consta no Código de Direito Canônico da Igreja Católica.
Sendo assim, se um cristão deseja de fato fazer penitência durante este período chamado quaresma, ele deve se abster de alimentos caros que refletem opulência, devendo comer comidas bem baratas como ovos, sardinhas, legumes, verduras, ou quaisquer alimentos que não revelem abastança, mas simplicidade, e que seja suficiente para satisfazer as devidas necessidades.
Entretanto, segundo os princípios de Cristo, a verdadeira abstinência do cristão recai sobre a sua disposição em satisfazer a vontade de Deus, ou seja, matar a carne, não a carne alimento, mas a “carne da carnalidade” que afasta o cristão de Deus.
Pergunta-se, portanto: o fato de não comer carne na sexta-feira santa é suficiente para o cristão chegar diante de Deus e dizer a ele que está livre de pecados porque deixou de comer carne? Quantos se sentam à mesa neste dia, comem peixe em vez de carne, mas estão com o coração repleto de carnalidade, de modo que a carne que ele deixa de comer está entranhada em seu coração?
É como diz Jesus: o que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca porque procede do coração (Mt 15:17-20).
Logo, parece haver uma contradição no deixar de comer carne na sexta-feira “santa”.
É como também advertiu o apóstolo Paulo com relação à ceia do Senhor, que cada um examine o seu coração (1 Co 11:28) e, assim, possa detectar se há em si algum caminho mau (Sl 139:24) que porventura possa vir a afastá-lo de Deus, e então possa se corrigir mediante uma autorreflexão que conduz a uma autodescoberta em que reconhece as próprias falhas e busca se corrigir diante de Deus.
Esta é a essência da sexta-feira chamada santa, pois na verdade ela passa a expressar um espírito de santidade quando se busca colocar em prática o que Jesus buscou transmitir à humanidade cristã, ao povo cristão.
Feliz autoanálise através da “lembrança” da morte de Cristo que significa a morte de pecados.
Feliz Páscoa, que relembra a libertação da escravidão do povo de Deus não apenas a que se deu no Êxodo, mas, principalmente, a que se deu uma vez por todas pelo sacrifício vicário de Cristo e pela sua ressurreição que reflete a libertação definitiva do seu povo das amarras do mundo.
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