Poemas e Poesias
Poema: Amiga Amor
Nunca pensei que pudesse ser feliz de verdade,
Ou que uma amizade se transformasse.
Nunca imaginei o que hoje é realidade,
Ter ao meu lado alguém que me ame de verdade.
Saber os meus defeitos é uma das suas qualidades,
Um do seus defeitos é saber de toda a verdade.
Este é o preço do amor que segue da amizade,
Se entregar sem temer poder amar de verdade.
MEUS POEMAS, MEU REFUGIO
Meus poemas, meu refugio,
Sonhos descritos em rascunhos.
Amores que a tempos fujo,
Sentimentos diários, noturnos.
Meus poemas, meu abrigo,
Onde o infinito é um ponto.
Verdades que em papel rabisco.
Mentiras que imagino e conto.
Meus poemas, minhas rimas,
Meus desejos escondidos.
Minha vida em letras descrita,
Meus segredos em versos escritos.
Meus poemas, meu parceiro,
Sempre socorre-me quando estou aflito.
Ajuda-me na timidez que tenho,
Confesso-me a ele, pois a nele confio.
Embriagado, quero
Mais que poesia,
Muito mais do que poesia.
– Hoje vamos nos divertir!
– Até chegar no espaço!
– Fecha os olhos.
– Esquece esse mundo.
Palavras soltas,
Sem dono,
Em busca de serem encontradas.
As vejos me vejo perdido nos versos de um poema,
cujas palavras sempre remetem àquele ar de tristeza.
Depois me vejo de frente com as frases de conclusão
cujas palavras sempre remetem ao poder da superação...
As vezes me vejo perdido sob a brisa do relento
Tentando desfazer a dor que me fere em dado momento
Recolho-me silencioso em minha introspecção
buscando tirar a dor que ainda habita em meu coração
Não há outra alternativa a não ser esperar
que essa dor parta bem distante e vá para um outro lugar
e enquanto ela insiste em ficar aqui comigo
Vou expressando o que sinto neste simples manuscrito
Poetisa nasci, poetisa me criei...
Poesias nas veias, poesias no coração,
da poesia amei, lendo poemas chorei.
Poetas admirei, pensadores irmãos.
Ainda menina ganhei um diário,
nele compunha meus primeiros versos,
meus segredos, meus lamentos, meus pesares.
Poetisa me vi, poeta me encantei!
Logo, poetisa me encontrei!
Com a poesia correndo nas veias,
não exitei; Me pus a escrever...
Do amor, de amar, sonhar, sonhei, chorei...
A poesia é meu melhor remédio,
pro amor, pro pensar, pro tédio.
Poeta de missão, poeta de herança, poeta de coração.
Num olhar perdido me dispersei, cresci, escrevi, fascinei.
Poetisa, mulher vento, menina tempestade, mãe brisa.
Encantei-me!
"ESSÊNCIA DA ESCRITA"
Em minhas poesias tento colocar a essência da minha alma
Em cada verso tento ser o mais sincero e objetivo.
Tento colocar cada frase em seu lugar. Minha inspiração?
Pode ser qualquer objeto, o tempo, um ser, a chuva ou até a lua.
Para mim escrever é como respirar, se tirar a poesia ou esse dom de mim
Seria muito melhor logo me matar,
Pois eu vivo colocando frase por frase, em seu devido lugar.
Mais antes de escreve-las, eu uso toda a essência da minha "VIDA"
Eu queria ser Vinícius
Com a inspiração do haver,
Poemas, sonetos e baladas
E sem nunca perder o tom
Falando sobre idílios e exegeses,
Fazendo samba, falando de amor
Com toda a antologia poética
Pela luz dos olhos teus
Me entrego ao amor total
E de te amar assim, muito e amiúde
Vivo a conjugação da ausente.
Ah, se todas fossem iguais a você...
Te busco sempre e tanto,
Para viver sob os teus auspícios,
E, de repente, não mais que de repente,
Eu queria ser Vinícius
uma palavrinha sobre os fazedores de poemas rápidos e modernos
(Tradução: Jorge Wanderley)
é muito fácil parecer moderno
enquanto se é o maior idiota jamais nascido;
eu sei; eu joguei fora um material horrível
mas não tão horrível como o que leio nas revistas;
eu tenho uma honestidade interior nascida de putas e hospitais
que não me deixará fingir que sou
uma coisa que não sou —
o que seria um duplo fracasso: o fracasso de uma pessoa
na poesia
e o fracasso de uma pessoa
na vida.
e quando você falha na poesia
você erra a vida,
e quando você falha na vida
você nunca nasceu
não importa o nome que sua mãe lhe deu.
as arquibancadas estão cheias de mortos
aclamando um vencedor
esperando um número que os carregue de volta
para a vida,
mas não é tão fácil assim—
tal como no poema
se você está morto
você podia também ser enterrado
e jogar fora a máquina de escrever
e parar de se enganar com
poemas cavalos mulheres a vida:
você está entulhando a saída — portanto saia logo
e desista das
poucas preciosas
páginas.
Poema.
(Doce E moção)
Quero em teu olhar mergulhar...
Sentindo a doçura de te amar...
Do nosso amor ter aventuras,
sentindo uma doce ternura,
no recordar desta lembrança,
que sempre deixará a esperança,
de que sempre poderei te abraçar,
e com paixão te beijar...
Vamos viver nosso amor,
seja do jeito que for.
"... poesia pra mim é a loucura das palavras, é o delírio verbal, a ressonância das letras e o ilogismo.
Sempre achei que atrás da voz dos poetas moram crianças, bêbados, psicóticos. Sem eles a linguagem
seria mesmal. (...) Prefiro escrever o desanormal."
(em "Ensaios fotográficos". 2000, p. 63.)
A brusca poesia da mulher amada (III)
A Nelita
Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!
Quero uma poesia que penetre em minh’alma,
E me faça por entre lágrimas
Sentir o gosto do riso:
– Nada foi perdido!
POEMA DE PRIMAVERA
Metamorfose dos encantos
Encaixe dos sentimentos
Delicadezas se ondulam em flores
Nas asas da imaginação
Seu sorriso, meu disfarce
Me perco no equinócio do seu florescer
Num canto bem adubado do meu coração
Outra semente germina
Pulula em vida pós-inverno
De begônias e hortênsias
Ornando meu caminhar.
Quem hibernou, involuntário
Ao saltar para a primavera
Encontra suave brisa
A refrescar a tez acalorada febrilmente.
Enfim vitória de uma semente
É primavera chegando
A esperança renascendo
O colorido tingindo
O caminho do passante
Desencasula... para a vida
Desacrisola... para a maturidade
As forças da natureza me deixam e êxtase
Momento de recomeçar
Floreça em mim a primavera de minh'alma
As lágrimas transformem-se em suave brisa
Ou num orvalho manso a regar meu coração...
Estação das flores dentro de mim,
Reaja ao inverno sequioso dos sonhos meus
E brotem novos sonhos
Novas forças,
Nova vontade de sonhar.
Caminho lentamente, mas com firmeza
Esqueço o que doeu
Apago o traço da dor
Aborto a palavra saudade
Construo ruas de felicidade
Onde dançarei a dança da paz
Com o arco-iris a brincar
Ao vento vão os pensamentos
Novos sonhos, novos alentos
O tempo... ah, o tempo! Meu íntimo confidente,
A primavera me trouxe.
Um dia novo está surgindo
Um sonho novo me envolve
Vida nova...
Saúde...
Paz...
Enfim, a primavera me beija a face.
Alice Poltronieri
Trago um poema farto de incertezas
Ressoando farpado e monótono canto
Cujas letras, isentas de qualquer leveza
Soam atravessadas, sem o menor encanto
Trago ideias em frases curtas, resumidas
Seguimento vão, que coisa alguma traduz
Emoções sangram, esgarçadas, sentidas
Sob a casca tênue de um verso que não seduz
Frases derrubadas nos barrancos do soneto
Reverberando os ais que da alma transborda
Esquecidas em meio a um e outro terceto
Entre tantas rimas, que a poesia não acorda
Talvez amanhã, as palavras que não escrevi
Revelem a verdade, daquelas que não proferi.
A risada dela poderia tocar na rádio que eu não enjoaria
O olhar dela é daqueles poemas que sempre leria
O sorriso bobo dela desconcerta qualquer um
Não falta muito pra te dizer "I love you".
Já não preciso ler poemas de amor.
Já não preciso ouvir músicas românticas.
Já não preciso ler versos na internet.
Já não preciso assistir filmes românticos.
Já tenho a minha própria fonte de inspiração por isso vou passar a escrever os meus poemas para a MY DOLL.
Sozinha
em meu
quarto
lendo poemas
de amor...
Ao som da
chuva
Fecho os
meus olhos
e penso em
você
com ardor...
Sinto um
arrepio...
E imagino,
o leve toque
das suas
mãos,
fazendo-me acreditar,
que mesmo
distantes,
estamos
juntos...
Em um só
corpo & coração.
Manha de Sabado
Escrevi um poema nunca
tinha escrito antes
escrevi-lo na areia para que o mar
apagasse num instante
Toda saudade de voce
Subi pedras, ralei joelhos
mas nao esqueci o apelo
que vi em seus olhos
nas ondes em espelho
Pisei conchas ásperas
a espera de esquecer
nao teve jeito
tive que parar e escrever