Poemas e Poesias
“” O amor e suas loucuras
Suas delicias
E suas cores
O amor e suas flores
Dias de festas
Dias de dores
Amor é assim
Tudo ou nada
Tempestade enfim,
Nunca água parada...””
“” Não me chame de anjo
É que de anjo tenho bem pouco
Mas pode me chamar de amor
Pois de amor estou transbordando...””
Por você meu amor
Sabe meu amor
hoje acordei feliz
Veio um pensamento bom
Uma doce lembrança...
Hoje acordei bem
era um sonho bom
Era eu, feliz com você
e nada mais.
Você é o meu presente
Minha razão e o meu viver
Minha melhor amiga e o meu amor.
meu maior desejo e realização.
Quando olho em teus olhos
Percebo o porquê de existir
seguindo teus passos me encontrei
Apaixonado por você.
Como um anjo
Deus lhe enviou
Pra me fazer feliz.
Sabe meu amor
Hoje acordei e pensei
Ser feliz é te amar
E como é bom te amar.
Com você aprendi a a sonhar
e a ser feliz.
"" Suportar, suportei.
Acreditar, acreditei...
No fundo me ferrei
mas quer saber, faria tudo de novo...""
Meu pedaço gostoso de amor
No calor do beijo roubado,
da alegria de não vê-la tão santa.
Num sorriso, que vem depois do afago.
Do nosso amor que os males espanta.
Cada pedaço de nosso destino.
Escrevemos no caminho.
Quando nos vemos, retorna as saudades;
e a vontade de estarmos sozinhos.
Das verdades que fizemos,
da felicidade , de nos conhecer.
No prazer de se revelar no instante,
toda vez, que olho você.
Cada tempo , no seu tempo,
cada momento, no seu lugar.
Fruta madura tão bela.
Que um dia desceu nessa terra,
para esse poeta alegrar.
marcos fereS
PATATIVA DO ASSARÉ
Pássaro pequerrucho ao sol cantou
Nas terras rachadas, passos levou
Garimpando sabedoria antiga gritou
A voz da natureza por ele falou
Na lida pesada, no olho da enxada
Sina travou, com a cabeça enfestada:
Inspiração. Não comia, dormia nem nada
Só teve sossego quando escutou a danada
Futucava, avistava num botão verso escondido
Montava na cachola o viveiro de poemas entupido
Juntava quantos podia, para soltar no mundo florido
Gritava, chorrava, cantava as lágrimas do povo sofrido
Nome mudava, vida mudava e raízes no chão
Patativa era a patente maior do sertão
O que é bom é imitado, dessa ave tem de montão
Agora, Assaré é um junto consigo na certidão
Magia divina brilhava na mente do nosso Camões
Onde olhava, poesia jorrava de internos vulcões
Poesia nascia da mata, vida, dores e emoções
Na métrica, na rima, sem saber dando lições
Meses corridos aprendeu nos livros a grande lição
Orgulhoso falava, professor melhor que esse: tem não
Das aulas saí meio letrado, tinha o mundo na mão
Palavra arranjada, da viola pulava poesia pro coração
Mas, calou-se o gigante que ao mundo encantou
Assaré da patativa, com sua sabedoria profetizou
A vida foi longa, no fim, o destino sua vista levou
Descobrindo de novo, que era de si que a beleza brotou
A Nave (Walmir Palma) p/ Oscar Niemeyer
Eu vi o traço do arquiteto incontinente
Insustentável tal leveza e o gênio ousa
No coração da pátria enfim inconfidente
A liberdade sutilmente as asas pousa
Sonho conjunto que a memória perpetua
Planta- se o sempre nos elãs da geometria
Unem- se retas ao milênio que acentua
A esperança mais presente que tardia
Cumpre- se a curva equilibra- se a mandala
Na convergência consciente dos vetores
A nave voa na amplidão aterrissada
Sucumbe a farsa onde a razão fincou valores
A criação desnuda o pêndulo no plano
Fundem- se ali o artista e o esteta
Em desafio qual esfinge ao olho humano
Deus quando faz das suas mãos as do profeta
Éramos apenas um
Não havia nenhum defeito
Até você me trair
Nosso amor era perfeito
Me pego imaginando
O que te fez fazer isso
Será que meu amor não bastava
Valeu a pena correr o risco?
Se fiz algo de errado
Por que não falou pra mim?
Eu poderia até te entender
Faria um esforço sim
Se te faltava alguma coisa
Você poderia ter dito
Que eu faria com que
Teu desejo fosse atendido
Hoje não existe mais nós
E sim eu e você
Pois suas metas são outras
E eu não posso conhecer
Tu aos poucos foi se distanciando
Tendo outros olhares
Tendo outros planos
Frequentando outros lugares
Fica com quem tu escolheu
Peço-te que não me procures mais
Que essa outra te faça feliz
Já que não fui capaz.
eu me perco nos braços de quem não sei
enquanto estou casado com a solitude
admirando a luz barroca
que ilumina o meu corpo
e o resto do nada
o espelho no canto da sala
reflete o meu rosto melancólico
e a saudade de quem me deixou
a mercê do isolamento
projeto você
na minha frente
várias e várias vezes
[na ausência da solidão
eu quase cometi um adultério
com a tua presença ilusória]
mas você se esvai
junto com a luz amarelada
que adentra meu peito.
CIDADE SORRISO
Em minha memória, uma saudade
Dos tempos de outrora, um aviso
Daqui fui, aqui voltarei, realidade
Uma mineira cidade, cidade sorriso
Onde sempre fui, territorialidade
De minha alma, aqui sou indiviso...
Neste um universo, versa a beleza
Gente de minha história, de contos
Em um recital duma incrível pureza
Poesia nas velhas cadeiras, pontos
Seresteiros cheios de doce certeza
Nada ali é pequeno. São confrontos!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
ESBOÇO
A mão se movendo,
Transforma o grafite
Em linhas impressas.
Observa o esboço;
Formas, proporções,
Conceitos estéticos.
A arte gravando
Um pouco da vida,
Num sujo papel.
[Do Bobo da Corte]
Real não é minha realeza,
Pois é artificial e só é por beleza
Por dentro só é tristeza
E Sua boca borbulha besteira
De real é sua impureza
SONETO DE 27 DE FEVEREIRO
Dia e mês que levo os anos
Nas costas, cada vez maior
Nos sonhos hão-se planos
No afã do fado, gentil suor
Levo com cuidado esta data
Num único e poético itinerário
Afinal não é ouro nem prata
Mas é especial no calendário
Nunca posso dar um até mais
Pois, veloz já é naturalmente
Nas ilusões deixadas no cais
E busco ter posposto pendente
Ser mais velho, são fatos anuais
Ser feliz, é ter a vida de presente...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Ei querida, queria te agradecer
por todas as noites, que o dia de trabalho tu me fez esquecer
por todas as risadas, gargalhadas sem razão
os conflitos e as PErfeitas reconciliações
as vezes penso que nao foi por acaso
nossa vida ter se rendido ao acaso
deveriamos passar um tempo juntos
para relembrar as outras vidas QUE provavelmente VIVEMOS JUNTOS
voce era de leao e eu de touro
um o inverso do outro
polaridades diferentes mas que se atrairam
criando assim todo um futuro de consequencias...
imaginamos historias, um futuro nosso em nossas cabeças
imaginamos também filhos e netos gerando a nossa decendencia
porém de uma hora para a outra tudo mudou
O amor se tornou rancor e toda a paixão se tornou brasa e se apagou...
Obrigado por passar pela minha vida, meu ex-amor.
Incoerência?
Tem gente que prefere a constância
Mais que a consistência.
Pra mim,
As coisas não valem pelas minúcias,
Mas, sim,
Pelas suas essências.
Te amo porque te amo
Não tem explicação
Assim que meus olhos
viram os seus
Meu coração
explodiu de emoção
Tudo o que se refere
a você
É uma parte de mim
Que sente e pressente
Esse amor que é vida
Meu tudo
Meu maior presente
Não precisa de legenda
ou ilustração
Porque amor é latente
É irretocável
Não envelhece
Mesmo com o passar do tempo
Está sempre presente
ARTE DE AMAR
Amar é uma arte,
um exercicio diário
da prática de relacionar.
É ceder, aceitar, persistir.
Entrega incondicional.
Planos de futuro.
Uma só visão
a dois olhos e
um só coração.
Desse amor maduro
a recompensa virá,
em pequeninas gotas
diárias de felicidade,
que como o orvalho,
em cada alvorecer
regará o jardim
da tua vida.
TUAS FOTOS
Amo olhar tuas fotos,
não me tire esse prazer.
Enquanto não te tenho
em meus braços,
deixe meus olhos te ver.
Copiando teus traços
meu jeitinho de te ter.
Dentro do meu coração,
sabes muito bem, viver.
Na madrugada tosca e escura
o som de uma coruja
dar o tom macabro do lugar
o corvo a se alimentar
de um um cadáver de uma ser vulgar
Os gritos de dor e o derramar do sangue
Compõe um cenário sinistro
o lugar, um cemitério
onde o estéreo se torna agudo
nesse mundo obscuro
Um sujeito se delicia
com a cena e o lugar
pois lá pode encontrar
o prazer que lhe convém
o sofrimento de alguém
para lhe alimentar.