Poemas e Poesias
Rio Grande do Sul
O céu chora sobre
a Pátria Pampa
os efeitos dos limites
ultrapassados,
Encontrar as causas
e as faltas
é importante porque
sempre existirão
aqueles que fingem
que é melhor não ver,
O importante é salvar
os vivos para daqui
para frente e prevenir
para que dilúvios,
e os infortúnios
não sejam repetidos.
Doce de Bananinha
Quem nunca levou
seja na mochila
ou na bolsa o seu
Doce de Bananinha,
Não sabe o quanto
ter um para socorrer
no momentos nem
tão doces assim com alegria.
Bolinho de Chuva
Bolinho de chuva
feito na hora
sempre acaba
fazendo história,
E faz com que
se esqueça até
que chove lá fora.
Um Pudim sereníssimo
feito com muito capricho,
Um café brasileiríssimo
para ser bebido com louvor,
Não há coisa melhor
nesta vida para desfrutar
do lado do seu amor.
As auroras austral e boreal
são as danças dos deuses,
do nossos hemisférios
elas derrotarão os reveses.
Mesmo que ninguém creia
estão escritas nas estrelas
as evidentes exegeses
aos que sabem bem lê-las.
Dizer não à guerra ainda
inspira mesmo que uns
não tenham mais fé na vida.
Tirar o sapato apertado
para andar com os pés
descalços é o urgente apelo.
Aurora Boreal
No Hemisfério Celestial Norte
há um festejo de cores
que rende os corações de amores,
Na apoteose da Aurora Boreal
quando se transforma
no oceano verde da Via Láctea
ou na floresta sinantea
dependendo de onde a vê
é neste momento que olhará
para me encontrar a paz em você.
As enchentes
são as lágrimas
da terra fadigada
que não pode
ser mais negada
e deve ser resgatada
O cavalo no telhado
da paciência
provou o heroísmo
por muitos esquecido
em tempos de peitos
desapontados e doridos
As falsas notícias
tornaram o curso
do rio da vida ainda
mais dificultado,
fato que não pode
jamais ser negado
Com cada herói revelado,
como povo deslocado,
e lado a lado de tudo
o quê não pode ser ocultado
no ritmo imparável
das boleadeiras da angústia
Com rebanhos inteiros
por muitos desconhecidos,
meus galopes paralisaram
e outros submergiram,
resisto no anonimato
como o cavalo ainda por ti olvidado.
Batuque
Dançadores deste terreiro
do chão batido deste nosso
bonito Brasil Brasileiro
onde toca o Tambu fortemente
que ao povo contagia,
onde Quinjengue com energia
toca para o povo que não
perder a sua fé nesta vida,
onde toca a Matraca imparável
e o Guaiá infinito,
todos nascidos para nos unir
neste Batuque com o Divino.
Siriri
A tua voz macia
na toada do Siriri,
Na minha mente
está gravada
e ando dançando
até debaixo da chuva
me preparando
para a próxima vez
que a gente se encontrar
e em mim você vai notar
que o amor chegou para ficar.
Cururu
Balançando a minha saia
dançando o Cururu,
Você percebeu que não
sou para o bico de qualquer um,
Você não me troca por
outra na vida de jeito nenhum.
Negação
Os que cometem
o crime de limpar
etnicamente um povo
jamais irão confessar
a barbárie genocidária,
Eles irão entrar
no modo negação
até convencer
outrem a absolver
de tudo o quê foi feito.
Abolição da Escravatura
Forças internas lutaram
pela Abolição da Escravatura
e a luta tomou outras formas e continua,
A Princesa Isabel assinou
a Lei Áurea que foi decretada
no dia de hoje e as chagas provocadas
pelo Colonialismo ainda persistem,
Somos uma Pátria que prossegue
pela sua própria liberação
porque os efeitos do mal da escravidão
prosperam por parte de alguns
que praticam a luz do dia a negação,
Uma Nação que corrige e aprende
com o passado é uma Nação
que está predestinada a ter futuro.
A Enchente
Uma cidade,
Arruinada,
No seu dia castigada,
Com as forças,
Das correntezas,
Que levou a cidade,
Em extrema pobreza.
Nesse momento,
De alerta,
Para uma vida,
De segurança incerta,
Nesse momento,
Preocupante,
De cada dia a todo instante,
Nesse estado do Brasil atuante,
Nessa busca por sobreviventes,
Resgatando um ser humano impotente.
É a união e a luta pela vida,
Nesse tempo de despedida.
De uma tragédia conhecida,
Que causam medos
Em muitas vidas.
Nesse cenário de morte,
Só Deus pode mudar
A nossa sorte,
Um povo sofredor,
Chorando a sua dor,
São vidas Desabrigadas,
Entre outras desesperadas,
São vidas separadas,
De suas casas destruídas,
No meio dessa jornada.
São tantas coisas
Perdidas.
Pela inundação,
Dos rios de sua morada.
A chuva com a frente fria,
Causam deslizamento
E alagamento,
No acontecer,
Da sua triste poesia.
São pensamentos,
De tormentos,
Em meios aos ventos,
Essa calamidade,
Que tomou conta
Do estado,
Que deixam abrigos
Lotados.
Nesse espaço,
Desconfortável,
De um ambiente
Tão desfavorável,
Onde tudo segue alagado.
Porém existem,
Voluntários,
Que são solidários,
Nesse cenário,
De seu tempo diário.
Pois muitos são orientados,
A deixar o seu lugar,
Com a dor no coração,
De que tudo vai passar,
E a vida continuar.
Essa cena de tristeza,
Foi o aviso da natureza,
Avisando ao homem
Do pecado,
Tudo o que ele tem negligenciado.
Nessa terra de sonhos
Frustrados.
Há esperança,
Para o coração desejado,
A viver o que o Criador tem preparado.
Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷
Somente Deus
O Estado do Rio Grande
Do Sul,
Vive a maior, calamidade de sua história,
O maior desastre
Natural de sua trajetória,
Chuvas torrenciais,
Em meio a temporais.
Momentos nunca vistos
Tão reais.
Provocando transbordamento dos rios.
Em seus dias tão sombrios.
Rompimento de barreiras,
Inundações sem fronteiras,
Centenas de cidades
Atingidas,
Pontes arrancadas,
E estradas destruídas.
O prejuízo humano
É a vida nos teus planos,
Ver esse clima de mar
E oceano.
A dor é imensa,
O desespero é assustador,
Sem ter um protetor.
Em uma visão,
Sombria de vida,
Um povo desprovido
De esperança,
Sem ter a terra Prometida como herança,
Nesse temporal da natureza,
Rio Grande do Sul,
Perdeu parte de sua riqueza,
Que é a vida em sua fortaleza.
Não olhe a grandeza
De seus problemas,
Erga a cabeça,
E vença os seus dilemas.
Tudo é livramento,
Para o seu escuro momento,
Sem ter como recomeçar,
O tempo volta a nublar,
Deixando um recado,
Que tudo vai passar,
Para se humanizar,
Sem desanimar,
O seu momento difícil
De caminhar,
Sem ter recursos
Para continuar,
Por esse tempo marcado,
Agora não é o meio
De achar um culpado,
Nessa história do homem ignorado.
O povo sem água
E sem luz,
A sua revolta aqui
Tudo traduz.
É o homem que está
Destruindo a natureza,
Com os seus pecados
De grandeza,
De que nada mais importa,
Quando a dor bate aquela porta,
Somente Deus,
É o que nos conforta.
Somos compatrícios
Vamos socorrer,
Omitir se nessa hora
É crueldade,
Encolher a mão nessa hora é desumanidade,
Com essa sofrida humanidade.
Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷
Fandango de Tamanco
Escutar a viola de dez cordas,
a sanfona de oito baixos
e os tamancos estalar
após a colheita do arroz
é neste Fandango de Tamanco
que só os homens podem dançar,
E nós as damas descansamos
da labuta para gentilmente apreciar,
Te encontrar foi o presente
mais lindo que eu pude ganhar.
Fandango Tropeiro
O nosso sangue quente
é tropeiro e o Feijão também,
O Fandango Tropeiro saindo
da viola amorosa,
E vocês dançando ao redor
da fogueira fazem
a gente se sentir muito bem,
Mais cedo ou mais tarde
o amor entre nós haverá de virar lei.
Poço
Quando preparo o Chimarrão
com o Mate eu faço o Poço,
Quem conhece a vida
sabe que mais cedo ou mais
tarde para tudo tem troco,
Por isso não me permito
me render ao desgosto.
Ponte
Na Cuia faço do meu
Mate a famosa Ponte,
Ninguém pode ficar
o tempo todo sozinho,
Caso não compensar
o caminho de volta
está bem preparado,
porque para tudo
na vida requer cuidado.
AMIGOS VALEM OURO
Sibilantes moedas d’ouro
Que tilintam sua peçonha
Molestam a quem disponha
De seu valor tão louro.
Queima, Midas, rei dourado
Da ganância desmedida
Ponha ouro na ferida…
Arde, arde, condenado.
Bate relógio dos traídos
Por seus sonhos de riqueza
Ticks altos, Taks fortes.
Enforcados e caídos
Segue a eterna tristeza
Da Dinastia Iscariotes.
CHORO
Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.
Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.
São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.
Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.