Poemas e Poesias

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O Fime de Uma Vida -

Ah,
estes dias frios:
junhos, dezembros e afins.

A vida é um filme:
(às vezes um curta, às vezes
um longa),
que passa em nossa frente e
não há muita escolha:
ou você vive este filme ou ele
acaba. (E ele
acaba).

Você é o diretor, roteirista e
ator deste filme.
Aproveite!

Faça um longa,
escolha os melhores atores para
contracenar, os melhores
cenários, os melhores temas,
a melhor trilha sonora e faça deste
filme sua vida.

Um dia,
as luzes se apagarão e o
público estará
em prantos,
chorando o final do filme de
uma vida.

Inserida por SilvioFagno

Antes de ti

Antes de ti venho eu
Eu primeiro para roubar-te os sonhos
Eu primeiro para encher-te de flores
Eu primeiro para dizer-te tudo ou nada
Eu primeiro para fazer de conta
Que é para sempre o que vivi
- Antes ou depois de ti.

Inserida por claudiadeoliveira

Feminezas

A vida é bela pelas estranhezas,
pelo seu lado sempre inapreensível —
seu visível que esbarra no invisível,
seus real irreal surreal e realezas...

Você também com suas feminezas
mostra de quem é filha em alto nível —
sim, é o poema mais intraduzível
que já se fez em surtos de grandezas...

Entre você, Mulher, você e a Vida,
qual é a mais difícil de entender,
ou mais fácil de ser compreendida?

Entre você, a rosa e o agudo espinho —
qual nos machuca mais para colher
os sonhos que molhamos em seu vinho?...
LA

Inserida por laerte_antonio

Desculpa
Desculpa por não ter falhado
Desculpa por nunca sair do seu lado
Desculpa por ter te feito rir
Desculpa por sempre te ouvir
Desculpas por não conseguir te esquecer
Desculpas por tão perfeitamente te compreender
Desculpa pelos meus abraços
Desculpa pelos meus afagos
Desculpa por não te fazer chorar
Desculpa por sempre te amar
Desculpa por acreditar

Inserida por Melinda_Donatela

Tenho Ainda...

Tenho ainda metade de uma taça
da nossa última conversa: o vinho
que vai tecendo e modelando o ninho
de um sonhar lá num tempo que não passa...

Sim: tesouro que o tempo nem a traça
hão de comer: guardado num cantinho
em alma-coração, lá no escaninho
de uma lembrança de alegria e graça.

Tenho ainda metade de uma taça
daquela madrugada em plena praça
em que tu musicavas um jardim...

Tenho ainda metade de uma taça
dos momentos de um sonho que, se passa, —
há de passar sem conhecer um fim.
LA

Inserida por laerte_antonio

É impossível ao homem ser sozinho,
tal sentimento é enfermidade
de quem não sabe diluir-se
e transpassar
a permitir integração.

Inserida por laerte_antonio

A vida é um grande brinquedo
que foi dado a nós crianças.
O brincar desse brinquedo
são as nossas esperanças.
LA

Inserida por laerte_antonio

Em que ponto do infinito
deixará de ser a vida
um eterno sacrifício
em favor da própria vida?
LA

Inserida por laerte_antonio

Viver é estarmos encantados
no convés bordado de estrelas
do nosso Titanic...
LA

Inserida por laerte_antonio

Uma tarde ela me flechou
com aquele olhar
e sorriso de Mona Lisa...
Não deu outra —
amassamos a grama
do seu jardinzinho.
LA

Inserida por laerte_antonio

Madrugadinha Nina me ligava...
eu voava e caía entre ela...
e a gente rachava lenha
até domingo ficar rindo,
ficar rindo como Buda...
LA

Inserida por laerte_antonio

Você percebe que ficou velho
quando a moça bonita ao lado,
no consultório, no metrô...
se levanta... e com um sorriso,
um sorriso de matar —
lhe oferece o lugar.
LA

Inserida por laerte_antonio

Sexta à noite ela me disse
que não mais me admirava... não mais me amava...
Daí a uma hora veio —
foi um frege danado...
Perguntei-lhe por que me havia dito aquilo,
disse que era pra incendiar os afazeres...
LA

Inserida por laerte_antonio

Quando bebo algum líquido
já me lembro de Baumann...
e aproveitando a lembrança,
bebo mais meio copo.
LA

Inserida por laerte_antonio

Você

Você é musa, é nume, enlevo,
é sentimento aberto em flor,
é pensamento em que me elevo.

Você é mar em que navego,
você é sorriso interior,
você é porto a que me chego.

Você é regato em luz e graça —
que flui, reflui mas que não passa.
LA

Inserida por laerte_antonio

Débora

Quando garoto lambuzei
meu corpo e alma no teu mel —
me lambuzei qual nenhum rei.

Eras bem mais experiente
e me levavas ao teu céu
com uma carícia de nubente.

Foi tanto mel, mas tanto mel,
que ao me picares nem doeu.
LA

Inserida por laerte_antonio

Uma Ternura...

Uma ternura ainda menina
a lhe brotar do corpo esguio —
leveza em haste de bonina.

Passou-lhe o tempo, ela ficou —
qual as atuais águas do rio —
do rio que passa-e-não–passou.

Há nela um brilho: uma beleza
maior que o tempo e a natureza.
LA

Inserida por laerte_antonio

Quero Imitar...

Quero imitar em áureo verso
suas sandálias a cantar,
cantarolar em tom diverso —

saltos que falam, falam alto
pelas calçadas par a par —
saltos em dueto salto a salto.

Faça-as cantar, menina, estale-as,
faça cantar suas sandálias.
LA

Inserida por laerte_antonio

Foram Vindimas...

Foram vindimas e vindimas
quando eu andava em tua vinha
em outros sóis, em outros climas.

Depois nascemos numa ilha...
e o nosso barco ia e vinha
até quebrar a sua quilha.

Hoje, aqui estamos, minha nega,
e o nosso amor nos basta, e chega.
LA

Inserida por laerte_antonio

O que Deixei...

O que deixei lá para trás
já não me serve de lembrar,
no caminhar não cabe mais.

O que deixei era bobeira,
precisei dela me livrar —
velho telhado dá goteira.

Todo passado tem arestas,
mas o hoje tem as suas festas.
LA

Inserida por laerte_antonio