Poemas e Poesias
Rodeio no Inverno
A neblina acaricia
com máxima poesia
o Médio Vale do Itajaí,
Rodeio no Inverno
ao som das músicas
das minhas origens,
com café fresco e pão quente
oferece tranquilidade
que acaricia o coração da gente.
Sou de muita
pouca conversa
ou quase nenhuma,
Embora eu seja
repleta de poesia,
Quem me conhece
sabe que sou uma ilha.
Da minha ilha vejo
o mundo onde todos
nós podemos ser
diferentes em tudo,
Ninguém é obrigado
a concordar com tudo.
Eu e você podemos
ora concordar ora discordar,
Só não podemos nos desumanizar
e afastar da nossa consciência
a possibilidade dela ser a maior obra,
porque de nós só ela é a senhora.
Um Vassourão-Preto
esplendendo na campina,
Pensamento esvoaçante
é poesia a Céu aberto,
Te querer por perto
dia e noite pode ser
para alguns alucinação,
Você cedo ou tarde
vai se entrega de coração.
Não é pedir
muito querer
fugir do mundo,
Encontrar a paz
na Toca do Cabo:
Poema de amor
legionário ao teu lado.
A amorosa Sangra D'água
inunda o olhar com poesia,
O Sol do teu sublime amor
me aquece com energia,
Só de estar ao seu lado
me preenche de alegria.
Perdi minha poesia
Perdi minha poesia
Joguei fora minha magia
De alguma forma ou de outra
Com certeza eu já sabia
Que isso chegaria
Como um soco no pâncreas
Chegou sem aviso
Sem menores discrepâncias
Como vou recuperar
Essa minha melodia
Eu ainda vou procurar
Vou achar uma saída
Além da eternidade
existe a poesia do não existir.
O que há de eterno no mundo
são as contradições
O tempo ignora passivamente
os movimentos do teu corpo
enquanto o teu olhar especulativo
procura as causas e os efeitos
de alma viver exaustivamente
num experimentar contemplativo
Saudades em poesia
Seu cheiro derramado em poesias
Seu cheiro arrastado nos versos
Cheiro espairado
Repartido
Cheirando espalho
Vetado
Revive em mim seu corpo em perfume
Flui
Esparrama a sua vontade
Somos mistura
Dos céus e dos ares
Somos nós e nó
Você existiu
Para... sempre...
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
A porção do meu poema
Não sei o que há de tão especial em ti moço
Mas quando estou ao teu lado a vida acontece.
A terra estremece nas articulações do corpo teu.
As estrelas brilham no céu da tua boca
quando me ofereces teus beijos
à minha boca louca de desejo...
... Talvez o que nos completa
seja nossa incompletude de tudo o que resta.
Somos cada um a pedra que preenche a lacuna no outro.
Talvez isso seja muito
Talvez seja pouco
Mas jamais será nada.
... És a porção do meu verso que o poema translada.
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
DENTRO DO VERSO
Gostaria de congelar-me
Em um verso de poesia
Onde o Tempo pode ser parado
A criança não envelhece
Sentimentos são eternizados
Se congelada eu fosse
Em um verso de poesia
Rasgaria os roteiros
Brincaria de improviso
Zombaria do destino
Em uma gota conteria o Oceano.
o poeta nem sempre
sabe o que fazer
com a inspiração
por isso há versos
que não cabem num
poema
e transformam-se
em canção.
*Um poema de amor.*
Nas vielas habitam mendicidade da minha alma
Algo presente é a tristeza por dizimar o amor obtém a razão
Por relevância obteve a alegria.
Muitos pelos quais atavam a esperança, dizem que a razão é.
Nela está e sempre esteve. O ódio é servido como prato único
Assim como o amor, mas o amor, o amor é o prato desprezado por tantos
Que se torna ele o nada.
O amor, habita em mim. Como a alma habita o céu, Deus obteve a si o que a si proporcionou.
Quando o carnal apresenta a teu cerne a nobreza do Espírito, a de você nunca soltar.
Satã afirma de dentro dos Infernos: abençoado seja aquele que nunca provar a Dor carnal.
A dor que me flagela pelo fato de existir no mais comparável. Ao fato de se obter a traição é inconcebível.
Tal qual peço “Não abandonai o que lhe deixaste prazeroso”
O amor assim como a dor proporciona o lamentável. Os que separam os termos são apenas as possibilidades.
Ela tão linda como uma rosa ou jasmim, apresentou a mim o que era amar
Ela tão linda parecia um broto de flor no céu azul do mar.
Ela tão linda disse a mim que a vida só fazia sentido
Que a vida era boa, e nunca sentiria o pesar da realidade.
Pesar esse que senti na noite de domingo quando vi a cabeça dela a rolar
Ela tinha partido.
Nisso ela morrera
Mas algo ela me deixou
A realidade é inevitável.
- Escrito por: Seu amigo kr.
“O linear não concebe as mais infinitas possibilidades.”
Fortaleza e poesia
em exagero sou eu,
a aorta a inspiração
do teu doce coração
que deseja trocar
o teu peito pelo meu.
Sentida embora
para muitos ainda
considerada sem
algum significado,
segredo de amor
que foi ocultado.
Vista da Fortaleza
de Santo Antônio
de Ratones entre
as pedras da ilha
e dos amores mais
ingênuos o enigma.
Declamada quase
sempre por quem
diz não se importar,
no entanto é água
batendo na orla:
(fortaleza para falar
do que transborda).
Manual de reinvenção
e diária sobrevivência
desta solidão inquieta
neste mundo de gente
triste e complexa,
como Lua em rebeldia
na palma da tua mão:
(o amor que chegou
sem dar explicação).
Nós na fila entre
gaúchos e prendas,
A poesia da gente
já estava no olhar,
Você parou de repente,
bateu as esporas duas vezes,
Começou a fazer dois
passos para lá e dois para cá,
dançamos a Quero-Mana,
pude captar a sua manha
e a vontade de me namorar.
Poesia, um amor sem palavras.
Existem pessoas que entram em nossas vidas, e que nos fazem experimentar uma alegria, e um amor sem igual, e sem par.
Que a cada dia nos ensinam o real sentido de amar, e de desejar essa realidade tão singular em cada sorriso, em cada gesto e em cada olhar.
Elas nos ensinam que para amar, devemos ansiar vivê-lo de dentro para fora manifestando em cada atitude as suas virtudes.
E em cada uma dessas virtudes, ver crescer e florescer esse amor que nos alegra nos tempos de tristeza, e de dor.
E na perfeita realidade desse amor, veremos que ele tem o poder curador para sarar cada realidade que nos causa tanto sofrimento e dor.
Chapecó Poética
Minha Chapecó Poética,
minha poesia caingangue
nada apaga esta herança
do teu heróico sangue.
Minha Chapecó Poética,
meu avistamento profundo
do caminho da roça
da onde me enredo
de amores por cada aurora.
Minha Chapecó Poética,
minha poesia crioula,
estância de paz concreta
e de honra duradoura.
Minha Chapecó Poética,
onde o Rio Uruguai trata
de ti com reverência,
ergueste em ti fortaleza
e cresceste com beleza.
Que ninguém se importe,
não veja ou não creia:
continuo sempre a mesma.
Sou a poesia desta cidade,
traçando rotas que tragam
você em alta velocidade.
Sei que você não é mais
o mesmo de antes,
e me deseja de verdade.
Vem em ti surgindo muito
antes do Ano Novo
Lunar imparáveis desejos.
Por adivinhação algo diz
que todo o dia você tem
me colocado no seu ritmo
para me colocar junto
ao calor do teu peito.
Em fascinante silêncio
desfruto em segredo
a sua capciosa sedução,
porque este romance
como o Sol está se erguendo.
Poema primogênito,
eco gutural ao vento,
da guitarra o lamento
de todo o mês feito
de memória e de mar.
Da memória nunca
vai apagar porque
não faz pacto
de rendição:
a vida ensinou
do que é justo não
se deve abrir mão.
A Bolívia e o Chile
continuam sem
o mar e com a tal
lei longueira que
não permite o povo
na vida se emancipar,
a história ainda não
voltou ao seu lugar.
Da América do Sul
eu sou o último
soldado da trincheira,
Poema de sete
assentamentos,
Letras de sete
indomáveis ventos
agitando o mar
para a memória
jamais se apagar.
A ironia orquestrada
a palavra descumprida,
não serão ultimatos,
porque o justo sempre
há de ser irrenunciável,
a história, a verdade
e os fatos jamais
serão apagados.
Neste oceânico
poemário altivo
como o vale
e de uma história
que envolve
uma questão
não honrada,
e uma injustiça
cometida no dia
primeiro que por
haverá sempre
de ser relembrada.