Poemas e Poesias
Es a Deusa de meu imperio
a musa de meu pensamento
de ti vertem as gotas de meu sumo
de ti cresce as sementes de meu tronco
em ti mergulho em pensamento
em ti nado com sentimento
em ti toco neste momento
em ti nasço, morro, rebento
e de novo me alimento
és o fruto de meu desejo
és o sopro de meu beijo.
Amo pessoas carinhosas,
com palavras que as deixam cheirosas,
que tuas palavras ...
possa morar no meu peito,
de onde sai minha poesia sem jeito .
Por entre esses vales nobres
Existe um aroma esquecido
Que sofre quando te escondes
Que nasce quando te abres
Mergulha por esses mares
Naufragando nos teus sentidos
É um cavalo selvagem
Que nunca foi abatido
Que beija tua plumagem
Que vive à tua imagem
E morre no teu vazio.
SEMÁFORO
Era sol e piscava
Quando o vermelho aflorou
passos contados passava.
Assovio da guarda
aroma do frenar na pista
gaiola, pássaros alpinistas
A rua parou no congestionamento
buraco de ozônio, sol de veneno.
Antonio Montes
CATÁSTROFE
Uh... Que vento!
Desabou, pétalas e roupas
... Abriu cratera no matagal.
Tsunami?! Ai de mim...
passou por aqui assoviando, arame
e fez danuras no Haiti.
Derrubou casas, derribou famílias
semeou tristeza n'aquela ilha.
Antonio Montes
DESEJO
São seu lábios, boca sua...
Que para mim, tanto quero!
Ah se eu pudesse...
sapecaria o beijo de desejo
que há muito anseio e venero.
Seu pudesse...
Mergulharia, n'essa fantasia
e nadaria nas águas desse sonho,
então... Eu sanava essa sede
essa vontade toda verde...
Plainaria nas asas desse sentimento
e desses desejos medonhos.
Antonio Montes
SEM ANCORA
Na beira do cais...
Um olhar sem distancia
um navio sem ancora
... Atracam sob as asas da saudade
e voam sobre o ar,
da infinita esperança.
Antonio Montes
FLECHA DO VENTO
O vento que por aqui passou
... Flechou saudades de ti
no alvo do meu amor.
Antonio montes
CHAVE MINHA
Minha chave, em minha mão
não cabe...
Mas a porta minha, ela abre
... Trincando e projetando,
os sonhos meus.
MANOBRA DE FILA
Lá na fila de espera
uma senha, uma hera
a hora ali, sim impera
ao mando fiel da Era.
O tempo ali demora
e o soar do marcador
o esperado, apavora
com lagrimas, e suor.
Cara feias estão ao ar
do esquema poluído
ali acontece um piscar
do paixão desconhecido.
O desrespeito do esquema
que com grana, faz festa
contas do povo é tema
e flores em suas florestas.
A ANCIÃ
Ah!
Esse abraço breve
tece me aquece.
Sentimentos leve
esfria esquenta
n'essa paixão que inventa.
A ânsia e a saudade
de um coração que arrebenta.
É um século cheio de informações, mas todos escrevem histórias que não podem contar. Sou avesso, poeta, minhas palavras são feitas para voar.
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Novo mundo
Eu não me importo de nunca mais ter mulher nenhuma.
Não me importo de nunca mais ser amado.
Não me importo de ser esquecido.
Nã0 me importo até de nunca ser achado.
Apenas me importo de não ser amado...
Por hoje juro...
Jamais irei elogiar mulher alguma
Jamais me irei entregar
Jamais darei de meu amor
Jamais amarei mais que me amo a mim
Estou demasiado ferido
Hoje sou um cofre fechado
Jurarei aqui hoje
desta fonte não sairá mais agua
senão para meu próprio alimento
eu funciono numa frequencia diferente
uma frequencia onde o real é real
onde o ideal é um sonho
onde tudo existe
num univeso diferente
onde todos serão dispensados
a menos que neles existam
tudo o que digo é poema
pois nada é senão de outra forma.
Esta fonte secou, o poeta morreu.
Nasci neste mundo sem nele pertencer.
Amei sem ser amado, vivi sem ser apreciado.
Acabou sem nunca ter começado.
Existiu sem nunca existir...
Impresso na Memória
Na minha memória está impresso
As histórias de um livro que nunca li
Uma vida que nem sequer vivi
Como se fosse uma supernova, dentro de mim explodiu
Entre constelações, astros, cometas e asteroides
Miro meus telescópios em sua busca
Vasculho cada canto deste ser infinito
Onde o ar é rarefeito, temo não mais poder voltar
Hoje você em está em mim
Eu não estou em você
Meus dias felizes se foram
Meus dias felizes virão
Estes que vivo hoje o que são?
E quando não houver no que pensar
Pensarei em você
E quando não houver o que respirar
Respirarei por você
Neste universo tão grande
O objetivo desta missão será encontra-la
De todos os abismos
É o que não acaba
És o que não começa
Que não tem começo nem fim
Que existe sem existir
Que doi sem acabar
Que começa sem continuar.
OBLITERAR
Escorregou a taça da feição
o chão forrou-se de cacos do nosso amor
agora, é lagrimas, choro... E solidão.
Meu olhar?! há! Meu olhar...
o prisma esta difuso a sua imagem
nada! Nada sobrou d'aquele amar.
A noite sonho, e choro ao amanhecer
Não! Não sei quando vou esquecer você.
VARIEGADO
Piui! Piui! Apito do trem
Pelos morros e as saudades...
Trazendo, felicidades de alguém.
Com braseiro e sua fumaça
nos sertões com seus vagões
e os corações cheios de graças.
O trem vêm, pelas serras, pelos túneis
trazendo a bela, e os sarcasmos dos imunes.