Poemas e Poesias

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SONHO BOM

Com meus olhos caídos
a difusão apropriou-se da minha cabeça
que cansada se atonta...
O sono me toma,
estou atônito por fora e por dentro
cambaleando assim...
Já não consigo atinar nada, com meus
pensamentos.

Eu vou dormir, eu vou sonhar
vou refazer o meu viver, com meus sonhos
... E em meus sonhos...
Eu vou voar e se encantar com meu encanto
... Vou flutuar, quem sabe até sonhando,
ter... O meu lindo cavalo branco.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

um tempo
que no tempo ficou
sem contratempo
retornou

disse um disse
em oníssono
quase em grito
mas nada estranho

talvez somente para mim
ou outros, enfim...
alguém que comungue
um tempo assim.

Inserida por pauloclopes

Na escuridão do seu olhar, eu procuro a minha luz.pois sei que você é uma luz no meio da minha escuridão, por isso não canso de dizer em silêncío que eu amo você.e chega a doe na minha alma, só você pode me salvar de me mesma. pois sem o seu amor eu sou como um pássaro sem ninho ou como a noite sem o luar, eu queria poder falar tudo isso pra você mais prefiro guarda tudo aqui dentro desse coração frio e nesse orgulho que eu sei que você também tem.

E só mais uma vez eu vou lembrar de você e só mais uma vez vou chorar e feichar os meus olhos e deixar uma lagrima cair e com uma taça de vinho na mão para brindar com a solidão mais uma vez.e dançar com a solidão e me embebedar com a tristeza que domina o meu corção sombrio.

Inserida por yolandadark

AVAL DA CHUVA

Essa chuva, que me molha sem guarda chuva
nas encolhas, muita gente me olha
as águas que me molha, no meio da chuva.

Essa chuva, embebeda minhas luvas
umedece minhas curvas que no vento...
Apruma se desarruma no meio da rua.

Como no cio, ela desce correndo chiando
vai quebrando, desarrumando fazendo frio
atirando sonhos dos pobres, dentro do rio.

Eu quero ficar no ar e chorar nessa chuva
camuflar as minhas lagrimas, com águas
essa saudade, esse sentimentos, me ajuda.

Essa chuva esta desmoronando barranco
dando aval p'ra político, tornando encanto
amarrando esperanças, desse seu pranto.

Deus me acuda d'essa chuva e enxurrada
bueiro entupido, casa sendo arrastadas
ruas alagadas... Tantos planos por nada!

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ABISMOS

Indissolúvel.
Indiscreto.
O amor é incrédulo.
Mas acreditamos nele.
Aquela raiz.
Afoita e acintosa.
Provocativa.
O amor ultrapassa os milênios.
Imutável.
Encoraja e fraqueja.
Reduz.
Acelera.
Repõe.
Um carro sem marchas.
O amor é légua.
E desmedido pode ser fatal.
Perda de identidade.
Insanidade.
Brandi, a loucura boa!
Brocados e canutilhos.
Ouro e prata.
O amor é abismo.
Onde quero afundar.
Até que a morte nos separe.
Para depois dela.
Continuar te amando.

Inserida por acacio_brindo

CAMINHOS DA SOLIDÃO

Em noites escuras
na procura da cura,
e me deparo com a solidão...
Essa lamina esse gume!
que afiados corta e sangra
esse meu esquecido coração.

Turvo minha saudade com lagrimas
as quais, como acido...
Caem deteriorando a minha alma,
estou só, e só, compartilho meu silencio
... Com ladrar de um cães famintos
silvos congelados dos ventos
e as estridentes notas dos grilos.

O medo do amanhã me faz companhia,
para a incerteza do meu sufoco...
Nesse ínterim, o futuro é nebuloso
vou até o céu, para falar com Deus
mas sou barrado pelo meu ateísmo.

Acabo de algumas horas, o dia amanhece
o sol aparece espantado o mistifório
a claridade, o voar, volta brilhar pelo ar
e tudo começa outra vez.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENTRE LAÇOS

É no meu sapato
com tanto talco
que vou p'ro palco!

E vou de salto
na mímica e tato
e os meus atos.

É no meu sapato
com embaraços
que tanto faço!

Com meus braços
entrelaço regaços
me acho e desfaço.

É no meu sapato
que recebo recado
da quebra de pratos...

Depois, ouço calado
do saco ingrato
desse mundo chato.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

No apogeu do amor
Os anjos tangem o sino da alegria
É hora de juntar os sonhos
Para realiza-los um dia.

Inserida por JorgeMaciel

DEMANDA

Psiu! Hei, você?!
Você também, sim, sim!
Vocês ai...
Se achegue, passe aqui?!
Venha ver os preços bons
Guloseima, filé mignon
p'ra você, p'ra ele e p'ra ti.

Psiu! É você mesmo...
E tu também, até ti
venha aqui!
Se esbaldar na promoção
arroz, feijão, sal e bombons
sabão, macarrão e feijão
aproveite o preço bom.

Psiu! Você dai, você de lá,
venha p'ra cá, a hora é essa...
Faça a sua compra, venha comprar
... Venha aproveitar as ofertas
veja, tudo aqui é de ponta.

Psiu! Você ouviu?
É com você!
Venha ver, aproveitar e confira!
Você não vai se arrepender.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

NAS QUATRO PERNAS

Quantos pregos, na cadeira
quatro pernas sem quadris...
uma tabua para se sentar
Um encosto de segredos
Frases ecoaram d'ali...

É cedo...
E todo conto do mundo
contado ali por segundo
no café ou no almoço
momentos sem alvoroço
hoje, não mais profundo.

E os planos sobre a mesa!
em horas confusas das idas
ou até mesmo a alforria
contada depois da partida.

Tudo fica mais no jeito
sentados a quatro feito
nos feitos, feito da vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TITUBEIO

Projetado pelo mar das lembranças
... Navego sobre o barco do vazio
e nas ondas da insônias, eu viajo
sob escuro do sinistro silencio...

Tudo é demarcação articulada...
Eu adentro no ponto vago da saudade
e no momento, flechas pontiagudas
são atiradas aos ventos, a esmo,
e o alvo, é sempre...
Uma ausência esculpida na vida,
aonde o escultor sem ponto,
vaga de posse a uma lamparina vã
e esta as cegas sob a neblina...
Titubeando pelos planos do amanhã.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

MENINO SEM PINO

João com seu menino
... Tinha pino
tinha, tino...
João ensinava o menino
o menino lhe trazia desatino.

Menino fera, sinistro
menino por todos visto
menino na controversa de Cristo
Menino! Menino...

O menino, em noite de estio
escondido, ninguém viu
pegou o candeeiro, foi ao rio
nas águas apagou as chamas
molhando o pavio.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

A madrugada de pensamentos
Alguns bons e muitos ruins
Vivido de momentos
Que acelera o coração ou dói os rins

A madrugada da solidão
De lágrimas guardadas de todo dia
De alguém forte mas sólido... não
Onde encanto de dormir perdeu a magia

A madrugada da paixão
Onde vem o desejo
A pessoa da foto em sua mão
E a vontade é dormir com seu beijo

A madrugada do sono
De quem tem de trabalhar
Do cachorro sem dono
Que insiste em me atrapalhar.

Inserida por jeferson_macedo

MINHA ESCADA

Meu viver n'essa vida
é escada cheia de degraus...
A cada passo uma ferida,
e a cada passada uma dita
... Me levando aos cambal.

Vou indo assim, sem pra que
em meio do bem e do mal
a cada rumo, do meu querer...
Eu adentro em meu carnaval
... Para esquecer esse viver.

E n'essa escada, as quinas
me reduz à minha dimensão
mostra-me que a vida rima
quando é amplo o tal quinhão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Hesitações proparoxítonas

Faz sentido o sacrifício defendendo um símbolo,
Receber pelo empenho um risível óbolo,
Entregar-se decidido ao embalo rítmico
Ao saber que o castigo será logarítmico.

Por temer que um abraço falsamente cálido
Há de me deixar na certa para sempre inválido
Hei de escafeder-me logo, evadir-me lépido.
Nada desse amor perverso, desse abraço tépido.

Tentação, hei de enfrentá-la num processo rápido.
Fico longe do encanto desse fruto vápido.
Sucumbir como se fosse simples erro médico.
Esse drama é da alma ou é ortopédico?

As paixões ou os credos têm algo exótico
Não se curam com sermões nem com antibiótico.
Deixam traços, cicatrizes, eis o lado cômico
Sem contar com sérios danos no plano econômico.

Eu que gostaria tanto de ser eutímico
Vivo em contradições, viro ciclotímico
Por um ideal difuso num ambiente tétrico
Tento conciliar opostos, tento ser simétrico.

E em vão almejo agora tornar-me apolítico
Já é tarde, fui omisso. Meu estado é crítico.
Colocado sempre á prova – me tornei litófago
Tudo engoli sem pena do meu pobre esôfago.

Indignado, mas nem tanto... Fúria ilegítima
Para que posar de mártir, não sou uma vítima.
Seja pois o desabafo um atalho lírico
Para o meu esconderijo almejado, onírico.

Pois política, amores são males análogos
Que jamais foram curados por meros diálogos.
Vislumbrar em tudo isso um aspecto lúdico?
Sinto falta para tanto de um saber talmúdico.

Inserida por celsocolunista

CABOCLO

Eu sou caboclo,
e o meu feijão de toco...
com nó nas quatro pontas
Eu carrego para o terreiro.

No lençol todo bordado
com suor dos quatro lados
e bato as vagens no cambal.

Peneiro grãos com a peneira
ou com prato jogados aos ventos
e a tarde no fim da caseira
na cadeira, eu me assento.

Ali refaço meus planos
viajando em pensamentos
eu sinto o vento na área
com a felicidade por dentro.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ORDENS DESORDENS

As ordens todavia...
São para colocar ordens na ordem
ou até...
Para colocar desordens na ordem.

Se meu mundo gira,
em minha desordem...
Para que impor
a sua cansada ordem...

Se estamos na rua da desordem
o silvo e o grito, são ordem,
ao mesmo tempo, em que são...
Desordens para os hospitais
e pára o hospício.

Se estamos no atelier do artista...
a ordem, é a desordem
d'aquilo fora das vistas.

A ordem é assim pra mim
e a desordem para ti.

É preciso desordens...
P'ra se eleger, p'ra prometer
p'ra colocar, ordem na ordem.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

MÁGICO SOPRO

Aquele moço, moco...
Que já não era assim, tão moço
de pensamentos poucos...
Meio broco, quase loco!

Por muito pouco!
Não deu pipoco fosco,
mas, fez promessas de enrosco
e colocou a vontade sobre o toco.

Depois... Ficou esperando
que o vento te lembrasse
com seu mágico sopro.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

FALAS DE FAIXAS

Essas faixas, contínuas
amarelas caladas, elas...
Falam, sem falar nada.

Falam e também guiam
pelos reles confins
dessas longas jornadas.

Essas faixas paralelas
desencontra sem afronta
e nuca mais se encontra.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O dia seria mais claro em sua luz
Do que a noite em seu brilho?
O dia duraria mais horas flertando
Do que a noite seduziria?
Os dias alcançariam mais rápido
Do que as noites fugiriam?
Ou será que o dia persistiria até o fim,
Mas nunca impediria a noite?
Será que o dia sempre se deitaria
Pra noite ver o céu
Revelar o universo
Que esconderia a luz
Desse ofuscante... dia?

Inserida por Elvoid