Poemas e Poesias

Cerca de 56038 poemas poesias Poemas e Poesias

Quisera poder abrir tua alma
Folhear as páginas da tua essência
Desvendar cada capítulo teu
Decifrar tuas metáforas
Sublinhando versos inteiros...
...Então me deleitaria em ti
Na leitura dos teus dias
Nos mistérios ocultos em cada verso
Não acrescentaria nada!
És uma obra perfeita
Bem acabada
À qual eu recitaria vezes sem fim
Até que saberia de cor cada parágrafo
Deste livro de poemas que és para mim!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

SONHO

Danço
Me distraio do mundo
Me solto, presa aos teus braços
Consciente da tua respiração morna
Entrecortada
A música ao fundo
Cadenciada
Nem sinto meus pés
Deslizo pelo assoalho
Voo por teus universos
Teu cheiro de âmbar
Alucinante... Cantante... Dolente...
Em ti bailo
Desfaleço
Sonho flutuante
Esqueço do mundo
Das dores do mundo
Em ti desfaleço
És tudo
Nesta dança em que me enlaça perco o tempo
Perco o siso e o juízo
Chego ao meu fim
Enquanto te faço meu eterno,
breve, recomeço.

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

BENDITO AMOR

Nossos corpos entrelaçados
Neste espaço ambíguo
soltos um no outro
Universo perpendicular
Particular à nós somente...

O ar viciado
Contaminado pelo nosso hálito
Dentro, compasso ritimado
Espaços preenchidos
Arfar, gemidos
Conexão dislexia...

Bocas que se encontram
Lábios que se chocam
Peles que se abrasam
Um universo em movimento
Completo
Cármico...

Em nós toda forma de amar é bendita!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

Teu cheiro inebria meus sentidos
Narcótico alucinógeno
Me deixa quente
Carente
Dolente
Dengosa
... À mercê do teu querer
Isso,
é tudo o que desejo!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

FANTASIAS

Ah, se tu chegasses
nesse instante chamado agora,
sem nada dizer me calasse a boca
de uma forma muito louca
com sua boca a me beijar!

...E vestisse a minha pele
com tua nudez a me roçar...
Bem passiva eu ficaria
Escrava de um só dono
Sussurrante, latejante,
rouca...

Sem nada pedir
Tudo entregar, tudo aceitar!
Eis meu devaneio mais profundo,
pertencer-te neste mundo,
tirar-te das minhas fantasias.

Me entregar sem reticências
( Inocente indecência)
Ao meu homem
Ao meu amante
Ao meu senhor.

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

Inserida por elisasallesflor

"Gosto do gosto da tua boca não somente na minha saliva
Sua boca tem gosto de estrelas
E estrelas nas nossas noites meu bem,
excita meu universo sem fim!"

Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

Vento... carinho
que despenteia os cabelos,
mal sabe ele que
da vida tentamos
desfazer os nós de novelos
que ela faz sem receio
sob fortes ventos emocionais
que muitas vezes...
nos deixam de joelhos !

Inserida por neusamarilda

Na floresta das arvores gigantes eu
caminhava,
imerso em meus pensamentos eu flutuava,
trazendo a paz somente a verdadeira paz,
que minha alma enfim procurava.

Inserida por alfredo1559

ITINERÁRIO

Hoje eu escolhi o caminho mais longo.
e deixei ser apenas um cisco
o objeto da minha distância.

Hoje eu quis ter asas e romper setembro.
como icaro querendo morada no sol .

Mas como fugir daquilo que levo por dentro?
se sempre me perco entre prédios famintos ,
engolidores de gente.

Com suas sombras gigantes
e suas solidões geométricas.

Inserida por moisesjdecarvalho

TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS

Entre sátiras eruditas
forma-se minha vida
prolongando-se miasmas mentais
reerguidos de uma geração destemida.

As falácias carnais
são motivo de chacota,
de tempos que não voltam mais,
para uma geração de derrota.

De poemas sentidos,
para poemas automáticos.
De amores vividos,
para momentos estáticos.

Estou na geração que canta
para prazeres carnais,
sou da geração que dança,
mas meus tempos não voltam mais.

Estou na geração que fala
e mesmo assim não faz.
Mas sou da geração que grita
por seus direitos iguais.

Lideres de bens,
Mas ministros de vidas alheias,
Sao apenas sobreviventes reféns
da força de suas próprias teias.

Inserida por lindaormond

Cai em buraco
Era tão fundo
Que nem cavaco
Dava conta de puxar

E lá era escuro
Mas tão escuro
Que por mais maduro
Não conseguia enxergar

Minhas roupas rasgadas
Meu corpo surrado
Mostrava mesmo
Que era fundo o danado

Nada cooperava para a saída
Nada gelava minha investida
Que quente ficou
Quando o desequilíbrio fincou

Debati daqui
Debati dali
E fui amolecendo meu couro
Que me falaram vale ouro

E não abra mão
Mas eu coração de peão
Força de leão
Subi num cavalo alto

Me vesti de virtudes
Não me enamorei de vissitudes
Olhei horizonte afora
E a bondade de quem me namora

De longe a olhar minha vida
Não me dou audácia de meter
Falou calmamente
Estarei aqui quando você entender

Que o direito é direito
E não faz sofrer
Que o buraco fundo
Te faz tecer

Grandes correntes te amor
Grandes colchas de ternura
Enormes rotas para fugas de amarguras
E a gente vai e volta

Volta e vai
Até que com puxão continuo
Saímos da deflagração com mimo
E fortaleza de farol

Enxergando tudo de longe
Sem prejudicar
Sem se abalar
Sem vangloriar

E segue estrada
A certa não a errada
E vai na certeza que quem ama cuida
Nada esconde

Não arrepende
Não mente
Como demente a simular
Que o amor não gera tristezas

Gera a nobreza
A gentileza de entender o acabar
A ternura do formar
E a alegria do compartilhar

24/01/18

Inserida por Lupaganini

Rasga - me o peito porque é dor que se abunda
Em síntese a lua cheia me inunda
E perece meu peito feito noite escura
E como dura

Rasga meu peito porque fundo foi
E o inesperado a seda corrói
E um torpor dilacera as trevas
Já não aguento

E que me passe o tormento
Porque dilacerando de tanto tanto
Já não sei se levanto
É inundação meu pranto

E amanhã quando o dia levantar
Estaremos cheios de buracos
Fracos buracos a vagar
A procura sempre devagar

E assim serão muitos e corroi
Serão fontes inesgotáveis de lembranças
Saudades que trarão herancas
Traga ar meu peito dói

Mas depois saudades
E assim vazios e odores
Que serão preenchidos
Com perfumadas flores


16/01/18

Inserida por Lupaganini

Têm pessoas que precisam adoecer para se sentirem cuidadas,
Se embebedarem para se sentirem faladas,
Ricas para serem respeitadas e,
Traídas para serem endeuzadas dai ,acabam se matando para serem valorizadas.

Inserida por Lupaganini

Paixão


Engraçado como em nossas vidas transgredimos nossas próprias regras.
Temos valores arraigados em nosso psique que permeiam toda a nossa trajetória de vida.
Acontece que nosso cérebro é ardiloso e nossas imagens de pensamentos mudam.
No decorrer de nossas vidas vamos nos desenvolvendo sobre vários aspectos,entretanto existem evoluções que nos leva a uma consciência sofrida. Nesse decorrer, os valores mudam,as vontades mudam,assim, a análise muda , a utopia passa a fazer parte de um cognitivo distante.
Se não vivemos nossas vontades mais íntimas, transgredimos em um velado sofrimento. Tudo tem que ser averiguado dentro de uma tremenda responsabilidade porque uma vez vivida certas intenções, nos debatemos com o livre arbítrio e com consequências que permeiam essas atitudes. Impensadas ou não, existem seguelas irreparáveis em nossas mentes.
Analisemos a paixão: Sentimento extremamente prazeroso que segundo psiquiatras, passa .Desta forma,sendo um sentimento passageiro não podemos tomar nenhuma atitude estando sob o seu efeito . Entretanto, acabada a paixão , se existe persistência no sentimento temos o amor e esse basicamente é paltado pelo equilíbrio. Assim , só teremos a concepção correta se a paixão se transformar em amor e se estivermos plenamente envolvidos em una relação, ou seja,se estivermos livres para ela. Desta feita, só chegaremos ao amor se a paixão passar e,para que ela passe precisamos vive-la mesmo que em pensamento e ,se ela passar estaremos aptos ao amor .
Todos os conflitos da paixão terão sido vividos e suas cicatrizes desenvolvidas.
Assim o segredo para se viver bem tanto a paixão como o amor é saber distingui-los para distinguir suas limitações e os dissabores advindos de suas audácias.

Inserida por Lupaganini

Não me venha com Abraços empoeirados de infidelidade
Isso me amassa o coração
Faz meu ar em falta
Já não tenho idade

Não tente calçar-me sapatos apertados
Sua dedicação que sufoca
Me finca uma cobrança diária
E me custa alto preço

Entenda a leveza que existe na doação
Ela é nuance
E se muito falta
ah ! É vida em remoção

Não me venha com nós
Arremates grosseiros em linha fraca
Que ao primeiro suspiro
Se arrebenta e me mata

E se ficar pesado
Pode ir estarei firme
Posto que a vida é pluma
E não um estado cansado

Não sou de reticências
Posso até usar vírgulas por quantos as renovacoes
Só se fazem com pontos finais e grandes saltos

Inserida por Lupaganini

Não me amargues em falsas flores
Pesados odores que me reprimem
Existem bagaços que eximem
E quem sabe desterra horrores

Fomente errantes desejos
Pois que a vivência é necessária.
E a experiência a única ciência
Que não trás arrependimentos

Qualifique-se em boas ações
Faça o seu melhor
E dirija sua própria frota
Não espere esporões

Que batidos em nossas costas
Nos fazem jánotas
De poucas escolhas
E revolta em ausências

Façam fartas refeições
Mas pensem em migalhas
Alguém as tem
Alguém nem as tem

Force o odor da paixão
Porquanto quanto não nos damos
Farejamos falsos canos
De esgotos a nos sujar

Não sei se parto a parte
Não sei se piso em falso
Só sei que a verdade manda
E só tenho a idade que depressa anda


27.11.17

Inserida por Lupaganini

Abóbada celeste,
infinito tapete de estrelas
forrando a imensidão,
nela cintilam as luzes
que nos iluminam na estrada noturna
dos sonhos...

Inserida por neusamarilda

Nos cacos
do espelho
quebrado
você se
multiplica
há um de
você
em cada
canto
repetido
em cada
caco

Por que
quebrá-
-lo
seria
azar?

Inserida por pensador

Teu nome
espaço

meu nome
espera

teu nome
astúcias

meu nome
agulhas

teu nome
nau

meu nome
noite

teu nome
ninguém

meu nome
também

Inserida por pensador

Vento suave e frio que me embala, relento.
Esse escuro céu do momento, nubla-me,
traz-me ao que recordo seu alento...

Invade em mim uma nostalgia,
arregalo os olhos, olhos sem euforia
Vejo um passado que voou cinzento,
voou nas asas desse tempo.

Pra nunca mais voltar,
o que já foi por vir enganchou-se
lá em meus pensamentos, em papéis.
Pra ficar, alojou-se lá.

Vento que me embala, com suavidade,
faz em meu sangue
Pulsar saudade.

Inserida por lucas_santos_19