Poemas e Poesias

Cerca de 56033 poemas poesias Poemas e Poesias

MINHA ESSÊNCIA
(21.10.2018).

Envolvo-me com os teus olhos,
E confirmo o sentido da busque sua,
No qual tenta andar conforme o mar,
Parar para ouvir o tempo passar...

És a fonte a não se explicar por si,
Mas pela dimensão do coração,
A emanar luz como o sol,
Pois tu vens a ser: MINHA ESSÊNCIA!

⁠⁠Pela primeira vez de você

Pela primeira vez falei sem te ver
Sem te conhecer
Pela primeira vez te vi…
Toquei a sua mão e disse:
Boa tarde!
Olhei nos teus olhos
Ouvi a tua voz

Pude sentir o seu tom
E te li, ali frente a mim
Numa leitura extasiada
Porque era você mesmo…

Você veio até mim
E num outro dia…minha entrega
Quis te abraçar
Quis ver tua boca
Seu sorriso
Seu rosto inteiro

Por ti outra primeira vez
Desta vez tão minha
E você, você meu algo
Neste renascer em mim

Ah! Teu olhar…belo
Ouvi tua voz
Sem teu rosto inteiro…
Três vezes frente a frente,
Olho no olho…

E na quarta vez de eu e você
Algo te fiz sentir…essência, transparência
Não sei, mas ouvi…
"Você está feliz"!
Sim, eu estou feliz…
Eu sou feliz…

Porque já nasci
Porque já sou eu
Porque existo
Porque vivo

Porque amo a minha vida
Amo a vida e o belo,
O bom,
O dom,
O tom,
O som,
Eu amo
E amo…
Amo…

Depois deixei o silêncio…
Ecoar meu grito
No meu silêncio, seu eco em silêncio

Porque me indagaste:
-Quem é você?

Então…disse…
Sou a minha alma!

Este algo dentro de mim
Lá dentro
Não eu nas vestes
Ou na expressão,
Mas, a minha essência interior.

Te senti meu…
Talvez doutor ou mentor
Sei que você…você outra vez
No seu olhar
Na sua voz
Sem seu rosto inteiro…

Daí, numa quinta vez de você
Despiu- se de sua proteção
E pela primeira vez
vi teu rosto inteiro…

Você…
Você pela primeira vez
Inteiro então
Ou parte de ti…

E na minha Vitrine da Alma
Tão dentro de mim
Te vejo…
Como se fosse a primeira vez

⁠O QUE NAO TEM SOLUÇÃO

Se muitas vezes me vi triste,
Desesperado em desajuste,
Não me culpe,sou humano,
Sou daquela raça inquieta,
Que só aprende quando o pior
Piora,
E lá de fora eu passo a enxergar,
O quanto fui feliz autrora.

Sou daquela raça pequenina,
que Deus sopra vida
E na investida ,
eu pensativa prefiro a morte ,
Porque não reconheço o óbvio
e os perigos em corte.

Sou da raça que sorri um dia e chora vinte,
sou da raça que radiante de saúde,
se ve infeliz, porque o importante é queixar e parar para lamentar.
Achar que todas as vidas são melhores , e que toda fatia é maior que a minha.

Sou da raça que não enxerga a si, mas enxerga o outro so quando ele ri.

Da raça que não enxerga que vida tem que ser bagunçada,
que nossa empreitada vaza aos quatro cantos quanto insistimos no sossego sem ajudar e ser ajudada,
E que Deus não nos dá o preparo para receber ,
e, se insistimos em não entender
a chibata come ,
e não é Deus nos batendo, somos nós mesmos adeptos ao auto fragelo ,
quando insistimos em arrumar a nossa vida ,sem arrumamos a nós mesmos.

É! A vida é bagunçada, nada é perfeito, e se tudo não pode ser solucionado, se não temos controle sobre o que virá, é porque é certo o ditado que diz : Que o que não tem solução, solucionado está.

⁠Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.

Você é a pura expressão de arte. E como arte, a sua subjetividade confunde os pensamentos que não se aprofundam para além além da superfície.

Seu abstrato traz contornos só seus. Multifaces de um “quebra cabeças”, que alguns teimam buscar a conexão das partes, quando apenas deveriam olhar para sentir o significado além do que se vê.

Como arte, você possui significados que contrariam a razão e beiram a analogia ao divino. Detalhes que são mais do que são. Traços e cores que formam um híbrido de luz e sombras.

Você, como arte, constrasta com o espaço, conturba pensamentos, inquieta-os; seu colorido trazem seu gosto e cheiro, que é de um doce poético.

Você é a arte que não existia. É o impulso do artista de ser quem é. É a pintura da coragem mais bela. É todos os significados à vista, com faces não descobertas.

Jamais é a mesma sob o segundo olhar, sem deixar de ser imutável.

⁠Há um pássaro nesta árvore do corpo, que dança no êxtase da vida.

Ninguém sabe onde está, e quem poderia saber o que sua música significa?

Ele aninha onde os galhos projetam sombras profundas;

Ele vem no crepúsculo e voa ao amanhecer, e nunca diz uma palavra do que pretende.

Ninguém pode me dizer nada sobre este pássaro que canta no meu sangue.

Não é colorido ou incolor;

Não tem forma nem contorno;

Fica sempre na sombra do amor.

Ele vive dentro do Inalcançável,
do Ilimitado, do Eterno,
e ninguém pode dizer quando vem ou quando vai.


Kabir diz: “Companheiro buscador,

O mistério deste pássaro é maravilhoso e profundo.
Seja sábio; lute para saber onde este pássaro vem descansar.”

⁠Antes de Ir —

Parece-me que é isto:
Eu deixei o melhor de mim (menino),
em algum lugar do passado.

Às vezes,
eu penso em esticar o braço para tentar alcançá-lo e, talvez assim,
resgatar, restaurar-me
de algum modo. — inútil!

É preciso prosseguir envelhecendo, entristecendo... antes de,
realmente ir.

⁠As vezes o amor pode ser triste
Gosto sempre de lembrar
Porém sempre está a me Matar
Gosto sempre de sonhar
Porém se está a me assustar.
As vezes fico vendo a lua
E sempre gosto ela é sua
Pois lhe prometi dar
Mesmo sem alcançar
A escuridão costumava a me matar
Porém com o tempo ela veio se clarear
Quando eu sentia o amor de seu coração
Sabia que nunca iria ver a solidão
Gosto sempre de lembrar que me salvou
Porém não gosto de saber que acabou
Gosto de lembrar que foi um amor
Porém não gosto de saber que também foi dor.
Feito por: @anjoharu

⁠Vento que adormece, vento que assobia; Outrora iludia, hoje arrepia.

Nenhuma forma explica o vento, assim como o amor que por ti sinto, do lado de dentro.

Das rosas terrestres e celestes, teu arroma é único, e com amor me inspiro.

⁠Você está procurando por MIM?
EU estou no assento ao lado
MEU ombro está contra o seu
você não Me encontra nas stupas
não em salas de santuários indianos
nem sinagogas
nem nas catedrais
nem em missas
nem em vestimentos
não em pernas enroladas em torno de seu próprio pescoço
não em comer nada além de vegetais
quando você realmente ME procurar
você vai Me ver instantaneamente
vai Me encontrar na pequenina casa do tempo

Imenso amor.
Confesso que te amo;
amo tanto que já não é mais possível
camuflar este sentimento
que incendeia o meu ser
e assim, como um camaleão,
almejo revelar
as cores desta paixão.
Deixa vai?
Eu gritar para o mundo ouvir,
o quanto te desejo!
Não se preocupe com o que vão dizer,
pois a chama desse amor
derreterá qualquer barreira.
Deixa vai?
Eu percorrer os caminhos do seu corpo,
mas com carta-branca
para alcançar o teu coração.
Deixa vai?
Meus dedos embrenharem-se
em teus cabelos encaracolados,
em desalinhos e carícias,
Prometo mexer ainda mais
com as tuas emoções.
Deixa vai?
Eu me perder nas profundezas
dos teus lindos olhos negros
e em seguida poder me encontrar,
no calor dos teus braços.
Deixa vai?
Eu mergulhar em teus lábios fartos
e de imediato, colorir
o céu da tua boca com o meu sabor.
Deixa vai?
Eu soprar bem no pé do seu ouvido,
palavras doce feito mel,
mas com o poder de um furacão
que irá ti provocar
um misto de sensações.
Deixa vai?
Eu caminhar do teu lado
rumo à felicidade
Não quero apenas uma aventura,
mas sim, para toda a nossa eternidade.
Em vista disto, pintaremos
as páginas do livro da vida
com todas as cores do arco-íris.
E se eventualmente, a tempestade chegar
não se aflija,
porque certamente nos agarraremos
no alicerce da confiança
e nos abrigaremos
na fortaleza deste imenso amor!

⁠Por isso não vai para frente
Só desfila sete de setembro
Mas caminha inconsequente

⁠Hortencias sua flor forma um buquê,
Um buquê não sei de quê?
Pois cada cor é uma emoção
Que traduz no coração.
Que belas cores!
branco, azul e rosa,
Formam cores pela acidez da terra.
Portanto há outra espécie como a amarela.
Como são lindas as hortencias!
Que chama borboletas, abelhas e beija-flor
Com a simples beleza da flor!
Meus olhos não esconde a admiração,
Fico grata por tanta beleza,
Louvo a DEUS em sua perfeição
De coração e adoração !

LIDDY VIANA

⁠O que amas de verdade permanece,
O resto é escória
O que amas de verdade não te será arrancado
O que amas de verdade é tua herança verdadeira

Ezra Pound

Nota: Trecho do Canto 81.

⁠"Não tenho nada,
e com esse nada que vim,
um dia espero com nada partir,
deixando contudo a certeza de jamais ter feito nada,
senão com amor,
dedicação e o valor,
de dar-se de si,
sem nada pedir."

⁠"O tempo,
o silêncio,
e a memória,
enquanto nos curam,
nossa alma chora."

⁠Recado para uma estrela 🌟

Uma vez uma pequena estrela me contou que estava cansada de brilhar

Que não aguentava mais toda a pressão que colocavam sobre ela,
Que estava cansada de si mesma

E por mais que eu quisesse,
senti que não podia ajudar ela com seus problemas

Isso me deixou tão triste,
eu ansiava para que o seu brilho alcançasse outras pessoas e agora pode ser que ele simplesmente se apague

Por que estrelinha??

Eu só queria poder te fazer feliz,
mas erro tanto comigo mesmo que acabo errando com você também

Me desculpa por ser assim,
tão falho e tão imperfeito

Mas peço para que você pare de pensar no passado e comece a focar no futuro

Onde eu posso tentar ser melhor,
te fazer bem,
curar suas feridas e principalmente mostrar o quanto eu te amo

Deixa a tristeza que você está sentindo lavar sua alma e me permita transformar suas lágrimas em futuros sorrisos

Se você não consegue se livrar dessa sensação horrível de estar perdida no escuro, me deixa ser a luz que vai te guiar para o caminho da felicidade

Afinal, você sempre foi o anjo celestial que guiou meu coração

Você é minha estrela, e eu adoraria poder ser um tipo de planeta
sempre ao seu lado

Espero poder ver seu sorriso novamente e sentir seu brilho forte me aquecer por dentro

Eu te amo pequena estrelinha

⁠Escuridão ⚫

Estou perdido nessa escuridão há tanto tempo que nem conto mais, apenas perdi a esperança de encontrar a luz

Não sei quando entrei e nem quando vou sair, apenas me sinto bem como estou

As pessoas podem ver esse tipo de coisa como algo ruim, mas pra mim é algo tão presente na minha vida que soa como algo normal pra mim

Essa sombra me persegue independente da onde eu vá
talvez um resquício de luz pudesse me salvar disso tudo

Mas a escuridão é tão profunda que eu já comecei a me esquecer de como são as cores

Tudo é tão monocromático e sem vida,
então por que continuar tentando mudar?

Junto com a escuridão veio um vazio, que já dominou meu coração e agora faz parte de mim

Gosto de pensar que somos baterias que se esgotam com o tempo, e eu simplesmente já me esgotei sozinho

Já pensei em pedir ajuda, mas no fim o silêncio acaba sendo o meu grito mais alto,
enquanto os comentários de outras pessoas ecoam na minha mente calando minha voz

O ano passado

O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos são encontros passados.

As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.

Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.

E será sempre assim daqui por diante.
Não consigo evacuar
o ano passado.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia Completa, Rio de Janeiro: Nova. Aguilar, 2002.

Passagem do ano

Passagem
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus…

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.